11.05.15
O Livro perdido de Enki
12ª Tabuleta
Posted by Thoth3126 on 11/05/2015
O Livro Perdido de ENKI – The Lost Book of Enki– Memórias e profecias de um ”deus“ extraterrestre:
Faz cerca de 435.000 anos que astronautas de outro planeta e sistema solar chegaram à Terra em busca de ouro. Depois de aterrissar num dos mares da Terra, desembarcaram e fundaram Eridú, “Lar na Lonjura”.
Com o tempo, o assentamento inicial se estendeu até converter-se na flamejante Missão Terra, com um Centro de Controle de Missões, um espaçoporto, operações de mineração e, inclusive, uma estação orbital em Marte. Este livro conta a história desta saga extraterrestre, contada pelo próprio Enki.
Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
O Livro Perdido de ENKI – The Lost Book of Enki– Memórias e profecias de um ”deus“ extraterrestre de Nibiru
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Sinopse da Décima-segunda Tabuleta
1. A Terra seca, as planícies e os vales dos rios se repovoam.
2. Ouro em abundância chega das Terras além dos Mares (da América do Sul).
3. Anu e sua esposa Antu chegam em uma visita memorável.
4. Relembrando, os líderes se dão conta de que são marionetes do Destino.
5. Os líderes atribuem três regiões de civilização para a Humanidade (a Suméria na Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, o Egito com o rio Nilo e no subcontinente Indiano, com o rio Indus).
6. Indultado por Anu ao partir, Marduk mantém sua rebeldia.
7. A Primeira Região e as instalações espaciais são terras Enlilitas.
8. A primeira civilização do Homem começa na Primeira Região (Suméria).
9. Marduk usurpa um lugar para construir uma torre de lançamento ilícita.
10. Frustrado pelos Enlilitas, Marduk toma à força a Segunda Região (o Egito).
11. Depõe e exila a Ningishzidda para terras longínquas declara-se a si mesmo Ra, deus supremo, em uma nova religião.
12. Dá início aos reinados faraônicos para marcar uma nova civilização.
13. Enlil designa a seu filho Ishkur para que proteja as fontes de ouro na Cordilheira dos Andes, na América do Sul.
14. A Inanna lhe concedem os domínios da Terceira Região (o Vale do rio Indus, atual Índia e Paquistão).
15. Os deuses concedem a realeza ao homem, começam as guerras.
A DÉCIMA SEGUNDA TABULETA
Anu decidiu ir à Terra uma vez mais; com Antu, sua esposa, desejava vir. Enquanto esperavam sua chegada, os Anunnaki começaram a restabelecer suas moradas no Edin após o dilúvio. Das terras montanhosas, onde moravam os descendentes de Sem, as pessoas de cabeça negra (os seres humanos sobreviventes) emigraram às terras de antigamente. Sobre o terreno recém seco, os Anunnaki lhes deixaram assentar-se, para que provessem de mantimentos para todos. Onde antes do Dilúvio se levantou Eridú, a primeira cidade de Enki, sobre montões de lodo e lama desenhou-se uma nova Eridú. Em seu centro, sobre uma plataforma elevada, construiu-se uma morada para Enki e Ninki, a chamaram de “Casa do Senhor Cujo Retorno É Triunfante”; adornaram-na com ouro, prata e metais preciosos que foram cedidos pelos filhos de Enki.
Acima: Os Anunnaki resolveram criar quatro regiões com civilização humana após o dilúvio, três para a Humanidade, uma restringida a eles próprios: estabeleceram a primeira região na antiga terra do Edin (n.t. Suméria, Mesopotâmia, entre os Rios Tigre e Eufrates, hoje o atual Iraque), sob o domínio de Enlil e seus filhos.
Em um círculo que assinalava a abóbada celeste acima, plasmaram-se as doze constelações pelos seus signos zodiacais. Nas terras mais abaixo, igual ao Abzu, fluíam as águas cheias de peixes. Em um santuário, um lugar onde não podiam entrar os que não eram convidados, Enki guardava as fórmulas ME. Para Enlil e Ninlil se fundou uma nova Nibru-ki sobre o lodo e a lama; reconstruiu-se as moradas do povo, os redis e os estábulos, murou-se um recinto sagrado. Em seu interior se construiu uma morada para Enlil e Ninlil, em sete níveis se elevava; uma escada, que parecia subir ao céu, levava até a plataforma mais elevada. Ali guardava Enlil suas Tabuletas dos Destinos, com suas armas as protegiam: o Olho Elevado que explora as terras, o Raio Elevado que tudo penetra.
No pátio, em seu próprio recinto, guardava-se o veloz Pássaro celeste de Enlil (sua espaçonave). Enquanto se aproximava a chegada de Anu e Antu, selecionou-se um novo lugar para sua estadia no Edin, que não fosse nem de Enlil nem de Enki. Chamaram-lhe por Unug-ki, o Lugar Encantador. Plantaram-se árvores de sombra, e em metade se construiu uma estrutura de um branco puro, chamada a Casa de Anu. Seu exterior também se elevava em sete níveis; seu interior era como a residência de um rei. Quando chegou à Terra o carro celestial de Anu, as espaçonaves celestes os Anunnaki se elevaram para ele; lhe indicando o caminho para que aterrissasse a salvo no Lugar dos Carros, em Tilmun (atual Península do Sinai).
Utu, o comandante do Lugar, deu as boas-vindas à Terra aos seus bisavôs. Os três filhos de Anu, Enlil, Enki e Ninharsag estavam ali para lhes receberem. Todos se abraçaram, nossa separação, diziam-se uns aos outros. Olhavam-se uns aos outros, examinando os fatos na passagem do tempo: Embora mais longevos na passagem dos Shars (um ano de Nibiru=3.600 anos da Terra) eram os pais, que residiam em Nibiru, eles pareciam mais jovens que os filhos que residiam na Terra! Aos dois filhos, Enlil e Enki lhes via velhos e com barba; Ninharsag, em outros tempos jovem e bela, estava velha, encurvada e enrugada. Os cinco estavam molhados em lágrimas; mesclavam-se as lágrimas de alegria com as lágrimas de pesar.
Em naves celestes foram levados ao Edin os convidados e seus anfitriões, as espaçonaves aterrissaram em um lugar preparado junto ao Unug-ki. Todos os Anunnaki que tinham ficado na Terra estavam de pé como guarda de honra. Salve e sejam bem-vindos! Salve e sejam bem-vindos!, gritavam em uníssono para Anu e Antu. Depois, os Anunnaki acompanharam aos convidados em procissão, cantando e tocando música, até a Casa de Anu. Na Casa de Anu, ele se lavou e descansou junto à sua esposa Antu, mais tarde se perfumou e se vestiu. Antu foi escoltada pelas mulheres Anunnaki até a Casa do Leito Dourado; em um pátio aberto, enquanto a brisa da tarde fazia sacudir as folhas das árvores, Anu e Antu se sentaram sobre tronos. Aos seus flancos estavam Enlil, Enki e Ninharsag.
Os assistentes, serviçais seres humanos da Terra, que estavam completamente nus, serviram vinho e bom azeite; outros, em um local mais distante, estavam assando ao fogo um touro e um carneiro, presentes de Enlil e Enki. Preparou-se um grande banquete para Anu e Antu, esperava-se o sinal nos céus para começar. Seguindo as instruções de Enlil, Zumul, que estava instruído em matéria de estrelas e planetas, ascendeu aos níveis da Casa de Anu para anunciar a aparição dos planetas na noite dos céus da Terra. No primeiro nível apareceu Kishar (Júpiter) nos céus orientais, Lahamu (Marte) se viu no segundo nível, Mummu (Mercúrio) se anunciou no terceiro nível, Anshar (Saturno) surgiu no quarto nível, Lahmu se viu no quinto nível, a Lua anunciou-se desde o sexto nível.
Eridú foi reconstruída pelos Anunnaki após o dilúvio
Depois, a um sinal do Zumul, começou-se a cantar o hino O Planeta de Anu (Nibiru) se Eleva nos Céus, pois, do nível mais alto, o sétimo, divisou-se o avermelhado Nibiru. Os Anunnaki batiam palmas e dançavam com a música, celebravam dançando e cantando, cantavam em homenagem ao planeta (Nibiru) que aumenta em brilho, ao planeta celestial do senhor Anu. A um sinal se acendeu uma fogueira, vendo-se de lugar em lugar que se acenderam mais fogueiras: antes que terminasse a noite, toda a terra do Edin estava acesa com fogueiras! Depois da repasto de carne assada de touro e carne de carneiro, de pescado e de caça, acompanhada de vinhos e cervejas, Anu e Antu se recolheram às suas dependências para que passassem a noite; Anu e Antu agradeceram a todos os Anunnaki pela suntuosa festa.
Durante vários dias e noites da Terra, Anu e Antu dormiram; ao sexto dia, Anu chamou a seus dois filhos (Enki e Enlil) e a sua filha (Ninharsag). Escutou seus relatos dos fatos acontecidos na Terra, soube da paz e da guerra. Anu soube de como os seres humanos terrestres, que tinham que terem sido aniquilados pelo juramento de Enlil, haviam proliferado de novo. Enlil lhe revelou o descobrimento de ouro na terra além dos oceanos (América do Sul) e o lugar para os carros (espaçonaves) celestiais que havia ali. Foi então quando Enki contou a seu pai o sonho e a tabuleta de Galzu falando sobre o Dilúvio. Anu ficou enormemente desconcertado com isto: Nunca enviei à Terra um emissário secreto com esse nome! Assim disse Anu, o rei de Nibiru aos seus três filhos, os três líderes da Terra. Enki, Ninharsag e Enlil estavam desconcertados, olharam-se perplexos um para o outro.
Por causa da mensagem de Galzu, com os planos para se construir uma arca deixados na tabuleta, se salvaram Ziusudra e a semente de vida humana da Terra, após o dilúvio, disse Enki. Devido a mensagem de Galzu nos ficamos na Terra, disse Enlil a seu pai Anu. O dia que voces três voltarem para Nibiru voces morrerão, disse-nos Galzu. Incrédulo disto estava Anu; a mudança de ciclos, certamente, causava estragos na fisiologia de quem vinha de Nibiru morar na Terra, mas se podia curar com elixires! De quem Galzu era emissário, se ele não foi enviado por Anu?, disseram em uníssono Enki e Enlil. Quem quis salvar aos humanos terrestres, quem fez com que ficássemos na Terra? Ninharsag moveu a cabeça lentamente: Galzu apareceu enviado pelo “Criador de Tudo Que Existe“.
A criação dos humanos terrestres também estava destinada para acontecer pelo nosso intermédio, disso devo me maravilhar! Durante um momento guardaram silêncio os quatro; cada um rememorou em seu coração os acontecimentos do passado. Enquanto nós decretávamos fados, a mão do destino dirigia cada passo em nossas vidas sem que o percebêssemos! Assim disse Anu. A vontade do “Criador de Tudo Que É” agindo é muito evidente: Na Terra e para os humanos terrestres, só somos emissários (do Criador de Tudo que É), e nada mais.
“A Terra pertence aos humanos terrestres, Ele nos utilizou para preservá-los e para lhes fazer avançar em evolução! Se essa for nossa missão aqui, atuemos de acordo com isso!” Assim falou Enki. Os grandes Anunnaki que decretam os fados intercambiaram conselhos no referente às terras: os Grandes Anunnaki decidiram criar regiões civilizadas, para proporcionar nelas conhecimentos para à Humanidade; fundar cidades para a civilização do homem terrestre, criar nelas recintos (Zigurates na Suméria) sagrados como morada para os Anunnaki; estabelecer a realeza na Terra, igual a de Nibiru, dar coroa e cetro a um homem escolhido; transmitir através dele a palavra dos Anunnaki ao povo, fazer cumprir o trabalho e desenvolver destreza; estabelecer nos recintos sagrados um sacerdócio, para servir e dar culto aos Anunnaki como senhores (“deuses”) nobres.
Ensinar os conhecimentos secretos, transmitir a civilização à Humanidade.
Os Anunnaki resolveram criar quatro regiões, três para a Humanidade, uma restringida a eles próprios: estabelecer a primeira região na antiga terra do Edin (n.t. Suméria, Mesopotâmia, entre os Rios Tigre e Eufrates, hoje o atual Iraque), sob o domínio de Enlil e seus filhos; para em seguida criar a segunda região na Terra dos Dois Estreitos (n.t. Norte da África (Egito), desde o Estreito de Gibraltar até o Mar Vermelho), para que a governasse Enki e seus filhos.
A terceira região se concedeu o governo a INANNA em uma terra distante, (n.t. O vale do atual Rio Indus, no subcontinente indiano, hoje o Paquistão, cidades cujos restos arqueológicos foram descobertos em Mohenjo-Daro e Harapa) para que não se mesclasse com as outras duas regiões; a quarta região, consagrada só para os Anunnaki, seria a península (atual península do Sinai) do Lugar dos Carros Celestiais (n.t. Havia ainda outra região densamente povoada pela raça vermelha, a descendência de Ka-in, com a capital sendo a cidade de Tenochtitlan, no atual México – Península do Yucatan). Vem agora o relato da viagem de Anu às terras de além dos oceanos (América do Sul), e de como na Primeira Região se restabeleceram cidades para os Anunnaki.
Tendo tomado as decisões a respeito das quatro regiões e das civilizações da Humanidade, Anu perguntou pelo seu neto Marduk. Quero vê-lo de novo!, disse Anu aos líderes. Se eu mesmo causei a cólera de Marduk ao convidar a Dumuzi e Ningishzidda para visitarem Nibiru! Questionava-se Anu; desejava reconsiderar o castigo de Marduk. Quando fizer sua viagem às terras de além dos oceanos (América do Sul), enviarei mensagem para Marduk, para que se encontre contigo! A região para onde foi banido, onde ele vaga, está naquelas partes da Terra! Assim disse Enlil a Anu. Antes do casal real ir às terras distantes, Anu e Antu inspecionaram o Edin e suas terras; visitaram a nova Eridú e Nibru-ki, viram o local onde se planejaram construir as cidades da primeira região.
No Eridú, Enlil se queixou de Enki: Enki guarda para si as fórmulas ME! Anu, sentado no assento de honra, disse palavras de louvor a Enki: Meu filho construiu uma magnífica casa para si, belamente sobre uma plataforma está elevada. Enki dará grandes conhecimentos às pessoas que rodeiam e servem à Casa; agora, os conhecimentos que se guardam em segredo nos ME, devem ser compartilhados com outros Anunnaki! Enki se sentiu irritado; prometeu a Anu compartilhar com todos as fórmulas divinas. Nos dias posteriores, Anu e Antu inspecionaram as outras regiões em espaçonaves celestes.
Depois, no décimo sétimo dia, o casal real voltou para o Unug-ki para descansar uma noite mais. Na manhã seguinte, quando os Anunnaki mais jovens chegaram ante Anu e Antu para serem abençoados, Anu se afeiçoou por sua bisneta Inanna; estreitou-a, abraçou-a e a beijou. Leve-se em conta todas as minhas palavras!, anunciou aos congregados: Este lugar, depois que formos embora, dee a Inanna como dote, que seja meu presente para Inanna a nave celeste na qual inspecionamos a Terra! Com regozijo, Inanna se pôs a dançar e a cantar, seus louvores a Anu chegariam a ser cantados como hinos com o passar do tempo. Depois, despedindo-se dos Anunnaki, Anu e Antu partiram para as terras além dos oceanos (a Cordilheira dos Andes, na América do Sul).
Enlil e Enki, Ninurta e Ishkur, foram com eles à terra dourada. Para impressionar a Anu, o rei, com as grandes riquezas de ouro, Ninurta construiu para Anu e Antu uma morada; seus blocos de pedra, esculpidos à perfeição, estavam revestidos por dentro de ouro puro. Um recinto dourado, com flores de coralina esculpida, esperava ao casal real de Nibiru! À beira de um grande lago (o Lago Titicaca) da montanha se erigiu a morada. Mostrou aos visitantes como se recolhiam as pepitas de ouro. Aqui há ouro suficiente para muitos Shars vindouros!, disse Anu satisfeito. Em um lugar próximo, Ninurta mostrou a Anu e a Antu um montículo artificial, Ninurta explicava como foi feito um lugar para fundir e refinar os metais.
Mostrou-lhes como se extraía um novo metal das pedras: o Anak (o Estanho, encontrado em abundância no Peru e Bolívia), “Feito Anunnaki”, ele foi nomeado, mostrou-lhes como, ao combiná-lo com o abundante cobre, tinha inventado um forte metal (o BRONZE). No grande lago, desde cujas costas chegam os metais, Anu e Antu navegaram. O Lago do Anak o chamou Anu, a partir de então foi seu nome.
Depois, das terras do (América do) norte, terras onde se caçavam grandes (Búfalos) bestas com chifres em sua pradarias, veio Marduk ante seu pai Enki e seu avô Anu; Nabu, seu filho, estava com ele. Quando Enki perguntou por Sarpanit, Marduk lhes falou com pesar de sua morte. Agora, só Nabu esta comigo!, disse Marduk a seu pai Enki e a seu avô, Anu, que estreitou contra seu peito a Marduk: Suficientemente fostes castigado!, disse-lhe Anu; pondo a mão direita na cabeça de Marduk, Anu benzeu a Marduk para ser definitivamente perdoado.
O lago Titicaca, na Cordilheira dos Andes
Do lugar dourado, acima nas montanhas (Cordilheira dos Andes), todos os que se reuniram foram até a planície de baixo Planície de NAZCA). Ali, estendendo-se até o horizonte, Ninurta tinha preparado um novo lugar para os carros. O carro celestial de Anu e Antu estava ali preparado, carregado até os batentes com ouro. Quando chegou a hora de partir, Anu disse a seus filhos palavras de despedida e de orientação: Seja o que seja que o Destino (a vontade do Criador de Tudo Que É) pretende para a Terra e para os humanos terrestres, deixem que aconteça! Se para o Homem, e não mais para os Anunnaki, está destinada a herança da Terra, ajudemos o destino. Deem o conhecimento à Humanidade, lhes ensinem até certa medida os segredos do céu e da Terra, lhes ensinem leis de justiça e retidão. Estas instruções deu, fraternalmente, Anu a seus filhos, Enki e Enlil.
Uma vez mais se estreitaram, abraçaram-se e se beijaram, e do novo lugar dos carros celestiais Anu e Antu partiram para Nibiru. O primeiro a romper o pesaroso silêncio foi Marduk; suas palavras continham muita ira: O que é este novo Lugar dos Carros Celestiais?, exigiu uma explicação aos outros. O que ocorreu depois de meu exílio sem meu conhecimento? Quando Enki falou com Marduk das decisões das quatro regiões, a fúria de Marduk não conheceu limites: por que Inanna tem uma região só sua para governar, a causadora da morte de Dumuzi? As decisões foram tomadas, não se podem mais alterar! Assim disse Enlil a Marduk. Voltaram para o Edin e às terras adjacentes em naves celestes separadas. Pressentindo problemas, Enlil deu instruções ao Ishkur para que ficasse atrás, para vigiar o ouro.
Para comemorar a visita do rei Anu, introduziu-se uma nova conta da passagem do tempo, um novo calendário, com a contagem pela passagem dos anos da Terra, não mais pela passagem dos Shars de Nibiru (1 Shar equivalente a 3.600 anos da Terra), para contar o que acontecesse na Terra. Na Era de Touro (o calendário tem início em 3.760 a.C., durante a Era de Touro, iniciada em 4.468 a.C), que foi dedicada a Enlil, começou a contagem pelos anos da Terra. Quando os líderes retornaram ao Edin, o lugar da primeira região civilizada, os Anunnaki ensinaram aos Terrestres como fazer tijolos com barro, para com eles construir casas e cidades. Mas onde uma vez só se levantaram as cidades dos Anunnaki, também levantavam-se agora cidades tanto para eles bem como para os Terrestres.
Nessas novas cidades se consagraram recintos sagrados para os grandes Anunnaki (os Zigurates), nelas, se proporcionou aos Anunnaki nobres moradas, às que a Humanidade chamou Templos; neles, servia-se e se dava culto (divino) aos Anunnaki como Senhores Nobres, lhes honravam com números, a linha sucessória à Humanidade fizeram saber: Anu, o celestial, tinha a lista do número sessenta, a Enlil foi dado o número cinqüenta, a Ninurta, seu filho principal, Enlil lhe concedeu a mesma lista de cincoenta. O seguinte na sucessão era o senhor Enki, sustentava o número quarenta; a Nannar, o filho de Enlil e Ninlil, se atribuiu a lista do número trinta. A seu filho e sucessor, Utu, tocou-lhe o número vinte; ao resto dos filhos dos líderes Anunnaki lhes foi concedido a lista do número dez. As listas dos números cinco se compartilharam entre as mulheres Anunnaki e as esposas.
Depois que se terminaram a reconstrução de Eridú e Nibru-ki e suas morada-templos, construiu-se no Lagash o recinto do Girsu para Ninurta, ali se resguardava Ninurta e Bau, sua esposa, O Caçador Supremo e o Golpeador Supremo, as armas que Anu lhe deu de presente, protegiam o Eninnu. Onde antes do Dilúvio se localizava Sippar, em cima de um monte elevado, Utu fundou uma nova Sippar. No Ebabbar, a Casa Brilhante, levantou-se uma morada para Utu e sua esposa Aia. Dali, Utu promulgou leis de justiça para a Humanidade. Onde os estragos do dilúvio foram irrecuperáveis e não se pôde seguir os planos de antanho, se escolheram novos locais para antigas instalações. Adab, numa localização não distante do Shurubak, converteu-se no novo centro de Ninharsag. Ali, sua morada-templo recebeu o nome da “A Casa do Socorro e do Conhecimento Curador”; em seu santuário guardou Ninharsag os ME de como se criou os seres humanos Terrestres.
A Nannar foi proporcionado uma cidade com ruas retas, canais e molhes; Urim era seu nome, a sua morada-templo (Zigurate) se chamou Casa da Semente do Trono, ela refletia os raios da Lua sobre suas terras. Ishkur voltou para as terras montanhosas do norte, sua morada se chamou a Casa das Sete Tormentas. Inanna residiu no Unug-ki, vivia na morada que Anu lhe tinha dado. Marduk e seu filho Nabu passaram a viver no Eridú, no Edin não tinham suas próprias moradas. Vem agora o relato da primeira Cidade dos Homens construída e da realeza na Terra, e de como Marduk tramou construir uma torre e de onde Inanna roubou os ME.
Na Primeira Região, nas terras do Edin e nas cidades com recintos sagrados (Templos, Zigurates), os senhores Anunnaki ensinaram trabalhos e ofícios aos Terrestres. Não muito depois se irrigaram os campos, logo as embarcações navegavam em rios e por seus canais; redis para conter rebanhos de gado foram feitos e os celeiros logo estavam transbordantes com alimentos, a prosperidade e abundância novamente enchia toda a terra. Ki-Engi, a Terra dos Nobres Vigilantes, se chamou à Primeira Região (Suméria, na Mesopotâmia). Depois, decidiu-se deixar que as pessoas humanas de cabeça negra tivessem uma cidade para elas mesmas. Kishi, Cidade Cetro, chamou-se, em Kishi (histórica KISH) começou a realeza do Homem. Ali, em terreno consagrado, Anu e Enlil implantaram o Objeto Brilhante Celestial. Nele, Ninurta designou o primeiro rei, Homem Poderoso foi seu título real. Para fazê-lo centro da Humanidade Civilizada, Ninurta viajou até Eridú para obter de Enki as tabuletas ME que conservavam as fórmulas divinas para a realeza.
Com o traje adequado, Ninurta entrou no Eridú com respeito, perguntou pelos ME da realeza: Enki, o senhor que salvaguarda todos os ME, concedeu a Ninurta cinqüenta ME. No Kishi, ensinou às pessoas de cabeça negra a calcular com números, a celestial Nisaba lhes ensinou a escrever, a celestial Ninkashi lhes mostrou como fazer cerveja. No Kishi, dirigidos por Ninurta, proliferou o trabalho do forno e da forja de metais, carretas com rodas, puxadas por asnos machos, criaram-se habilmente no Kishi. No Kishi se promulgaram leis de justiça e de reta conduta. Foi no Kishi onde o povo compôs hinos de louvor a Ninurta: de suas heróicas façanhas e vitórias cantavam, sobre o seu “terrível Pássaro Negro” cantavam, de como tinha submetido aos bisões em terras longínquas, como tinha encontrado o metal (estanho) branco para mesclá-lo com o cobre.
Restos do Zigurate da antiga cidade bíblica de Ur, na Mesopotâmia
Foi um tempo glorioso para Ninurta, que foi honrado com a Constelação do Arqueiro (Sagitário) lhe sendo dedicada. Enquanto isso, Inanna esperava para exercer seu domínio sobre a Terceira Região, ela exigia dos líderes os seus domínios. A Terceira Região virá depois da segunda ser implantada!, asseguravam-lhe os líderes Anunnaki. Depois de perceber como Ninurta tinha ido ao Eridú, de como tinha obtido o ME da realeza, Inanna urdiu um plano em seu coração, tramou a obtenção do ME de Enki. Enviou a sua donzela de câmara Ninshubur a Eridú, para anunciar uma visita de Inanna. Depois de ouvir isto, Enki deu rapidamente instruções a Isimud, seu mordomo: A donzela, completamente só, dirige seus passos até minha cidade de Eridú, Quando chegar, completamente sozinha, fá-la entrar em minhas câmaras interiores. Lhe ponha água fria para que refresque seu coração, lhe dê bolos de cevada com manteiga, prepara vinho doce, enche as vasilhas de cerveja até a borda!
Quando Inanna entrou sozinha na morada de Enki, Isimud seguiu as ordens do Enki; depois, quando Enki recebeu a Inanna, viu-se afligido pela beleza da Inanna: Inanna ia cheia de jóias, através de seu fino vestido se lhe revelava seu corpo. Quando ela se inclinava, Enki admirava completamente seus seios. Beberam vinho doce das taças, competiram em beber cerveja. Mostre-me os ME!, disse-lhe Inanna a Enki brincando, Deixa que eu segure um ME em minha mão! Sete vezes no transcurso da competição Enki deixou Inanna sustentar os ME, as fórmulas divinas de governo, a realeza, o sacerdócio e dos registros, Enki deixou Inanna sustentar os ME do traje amoroso e da guerra; da música e do canto, do trabalho da madeira, dos metais e das pedras preciosas, os noventa e quatro ME necessários para os reinos civilizados deu Enki a Inanna. Segurando com força os seus prêmios obtidos, Inanna fugiu do dormitório de Enki; apressou-se em chegar a seu Navio do Céu, deu instruções de elevar-se e afastar-se ao seu piloto. Quando Isimud despertou a Enki de seu torpor, disse prende a Inanna!, disse a Isimud. Quando Enki ouviu de Isimud que Inanna já tinha partido em seu Navio do Céu, deu instruções a ele para que perseguisse Inanna na nave celeste de Enki. Temos que recuperar todos os ME!, disse-lhe.
Isimud interceptou o Navio do Céu de Inanna nas cercanias do Unug-ki, a fez voltar para Eridú e enfrentar à ira de Enki. Mas quando Inanna foi levada de volta a Eridú, os ME não estavam com ela: Inanna já os tinha dado à sua donzela de câmara, Ninshubur, para a Casa de Anu em Unug-ki os tinha levado Ninshubur. Em nome de meu poder, em nome de meu pai Anu, ordeno que me devolvas os ME! Assim lhe falou Enki, enfurecido, a Inanna; em sua morada a deixou cativa. Quando ouviu isto, Enlil foi a Eridú para enfrentar-se com seu irmão. Em justiça obtive os ME, o mesmo Enki os pôs em minhas mãos! Assim o disse Inanna a Enlil; verdade que Enki admitiu.
Quando chegar a seu fim o tempo da cidade de Kishi, a realeza passará ao Unug-ki declarou Enlil. Quando Marduk ouviu tudo isto, enfureceu-se enormemente, sua ira não conheceu limites. Suficiente foi minha humilhação!, gritou Marduk a seu pai Enki. Imediatamente, exigiu de Enlil uma cidade sagrada para si mesmo no Edin. Mas Enlil não teve em conta a petição de Marduk, e Marduk tomou em suas próprias mãos o fado. Considerou um lugar que tinha sido selecionado para a chegada de Anu, antes que se decidissem pelo Unugki, chamou a seu filho Nabu, aos Igigi e a seus descendentes desde suas terras dispersas, para fundar uma cidade sagrada para Marduk, um lugar para as espaçonaves celestes!
Quando seus seguidores reunidos no lugar não encontraram pedras com as quais construir, Marduk lhes mostrou como fazer tijolos e cozê-los ao fogo, para que servissem como pedras; com tudo isto, começaram a construir uma torre cujo topo pudesse alcançar os céus. Enlil se apressou em ir ao lugar para frustrar o plano, tentou aplacar a Marduk com palavras de calma; mas não conseguiu deter a Marduk e a Nabu em sua empresa. Enlil reuniu a seus filhos e netos no Nibru-ki; consideraram todos o que podiam fazer. Marduk está construindo um Pórtico para o Céu não permitido, o está confiando aos Terrestres! Assim disse Enlil a seus filhos e netos.
Se permitirmos que isto ocorra, nada de quanto se proponha a Humanidade ela deixará de alcançá-lo! Terá que deter este malfadado plano!, disse Ninurta; todos concordaram nisso. Era de noite quando, desde o Nibru-ki, chegaram os Anunnaki enlilitas, desde suas naves celestes deixaram cair sobre a torre em construção fogo e enxofre; à torre e a todo o acampamento deram fim por completo. Então, Enlil decidiu dispersar o líder e a seus seguidores, Enlil decretou confundir seus conselhos na sucessão, destruir sua unidade: até agora, todos os Terrestres tinham uma só linguagem, em uma única língua se falam. Na sucessão confundirei sua linguagem, para que não se compreendam mais entre si!
Tudo isto aconteceu no ano trezentos e dez (ano 3.450 a.C) desde que começou a contagem do tempo pelos anos da Terra: em cada região e em cada terra fez falar às pessoas em línguas diferentes, depois deu a cada povo uma forma diferente de escritura, para que não se pudessem compreender uns aos outros. Vinte e três reis reinaram em Kishi, durante quatrocentos e oito anos foi a Cidade do Cetro; também foi no Kishi que um amado rei, Etana, foi levado em uma viagem celestial. Que no tempo atribuído se transfira a realeza ao Unug-ki! Assim o decretou Enlil. Até seu chão se transferiu o Objeto Brilhante Celestial desde o Kishi. Quando lhe anunciou ao povo a decisão, cantaram a Inanna um hino de exaltação.
Dama dos ME, Reina, brilhante resplandecente, justa, vestida radiante, amada do céu e a Terra; pelo amor de Anu foi consagrada, portadora de grandes adorações, sete vezes obteve os ME, em sua mão os sustenta. Destinados para a tiara da realeza, adequados para o supremo sacerdócio, Dama dos grandes ME, deles é a guardiã! No ano quatrocentos e nove desde que começou a conta dos anos da Terra, se transferiu ao Unug-ki a realeza da Primeira Região; seu primeiro rei foi o supremo sacerdote da morada do templo de Eanna, era um filho de Utu! Quanto a Marduk, foi à Terra dos Dois Estreitos, esperava ser o senhor da Segunda Região (governada por Enki, seu pai), uma vez ali se estabelecesse.
Reprodução de Inanna, em uma estela suméria, segurando dois Anks (símbolo da vida), sobre dois leões (seu animal símbolo) com duas corujas (símbolo de sabedoria) em seus lados.
Vem agora o relato de como se estabeleceram a Segunda e a Terceira Região de civilização no planeta, e de como Ningishzidda foi exilado e Unug-ki ameaçou a Aratta. Quando Marduk, depois de uma larga ausência exilado, voltou para a Terra dos Dois Estreitos, encontrou ali a Ningishzidda como seu senhor, seu Nobre Senhor era Ningishzidda. Ele fiscalizava as terras com a ajuda dos descendentes dos Anunnaki que se haviam casado com mulheres terrestres, o que uma vez Marduk tinha planejado e instruído, Ningishzidda o tinha revogado. O que é que se passou? exigiu saber Marduk. Ele acusou a Ningishzidda da destruição do oculto, de fazer Hóron (Hórus) partir para um lugar deserto, um lugar que não tem água, um lugar sem limites onde não desfrutava de prazeres sexuais!
Os dois irmãos criaram um alvoroço, se envolveram (de novo Marduk) em uma amarga disputa. Chamada a atenção, aqui estou em meu próprio lugar!, disse Marduk a Ningishzidda. Você tomou o meu lugar; de agora em diante, tu só serás um ajudante meu. Mas se te sentes inclinado para a rebelião, a outra terra terá que largar! Durante trezentos e cinqüenta anos da Terra, estiveram brigando os irmãos na Segunda Região, a terra dos Estreitos. Durante trezentos e cinqüenta anos, esteve a terra no caos, havia diferenças entre os irmãos. Então, Enki, o pai de ambos, disse a Ningishzidda: Pelo bem da paz, parte para outras terras! Ningishzidda optou por ir a uma terra de além dos oceanos (América do SUL), com um grupo de seguidores se foi para ali.
Seiscentos e cinqüenta anos da Terra era nesse momento a conta (ano 3.508 a.C.), mas nos novos domínios, onde Ningishzidda foi chamado de “A Serpente Alada” (n.t. Quetzatcoatl), começou uma nova contagem própria do tempo (Calendário MAIA). Na Terra dos Dois Estreitos se estabeleceu a Segunda Região sob o domínio de Marduk; nos anais da Primeira Região chamaram esta região de MAGAN, Terra do Rio (NILO) das Cascatas. Mas, para a gente da Segunda Região, quando as línguas se confundiram, lhe chamaram a partir de então HEM-LHA, a “Terra Marrom Escura”. Na nova língua se chamou aos Anunnaki, os Vigilantes Guardiões como Neteru. Marduk foi adorado como o deus RÁ, o Brilhante; a Enki se passou a venerar como PTAH, o Construtor.
A Ningishzidda se renomeou como Tehuti (mais tarde seria mudado para Thoth), o Mediador Divino; para apagar sua memória (de Tehuti, Thoth, Ningishzidda), Ra-Marduk substituiu sua imagem no Leão de Pedra pela de seu filho Assar. Ra fez com que o povo contasse por dez, não mais por sessenta; também dividiu o ano em doze meses, substituiu a observação da Lua pela observação do Sol. Enquanto sob o senhorio do Tehuti se restabeleceram as antigas Cidades do Norte e Cidades do Sul (no vale do Rio Nilo), Marduk/Ra uniu em uma só Cidade da Coroa as duas terras, a do Norte e a do Sul. Um rei, um descendente do Neteru e terrestre, designou ali; Mena foi seu nome (Faraó Menés). Onde as duas terras (África e Oriente Médio) se encontram e o grande rio se divide (o delta do rio Nilo), Ra fundou uma Cidade do Cetro. Deu-lhe esplendor para ultrapassar a cidade de Kishi, na Primeira Região, e a chamou de Mena-Nefer, a Beleza de Mena.
Para honrar a seus maiores, Ra construiu uma cidade sagrada, para honrar ao rei de Nibiru a chamou de Annu; ali, sobre uma plataforma, erigiu uma morada templo para seu pai Enki-Ptah, o seu ápice, em cima de uma alta torre, saía para o céu como um foguete afiado. Em seu santuário, Ra depositou a parte superior de sua Barca Celestial, e a chamou Ben-Ben; era aquela na qual tinha viajado do Planeta dos Inumeráveis Anos. No dia de Ano Novo, o rei realizava as cerimônias como Sumo Sacerdote, unicamente nesse dia, entrava sozinho na profunda Sala da Estrela, ante o Ben-Ben punha as oferendas. Para beneficiar à Segunda Região (e seu filho), Enki-Ptah deu a Ra-Marduk todo tipo de ME, para que sua civilização florescesse.
O que eu sei que você não saiba?, perguntou-lhe o pai (Enki) a seu filho (Marduk). Ele deu a Ra todo tipo de conhecimento, menos o de reviver aos mortos. Como um Grande dos Doze (constelações) Celestiais, Ptah atribuiu a Ra a constelação do signo do Carneiro (Áries). Ptah regulou o fluxo da água do Hapi (Rio Nilo), o grande rio do país, para Ra e seu povo, não demorou para chegar a abundância aos férteis solos cobertos de barro pelas cheias, homens e gados se multiplicaram. Os líderes Anunnaki se animaram com o êxito da Segunda Região; procederam a estabelecer a Terceira Região. Decretaram fazê-la um domínio de Inanna, tal como lhe tinha sido prometido.
Como corresponde à senhora de uma região, lhe atribuiram uma constelação celestial: previamente, junto com o seu irmão Utu, ela compartilhava a Estação (Constelação de) dos Gêmeos, a partir de então, como presente de Ninharsag, a Constelação da Virgem foi atribuída a Inanna; no ano oitocentos e sessenta (2.900 a.C.), segundo a conta dos anos da Terra, honrou-se assim a Inanna. Longe, nas terras orientais, além das sete cadeias montanhosas, estava a Terceira Região. Zamush, a Terra das Sessenta Pedras Preciosas, chamou a seu reino das terras altas Inanna.
Como seria a entrada da cidade de Harappa, no vale do rio Indus.
Aratta (Harappa?), o Reino Arborizado, estava localizado no vale de um grande rio sinuoso; numa grande planície, as pessoas cultivavam cereais e pastoreavam o gado. Também se construíram duas cidades (n.t. Hoje as suas ruínas são Mohenjo-Daro e Harapa, no Vale do rio Indus, no atual Paquistão) com tijolos de barro, encheram-nas de celeiros. Como exigia o decreto de Enlil, o Senhor Enki, Senhor da Sabedoria, designou uma nova língua para a Terceira Região, um novo tipo de signos de escritura elaborou para ela, em sua sabedoria, Enki criou para Aratta uma língua de homem até então desconhecida; mas Enki não deu os ME dos reinos civilizados à Terceira Região: Que Inanna compartilhe com a nova região o que obteve para o Unug-ki!, declarou Enki.
Em Aratta, Inanna designou um pastor-chefe, era parecido a seu amado Dumuzi. Inanna viajava em sua nave celeste do Unug-ki a Aratta, voava sobre montanhas e vales. Tinha em muita estima as pedras preciosas do Zamush, levava com ela lápis lázuli puro até o Unug-ki. Naquele tempo, o rei no Unug-ki era Enmerkar, era o segundo rei a reinar ali; foi ele o que expandiu as fronteiras do Unug-ki, por suas glórias se exaltou a Inanna. Foi ele o que cobiçava a riqueza da Aratta, tramou conseguir a supremacia sobre Aratta. Enmerkar despachou em direção à Aratta um emissário para exigir as riquezas de Aratta como tributo. Sobre as sete cadeias montanhosas, cruzando terras ressecadas e, depois, empapado pelas chuvas, o emissário foi até a Aratta, repetiu-lhe palavra por palavra ao rei de Aratta as exigentes palavras de Enmerkar.
O rei de Aratta era incapaz de entender sua língua; soava-lhe igual a um zurro de um burro. O rei de Aratta deu ao emissário um cetro de madeira no que tinha inscrito uma mensagem. A mensagem do rei pedia que Unug-ki compartilhasse com Aratta os ME, como presente real para o Unug-ki se carregou muitos burros com cereais, que foram com o emissário de volta até Unug-ki. Quando Enmerkar recebeu o cetro inscrito, ninguém compreendeu sua mensagem em Unug-ki. Levou-o da luz à sombra, levou-o da sombra à luz; que tipo de madeira é esta?, perguntou. Depois, ordenou que a plantassem no jardim. Passaram cinco anos, passaram dez anos, do cetro cresceu um arbusto, era um arbusto de árvore de sombra.
O que faço?, perguntou-lhe o frustrado Enmerkar a seu avô Utu. Utu intercedeu com a celestial Nisaba, senhora dos escribas e das escrituras. Nisaba ensinou a Enmerkar a inscrever sua mensagem em uma tabuleta de argila, estava escrita na língua de Aratta. A mensagem se entregou por mão de seu filho Banda: Submissão ou guerra!, dizia a mensagem a Aratta. Inanna não abandonou Aratta, Aratta não se submeterá ao Unug-ki!, disse o rei de Aratta. Se Unug-ki desejar a guerra, que se encontrem um guerreiro contra um guerreiro de cada cidade! Melhor ainda, trocaremos tesouros pacificamente; que Unug-ki dê seu ME em troca das riquezas de Aratta!
No caminho de volta, levando a mensagem de paz, Banda caiu doente; seu espírito lhe deixou. Seus camaradas lhe levantaram a cabeça, mas ele estava sem o fôlego da vida; no Monte Hurum, no caminho de Aratta, Banda foi abandonado à sua morte, Unug-ki não recebeu as riquezas de Aratta, Aratta não obteve os ME do Unug-ki. Na Terceira Região, a Humanidade Civilizada “criada pelos Anunnaki” não floresceu de todo.
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