O ano do despertar do sono chegou e muitas coisas novas acontecerão que criarão esse despertar. Abram os olhos, amados, e vejam para o que precisamos despertar. É quanto a preciosidade de cada dia de vida e da nossa responsabilidade de estarmos plenamente aqui nela. É quanto a preciosidade de cada vida individual e é nossa responsabilidade preservá-la e defendê-la.
Você ouviu o conselho espiritual: “Viva como se cada dia fosse o último”, e este é o conselho para o novo ano. Viva como se os valores que você mais preza não precisassem mais ser escondidos ou ocultos. Viva como se você não estivesse mais disposto a acreditar que não faz diferença no destino do mundo. Viva como se sua vida fosse importante e como se todas as suas palavras e ações fossem importantes.
Viva como se a Terra estivesse em chamas e precisássemos enfrentar a emergência do momento em que nos encontramos.
O cume do Clima, em Novembro, não fez isso.
Os apelos ao cessar-fogo em Gaza durante vários meses não resultaram nisso.
Viva como se a casa estivesse pegando fogo, pois está.
Acordar do sono é uma escolha e uma necessidade, amados. É o que precisamos urgentemente fazer em relação à crise climática que já está mudando a face da Terra e a nossa relação com o resto da vida. O cume do Clima de Novembro não produziu as mudanças de que necessitamos. Não era urgente o suficiente.
Acorde para a necessidade de erradicar do seu coração aqueles lugares onde residem a raiva e o medo, especialmente o medo. Esses são os lugares que criam a separação, e já chegou o momento em que as atitudes que mantemos, que aumentam a separação e diminuem o cuidado com o bem-estar de todos, não devem ser toleradas.
Acorde para a necessidade de levar a paz em seu coração e o fim do julgamento. Pois o julgamento que você mantém pode levar a emoções violentas, e as emoções violentas muitas vezes se autoperpetuam, criando uma ausência de paz e amor. Monitorem isso de perto, amados, pois é de amor que o mundo precisa, e não de emoção violenta.
Para criar um mundo em que a paz possa manifestar-se, devemos pensar no mundo que desejamos deixar aos nossos filhos e ter esperança suficiente para podermos ajudar a criar esse mundo. Se você acha que isso não é possível, não será possível. Em vez de um presente generoso para o futuro, legaremos ao futuro um caminho de obstáculos e de responsabilidades.
Houve muitos que levantaram a voz sobre a matança em Gaza, muitos que choraram lágrimas de tristeza e desamparo e que desejavam fazer mais. Podemos fazer mais, queridos, mas devemos fazê-lo juntos. Devemos instituir uma nova ética nas nossas relações mútuas que possa então tornar-se a nova ética pela qual as nações também possam viver. Não estamos lá ainda. Não estamos no lugar do cuidado incondicional, mas estamos caminhando nessa direção. Estamos começando a ver que a unidade é o único caminho a seguir. Todos os outros caminhos levam para trás.
É agora necessário despertar das justificativas que nos damos para permanecermos distantes uns dos outros, as justificativas que permitem à comunidade global fazer a mesma coisa, permitindo a desigualdade massiva e mantendo um mundo em que muitos têm mais do que precisam, e alguns têm pouco para sobreviver.
Chegou a hora, amados, e embora possamos ter dúvidas sobre a possibilidade de unidade com outros que agem e pensam de forma diferente de nós, precisamos despertar para a capacidade de nossos próprios corações de amar a todos e não nos concentrarmos em crenças, mas em seres.
Esta é a transição deste novo tempo, em que reconhecemos o ser um do outro e a unidade da qual cada um veio. Nós somos o mundo. Somos filhos da Terra e do Divino. Somos a esperança do futuro e o legado do passado. Somos responsáveis por proteger o futuro e não podemos fazer isso enquanto ainda estamos dormindo.
2024 é o ano do despertar do sono. Que as teias de aranha da sonolência sejam afastadas de nossos olhos para que cada um de nós veja o que precisamos curar e por onde precisamos caminhar para ocupar nosso lugar mais plenamente na vida.