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A Chama Violeta

Sítio dedicado à filosofia humana, ao estudo e conhecimento da verdade, assim como à investigação. ~A Luz está a revelar a Verdade, e a verdade libertar-nos-á! ~A Chama Violeta da Transmutação

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Novembro 16, 2020

chamavioleta

Só mais um bombom pra desapegar

Por Marisa Pretti

16 de novembro de 2020 

 
 

 

 
Luísa, minha filha, a segunda da ninhada de três gatinhas, colecionava papéis de bombons, organizados tanto quanto ela, virginiana.
 
As embalagens esticadíssimas, coladas em papel sulfite, escorregavam dentro dos plásticos transparentes e ali ficavam, presas pela ferragem prata em uma pasta catálogo preta com a capa e a contracapa decoradas.
 
Até outro bombom ser degustado.
 
Vejo a pasta dela separada entre outras coisas para doação descartada do armário. Ela, crescida e adolescente, diz que não sente mais vontade de colecionar.
 
Puxa, filha, tanto trabalho para juntar essas embalagens lindas e a coisa termina assim?
 
 
Sem nenhuma mordidinha em um último bombom de despedida?
 
É isso, mãe!
 
Por minha máxima teimosia, a pasta meio mofada está engavetada até hoje. Guardei. Nunca se sabe.
 
E eu sei. Quem guarda tudo mofa ainda mais que a pasta.
 
Hoje, ela coleciona chaveiros, já tem bem mais de 800.
 
A cada viagem dela, nossa ou de amigos, é fato: aumenta o tilintar das argolas na coleção.
 
Por que guardei as embalagens de bombons? Por ela ou por mim?
 
Provavelmente pela tentativa de parar o tempo e tê-la sempre, menina, ao meu lado.
 
Minha primeira coleção – compulsória, é fato – começou com pulseiras.
 
 
Godisable Jacob/Pexels
 
Todo dia 14 de maio, meu aniversário, minha mãe presenteava-me com uma pulseira de prata. Decorada com delicados ramos e florezinhas em relevo. Em combinações diferentes a cada ano.
 
Conforme eu ia crescendo, as pulseiras cresciam em quantidade e diâmetro.
 
Um dia, na escola, no tédio de uma aula de história, comecei a brincar com uma das pulseiras, quando tive a criatividade de uma cabeça de alfinete… e tlec! Encaixei a pulseira do décimo ano entre os meus dois separados dentes da frente. Os incisivos centrais, da arcada superior!
 
Entalada a pulseira no vão entre os dentes, começa minha tentativa de tirar a argola. Disfarcei um bom tempo. Quando percebi que não soltava, nem precisei avisar a professora, que notou meu choro baixinho.
 
Lembro-me da fisionomia dela, estática!
 
Procurando, imagino agora, decifrar, e penso enquanto escrevo, minha aparência de desespero que devia ser um tanto parecida com a de uma noiva virgem indiana no dia do casamento: com um grande piercing de argola preso na aba do nariz!
 
No meu caso, nos dentes! Com a gengiva inchando e a argola que nem ela nem a diretora conseguiram tirar.
 
Corre ligar para minha mãe, que estava no trabalho. E nem celular existia para agilizar.
 
Fato. Minha mãe nem deve ter se preocupado. Viúva, responsável por dois filhos e com a criatividade além da conta, era habitual ser presenteada com surpresas pouco agradáveis.
 
Chega a mãe. O olhar azul, cor de céu em dia de verão, mudou para um azul-esverdeado, cor de mar em dia de tempestade, traduzido fielmente em: “Me aguarde, conversamos em casa, agora vamos resolver”.
 
Minha mãe, sempre prática e proativa, em poucos segundos questionou se me levava ao dentista ou ao joalheiro.
 
cottonbro/Pexels
 
Táxi! “Vamos ao joalheiro para serrar a pulseira para não danificar tanto.”
 
Como assim? E eu? Vai que o joalheiro quebra meus dentes!
 
Não quebrou. Soldou a pulseira com perfeição. Fiquei de castigo por um mês.
 
E nunca mais ganhei pulseira de argola!
 
Sinceramente? Eu nem liguei. Já estava em outra fase.
 
Colecionei, por modinha, figurinhas de jogadores de times de futebol, trocava na escola, e cansei.
 
Adolescente, também colecionei embalagens de bombons. Bilhetinhos de amor. Papel de bala e até chiclete que o namorado mastigou colecionei. Cansei.
 
Adulta, colecionei sonhos, expectativas impossíveis. Cansei.
 
Colecionei dores emocionais e físicas por falta de alongamento e por exercícios sem disciplina. Cansei.
 
Não coleciono mais coisas. Compartilho. Verdades e bons sentimentos.
 
A pasta da coleção de bombons da minha filha Luísa? Ainda está no meu escritório. Bem lembrado, vou doar.
 
Nossa alma está mais conectada ao corpo quando a mente vibra em desapego.
 
Quero vibrar, aquietar, aqui, estar, quero só mente, desapegar.
 
Abraços acessíveis
 
 
Marisa Pretti
 

 




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Julho 17, 2020

chamavioleta

O que você sente é amor ou apego?

Escrito por Renata Silveira.

16 de julho de 2020. 

 
 
Casal se beijando em um parque..
 
 
 


 
O amor é complexo, enigmático, e tem diferentes formas, por isso, é um dos temas que mais evito. Apesar de seus tantos arquétipos, muitos não sabem a diferença de quando realmente estão tomados por este estado, ou se o que sentem não passa de apego; sentimento oriundo de uma carência emocional crônica.
 
 
A sensação de possuir, ou ter controle sobre algo, nos coloca à mercê daquilo. É próprio do ser humano não suportar a perda do que fora conquistado, pois faz parte da manutenção da nossa dignidade. Enio Burgos, o autor do livro “Medicina Interior”, afirma que as pessoas com perfil apegado têm mais probabilidade de terem emoções desequilibradas e prejudiciais ao corpo e à mente. Quando estamos apegados a algo, podemos apresentar sintomas como ansiedade ou depressão, seja por medo de perder, ou por termos perdido e não soubemos lidar com isso. Já as pessoas desapegadas estão sempre em harmonia, pois conhecem a sua verdadeira essência e sabem que a possibilidade de perder algo ou se distanciar de alguém não vai mudar a sua natureza ou seu propósito de vida.
 
“Evita apegar-te, seja ao que for, pois não há sofrimento para os que, com serenidade, não se apegam, nem têm aversão.” — Escritura budista Dhammapada Atthaka
 
Foto de Євгеній Симоненко no Pexels
 
 
A depuração do amor é amar sem ter o desejo de possuir, e por ser via de mão única, não se espera muito em troca. A monja Chaamda Jetsunma Tenzin divide o amor em duas faces: o amor romântico e o amor genuíno. No amor romântico temos o apego que diz: “Eu te amo, por isso quero que você me faça feliz.” Já o amor genuíno rebate: “Eu te amo, por isso quero que você seja feliz. Se isso me incluir, ótimo, se não me incluir, continuarei desejando a sua felicidade.”
 
É difícil pensar que o ser amado tem sua individualidade e pode percorrer trajetos contrários do seu. É árduo entendermos que o propósito da vida vai muito além do que a nossa consciência pode imaginar, vai muito além do que planilhamos em infinitas abas de um Excel com planos para 1, 2, 5 anos. Mas a maturidade junto ao autoconhecimento nos faz compreender que quem ama, empurra o ser amado na direção de seu próprio caminho, sabendo que pode ou não estar inserido nele.
 
Para Osho — guru e um dos maiores líderes espirituais —, o amor se alimenta de liberdade. Quando, por fim, nos deparamos com o amor liberto, fica nítido para todas as partes envolvidas o quanto estão mais unidas do que quando eram presas por amarras imaginárias. Tão unidas que o amor passa a ser total, e nessa substância homogênea não há a quem se prender. Quando o amor desabrocha na sua totalidade, tudo simplesmente é. Este é o arquétipo amor maduro.
 
“Se você ama uma flor, não a colha. Porque se você colhê-la, ela morre e deixa de ser o que você ama. Então se você ama a flor, deixe-a estar. O amor não está na posse. O amor está na apreciação.” — Osho
 
 
Foto de Hoang Loc no Pexels
 
 
É preciso entender que nada se controla, nada se aprisiona, e nada podemos possuir. A projeção que vem dos desejos e das paixões é o que fantasia e romantiza o apego. O medo de perder não só nos impede de viver como indivíduos, como também coloca a nossa individualidade em segundo plano. Queremos que o outro afirme a nós mesmos os porquês de terem ficado. Queremos validação de que somos boa morada, quando em vez de cuidarmos do nosso lar, estamos apenas criando novas amarras que apertam cada vez mais o outro em nossas vidas. Quem ama não precisa de outro alguém para afirmar suas necessidades afetivas, afinal, só nos tornamos verdadeiramente inteiros quando compreendemos isso.
 
Renata Silveira
 
Renata Silveira
 
Email: renata_tsilveira@hotmail.com
Instagram: @resilveiraa
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