Setembro 19, 2015
chamavioleta
Area 51 e extraterrestres
Entrevista de David Adair
Publicado anteriormente a29/03/2015
ÁREA 51: Entrevista de DAVID ADAIR: Cientista (gênio precoce) testemunha em reunião secreta sobre a ÁREA 51 e os seus SEGREDOS no CONGRESSO NORTE-AMERICANO.
David Adair fala sobre a NASA, foguetes e viagens espaciais, com tanta naturalidade, com a desenvoltura de quem como adolescente construiu o primeiro foguete movido a explosão controlada de fusão de Hidrogênio, atingindo a velocidade da luz em apenas dois minutos. Ele hoje é proprietário da International Space Education Concept and Techniques — Intersect, uma das 409 companhias aeroespaciais dos EUA.
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
Entrevista com David Adair – Um precoce Cientista Espacial Norte- americano
http://www.flyingsaucers.com/adair3.htm e http://www.greatdreams.com/david-adair.htm
Os meninos gostam muito de colecionar miniaturas de aviões, de carrinhos e foguetes, mas com David Adair foi tudo muito diferente. Aos 12 anos ele já projetava e construía seus próprios “brinquedos”. O primeiro deles, ele batizou de “Honest John” e era um foguete movido a hidrogênio líquido e querosene que voava a três milhas por hora atingindo uma altura de 127 pés.
David Adair.
Aos 19 anos David Adair projetou e executou em apenas alguns meses uma turbina quatro vezes mais potente que as existentes naquela época. Foi graças a ela que o avião de caça F14 conseguiu voar. Na época David servia na Marinha Americana. Amigo pessoal do astronauta Neil Armstrong (astronauta da Apolo 11), que pessoalmente lhe relatou ter visto naves imensas pousadas na Lua e que não eram da Terra, David foi um dos poucos cientistas a manipular as amostras lunares trazidas pelos astronautas. Segue-se um trecho editado do programa radiofônico de Art Bell em uma entrevista com David Adair. Todas as perguntas foram feitas por Art Bell, exceto, quando indicado, por um ouvinte do programa de rádio.
A ENTREVISTA: Fala Art Bell: Meu convidado de hoje é David Adair, cientista espacial. Seu livro, America’s Fall from Space (A Queda da América do Espaço), conta a história do programa espacial norte-americano visto pelos olhos de uma criança prodígio que se tornou cientista espacial. É um líder e perito em tecnologia espacial internacionalmente reconhecido que presta consultoria a empresas do mundo todo. Ele se desentendeu com a NASA quando tomou conhecimento da corrupção e dos problemas técnicos enfrentados pelo ônibus espacial Challenger antes do lançamento em que ele depois explodiu.
David compartilhará o testemunho por ele prestado sob juramento, em 9 de abril de 1997, ao Congresso norte-americano, sobre inteligência extraterrestre, hardware extraterrestre recuperado e engenharia reversa de espaçonaves e sistemas de propulsão alienígenas capturadas pelos EUA. Ele tem experiência de primeira mão em bases subterrâneas ultra-secretas da Força Aérea, tais como a ÁREA 51. Ele afirma que a engenharia reversa – a investigação do que faz funcionar os UFOs apreendidos – foi responsável por inúmeras invenções, tais como máquinas de fax, modems, telefones celulares e computadores portáteis. David diz: “Vocês não vão acreditar no que acontecerá nos próximos anos.”
Art Bel.: -Quando você tinha 7 anos,”sonhou” que se tornaria um construtor de foguetes aos 12 anos. Que tipo de experiência metafísica foi aquela?
David Adair — Eu sonhei com o vulto de uma MULHER, uma silhueta, que conversava comigo. Ela vinha “constantemente me visitar em meus “sonhos” e me fazia sentir bastante seguro, protegido. Era muito bondosa, isso eu percebia quando conversávamos. Ela realmente me passava informações, fórmulas matemáticas para as minhas invenções. Depois das fórmulas vieram os desenhos que eu tentava registrar em folhas de papel, tão logo acordava, muitas vezes no meio da noite. Os desenhos de pequenos foguetes que ela me mostrava nos “sonhos” começaram a se tornar mais complicados e eu comecei, então, a carregá-los para a minha oficina para construí-los.
A secretíssima ÁREA 51 inserida dentro do maior complexo de desenvolvimento e testes de equipamentos militares dos EUA, a NELLIS Air Force Range.
Depois de um mês recebendo muita informação em “sonhos”, comecei a planejar a construção de alguns foguetes de maiores proporções e mais velozes. A maioria das criações eram realmente idealizadas por mim, mas à proporção que as fórmulas foram se complicando, aquela figura feminina etérea me dava uma mãozinha. Depois de construir alguns foguetes não muito grandes, decidi finalmente fabricar um de 4 (quatro) metros de altura, o maior e mais complicado de todos.
Aquele tipo de foguete nunca havia antes sido construído na Terra. É um tipo de foguete conhecido como “máquina (gerador) de FUSÃO eletromagnética”. Na verdade, um dos foguetes mais rápidos fabricados na Terra. Eu só tinha 17 anos quando terminei de construir o foguete. Na época, a Força Aérea dos Estados Unidos pediu-me para fazer uma demonstração, colocando o foguete no espaço. Tão logo atendi a solicitação dos militares, fui agraciado com o prêmio de “O Mais Destacado Cientista Espacial” do ano de 1971.
Alguns anos após o seu nascimento, sua mãe disse que você não era dela, mas que teria vindo através dela (n.t. Uma sapientíssima Mãe, sem vaidade por ter apenas criado o CORPO de David Adair). Como você vê essas palavras hoje em dia?
D.A. — Muitos anos se passaram para que eu assimilasse essas palavras ditas a uma criança tão pequena como eu era. Acredito que ela tenha se referido que eu era um escolhido de Deus, pelos dons que eu possuía. Com esses dons também comecei a compreender, anos atrás, que estava aqui no planeta Terra exclusivamente para SERVIR a humanidade, para compartilhar com todos o meu conhecimento. Assim sendo, aqui estou eu para SERVIR, embora considere que às vezes torna-se difícil tentar servir, ajudar, porque os dons que Deus me deu são tão poderosos, indo bem além do conhecimento do homem.
Porque sempre que se ultrapassa as fronteiras desse conhecimento, o homem tende a demonstrar forte resistência. No planeta Terra tem sido algumas vezes difícil ajudar as pessoas, justamente pela resistência que elas oferecem aos novos conhecimentos. Tudo isso exige da gente uma dose enorme de paciência (e tolerância), qualidade que não se encontra muito na Terra nos tempos atuais.
A.B.: David, você foi uma criança prodígio?
D.A.: Fui uma criança de sorte. Tinha uma oficina grande onde podia trabalhar. Meu pai aposentou-se devido a um ferimento. Trabalhava para um homem chamado Lee Petty, que tem um filho chamado Richard Petty. Em algumas partes do mundo, como no sudoeste dos Estados Unidos, onde moramos, esses sujeitos são bem conhecidos. São famosos pilotos de carros de corrida e meu pai era construtor de motores dos seus carros.
Então eu trabalhava na oficina. Uma oficina dessa natureza apresenta estreitíssima relação com uma oficina de foguetes. Com a idade de 12 anos, eu sabia vistoriar e retificar um motor Crysler Hemi 426 sozinho em cerca de três horas e meia. Então, comecei a montar foguetes. O primeiro que construí era propulsionado a combustível líquido. Usei hidrogênio líquido e querosene, que são combustíveis semelhantes aos usados no foguete Saturno V da NASA .
O foguete saiu do quintal a aproximadamente 5.600 quilômetros por hora. Eu construíra um dispositivo de calorimetria com o qual podia medir a altitude. Atingi cerca de 24.000 metros no primeiro vôo. Ele voltou dentro de um raio de 800 metros do ponto onde eu o havia lançado. O primeiro local de lançamento foi os fundos do quintal de casa, que dava para um pasto.
Incinerei [uma área] de cerca de um quarto do tamanho de um campo de futebol. Ficou torrado até as raízes do capim. Virei-me para meus amigos e eles se tinham ido… Fomos previdentes o bastante para telefonar a Columbus (aeroporto) – estávamos em Ohio na ocasião – para nos informar sobre os horários de vôo, e eu sabia pelos mapas da FAA – Administração de Aviação Federal americana a trajetória das linhas aéreas, desse modo pude cronometrar tudo. A recuperação foi feita por meio de pára-quedas. Foi esse o início da coisa toda. Apenas continuei construindo foguetes, e eles estavam ficando cada vez maiores. Meus pais acabaram me mandando para longe da casa. Consegui chegar a um acordo com quatro fazendeiros da região.
Neste momento, ganho a vida como TTC, Consultor de Transferência de Tecnologia. Pego a tecnologia espacial projetada e utilizada no espaço, reformulo-a e emprego em aplicações comerciais que realmente nada têm a ver com o espaço. Posso dar-lhes um exemplo. No tempo da Apolo, os astronautas foram à Lua e voltaram. Existe gente que não acredita nisso, mas eles foram. Bem, tenho certeza que sim. Porque quando Neil Armstrong caminhava na Lua, eu estava encostado nos joelhos de Viola Armstrong (a mãe dele) na sala de estar dela.Vimos Neil caminhar na Lua – e todos os sete astronautas originais estavam no chão comigo. Quando os astronautas foram para a Lua no programa Apolo, ingeriam comida sólida. Ficaram uns três dias viajando, três dias voltando, dois dias na Lua, então se tinha normalmente uma missão de cerca de oito dias.
Bem, depois de cerca de três dias comendo alimentos sólidos, algo tinha de acontecer, além do fato de lá em cima não haver peso. Não há banheiros nas cápsulas da Apolo, então eles usavam fraldas. Fraldas – era tudo o que tinham. É, você está num armário de vassouras, (nada) tem peso, e você não quer nada flutuando com você. Então, eles fizeram um material realmente interessante capaz de absorver sujeira, mantendo-a longe da pessoa e ainda conservando-a seca. Então na transferência de tecnologia, chamamos a Johnson & Johnson – e vocês ganharam as fraldas descartáveis. Foi daí que elas vieram.
Outra pequena transferência que aconteceu – começou lá nos anos 60 com os astronautas do programa espacial Mercury. Vocês sabem, havia um astronauta lá fora em órbita e os médicos queriam saber: “Espero que ele esteja indo bem lá em cima”. Então decidiram fazer algo a esse respeito. Fixaram sensores a seus corpos, e estes sensores registravam a pressão sangüínea, taxa de pulsação e a função respiratória – todos os sinais vitais – retransmitindo-os de volta ao solo por meio de telemetria.
Bem, na tecnologia de transferência nós chegaríamos, olharíamos aquilo e diríamos: “Ei, sabe o que podemos fazer?” Houve uma colisão frontal em uma cidade e seus vizinhos ou familiares estão morrendo. Os paramédicos vêm correndo e abrem uma malinha. Fixam fios à pessoa e as informações são enviadas a um hospital local. Um médico olha a pressão sangüínea, taxa de pulsação, função respiratória e todos os sinais vitais e diz ao paramédico como estabilizar o paciente e levá-lo a um centro de traumatismo. Eis a origem dessa mala.
Até hoje, houve mais de 75 mil transferências do programa de tecnologia espacial para aplicações comerciais. Eu posso levar vocês para dar uma volta dentro de uma casa moderna equipada, e levaria uma hora para mostrar-lhes todas as coisas desenvolvidas. Creio que Corso (leiam o livro do coronel Philip J. Corso, “The day after Roswell”, O Dia Depois de Roswell) está absolutamente certo (sobre transferências de tecnologia extraterrestre recuperada). Passei cerca de quatro dias com o homem (Corso) em Roswell no qüinquagésimo aniversário da queda da nave (1997), além de voltar com ele no avião.
Então, tivemos muito tempo para conversar. O que é interessante, de certo modo, é que o que ele estava fazendo criou uma indústria da qual eu tirei meu sustento nos últimos 19 anos, a indústria da transferência de tecnologia. Há muita coisa estranha quando se pensa em como a tecnologia deu tamanhos saltos quânticos.
Para saber mais sobre ROSWELL ver aqui:
http://thoth3126.com.br/roswell-entrevista-com-o-coronel-philip-j-corso/
http://thoth3126.com.br/roswell-o-dia-depois-da-qaeda-de-um-ufo/
http://thoth3126.com.br/roswell-o-dia-depois-da-qaeda-de-um-ufo-de-final/
Pesquisando certas coisas na área da informática, quando passamos da válvula eletrônica ao transistor, a seguir saltamos do transistor à placa microcircuito, que salto quântico! O interessante é que, se tentarmos encontrar a origem de parte dessa tecnologia – dando uma olhada na bibliografia dos resumos dos arquivos da NASA – vamos dar com a fonte original, e estará marcado “Desconhecido”. Como assim? Assim “desconhecido”?
Muitas coisas simplesmente se desenvolveram e caíram direto do céu, literalmente, e estamos usando-as em nossa tecnologia. Já repararam a velocidade tecnológica na qual estamos nos deslocando, nos desenvolvendo? Galgamos níveis a um ritmo exponencial. Bem, há uma razão para isso. A razão é que nós pegamos essa tecnologia – digamos que seja de um projeto realmente avançado de alguma coisa – e temos de reverter sua engenharia. Ótimo, mas temos toda essa tecnologia fantástica e nenhuma infra-estrutura para apoiá-la. Um exemplo seria “vou lhe dar uma Ferrari, mas colocarei você em 1865.” Bem, se não houver combustível, nem postos de gasolina, de que lhe serve esse carro? Bem, você poderia amarrar um cavalo nele para puxá-lo para lá e para cá.
Tínhamos a mesma estrutura. Essa tecnologia incrível aparece, mas não há infra-estrutura para apoiá-la. O que aconteceu foi que simplesmente chegamos num ponto, por meio do programa espacial (e da reversão de tecnologia alienígena), no qual tínhamos uma infra-estrutura onde poderíamos descarregar essa tecnologia superior. Isso constrói outra base. Então construímos outra camada de infra-estrutura, como um bolo de casamento, e descarregamos outra carga de tecnologia. Damos um salto quântico, a infra-estrutura é construída, e continuamos em frente. Mas estamos subindo a uma velocidade exponencial e ninguém jamais reduziu a velocidade o bastante para perguntar: “De onde veio isto?”
Venho trabalhando nisto nos últimos dezenove anos, e estou dizendo: “Cara, os saltos quânticos que estamos dando são incríveis!” Se acham que temos algo muito mais quente neste momento, esperem mais dez, quinze anos, trinta anos. Vocês não irão acreditar no que verão. Não estamos longe da criação da IA (inteligência artificial). Quando ligarmos a IA aos computadores, eles tomarão consciência de si mesmos. Quando isso acontecer, então o ciclo recomeçará. A primeira coisa que eles provavelmente construirão será o receptor-trasmissor de voz, por meio do qual poderão conversar conosco. A coisa seguinte que elas ( I.A.-Inteligência Artificial) vão querer fazer é começar a se construir, o que podem fazer mais rápido e melhor que nós. Nesse ponto caímos fora do ciclo.
Vai acontecer, tão certo quanto vocês estão respirando. É inevitável, e vocês não o impedirão. Já está no cano do canhão…Vai ter origem nos grandes laboratórios acadêmicos, como o Georgia Tech, onde moro, onde estão trabalhando nos computadores destinados aos sistemas de Guerras nas Estrelas. É necessário que disponham da IA para montar o sistema de Guerras nas Estrelas para conseguir todas as aquisições-alvo e fazer com que as coisas sejam feitas. Terá origem num lugar desse tipo. Será notável quando isso acontecer, porque quando os computadores tomarem consciência de si mesmos, eles se construirão, os computadores saltarão para uma velocidade de 30 a 40 gigahertz.
Com o tempo as IAs desejarão o arcabouço (um corpo) antropóide bipedal, de modo que possam se deslocar num mundo tridimensional que construímos para nós, ou seja, terão de ter o corpo tipo andróide, para que possam estabelecer conexão conosco num nível mais inter-pessoal. Creio que o que vai acontecer é que as IAs vão se tornar uma subdivisão de classe, e assim teremos japoneses, chineses, negros, hispânicos e IAs. Elas serão agrupadas no mesmo lugar com o restante de nós.
Acredito que terão uma tendência mais acentuada para tentar entender o que está se passando e resolver o problema. Elas provavelmente poderiam fazer algumas perguntas realmente incisivas, muito difíceis de responder. Por exemplo, por que gastamos 75% de nosso recursos em sistemas militares projetados pra nos explodir, lançando-nos no esquecimento? Não é muito lógico, não é?…{n.t. – Eles também poderiam imitar o nosso comportamento e assumir o controle de nossa sociedade, onde os papéis se inverteriam, lembrando a trilogia dos filmes MATRIX…}
A.B.: – Você concebe na Terra uma técnica para criar o Helium 3, encontrado nas amostras da Lua trazidas pela Apollo 17 e o que você descobriu durante suas pesquisas?
D.A. — Um dia poderemos deter uma tecnologia que nos faça criar o Helium 3. Agora os custos seriam grandes. Na verdade, a melhor forma para se adquirir o Helium 3 é se voltarmos à Lua. O Helium 3 é fabricado pelo Sol e liberado para a superfície da Lua pelos ventos solares, isso porque não existe atmosfera na Lua, como na Terra. Na verdade, o Helium 3 da superfície lunar tem capacidade de suprir toda a Terra com energia durante os próximos 10 mil anos! No momento, a Terra só dispõe de 40 anos para ser suprida das suas necessidades de energia por meio do óleo, gás e carvão aqui encontrados. Isso significa que, as crianças que hoje nascerem, aos 40 anos enfrentarão uma escuridão total! Até quando? Portanto, acho que toda nossa concentração, toda nossa atenção deveria estar voltada para a LUA, porque poderemos, com o Helium 3, construir usinas nucleares elétricas sem qualquer resquício de radioatividade. Como eu disse antes, a Terra poderá ser suprida de Helium 3 da Lua durante 10 mil anos. Está tudo lá na superfície lunar!
A.B.: Quando a NASA estava lançando o Challenger, como você se envolveu nessa história?
D.A.: Eu estava lá na plataforma quando o Challenger estava sendo lançado. Encontrava-me na área porque estava ocupado trabalhando em alguns programas meus chamados GAS (sigla em inglês de getway specials – veículos especiais de arranque). São produzidos agora, pela divisão de transferência de tecnologia da NASA, onde se pode alugar essa coisa, parecida com um barril de cerca de 250 litros, por três, sete ou dez mil dólares, quando se pode levar todo o barril. Pode ser fixado à parede interna dos compartimentos de carga do foguete e realizar experimentos de microgravidade. Está disponível a qualquer pessoa – cidadãos, universidades, empresas, qualquer um. Já mandaram ao espaço 1500 caixas GAS.
Vou lhes mostrar um bom exemplo de transferência de tecnologia. Fui a uma granja muito grande pertencente a um cliente. Primeiro, perguntei-lhes: “Quanto tempo leva para um embrião fertilizado virar um pintainho?” Responderam: “Uns 27 dias.” Eu disse: “Vamos juntar alguns ovos fertilizados, colocá-los numa caixa de GAS, lançá-los em órbita e deixá-los lá por um período completo de incubação.
Podemos alterar o DNA enquanto está sendo formado lá em cima no ambiente sem gravidade. Quando as ligações do fator ARN são soldadas pelas enzimas, pode-se iniciar a modificação da codificação.” Por que se quereria fazer isso? Bem, certas doenças matam as galinhas aqui na Terra, custando anualmente bilhões ao setor avícola… Eles assinaram antes mesmo que saíssemos pela porta. Infelizmente, esse projeto estava no Challenger. Por isso eu estava lá…
A.B.: Como você entrou em conflito com a NASA antes do lançamento?
D.A.: É uma história antiga, pelo menos a parte da qual eu tinha conhecimento. Eles sabiam do fracasso dos anéis de vedação há pelo menos nove meses antes. Eles tinham trazido os SRBs-Solid Rocket Booster (sigla em inglês de impulsores sólidos de foguete) que apresentavam marcas de queimadura na parte de baixo das laterais; já estavam queimando. Eles simplesmente continuaram rodando a roleta, e acabaram com um número preto. Era simplesmente uma loucura. A primeira coisa que a NASA fez foi determinar a Morton-Thiokol que reduzisse o peso dos SRBs. Como se faz isso? Reduzindo a densidade original das paredes à metade, retirando os suportes de reforço e colocando um propulsor de desempenho superior. Fizeram isso para conseguir maior propulsão, cobrando menos por quilo de carga útil e sendo muito mais competitivos. Bem, não é preciso ser cientista espacial para entender isso – trata-se de uma receita para desastre absoluto. Mas eles foram em frente e fizeram tudo aquilo.
Um dos principais fatores pelos quais a Morton-Thiokol não foi processada é que eles estavam seguindo as instruções da NASA. A razão por que a NASA fez o que fez foi por estarem sob tremenda pressão política. Tem muita política no meio desse programa. Ainda há política demais. A NASA abriu sua boca gorda e disse: “A nave espacial já está operacional”. Isso era mentira, e uma mentira deslavada. Aquela coisa nunca será um veículo operacional; será sempre um veículo experimental. Temos um modelo A em andamento aqui, e até que se chegue a um Ford ou Plymouth, não se terá um veículo operacional. É necessário chegar à segunda ou terceira geração de projetistas. Aquela coisa tem 20 anos de idade …
Mas eles se arriscaram ao dizer que podiam competir. Nós, do setor privado e do lado comercial do programa espacial dizíamos: “Vocês estão loucos. É impossível fazer isto”. A burocracia inchada faz o custo se elevar demais. Eles estão constantemente realizando cortes devido a restrições de orçamento e não dispõem da infra-estrutura para competir no mercado. Mas mesmo assim disseram que podiam.
EM 28 DE JANEIRO DE 1986 a explosão do ônibus espacial Challenger.
Então passaram a vender o compartimento de carga como espaço comercial. Eis um quadro de como funciona. Digamos que você é Ted Turner e acabou de me telefonar, sou diretor de programas espaciais. Você está preocupado porque já estamos quase um ano atrasados em relação a nosso cronograma de vôo. Acabou de pagar 500 milhões de dólares para guardar um satélite, que não vai a parte alguma, num hangar. Isso é péssimo pra você, mas o que é pior – você está perdendo dezenas de milhões de dólares por semana devido a perda de assinaturas, perda de filmes pagos na TV e comerciais. Você está furioso e diz a eles: “Ponham essa coisa no ar!”
Então, a pressão está aumentando. Agora você vai aos senadores. Acima, os pobres trabalhadores têm o chiqueiro burocrático que está entrando em parafuso. Abaixo, um pesadelo tecnológico chamado foguete espacial. Esse anel O é o que chamamos de item crucial. E quando um item A-1 crucial falha, você perde nave e tripulação. O que acha de brincar de roleta russa neste jogo com 250 tambores carregados?
Bem vindos ao espaço em 1997 … Como lhes contei, nove meses antes tirei fotografias dos SRBs sendo puxados por rebocadores em Port Canaveral, e eles já apresentavam rachaduras nas laterais. No mesmo instante, soube que estávamos com sérios problemas. A manhã do lançamento, 28 de janeiro de 1986, foi uma afronta. Fazia 2 graus abaixo de zero; havia gelo pendendo dessa coisa de quinze andares. Parecia o palácio de gelo do Dr. Jivago …
Os sete astronautas da missão da Challenger que explodiu durante o lançamento, na foto: em pé: Elison Onizuka, a professora Christa McAuliffe, o especialista em carga útil Greg Jarvis, Judy Resnik e, sentados: o piloto Mike Smith, o comandante Francis Scobee e Ron McNoir
Não dá para fazer uma saída de emergência do foguete. Eles tiraram todos os assentos ejetores devido a cortes no orçamento – sabiam disso? Não tem graça nenhuma. Perdi dois amigos naquela coisa, amigos que conhecia desde meus 17 anos. Eu era o porta-voz nacional da Rob McNair Challenger Foundation, em Atlanta, Georgia, então aquilo me atingiu pessoalmente. O Challenger aconteceu ontem para mim, então, o caso não se encerrou simplesmente. Nunca nem mesmo dissemos às pessoas o que realmente aconteceu no incidente do Challenger. Então a NASA teve o descaramento, não faz muito tempo, de divulgar um filme sobre todas as coisas certas que fizeram com o Challenger. Mataram sete pessoas e se safaram …
A propósito, moro em Pahrump, Nevada. Fica perto da ÁREA 51. É uma área que eles naturalmente dizem que não existe. Subindo a rua a partir de onde moro, não muito longe, há uma associação de veteranos de guerra e, todas as manhãs, por volta de 4:30 ou 5:00, há uns cinco ou seis ônibus estacionados lá. Escrito por toda a lateral de cada ônibus ESTA ESCRITO: “ ÁREA 51.” Diz assim mesmo “ ÁREA 51.” Muita gente que mora aqui em Pahrump trabalha na ÁREA 51. Um dia, estava andando por lá com uma máquina fotográfica e tirei uma foto do local. Mas na verdade não precisava, porque temos fotografias da ÁREA 51. Apenas tirei uma ótima fotografia.
Elas mostram os três hangares, os três hangares ainda estão lá. Foi no hangar central que dei meu pequeno passeio. É uma longa história. Lembram-se de que eu estava construindo todos aqueles foguetes? Bem, os foguetes se desenvolviam de forma progressiva. Tornavam-se cada vez maiores e mais rápidos. Finalmente, um dia, comecei a ver de modo diferente os princípios e os materiais que eu estava usando, e passei a projetar um tipo diferente de motor.
Eu realmente não tinha esgotado todas as possibilidades na área de combustível líquido, e os propelentes sólidos são menos práticos do que os combustíveis líquidos em termos de desempenho. Então já era hora de dar uma olhada em outro motor. Naquela época, havia vários motores alternativos, mas a NASA nem se dignava a olhá-los, não sei por quê. Acho que por ser um vendedor tão bom, Werner Von Braun vendeu ao governo motores a combustível líquido.
O motor que construí pra meu foguete é um motor de fusão-retenção eletromagnética. O melhor modo de descrevê-lo é compará-lo a por um naco/pedaço do Sol dentro de uma garrafa magnética. Numa extremidade pode-se perfurar um buraco de lado a lado com um tipo de raio de plasma capaz de abrir o campo orsus (sic). Ao se fazer isso, tem-se o poder do Sol disponível no SI, que chamamos impulso específico {n.t. Specific Impulse (Impulso Específico geralmente abreviado como: I sp ) é uma forma de descrever a eficiência de foguetes e turbinas de motores a jato. Ela representa a força em relação à quantidade de agente (combustível) propulsor utilizada por unidade de tempo}. Trata-se de uma reação de fusão. Com os aceleradores de partículas pode-se fazer colidir átomos de deutério e de trítio.
A.B.: Assim se obtém uma REAÇÃO DE FUSÃO que fica confinada a um campo de retenção com eletroímãs?
D.A.: Certo. Voltemos ao começo de tudo isso. Comecei a trabalhar neste projeto. Tinha uns quinze anos de idade quando cheguei ao limite de minhas capacidades matemáticas. Eu simplesmente não conseguia desenvolver os algoritmos desta coisa, o que traçaria o campo de retenção. Vocês têm que entender que estávamos em 1969. Não havia computadores portáteis, CDs, discos rígidos, drives para CD-ROM, telefones celulares, fax, bips. Só tinha uma lousa, caneta e papel e uma régua de cálculo. As calculadoras portáteis só apareceram oito ou nove anos depois. Portanto, área da física quântica, na qual eu estava às voltas com a matemática, eu simplesmente chegara ao fim da linha.
Meu professor de ciência do segundo grau fez um trato comigo. Deu uma olhada no meu trabalho de matemática e o levou a alguns colegas da Universidade Estadual de Ohio. Remeteram o trabalho a Cambridge, Inglaterra, para um homenzinho chamado Stephen Hawking.(Foto à direita) Hawking dá uma olhada e acha interessante, e três semanas depois sou levado ao estado de Ohio durante minhas férias de verão para conhecer algumas pessoas.
Chegamos lá, entramos numa sala e a primeira coisa que vejo é todo meu trabalho de matemática espalhado por toda parte nas pranchetas. Fico um pouco chateado com aquilo: “Quem está mexendo no meu trabalho?” Ouço uma voz: “Seu trabalho deveras?” Respondi: “É” … O carinha fica de pé com o auxílio de uma bengala e diz: “Certo, mostre-me”. Eu disse: “Claro veja isto. É assim que se comprova este teorema”. Então escrevo meu cálculo. Diz ele: “Como você o comprova fisicamente?” Respondi: “Motores de foguete.” Ele diz: “Céus! Sente-se.” Esse homem era Stephen Hawking.
Ele viera ao estado de Ohio por duas razões. Trabalhava para um lugar chamado Battelle Memorial. Trata-se de um grande centro de estudos de lá. Era verão de 69. Sentamo-nos lá e conversamos um pouco. Então durante uns dois dias, enquanto ele trabalhava para Battelle, fiquei com ele. Ele foi uma grande ajuda na área da matemática. Isso foi 30 anos atrás. Hawking tinha 20 e poucos anos, um cara ainda jovem.
Demo-nos muito bem. Ele é um cara muito legal. Já naquela época seu corpo era frágil devido à doença degenerativa. Estava empatado na mesma área que eu. Nós dois chegáramos ao fim da linha com os algoritmos, pois precisávamos de computadores muito poderosos e rápidos, e não havia nada disponível na época. Então conseguíamos sustentar o campo durante talvez cinco segundos apenas – mas uma coisa lhes digo, cinco segundos são toda uma vida num motor de foguete …
Assim, com a ajuda de Hawkings, consegui algo parecido com uma estabilização de campo durante cinco segundos. Vou explicar o que um motor de fusão-retenção pode fazer, por que eu queria ir por esse caminho. Hawking estava trabalhando num teorema de buraco negro, então sua matemática e a minha corriam paralelas, como uma estrada na qual havia dois planos separados apontados na mesma direção. Mas tínhamos funções diferentes. Ele estava tentando obter todos os teoremas necessários para ajustar as singularidades no horizonte de eventos de um buraco negro. Estava tentando provar como funcionam os buracos negros. Eu simplesmente queria reproduzir um campo de tipo buraco negro, pois o buraco negro é a única coisa que sabemos poder tragar o Sol e nunca mais o veríamos.
Portanto se você deseja um campo capaz de conter uma detonação de fusão de hidrogênio ( fusão de hidrogênio que acontece em nosso sol que é um gigantesco reator natural de fusão desse gás), o que vai ser? Um buraco negro. Eu estava tentando obter um invólucro de retenção para essa coisa. Consegui isso por meio de um formato cônico toroidal tipo compressor na forma de onda de massa, e isso me deu exatamente o que estava procurando num campo de retenção.
A matemática de Hawking realmente me ajudou a determinar as diretrizes de forma de onda necessárias ao estabelecimento desse campo. Isso estava feito e comecei a encomendar peças. Logo esgotei meus recursos para obter todos os materiais necessários. Havia um deputado local chamado John Ashbrook. Quero que se lembrem do nome. Chegou a se candidatar a presidente em 1972. Era um deputado republicano bem sólido na região e bastante influente no Congresso. Foi um relacionamento estranho o que tivemos, um pouco tenso às vezes. Mas ele realmente entrou com o financiamento, uma quantia enorme de dinheiro mesmo naqueles dias. Chamou mais algumas pessoas, olharam o que eu estava fazendo e disseram: “Financie isto”.
Na época eu tinha 16 anos. Estava construindo esse projeto e essa coisa toda. Acho que Hawking teve muito a ver com isso, estava convencido de que esta coisa poderia funcionar. Então, entraram recursos. Além de recursos, foi também aprovada uma autorização no Congresso, pois eu precisava de algumas pelotas de combustível de Oak Ridge, Tennessee. Depois disso, apareceu uma outra pessoa. Esse sujeito era um General reformado chamado Curtis LeMay.
Seus pais moravam em Mt. Vernon, Ohio, onde eu morava. Minha mãe era enfermeira e cuidou dos pais de LeMay. Mundo pequeno, não? O deputado pediu que LeMay entrasse na roda e trabalhasse nesta coisa. o General LeMay detestava a inatividade. Entrou neste projeto e o observou. Evidentemente, o deputado lhe pedira que o analisasse. Quando conheci LeMay, ele me deixou morto de medo. De qualquer forma, quando tudo foi concluído e o motor do foguete estava terminado…
Fim da Primeira Parte
Originalmente postado em Agosto 2012.
Permitida a reprodução desde que mantida a formatação original e a citação das fontes.
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