A nossa identidade humana foi sedimentada, ao longo dos séculos, como potenciais consumidores para o funcionamento de um sistema que nos segregou da individualidade autônoma.
Esse rompimento que se dá com as mudanças energéticas massivas ocorridas no planeta e atingindo nossa consciência, porque somos parte da Terra, nos remete aos processos de ampliação da percepção e da constatação de que a realidade coletiva se manifesta no direcionamento das ações intencionadas para manter as coisas tais como são.
Por isso a dificuldade em sabermos o que ou quem move as peças que direcionam as pessoas na construção e manutenção dos cenários tão conhecidos. Boa parcela da população mundial segue na inconsciência do seu poder de criação e autonomia, são vitimas das circunstâncias, dos direcionamentos subliminares, da governança política e vulneráveis às mudanças ou rearranjos geopolíticos.
Assim, tudo que acontece no mundo hoje, para quem está no processo de expansão da consciência, é percebido como a projeção de um filme de baixa qualidade e não há necessidade de saber quem dirige ou fez o roteiro, não somos mais plateia.
Expandimos a percepção, não nos limitamos mais aos acontecimentos locais, nos interessamos pelos ciclos universais. Estamos mais atentos em como somos afetados e afetamos, além de intuirmos que a energia que vibramos é parte da orquestração universal e de que há muito, muito mais do que imaginávamos até aqui.
As mudanças planetárias não são totalmente perceptíveis porque é processo e não se restringe apenas a nós, seres humanos, mas todas as formas de vida. Estamos vivenciando mudanças geológicas, físicas, emocionais e energéticas que moldarão as novas gerações.
Existe a possibilidade de processarmos essas mudanças ainda nessa vida. Tudo é questão de romper com as crenças herdadas e adquiridas. Tudo está acontecendo agora, mas os nossos sentidos físicos são limitados ao espaço que ocupamos e ao tempo, ainda engatinhamos no uso das potencialidades disponíveis.
Estamos percebendo que na interação social, tudo o que sai de nós, sejam palavras ou ações, já é passado, mas chega ao interlocutor no futuro porque ainda passará pelos seus circuitos cerebrais para se transformar em visão, audição e elaboração emocional.
Tudo que é enviado foi criado num tempo diferente do que é recebido pelo outro, por isso é preciso observar o que se produz nas interlocuções, pois tudo que sentimos é percebido de maneira diferente pelo outro.
Os diálogos com julgamentos sobre fatos ocorridos não tem finalidade, são apenas distrações, mas iludem os desavisados, como se as palavras e indignações fossem alterar o que já passou.
O que chega instantaneamente é a energia que emanamos, por isso, muitas vezes a pessoa fala algo, mas captamos uma sensação divergente das palavras ditas. Na verdade, estamos sentindo as emoções verbalizadas e não apenas ouvindo palavras.
Sinto que no futuro próximo as interações sociais limitarão os diálogos, pois não haverá necessidade de expressar julgamentos sobre fatos ou acontecimentos. As palavras serão substituídas pelas vibrações emanadas. Eu mesma não sinto muita vontade de falar e para escrever, sinto que as palavras não dão conta de representar o que quero dizer.
A coletividade e sua forma perdeu a base energética, agora somos unidades energéticas tentando agrupar frequências similares. Constatar esse fato é libertador.
No processo de expansão de consciência, os milagres (amo essa palavra, é tão profunda e mágica) estão se manifestando imediatamente. Por exemplo, sentimos medo ou angústia, às vezes sem motivo aparente, acionados por um pensamento associado a alguma memória de dor, porque volta e meia sentimos a mesma coisa, é um padrão, como a pandemia tem feito emergir em nós.
Então, conscientes, pedimos ajuda (eu peço ao meu Eu Superior) e a emoção evapora, imediatamente. Quanto mais nos integramos, mais rápido manifestamos o que intencionamos. Cada emoção que emerge e nos limita, como raiva, mágoa, medo, pedimos ajuda e deixamos ir.
É fácil, praticado conscientemente. Cada um de nós sabe ter a capacidade de romper com essas limitações, basta querer. Curamos a nós mesmos, não as pessoas que amamos ou quem está em sofrimento.
Quando curados, nossa frequência vibracional potencializa a compaixão e olhamos para o outro, amorosamente, como uma mãe ou pai olha o filho tentando fazer algo que ainda não está pronto para fazer, mas fará. Isso muda tudo, muda nossa atuação, nossa vibração e todas as nossas relações.
Observe sem o filtro da identidade pessoal, mas da integralidade de quem Somos. Sinta alegria em estar humano, é o que basta para apreciar a paisagem, não precisa saber onde esteve e nem para onde irá. Não precisa entender, renda-se. Você É!