Odia dos namorados é um dia para celebrar o amor. Bares e restaurantes ficam lotados e é necessário reservar um lugar especial com extrema antecedência se você quiser surpreender a pessoa amada, sem esquecer das flores, bombons e perfumes tão vendidos nesse período. E, para os mais ousados, é impossível não enfrentar a fila dos motéis e não comprar produtos de Sex Shop nesse dia. Sem dúvida, os comércios em geral faturam, os shoppings ficam abarrotados de casais apaixonados. E de onde se origina esse dia tão comemorativo?
Novamente batemos na tecla da estação mais romântica do ano. Na Europa, costumava-se celebrar nesse dia específico o início da primavera, um festival romano chamado Lupercália que festejava a fertilidade homenageando o deus da natureza, Pan, e a deusa da mulher e do casamento, Juno. No entanto, a história mais conhecida é a do padre romano São Valentim, que realizou casamentos a escondidas desafiando o imperador daquela época, que havia proibido os matrimônios por acreditar que os soldados solteiros eram melhores combatentes. Por isso, ao ser descoberto, São Valentim foi condenado e executado.
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Mas por que no resto do mundo esse dia é comemorado no dia 14 de fevereiro e no Brasil no dia 12 de junho em pleno inverno?
Há várias controvérsias, segundo a BBC News Brasil publicado no ano passado, o motivo foi exclusivamente comercial. A ideia, em 1948, partiu de um famoso publicitário, dono de uma agência de propaganda, contratado por uma megaloja com o objetivo de melhorar o resultado das vendas em junho, que sempre eram muito baixas. Mas há quem acredite na segunda versão, já que o namoro bom quando vinga dá em casamento e nada mais justo do que celebrar na véspera do dia do santo católico, Santo Antônio, considerado o “santo casamenteiro” por alguns fiéis. Além disso, o inverno é a estação mais gostosa do ano para dormirmos de conchinha com quem a gente gosta.
Bem, e você? Como celebra o seu dia dos namorados? Há alguma lembrança em especial? Ou alguns desapontamentos e decepções? Quem nunca arranjou um(a) namorado(a) após esse dia ou terminou um relacionamento as vésperas da mesma data?! Quem nunca ficou incomodado(a) naquela velha reunião familiar quando a tia indiscreta pergunta dos “namoradinhos(as)”? Ou o tio inconveniente pergunta da(o) ex-namorada(o) a(o) sobrinho(a), que ainda disfarça a dor num sorriso amarelo do tal término de namoro…
Num rompimento ficamos sempre arrasados ou aliviados, depende do que sentimos e das decisões que tomamos. Contudo, no final, é sempre um aprendizado que vamos perceber lá na frente, quando nos damos a oportunidade de sarar as nossas feridas e de conhecermos outras pessoas. Quando conhecemos o amor da nossa vida, percebemos que toda aquela tristeza, a qual passamos um dia foi até um livramento.
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Quem nunca passou esse dia com um grupo de amigos solteiros para aproveitar as promoções e evitar a solidão? Que atire a primeira pedra!
Infelizmente ou felizmente é comum. Nem todo mundo tem o privilégio de encontrar a alma gêmea e celebrar com ela nessa data exata, alguns por medo do compromisso, outros porque vivem triângulos ou quartetos amorosos e muitos que apresentam lá as suas exceções complicadas e isso muitas vezes envolvem diferenças culturais, de classes sociais, de etnias ou de pessoas do mesmo sexo presas a dogmas limitantes… e não há nada de errado nisso, não estamos aqui para julgá-lo(a)s.
A verdade é que, no mundo capitalista do qual vivemos, é natural que a economia gire e que os presentes mais caros ganhem destaque causando inveja no ciclo social e muitas vezes interpretações equivocadas. É lógico que o que vale é a intenção, mas para alguns jovens da atualidade ganhar um iPhone é mais válido do que as verdadeiras intenções que estão nas entrelinhas do(a) pretendente. Muitas vezes um obséquio menos caro pode ter um sentimento grandioso por trás disso. O mesmo era nos anos 1980: quanto maior fosse o urso de pelúcia, maior era a
expectativa de um noivado promissor pelos familiares e menor era a possibilidade disso acontecer.
Certa vez, um parente meu comentou uma anedota que aconteceu com ele nos anos 1970. Ele e alguns amigos namoravam umas meninas que eram amigas em comum, como ele era inexperiente nesse quesito, já que era a sua primeira namorada, não sabia o que comprar para ela, afinal a menina já tinha de tudo e um de seus amigos o aconselhou a comprar algo que ela gostasse. Chegou no dia dos namorados e aconteceu o típico do que se esperava na época: os rapazes levaram um disco de vinil (dos cantores da moda: de Peninha a The Fevers), flores e bombons… e meu familiar? Queria ser original! Já que a mocinha era vaidosa e andava sempre perfumada, ele resolveu comprar produtos de uso pessoal… Se fosse hoje em dia seria “chique” ganhar algo de spa: sabonetes, cremes e escova de banho etc. Entretanto, não foi bem assim. A namorada o achou indelicado em insinuar que ela não era “higiênica” e o relacionamento terminou ali mesmo. Depois de alguns anos, ele comentava com certa graça, mas talvez não tenha sido tão engraçado no dia. Perguntei: e ela? O que ela te presenteou? Ele humildemente me disse que naqueles tempos os rapazes não costumavam ganhar presentes, era mais comum que eles presenteassem as namoradas. Confesso que achei estranho! Só porque é homem não pode ser presenteado? Ainda bem que os tempos mudaram.
Minha experiência pessoal? Passei por todas essas etapas citadas. Todas mesmo!
De passar dia dos namorados em companhia de amigos num barzinho como passar dias memoráveis com alguém especial. Já errei feio também nas escolhas dos obséquios e já acertei em cheio! E acreditem: os homens são mais simples do que parecem. Muitos deles já ficam felizes com uma singela loção para barbear ou uma noite de prazer. Eles não costumam se gabarem com os colegas do que ganharam ou deixaram de ganhar da namorada. São bastante discretos quando se trata da garota de que eles gostam. Parabéns, meninos, vocês são nota mil!
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Recordo-me que uma vez ganhei um vestido bem caro, eu deveria ficar feliz com a roupa de marca, mas não, não gostei do modelo e usei o argumento de que o tamanho não estava legal em mim e que eu iria trocar no dia seguinte. Resultado: troquei por dois shorts e duas blusas na época. Pois é, preferi mais a quantidade do que a qualidade do produto. Se o menino não ficou feliz com a minha decisão? Eu não sei. Os homens sabem disfarçar bem e de alguma forma percebi que ele havia ficado satisfeito pelo fato de eu estar usando algo que ele tinha financiado. Eu também não ligo se presentear algo que o cara não goste, prefiro que ele troque por algo que o agrade e que sei que lhe será de utilidade depois a usar algo só para me agradar e satisfazer o meu
ego. Isso não é legal.
Presentes não deveriam ser o maior destaque, porém há pessoas que ficam sentidas de não terem sido lembradas de alguma forma ou de terem investido muito mais monetariamente no outro e não terem recebido na mesma proporção. Dinheiro e coração não combinam, não pode haver
reciprocidade aí. Por isso, hoje em dia é mais bonito a praticidade dentro de alguns relacionamentos.
Vou dar alguns exemplos e não me julguem (risos) porque eu adoro comida: um presente artesanal feito pela namorada como uma cesta de café da manhã ou um jantar romântico, preparado em casa mesmo pelo namorado com direito à luz de velas ou um passeio ao ar livre planejado pelos dois com direito a piquenique… enfim, um dia divertido e romântico para ficar na memória vale muito mais a pena do que qualquer souvenir. Algumas vezes, um simples gesto pode fazer esse dia inesquecível. E se está distante de quem você ama durante esses tempos difíceis, uma mensagem carinhosa pode fazer toda uma diferença ou até mesmo uma videochamada.
O dia dos namorados não deveria ser de cobranças e nem um motivo para impressionar a gregos e troianos. Esse dia é apenas a dois e deveria ser para lembrarmos que temos alguém que vale a pena e que faz a diferença em nosso cotidiano. Temos que valorizar essa pessoa, afinal, nem todos no mundo tem esse presente de amar e de ser correspondido(a).
O importante é ficar bem com quem a gente ama.