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A Chama Violeta

Sítio dedicado à filosofia humana, ao estudo e conhecimento da verdade, assim como à investigação. ~A Luz está a revelar a Verdade, e a verdade libertar-nos-á! ~A Chama Violeta da Transmutação

A Chama Violeta

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Janeiro 23, 2023

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LUA NOVA E ANO NOVO CHINÊS
Jennifer Hoffman
deixaracaixa.blogspot.com/2023/01/lua-nova-e-
Posto aqui por achama.biz.ly
rayviolet2.blogspot.com/2023/01/lua-nova-e-an


Esta é uma lua nova significativa e o Ano Novo Chinês. Primeiro é a lua nova que nos remete a 18 de dezembro de 2020 quando Saturno entrou em Aquário, seguido de Júpiter 2 dias depois. Um aspecto raro, de fato.

Saturno em Aquário tem sido um divisor de águas global nos últimos 120 anos.
É um momento de grande inquietação, transformação e recalibração.

As datas da entrada de Saturno em Aquário são:

1903 – Os irmãos Wright têm o primeiro voo aéreo bem-sucedido, mudando a forma como viajamos, os sistemas geopolíticos começam

1932 – início dos eventos políticos que levaram à Segunda Guerra Mundial

1962 – morte de JF Kennedy e ascensão do estado sombrio

1991 – O desastre do Challenger e o planejamento para uma nova ordem mundial são estabelecidos

2020 – pandemia global e o que se seguiu

Em cada um desses anos, Saturno esteve em Aquário, o tema foi escuridão versus luz, bem versus mal, liberdade versus....+ deixaracaixa.blogspot.com/2023/01/lua-nova-e-

Janeiro 23, 2021

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O Sábio nunca se finaliza em uma verdade última

Por Nilo Deyson Monteiro Pessanha

22 de janeiro de 2021

 
 
 
 
 
 
Oconhecimento nas mãos certas, isto é, em posse de um sábio gera vida, gera encantamento, segurança e credibilidade. No entanto, o sábio cora suas palavras e jamais abandona a humanidade. O sábio jamais se finaliza em uma verdade última, pelo contrário, continua investindo em conhecimento de sorte que a cada novo passo sobre o oceano do conhecimento, percebe-se o quanto de coisas não se sabia e precisa avançar nas pesquisas e estudos para se explorar novos mundos, novas realidades, enfim, universos infinitos no caminho de um sábio que dedica sua vida para estudar, um verdadeiro sacerdócio acadêmico. A LITERATURA faz seu papel fundamental no processo da sabedoria, porquanto o livro pode mudar a vida do homem em seu turno enquanto vida.
 
É triste vermos pessoas perdendo seu precioso tempo, sua única vida, toda ela perdida na mediocridade de uma existência vazia, dentro do espaço de um vazio existencial. Óbvio que muitos não tiveram condições de estudar, isso é um outro assunto muito grave que afeta milhões de pessoas pelo mundo e precisa ser debatido sempre, pois a falta de estudos implica em uma vida com grande probabilidade de sofrimento, miséria e insatisfação. No entanto, como filósofo que educa, preciso deixar uma provocação: ” A vida experimental que você carrega em seu armário, ela te proporciona leveza?” – Muitos dirão que não pelo simples fato de que lhes faltam repertório, argumentação que sustenta a aceitação da vida como uma vida leve e plena.
 
O repertório, a argumentação e a aceitação da vida só poderão ser empregadas quando o homem resolver mudar seus hábitos e passar a querer ter uma vida digna e que vale ser vivida. Os estudos estão diretamente ligados à essa expectativa, isto é, os estudos podem mudar o futuro do indivíduo dependendo do seu empenho, entrega e desempenho.
 
Os livros podem mudar seu vocábulo, sua visão de mundo, abrir portas, fazer desaparecer a sensação de uma vida insatisfeita. Os livros, a literatura, farão com que o mundo do conhecimento te visite, invada seu intelecto, amplie sua consciência de mundo. Os livros te fazem ser disciplinado, centrado, ético e seguro. Lembrando que todos os benefícios que os livros podem proporcionar dependerão de quais conteúdos o sujeito esteja lendo, estudando.
 
 
Lisa Fotios / Pexels / Canva
 
 
O sábio gera discípulos mesmo sem perceber, pois ele faz o sábio ser percebido por onde passa e se torna um “professor” daqueles que se encontram em trevas. ” Libertei mil escravos e teria libertado outros mil se esses soubessem que eram escravos “. A sabedoria de um sábio está na simplicidade, no vasto conhecimento, na humildade, no modo de falar e principalmente no comportamento equilibrado, ético e compreensível para o o mundo. Volto a falar sobre a importância dos livros no processo de investimento em conhecimento, pois mesmo que o indivíduo não goste de ler, precisa mudar seus hábitos e criar gosto, basta usar os interstícios do seu dia para debruçar leitura em livros de qualidade, pois a educação que os livros proporcionam é a extensão contínua da escola para os que entendem ou tenham essa consciência da importância da leitura, dos livros. Os livros formam homens livres e de bons costumes,com vocabulário rico e de postura irrepreensível no modo como trata o seu próximo, com respeito. Uma outra característica que os livros podem proporcionar ao homem é a maneira elegante, equilibrada e justa com a qual ele trata assuntos complexos, problemas cotidiano e outros, logo se percebe sua sabedoria na forma como conduz e dialoga os infortúnios diários com categoria e visão ampla de mundo que o dá condições para solucionar com simplicidade os problemas até então complexos.
 
A literatura cumpre seu papel na formação, portanto, ler livros é indispensável.
 
Enfim, o sábio nunca está pronto por inteiro, uma vez que quando aprende uma coisa, sabe que existem milhares de outras a serem assistidas e exploradas. Um homem sábio sente o mestre chegar, logo o sábio é um aluno, eterno aprendiz do mestre invisível, de sorte que quando o mestre aparece o homem desaparece, logo entra a sabedoria em lugar da soberba e faz do homem cheio de vícios e paixões, um verdadeiro sábio cheio de simplicidade e com sede de aprender!!! O mestre invisível se percebe nos livros, nos estudos, nas pesquisas e principalmente na consciência que sinaliza o caminho da não verdade última. 
 
 
Nilo Deyson Monteiro Pessanha 
 
 
 
 
 


 

 
A verdade dentro de nós libertar-nos-á. 
Nós somos UM.
Não há necessidade de religiões dogmáticas, partidos políticos e ciência dogmática, vinculados a uma cabala negra que nos divide para reinar.
Qualquer investigação à VERDADE genuína irá confirmá-la.
A VERDADE não precisa de proteção.
Pergunta: Por que será que os sionistas têm tanto medo de qualquer investigação ao Holocausto?
 


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Janeiro 12, 2021

chamavioleta

Dia Mundial da Filosofia:

“O importante é ser, e não aparecer ser”

Por Luis Lemos

11 de janeiro de 2021

 

 
 
 
Hoje, Dia Mundial da Filosofia, o que falar e como falar sobre aquilo que você mais ama? O que dizer e como dizer sobre a forma de pensamento que você escolheu para viver?
 
Só mesmo destacando 13 frases de grandes pensadores para resumir o que eu penso sobre a importância da Filosofia. Espero que você leia e goste. Deleite-se!
 
 
1- Pitágoras
 
“Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo e bem-feito.”
 
2- Heráclito
 
“Paremos de indagar o que o futuro nos reserva e recebamos como um presente o que quer que nos traga o dia de hoje.”
 
3- Sócrates
 
“Meu conselho é que se case. Se você arrumar uma boa esposa, será feliz; se arrumar uma esposa ruim, você se tornará um filósofo.”
 
PolinaZimmerman/Pexels
 
4- Platão
 
“A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento.”
 
5- Aristóteles
 
“O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz.”
 
6- Epicuro
 
“Nunca protele o filosofar quando se é jovem, nem canse de fazê-lo quando se é velho, pois ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma.”
 
 
Kaushalmoradiya/ Pexels
 
7- Sêneca
 
“A ignorância, ou melhor, a demência humana é tão grande que alguns são levados à morte justamente pelo medo da morte.”
 
8- Marco Aurélio
 
“Escava dentro de ti. É lá que está a fonte do bem, e esta pode jorrar continuamente, se a escavares sempre.”
 
9- Santo Agostinho
 
“A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las.”
 
 
Andreapiacquadio/ Pexels
 
 
10- Hegel
 
“O que a história ensina é que os governos e as pessoas nunca aprendem com a história.”
 
11- Jean-Paul Sartre
 
“Basta que um homem odeie outro para que o ódio ganhe pouco a pouco a humanidade inteira.”
 
12- Simone de Beauvoir
 
“Nunca se esqueça de que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que se manter vigilante durante toda a sua vida.”
 
13- Emmanuel Mounier
 
“O meu feitio e a minha maneira de pensar são amoldados pelo clima, pela geografia, por minha situação à face do globo, por minha hereditariedade, e, talvez, até pela ação maciça dos raios cósmicos.”
 
Em todos esses anos trabalhando com Filosofia, praticando o exercício filosófico, uma coisa eu posso dizer: “o importante é ser, e não aparecer ser”.
 
Por fim, espero que essas frases te ajudem no exercício filosófico, no equilíbrio mental e na paz interior. Viva a arte de filosofar. Viva os filósofos. Viva a Filosofia!
 
 
Luis Lemos
 

Autor dos livros: 
O primeiro olhar – A filosofia em contos amazônicos (2010); O segundo olhar – A filosofia em temas amazônicos (2012); O terceiro olhar – A filosofia em lendas amazônicas (2014); O homem religioso - A jornada do ser humano em busca de Deus (2016).
 


 
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Novembro 19, 2020

chamavioleta

 

Amor platônico

Compreenda este fenômeno

Por Eu Sem Fronteiras

18 de novembro de 2020. 

 

 
 
 
Popularmente, quando alguém deseja falar de um amor inatingível ou impossível se refere a ele como sendo um amor platônico, mesmo sem saber muito bem o que de fato isso significa, de forma equivocada e muito diferente do que o filósofo grego Platão — de onde vem o adjetivo “platônico” — postulava a respeito do amor. Compreenda esse assunto!
 
Quem foi Platão?
 
Platão foi um filósofo e matemático grego, nascido em Atenas, aproximadamente em 428 a.C. e morreu aos 80 anos, provavelmente no ano 348 a.C., tendo como principais interesses a Filosofia, a Dialética, as Artes, a Literatura, a Educação, a Justiça, a Virtude, a Política, a Epistemologia e o Militarismo. Ele foi o fundador da Academia de Atenas, a primeira instituição de ensino superior do mundo ocidental. Recebeu influências ideológicas de Sócrates, Homero, Hesíodo, Aristófanes, Parmênides, Pitágoras e Heráclito, entre outros. Influenciou a maioria dos filósofos como Plutarco, Aristóteles, Cícero, Maquiavel, Descartes, Hobbes, Schopenhauer, Nietzsche e muitos outros.
 
Platão realizou muitos estudos e desenvolveu muitos textos e “diálogos”, entre eles “O Banquete” no qual desenvolveu a sua concepção sobre o amor, base do termo “amor platônico”.
 
 
O amor, segundo Platão
 
 
Roman Kraft/Unsplash
 
 
O amor, para Platão, é uma fonte de motivação, é essencialmente puro, não se fundamenta num interesse, mas na virtude, e não se baseia em paixões, pois estas são materiais, passageiras e falsas. É o ideal e perfeito.
 
É importante ressaltar que Platão seguia os princípios do dualismo, corrente filosófica na qual a realidade é formada por duas “substâncias” que nunca se misturam: o espírito e a matéria.
 
Segundo Platão, o amor surge a partir do desejo de descobrir e admirar a beleza, que começa pela beleza física, progredindo até a beleza espiritual e avançando à admiração pura, já desprendida da beleza material, num estágio mais elevado.
 
Com base no postulado de Platão, podemos perceber que o amor platônico não é inatingível ou impossível, sendo o contrário, porque é profundo, amplo e completo. Ele parte da beleza física que é material e deve transcender, sendo difícil de alcançar, mas não intangível. Ele não é orientado especificamente às pessoas. Veja esse trecho do discurso dele, extraído de “O Banquete”:
 
“Deve considerar mais valiosa a beleza das almas que a beleza do corpo, de modo que se alguém for virtuoso na alma, ainda que tenha uma aparência não desejável, já será suficiente para amar, cuidar, cultivar e buscar ideias tais que façam melhores os jovens, para que seja obrigado, uma vez mais, a contemplar a beleza que reside nas normas de conduta e a reconhecer que todo o belo está relacionado entre si, e considerar dessa forma a beleza do corpo como algo insignificante.”
 
 
Entendendo a beleza, na concepção de Platão
 
 
Aaron Burden/Unsplash
 
 
Quando conseguimos identificar a beleza, surge em nós o amor, que vai nos mover a conhecer e a contemplar. É um processo, com fases graduais e evolutivas, em que a beleza está sempre presente:
 
Beleza física — é a primeira fase e começa com o amor direcionado a um corpo belo em particular, mas evolui para apreciar de forma mais ampla a beleza geral. Com base no trecho de Platão, podemos perceber que o conceito de beleza é subjetivo, para o qual não há um padrão estético predefinido.
 
Beleza da alma — uma vez transposta a primeira fase e se “apaixonar” pela beleza física, a próxima etapa é conhecer o “interior”, ou seja, os aspectos morais, éticos, culturais, espirituais, as crenças e os valores, o universo interno da pessoa, a alma.
 
Beleza da sabedoria — conhecida e apreciada a beleza da alma ou do espírito, o amor progride para a fase de conhecer e apreciar a beleza das ideias, do conhecimento e muito além da pessoa em si. O amor nesta etapa transcende da matéria.
 
Beleza pura — nessa fase, o amor está livre de qualquer sujeito ou objeto. Ele se refere ao propósito do amor em si, pela sua beleza de ser, pela possibilidade de ser sentido. É a etapa de amor supremo, transcendental e intransitivo, que não se altera, não se corrompe, porque é entendido como para a eternidade, universal e essencial.
 
 
Como surgiu o conceito atual de amor platônico?
 
 
Charlie Foster/Unsplash
 
 
O conceito de amor platônico da forma como é entendido atualmente, surgiu pela primeira vez com Marsílio Ficino (filósofo humanista italiano), no século XV, caracterizado por ser um amor concentrado na beleza do caráter da pessoa, na inteligência e não na aparência física, relativo ao plano das ideias, incorruptível e perfeito, até então muito relacionado ao postulado por Platão.
 
Por ser um amor perfeito, ele acaba por ser inatingível em nosso mundo, pois não há pureza suficiente, ainda não nos libertamos de amar segundo nossos interesses, não atingimos o amor na virtude. Não vivemos num mundo perfeito; ele é material, portanto esse amor é uma ilusão.
 
Então, o amor platônico é idealizado: um sentimento romântico que se tem pelo outro, sem que se possa, por qualquer razão, alcançá-lo e, sendo assim, não é físico, não há desejo e nem vínculo sexual. É excludente e, desse ponto de vista, solitário.
 
No conceito de Platão, o amor busca e precisa do belo, que é igual ao justo, ao bom e ao verdadeiro.
 
O amor platônico, segundo Platão, é a busca pela parte da alma que nos falta e que o outro tem a oferecer, porque é a representação para nós da beleza, da justiça, do que é bom e do que é verdadeiro. Então, ele não é de fato inatingível ou impossível, e sim representa uma jornada, um recurso, que pode incluir o desejo e o vínculo sexual, a perpetuação da espécie, mas está muito além disso, porque transcende a matéria. Ele não é excludente.
 
 
Por que acontece o amor platônico na visão atual?
 
 
Thanh Tran/Unsplash
 
 
A maior parte das pessoas entende por amor platônico aquele que por ser perfeito, não pode existir no mundo real, que é imperfeito e só existe no plano das ideias. É um amor à distância, idealizado e fantasioso, no qual o ser amado é perfeito e sem defeitos, sem contato físico, seguindo a interpretação de Marsílio Ficino.
 
Algumas pessoas têm medo de se envolver, de se machucar e de perceber que o ser amado foi de fato idealizado e que não corresponde, na realidade, com o que se imaginava e, portanto, tem medo de se desiludir. Então, preferem alimentar um amor platônico para se resguardar, mesmo que essa atitude não seja de forma consciente.
 
Outra possibilidade é já saber que o amor não é correspondido e, mesmo assim, ele é alimentado de forma platônica, como se fosse suficiente ou se bastasse para quem o sente.
 
 
Consequências do amor platônico
 
 
 
Joe Yates/Unsplash


 
Se o amor se relaciona à beleza, transcende a matéria, vai do físico para a alma e com ele um ser se completa com o outro, ele só pode ser digno de ser vivido, experienciado.
 
Deixar de vivenciar o sentimento de amor real, factível, na integralidade, com tudo o que ele possa trazer e que faz parte da busca pela beleza, é, no mínimo, solitário e triste. Podemos ponderar que há mais ganhos do que perdas, principalmente se estamos falando de pessoas saudáveis que se permitem amar.
 
Permitir se conhecer, ao mesmo tempo que se conhece o outro, é uma jornada, um caminho laboral a ser feito. Requer coragem e transpor barreiras. É, por isso, que a frase “O amor é para os fortes” tem tanto impacto. Todavia, não adotar a atitude de se envolver também tem as suas consequências de distanciamento, de incredulidade e de tristeza.
 
Amar significa conhecer e dar-se a conhecer. Envolve dar e receber afeto; é um exercício de reciprocidade, não necessariamente igualitária, porque tem um conteúdo individual, pessoal e específico.
 
Viver na fantasia de um amor platônico significa romper com a realidade e com as possibilidades de aprendizado e evolução que esse sentimento possibilita e que é a base para a convivência em sociedade. Há um impedimento de enxergar a si próprio.
 
 
Como podemos superar um amor platônico?
 
 
Kate Kalvach/Unsplash
 
 
Adotar uma atitude de amor-próprio é o primeiro passo para superar um amor platônico e identificar as possibilidades de encontrar a beleza de um relacionamento afetivo recíproco. Outras dicas são:
 
– Converse com amigos, com familiares próximos ou com alguém de confiança sobre os seus sentimentos. Falar sobre as emoções e ouvir a opinião de alguém de fora da situação pode trazer um olhar diferente e mais realista, muito necessário.
 
– Descubra em você as características positivas que possam ser observadas também pelas outras pessoas e se abra para torná-las conhecidas. Valorize-se! Enalteça o que há de melhor em você. Fortaleça a sua autoestima.
 
– Permita-se conhecer novos lugares e muitas pessoas. Viaje, passeie, converse, faça um curso, se envolva em atividades diferentes das rotineiras. Deixe que outras pessoas o descubram!
 
– Procure a beleza nas pessoas, nos lugares, nas ideias, mas observe que estamos longe da perfeição e somos todos suscetíveis a falhas, a não cumprir expectativas e a não compreender a realidade tal qual ela se apresenta. Ninguém é perfeito, há distorções de percepção e todos estão em processo de aprendizagem.
 
– Apaixone-se por você, pela vida, pela natureza. Adote um outro olhar sobre os relacionamentos e sobre a convivência. Alimente a positividade. Busque exemplos de relacionamentos felizes nas diferenças!
 
Ao refletirmos um pouco sobre o amor, na concepção de Platão e no que atualmente conhecemos como amor platônico, também fazemos uma análise sobre as nossas ideias e sobre como enxergamos esse sentimento em nossas vidas. Perceba essa oportunidade de autoconhecimento e busque amar muito e a todos. O amor é lindo e muito válido, por mais que essa definição seja clichê.
 
 

 




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Novembro 12, 2020

chamavioleta

Educação em Filosofia

Por Nilo Deyson Monteiro Pessanha

12 de novembro de 2020.

 
 

 
 
 
 
Aos amigos leitores, hoje trago como tema “Nietzsche como Decisão: A Interpretação de Heidegger da Sentença Nietzschiana ‘Deus Está Morto’”.
 
Quando Heidegger elege Nietzsche para pensar o sentido do(e) ser, ele o toma como decisão. Mas o que significa aqui decisão? Ora, em Nietzsche, e por meio dele, segundo Heidegger, opera o que de mais fundamental acontece na história do Ocidente, a saber,
 
o esgotamento da metafísica. Para Nietzsche, o âmbito fundamental, responsável pelo sentido dado à “vida”, se exauriu. E isso é anunciado na sentença nietzschiana “Deus está morto”.
 
Mas o que significa essa sentença? E por que Heidegger a toma enquanto decisão? O que Heidegger quer experimentar no pensamento de Nietzsche? Pois bem, as respostas a essas questões encaminharão os objetivos do presente artigo. Parto do pressuposto de que a leitura heideggeriana de Nietzsche, embora seja uma acusação de que o mesmo seja ainda um filósofo metafísico, é também uma leitura de apropriação. Quer dizer, quando Heidegger lê Nietzsche, ele se apropria de elementos importantes do seu pensamento, sobretudo o que Nietzsche entende por tempo. E essa afirmação se confirma no fato de Heidegger admitir que Nietzsche teria percebido o niilismo como lógica interna do pensamento metafísico. Dizer que a metafísica está fundada no niilismo significa dizer que é por ela, e por meio dela, que ocorrem as interpretações equivocadas sobre o ser. E também: é pela metafísica que se desenvolve um ressentimento contra o tempo.
 
 
Lisa Fotios/Pexels
 
Nietzsche já teria percebido isso, só que informou esse equívoco não a partir do esquecimento do ser, conforme faz Heidegger, mas, sim, denunciando a metafísica como moral; quer dizer, denunciando a metafísica enquanto uma forma de pensar resultante de um “instinto fraco”, que atribui uma ordem absoluta para fundar o mundo em detrimento do reconhecimento fático da existência.
 
Fático entendido como o reconhecimento dos aspectos finitos e passageiros do existir, sendo estes os elementos decisivos em nossas “ações” diante das exigências para sermos.
 
A metafísica, no entender de Nietzsche, é uma forma de vida que, enquanto exercício do pensamento, se desvia da imanência das forças finitas da “vontade” por não suportar seu caráter de devir. Esse desvio da metafísica tem uma implicação com a questão do tempo, uma vez que é no tempo, finito, que se opera o devir. Nietzsche já teria observado a relação que há entre metafísica e tempo, portanto sua acusação do niilismo operante na metafísica tem, assim como em Heidegger, um reconhecimento da ausência da assunção da questão do tempo enquanto o decisivo para o pensamento.
 
Heidegger mesmo reconhece isso. Em seu texto “Quem é o Zaratustra de Nietzsche” (Ensaios e Conferências), confere a Nietzsche a virtude de, em seu anúncio da doutrina do eterno retorno, perceber uma vingança contra o tempo por parte dos filósofos metafísicos; sobretudo contra o vir a ser do tempo que não certifica o passado. Essa vingança contra o tempo é a marca da metafísica e, em nosso entendimento, é isso que dá fôlego a Heidegger para conceber a temporalidade finita do homem como o que fica esquecido em toda a história da metafísica. As reflexões que seguem procuram fazer uma leitura heideggeriana de Nietzsche, porém, distanciando-se dela, mostrando, sobretudo, como Heidegger deve ao pensamento de Nietzsche.
 
 
A sentença nietzschiana “Deus está morto”:
 
Deixemos o que afirmamos acima em aberto e voltemos para a análise da sentença nietzschiana “Deus está morto”, que é o motivo maior das nossas reflexões, mas não perderemos de vista o que acima deixamos, pois a denúncia nietzschiana da metafísica
 
tem uma relação direta com o modo como os filósofos, denominados por Nietzsche de moralistas/metafísicos, desenvolvem seus pensamentos na determinação secreta do tempo. Em nosso entender, Heidegger herda essa denúncia, adaptando-a à sua questão do sentido do ser.
 
A sentença a respeito da morte de Deus é proferida em “A Gaia Ciência”, parágrafo 125, intitulado “O homem desvairado”. A partir do título desse aforismo, podemos perguntar: será que só os loucos podem afirmar a morte de Deus? É o que parece, porém, se entendermos a loucura como um modo de existir que está para além do bem e do mal; e ainda: uma existência inocente, que, segundo Eugen Fink (1988), é capaz de experimentar o sentido estético do ser. E é isso que de fato Nietzsche pensa. Nietzsche elege um “louco” para anunciar a morte de Deus porque esse ato é grandioso. E é grandioso porque está em jogo o futuro da humanidade. Não é qualquer um que pode perceber isso; portanto, não é qualquer um que ingressa na história com tal intento. Somente quem deixou atrás de si os ensinamentos da filosofia, da religião, da moral e da ciência pode perceber que “Deus morreu”.
 
Ao proferir a sentença, Nietzsche está confirmando que por meio dele a história do Ocidente não é mais a mesma, pois experimenta um novo momento para ser. Isso quer dizer que ele suporta uma decisão fundada em uma história, que por meio dele cobra um novo sentido para a “vida”. Para ele, o Deus que morre não é o deus das religiões; quem morre é o âmbito metafísico, suprassensível, que sempre alimentou as grandes aspirações humanas. Daí Nietzsche entender Deus como um valor; valor que perdeu seu sentido porque a vida quer outras formas, não mais baseadas em âmbitos transcendentais, conforme opera na metafísica. E ainda: Deus morre no tempo em que o homem não precisa mais de valores metafísicos para fundar seu existir.
 
 
Wendy van Zyl/Pexels
 
Para Nietzsche, esse tempo é o tempo moderno; tempo em que predominam os valores imanentes da ciência. Quem mata Deus é o homem moderno, mas realiza tal intento sem ter a consciência de tal ato. Daí Nietzsche assumir a máscara do louco para realizar o anúncio. Ele se entende como um homem moderno, mas toma distância do seu tempo porque sabe da grandeza da sua missão. Sabe também que não é moderno como os outros, no caso, ele não é moderno como os cientistas. Nesse aspecto, Nietzsche, usando a máscara de Hermes, se mostra um hermeneuta; isto é, aquele que traz uma nova mensagem para uma nova Era, desvelando, portanto, no seu tempo, o que potencialmente está esquecido. O homem moderno, que também mata Deus, não percebe a grandeza desse ato, pois colocou o método e a investigação no lugar que ficou vazio. É importante ressaltar aqui o fato de Nietzsche já perceber o que é essencial na ciência moderna, a saber, o método. Heidegger, em várias passagens de seus textos, retoma essa constatação nietzschiana.
 
Para Heidegger, a essência moderna da ciência se caracteriza pelo método, cujo sentido se dá no planejar, antecipadamente, o que vai ser aplicado no ser ou natureza.
 
Aprisionados ao método, eles, os homens modernos, desprezam o episódio da “morte de Deus”, logo desprezam para si a possibilidade de ver o que é grande nesse ato. Daí Heidegger perceber a importância do que é anunciado por Nietzsche na “morte de Deus”. Presa ao método, a atividade científica não pensa, portanto não toma distância do imperativo metodológico que dá forma a todo “espaço” do seu tempo. Para Heidegger, Nietzsche constata isso, sobretudo quando se intitula um louco. Somente esse é o verdadeiro pensador, pois anuncia o que é grande e sabe que o seu pensar traz a peste e não a cura, como nos diz Clément Rosset (1989), se referindo a Artaud e ao teatro.
 
Aos autênticos pensadores está reservado anunciar e suportar o que é grandioso, na hora em que são convocados à decisão; é por isso que os homens de ciência não anunciam a “morte de Deus”, embora o tenham matado.
 
Curiosamente, esse entendimento do pensamento nietzschiano mostrado acima é de Heidegger; pois é Nietzsche, como vimos, quem afirma que o âmbito metafísico, âmbito da transcendência, perdeu força com a morte de Deus. Para Heidegger, Nietzsche, com o anúncio de sua sentença, percebe que uma novidade está posta no ar, e que essa novidade tem relação com o futuro da humanidade e sua relação com a história da metafísica; metafísica que há muito tem induzido o homem a depor em seu favor. Portanto, para Heidegger, Nietzsche está dialogando com o que mais decisivo acontece no Ocidente, a saber, Nietzsche se encontra convocado a responder a um novo apelo para o significado do ser. Nesse aspecto, para o pensamento de Heidegger, Nietzsche se imbrica com a história da metafísica e ainda depõe em seu âmbito essencial.
 
 
Jeniffer Araújo/Unsplash
 
Outros autores também comungam com a interpretação heideggeriana; é o caso de Jaspers, quando vê em Nietzsche um defensor da vida como criação: “Como é que o criar entra em cena para Nietzsche no lugar da liberdade ou como é que, para ele, a liberdade
 
é criar, isso é algo que precisamos desenvolver de uma maneira detalhada” (JASPERS, 2015). Embora fale em criação, vê-se que, para Jaspers, o âmbito da liberdade, âmbito da transcendência, ao assumir a forma do “lugar” da criação funda-se no âmbito da metafísica, uma vez que depõe no espaço da transcendência. A transcendência é o “lugar” que se torna metafísico quando não é assumida enquanto tal, quer dizer, quando ela não é assumida na forma de êxtase temporal. Heidegger e Jaspers (por tabela hermenêutica) acreditam que Nietzsche, com o conceito de vontade de poder ou conceito de criação, ao preencher o âmbito fático/extático do transcender, âmbito que possibilita a metafísica, nomeia o ser pelo ente e, por conseguinte, depõe em favor da história da metafísica.
 
Acima de tudo, é Heidegger quem afirma que a história do Ocidente está marcada pela dinâmica da metafísica, portanto é ele quem a caracteriza por uma forma de pensar que esquece o ser enquanto o transcender fático temporal; ou ainda, é no seu pensamento que a metafísica está caracterizada por uma deficiência, cuja consequência é o esquecimento do ser (temporalidade) e sua relação fática com o homem.
 
Opondo-se e ao mesmo tempo fazendo uma provocação ao pensamento heideggeriano, pergunta-se então: não encontramos em Nietzsche uma denúncia, por meio do anúncio da morte de Deus, de que a metafísica se caracteriza por engendrar valores absolutos para fundar o sentido do ser? Esse absoluto, enquanto sentido, não seria uma forma do tempo? Retomando o que deixamos acima, na introdução, se observa nesse diagnóstico nietzschiano uma associação entre metafísica e tempo, quer dizer, o desvio operante na criação dos valores absolutos acaba vinculando o modo metafísico de pensar com a questão do tempo.
 
Mais uma vez, reforçamos que Nietzsche percebe uma falha temporal na metafísica quando afirma que Deus e outros “artigos de fé”, como o bem, a causalidade, o princípio de identidade etc., possibilitam uma ordem absoluta e verdadeira para tudo que é e pode ser. Isso está explícito quando esse pensador afirma que a história da metafísica se funda na lógica do niilismo.
 
 
Cata/Unsplash
 
Ora, o niilismo é uma forma de ser e de pensar caracterizada por engendrar valores absolutos. Portanto, se concretiza quando os filósofos, por meio da metafísica, engendram valores que dão sentido à vida. Mas, diferentemente do que se pensa, o niilismo também resulta de uma criação e, enquanto tal, também responde por uma forma de afirmação do devir. Portanto, responde por uma afirmação do tempo. Mas essa afirmação Nietzsche a concebe simultaneamente como uma afirmação que nega. Entretanto, não se entenda afirmação e negação em sentido moral de bem e mal, pois ambas estão decididas antecipadamente pela vida enquanto vontade de poder.
 
A vida quer o nada ao nada querer. Para Nietzsche, não se pode contra o querer. Assim, a vontade é um “imperativo”, que necessariamente se inflige, dando sentido ao ser, mesmo que esse sentido tenha valor de tempo absoluto, isto é, de nada. Mas é preciso entender que esse nada não tem nada de lógico, quer dizer, de negação. O nada, firmado ao ser pela vontade, significa que o que se valoriza não corresponde ao que possibilita o valor, portanto não possibilita assegurar o poder que permite a criação. O nada resulta de um “cansaço”, isto é, resulta de um desvio da afirmação da imanência do devir finito. Daí o não suportar metafísico do poder da criação, poder este caracterizado pela assunção do devir finito do existir na forma do instante que passa. É Nietzsche quem pensa assim, quer dizer, é Nietzsche quem percebe que a operacionalidade da vontade, enquanto criação, se desmembra no interior do pensamento metafísico.
 
Entretanto, seria o imperativo da vontade, a criação, operante, segundo Nietzsche, nos filósofos, um procedimento metafísico? Para Nietzsche, os filósofos metafísicos são também criadores, porque a vontade de poder atua sobre eles. Mas eles são metafísicos porque não se enxergam, em seu tempo, nas mesmas; daí não se entenderem criadores e, sim, criaturas. Criam fundando um sentido para a vida fora da criação. Medem-se, portanto, por um valor absoluto que se encontra no além. Os filósofos, para Nietzsche, esquecem a vontade de poder enquanto devir imanente, por isso desenvolvem, em seu tempo, a lógica do niilismo.
 
Voltemos a perguntar: Heidegger não teria herdado essa crítica nietzschiana? A vontade de poder como criação não seria a assunção fática da vida? Essas questões são possíveis quando analisamos o pensamento de Heidegger sobre Nietzsche, sobretudo quando Heidegger analisa a sentença nietzschiana “Deus está morto”; portanto quando afirma que Nietzsche entende o niilismo como lógica interna operante na história da metafísica. Responderemos a essas perguntas se entendermos o que Heidegger entende pelos conceitos nietzschianos de vontade de poder, eterno retorno do mesmo, niilismo e super-homem.
 
Afirmamos no início que, para Heidegger, Nietzsche ingressa na história da metafísica como uma decisão, pois, por ele, a metafísica atinge suas últimas possibilidades, a saber, os valores transcendentes se esgotam e impera no mundo uma falta de sentido total, pois sem Deus não há mais a verdade, e o mundo real portanto perde também o seu sentido. Não impera mais nem o mundo suprassensível, nem o mundo sensível enquanto doadores de valor. Há instaurado um nada absoluto, logo uma falta de sentido geral. Mas Heidegger acha que Nietzsche vê nesse cenário negativo algo de positivo. Ele entende que Nietzsche percebe um cansaço na metafísica e que a mesma chegou ao fim. E é essa visão da metafísica por parte de Nietzsche que interessa a Heidegger.
 
Como último metafísico, segundo Heidegger, Nietzsche teria percebido os desvios dos filósofos, entendendo-os como niilistas. Assim, o exame do niilismo desenvolvido por Nietzsche será a chave para revelar seu pensamento.
O entendimento de Heidegger da vontade de poder, eterno retorno e super-homem:
 
Vejamos então o que Heidegger entende por vontade de poder, eterno retorno e super-homem. Vejamos também como esses conceitos ainda são entendidos por Heidegger como metafísicos, portanto ainda niilistas; e como, por meio desses conceitos, de uma forma indireta, Heidegger se apropria do pensamento nietzschiano. São vários os textos nos quais Heidegger examina os principais conceitos nietzschianos. Três deles nos servem de base para nossas análises, a saber: “A sentença Deus está morto”, encontrada na obra – Holzweg – “Caminhos de Floresta”, caminho do campo e ainda, “caminhos que levam a lugar nenhum”, “Nietzsche – metafísica e niilismo” e finalmente o texto “Quem é o Zaratustra de Nietzsche”.
 
A leitura desses textos não esgota a compreensão que Heidegger tem de Nietzsche, mas são textos significativos para quem quer compreender tal leitura. Na sentença “Deus está morto”, por exemplo, há muitas informações sobre a revelação dos conceitos nietzschianos por parte de Heidegger. Sempre nas leituras de Heidegger ocorre uma apropriação dos autores; estes são “obrigados” a mostrar seus pensamentos por meio dos seus não ditos. Dito de outra maneira, Heidegger faz aparecer o que está oculto, não dito, nos pensamentos dos filósofos. A tônica é sempre a mesma: todos estão presos à metafísica, pois quando pensam o sentido do real, quer dizer, quando pensam o sentido do ser, o tomam por um ente exemplar. Assim, cabe-nos mostrar, no pensamento de Heidegger, o que significa o ser e sua relação com a metafísica.
 
Em primeiro lugar, devemos retirar do ser o artigo, portanto fiquemos somente com ser; em itálico, de preferência. Ser, para Heidegger, é o que sempre deu fôlego aos filósofos, quer dizer, o que sempre exigiu do pensamento a doação do sentido. Já Aristóteles, em sua obra “Metafísica”, teria mostrado isso. Aristóteles afirma que todos os filósofos anteriores a ele se mantêm determinados a pensar o significado fundamental das coisas por exigência do próprio ser. Isso mostra que é o próprio ser que assegura a questão sobre o ente e que mantém aberto o espaço da metafísica. Observem que aqui a metafísica não é vista como uma disciplina escolar, metafísica é o espaço de garantia das respostas dadas às exigências colocadas pelo ser.
 
Andrea Piacquadio/Pexels
 
Heidegger retoma esse raciocínio e lhe dá uma conotação própria. Para ele, os filósofos, quando são solicitados a dar um sentido ao ser, não o percebem enquanto ser que se dá somente na correlação com o ser do homem. Isso se desmembra no problema da identificação do ser. Para Heidegger, os filósofos estão sempre entificando o ser e, portanto, destoando o sentido da palavra metafísica, uma vez que a mesma passa a ser entendida como um “espaço” da correlação do homem com o ser. Quer dizer, os filósofos atuam no âmbito metafísico, reforçando a mesma.
 
Quando analisa o niilismo na filosofia de Nietzsche, por meio do texto “A sentença nietzschiana ‘Deus está morto’”, Heidegger (2003, p. 483) nos dá uma pista do que seja a metafísica. Diz ele:
 
A metafísica é o espaço histórico no interior do qual se torna destino o fato de o mundo suprassensível, as ideias, a lei moral, a autoridade da razão, o progresso, a felicidade da maioria, a cultura, a civilização perderem o seu poder edificador e transformarem-se em nada.
 
Em vários textos, Heidegger mostra o seu entendimento da metafísica. Elegemos especificamente essa citação porque ela mostra a metafísica como o espaço que assegura a história do niilismo. Citamos a mesma para fazer uma provocação com o pensamento de Heidegger, porque seu contexto é o resultado do que Heidegger examina por niilismo, segundo Nietzsche. Veja que a metafísica aí se mostra como um espaço histórico que suporta o destino do sentido dado ao ente na sua totalidade. Esse conceito é de Heidegger. Nos seus textos, a metafísica é mesmo um “lugar” por onde o sentido do ente se decide. E isso é histórico porque em cada época o ente, no seu todo, assume forma diferente. Nesse caso, as diversas épocas acompanham as decisões dos filósofos quando são solicitados a dar o sentido do seu tempo. É o tempo então que exige o sentido do ente. É aqui que Heidegger percebe a armadilha em que caem os filósofos.
 
O tempo que exige o sentido é o presente. Mergulhado nos entes e afetado pelos mesmos, o pensamento humano se inquieta e se espanta com essa afecção. Daí formularem a pergunta: o que é o ente enquanto ente? As respostas serão decididas por força do presente; e o sentido dado, mediante a resposta dada para a pergunta, receberá um sentido de eternidade. Pela eternidade, o ser que exige o sentido do ente se perdeu. Para entender esse processo, é preciso voltar a exercitar a pergunta pelo ser, que na versão de tempo mostra-se como o decisivo na história da metafísica. Para Heidegger, esse tempo é o da temporalidade humana. Pela temporalidade já se percebe a imbricação entre ser e homem. Portanto, para que o ser se mostre, precisa-se mostrá-lo na relação direta com o homem.
 
Ser resulta da temporalidade humana e se oferece assim porque a estrutura humana é temporal, cumprindo-se enquanto temporalidade finita e não eterna. Foi a relação finita de ser homem que a metafísica esqueceu. Guardemos essa definição de ser homem e voltemos, a partir da citação acima, à leitura heideggeriana de Nietzsche, mostrando como Heidegger apresenta os conceitos nietzschianos, como se apropria dos mesmos.
 
 
Polina Zimmerman/Pexels
 
A citação acima está direcionada ao modo como Nietzsche mostra o niilismo; então, em consideração a essa citação, podemos dizer que Nietzsche entende o niilismo, associando o mesmo ao poder edificante que se transforma em nada. Ora, o poder edificante, segundo
 
a citação, se transforma em nada no âmbito da metafísica. Isso quer dizer, como já desenvolvemos acima, que no interior da metafísica há um fluxo de troca de valores. Veja, por exemplo, o suprassensível, as ideias etc., na dinâmica da metafísica se transformam
 
em nada. Nada aqui é a perda de sentido, isto é, perda de valor ou valor de nada. Então a metafísica, para Nietzsche, é uma constante desvalorização dos valores; assim, os homens, da mesma forma que criam os valores para dar sentido ao seu tempo e à sua vida, os desprezam; portanto os desvalorizam. Mas por que isso se dá? Aí precisamos entender o que significam os valores e o que, por trás deles, ditam suas permanências e suas desvalorizações.
 
No texto “A sentença nietzschiana ‘Deus está morto’”, Heidegger pergunta o que Nietzsche entende por valor, e formula tal questão usando uma anotação do próprio Nietzsche, pronunciada no seu livro “Vontade de Potência”.
 
Cito Heidegger citando Nietzsche: “O ponto de vista do ‘valor’ é o ponto de vista das condições de conservação-elevação em vista de conformações complexas de duração relativa no interior do devir” (2003, p. 489). Heidegger utilizará outra citação para explicitar o significado de valor e como este se mostra como ponto de vista:
 
Se Nietzsche conclui a caracterização da essência do valor com a palavra devir, então essa palavra conclusiva fornece a indicação do âmbito fundamental ao qual pertencem, em geral e sozinhos, os valores e as avaliações. “O devir” é para Nietzsche “a vontade de poder”. A “vontade de poder” é assim o traço fundamental da “vida” – palavra que Nietzsche também utiliza frequentemente em sua significação ampla, segundo a qual ela é equiparada no interior da metafísica (comparar Hegel) com devir. Vontade de poder, devir, vida e Ser no sentido mais amplo significam na linguagem nietzschiana o mesmo. Por aqui se percebe que o valor é um ponto de vista. (HEIDEGGER, 2003)
 
Pela explicitação do conceito de valor se chega ao conceito máximo nietzschiano de vontade de poder. É a vontade de poder que cria os valores para conservação/elevação da vida, mas vida enquanto vontade de poder. Nesse caso, tudo que é criado para conservar a vontade é criado também para sua elevação. Então, tudo é resultado da vontade de poder; e como esta quer se elevar seu querer é querer o poder. Nesse aspecto, estamos em um círculo. A vontade que é poder quer a própria vontade. Daí Heidegger nomear esse conceito nietzschiano por vontade de vontade. A vontade não quer a outro senão a si mesma. Com essa definição, vislumbramos logo o conceito de eterno retorno. O retorno é o retorno da vontade para si mesma. Isso traduzido na linguagem heideggeriana diz o seguinte: se o ente no seu todo é decidido pela vontade de poder, isso implica em afirmar que o modo como se dá o ente é o retorno. Quer dizer, quem imprime o valor ao ente é a condição de a vontade retornar. Ser, para algo, significa estar caracterizado pela vontade que se quer. Cada valor dado a algo se torna potenciação da vontade, vontade que se quer.
 
Mas se a vontade sempre quer, quer dizer, quer a si para crescer, ela então não para de querer a si, portanto ela é o próprio devir. Mas um devir imanente fundado no retorno. Quando esse devir opera, subjacente à filosofia, nós podemos perceber o que permanece na troca de valores por parte dos filósofos. O que permanece é o querer da vontade traduzido no seu crescimento. Assim, quando um valor enfraquece a vontade, ela o troca por outro, dando vazão ao fluxo do devir. Nesse caso, Nietzsche teria percebido o que no devir permanece; e o que permanece no mesmo é a vontade de poder, enquanto devir.
 
É aqui que Heidegger denuncia e critica Nietzsche; mas é aqui também que ele de Nietzsche se apropria.
 
Para Heidegger, o que permanece sempre na história da metafísica é a pergunta e a resposta pelo ser. Quer dizer, todo filósofo, em seu tempo, sempre está submetido à exigência em dizer o que é o ente; por isso, eles pensam sempre na mesma coisa. Nietzsche diz que a vontade de poder, como devir, é o que sempre cobra dos filósofos o sentido para a vida, a saber, o sentido do ser. A história da metafísica considerada por Nietzsche enquanto a história de um erro depõe em favor disso. O erro está no fato de os filósofos não afirmarem a vontade de poder como exigência. Heidegger sabe que Nietzsche percebeu no retorno da vontade a exigência do sentido. Mas é cruel com o mesmo ao afirmar que a vontade de poder, no modo do eterno retorno, imprime a marca absoluta para o sentido do ser, portanto imprime no ser a marca de um ente (tempo) total.
 
 
Tachina Lee/Unsplash
 
Segundo Heidegger, os conceitos de vontade de poder, eterno retorno e super-homem se comungam, o que implica em dizer que os dois primeiros conceitos estão articulados para beneficiar o último, a saber, o conceito de super-homem. No entender de Heidegger, a filosofia de Nietzsche é uma preparação para a superação do ser do homem concebido pela metafísica até aqui, quer dizer, a filosofia de Nietzsche vislumbra superar o conceito do ser humano apresentado pela metafísica em detrimento de uma nova humanidade apta a assumir o controle da terra no tempo em que Deus morreu. Veja o que diz Heidegger no seu texto “Quem é o Zaratustra de Nietzsche”:
 
Mas de onde vem o clamor pela necessidade do super-homem? Por que o homem não é mais suficiente? Porque Nietzsche reconhece o instante histórico em que o homem se prepara para entrar na total dominação da terra. Nietzsche é o primeiro pensador que, considerando a história do mundo tal como esta pela primeira vez nos chega, coloca a pergunta decisiva e a pensa por meio de toda sua amplitude metafísica. A pergunta é: o homem enquanto homem, em sua constituição de essência até agora vigente, está preparado para assumir a dominação da terra? Se não, o que então precisa acontecer com o homem atual, de modo que ele se “submeta” à Terra e assim cumpra a palavra de um velho testamento? Não será preciso conduzir o homem atual para além de si mesmo, para poder corresponder a essa missão? Se assim é então o super-homem, pensado corretamente, pode não ser o produto de uma fantasia desenfreada e degenerada, turbilhonando no vazio. A natureza desse super-homem não se deixa, de modo algum, descobrir historicamente por meio de uma análise da época moderna. Por isso, jamais deveremos buscar a configuração essencial do super-homem naquelas figuras que, como “altos executivos”, são empurradas para a cúpula das diferentes formas de organização de uma vontade de poder malvista e mal-interpretada. Uma coisa devemos observar imediatamente: esse pensamento, que se põe a pensar a figura de um mestre que ensina o super-homem, diz respeito a nós, à Europa, a toda Terra, não somente hoje, mas sobretudo no amanhã. (HEIDEGGER, 2001).
 
Se Nietzsche, no entender de Heidegger, atrela a nova humanidade (o super-homem) à vontade de poder, então esse novo homem, apregoado por Nietzsche, precisa se reconciliar com o tempo, uma vez que a essência da vontade é o devir. Veja que é o próprio Heidegger (2001) que nos leva a pensar assim quando afirma: “A natureza desse super-homem não
 
se deixa, de modo algum, descobrir historicamente por meio de uma análise da época moderna”. A reconciliação com o devir se dará em um tempo para além do tempo moderno. Isso Nietzsche já sugere quando propõe a superação do homem atual. Superar o homem atual significa se reconciliar com a vontade de potência, para a qual o homem moderno não está apto. Na citação acima, Heidegger confirma isso, pois mostra que o super-homem, anunciado por Nietzsche, está além de ser compreendido pelo tempo moderno. Ora, em nosso entender, é aqui que Heidegger percebe que Nietzsche está falando sobre a relação entre o ser e o tempo.
 
Para Nietzsche, o super-homem, como nova humanidade, não pode ser concebido pela modernidade. Segundo ele, o novo homem só se confirma quando assumir a vontade de poder operante no devir. Mas assumir a vontade de poder não é assumir o tempo? Sobretudo o tempo finito que é a marca do devir? De fato, isso nós vemos em Nietzsche. Mas, no entanto, Heidegger precisa dizer que esse tempo da vontade, dado no retorno da vontade para si, cumpre-se enquanto “acabamento” da metafísica; logo, faz da mesma o sentido absoluto que dá sustentação ao ente. Na forma absoluta, a vontade, portanto, assume a forma eterna do tempo. Para Heidegger, o eterno retorno é o modo como a vontade se dá em seu devir; repetindo: mas esse retorno se dá em um sentido absoluto. Com isso, Heidegger vincula Nietzsche como pertencendo à história da metafísica. Quer dizer, Nietzsche seria aquela espécie de pensador que, não percebendo a relação que o sentido do ente tem com o tempo, acaba, sem saber, por pensar o ser enquanto ente absoluto. Entretanto, se olharmos bem a interpretação de Heidegger sobre Nietzsche na citação acima, perceberemos que Heidegger refere-se ao sentido do super-homem de Nietzsche como o sentido da terra. De fato, no parágrafo 3 de sua obra máxima, “Assim Falou Zaratustra”, Nietzsche (2011) defende o super-homem, enquanto sentido da terra, contra os que fixam sua existência no suprassensível: “Eu vos imploro, irmãos, permanecei fiéis à terra e não acrediteis nos que vos falam de esperanças supraterrenas! São envenenadores, saibam eles ou não”.
 
Em Nietzsche, a terra não teria o sentido de mortalidade? E também: o sentido da terra mostrado por Heidegger, referindo-se a Nietzsche, não seria um chamamento para pensarmos a assunção do devir enquanto tempo existencial finito? Nietzsche, em suas obras, aponta para a entrega da vontade de poder para fazer valer o sentido do novo homem. Mas essa entrega, como já afirmamos antes, é uma entrega ao devir, isto é, uma ratificação ao tempo que passa. Mas quando Heidegger fala da temporalidade (ek-sistente) do Da-sein (Ser-aí) não está falando também do tempo finito? Com essa pergunta encerramos provisoriamente esta reflexão.
 
Sabemos que o conceito de tempo em Heidegger é complexo, como também seu conceito de ser. Este último, na imbricação com o tempo, está presente em toda sua produção filosófica. Ser é tempo que se esvai, tempo que não se alcança; daí o porquê de os filósofos pensarem o ser na forma esquecida. O pensamento não alcança o tempo da sua permissão, fazendo com que os humanos como seres pensantes decaiam em seus afazeres ordinários.
 
Nietzsche, para Heidegger, esqueceu o ser quando anunciou seu conceito máximo de vontade de poder. Mas mostramos que Nietzsche, ao mostrar a história da filosofia como niilista, estava apontando um “erro” operante na mesma. Para nós, é nesse erro, e no anúncio do super-homem como o tipo apto a assumir a vontade de poder, que vemos o aceno nietzschiano desenvolvido por Heidegger para a relação do ser com o tempo.
 
Pois bem, são a essas questões que chegamos quando analisamos a leitura que Heidegger faz de Nietzsche.
 
 
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
 
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Outubro 17, 2020

chamavioleta

O grande ensinamento por trás de “Sociedade dos Poetas Mortos”

Por Diego Rennan da Equipe Eu Sem Fronteiras.

16 de outubro de 2020. 

 
 

 
 
 
Apesar de Robin Williams ter deixado um legado de filmes maravilhosos ao longo de sua carreira, entre eles “Amor além da vida”, “Patch Adams – o amor é contagioso” e “O homem bicentenário”, certamente um dos mais incríveis e com mais lições de vida chama-se “Sociedade dos Poetas Mortos”. A respectiva obra retrata um professor diferente (Robin Williams) que ao chegar na nova sala de aula funda um grupo literário com os estudantes, no qual fazem reflexões sobre o sentido poético da vida.
 
O filme é muito tocante e traz lições valiosíssimas, principalmente referente a importância dos sentimentos na vida das pessoas. Embora a ciência tenha uma grande relevância para a manutenção da nossa sociedade, o mais importante na cabeça de um homem é o que está dentro do seu coração. Tantas pessoas tem a vida que sonhamos: dinheiro sobrando na conta, um casamento visto como perfeito, filhos inteligentes, reconhecimento no emprego e no círculo social e etc, mas não escondem a sua infelicidade. Eles tem tudo o que julgamos que seria essencial para a nossa felicidade plena, mas são infelizes.
 
 
Divulgação / Walt Disney Studios
 
Um dos conceitos retratados com maior veemência no filme, mais precisamente pelo personagem de Williams e repassado aos seus alunos, é a ideia do Carpe Diem, que retrata a busca em aproveitar cada um dos momentos de nossas vidas ao máximo. Sempre com responsabilidade, a premissa do Carpe Diem é que se a gente adiar para amanhã o que podemos fazer hoje, talvez o amanhã não chegue.
 
No final das contas, a felicidade é algo que se constrói dentro de cada um de nós. Se isso não estiver muito bem definido em nossas mentes e, principalmente, no coração, não vai adiantar acontecer nenhuma transformação externa na sua vida. A mudança parte de nosso interior, ou seja, de dentro para fora.
 
Divulgaçãp / Walt Disney Studios
 
 
Faça aquilo que você acredita ser melhor para você sempre.
 
Por mais que possam reprovar suas atitudes, caso ações inovadoras não tivessem sido ousadas no passado, certamente estaríamos vivendo da mesma forma como vivíamos há milhares e milhares de anos. Como já dizia um velho pensamento: “Ele tinha um grande desafio para superar, que muitos afirmavam que não tinha jeito de ser solucionado. O problema é que ele não sabia que era impossível, então foi lá e resolveu o problema”. Muitas vezes, os maiores entraves estão dentro de nossas mentes. 
 
Siga o seu coração e faça o que for necessário para construir a sua felicidade todos os dias. 
 
Carpe Diem!
 
 
Eu Sem Fronteiras
 
 




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Outubro 12, 2020

chamavioleta

Minha filosofia de vida.

Por Luís Lemos.

11 de outubro de 2020. 

 
 

 
 
 
 
 
 
“Ohomem sábio aprende observando, enquanto o homem ignorante aprende caindo.” Essa é a minha filosofia de vida. Quem me conhece sabe que dou muito valor à observação. Não que eu seja totalmente racional (e quem é?), mas eu sempre gostei de tomar decisões, sejam elas pessoais ou profissionais, tendo como base o uso da razão.
 
Como hoje é o dia do filósofo, e para comemorar essa data, afirmo que a razão é uma das principais características da filosofia. Não que todo filósofo seja racional, pelo contrário, é como diz William Shakespeare: “Há muito mais mistério entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia.”
 
De nossa parte, acreditamos que existe uma filosofia primeira que gera todas as demais filosofias, e que consiste, principalmente, na correta definição da verdade, ou das coisas que são, entre todas, as mais universais. É nesse sentido que dizemos que somos racionais. Geralmente o filósofo, por ser racionalista, não aceita qualquer resposta, questiona tudo.
 
E quem são os filósofos? Segundo Nietzsche, “filósofo é um homem que vive, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente com coisas extraordinárias, que fica surpreso com suas próprias ideias como se viessem de fora, do alto e debaixo, como por uma espécie de acontecimentos e de raios de trovão que só ele pode sofrer”.
 
Thought Catalog/Unsplash
 
 
Esse é o caminho do filósofo. Não existe outro. A filosofia é o conhecimento adquirido, por raciocínio, partindo da lógica, ou da história, para chegar às suas propriedades, ou, de suas propriedades, para um modo de compreensão crítica da realidade, para, no final, na medida em que vamos evoluindo no conhecimento e na ciência, poder produzir os efeitos exigidos pelo raciocínio filosófico.
 
Embora o senso comum diga que todos os homens são filósofos, pensamos que somente quem trilha esse caminho pode-se dizer filósofo. Não podemos chamar de filósofo alguém que defende o terraplanismo, que aceita tudo sem questionar. O verdadeiro filósofo é aquele que dúvida de suas próprias ideias. Ou seja, não é só porque eu receito uns chás para os meus amigos que eu posso dizer que sou médico. Tenho que estudar medicina. Existem leis, formas de proceder, legislação, ética. Se não fosse assim, qual seria a razão de ser das universidades? Formar charlatões?
 
A filosofia vem ganhando novos admiradores porque ela ensina, por exemplo, que o matemático, a partir das figuras geométricas, encontra muitas de suas propriedades e, por meio delas, descobre novas formas de construí-las racionalmente, para poder medir a terra e calcular o volume de água de uma represa, além de uma infinidade de outras utilizações. Os falsos filósofos não reconhecem o valor da ciência em suas explicações, ao contrário, negam.
 
Nessa perspectiva, a filosofia pode contribuir muito com a construção de uma nova sociedade pós-pandemia, isso porque ela não gera falsas perspectivas no cidadão, ao contrário, ela mostra a realidade como ela é, nua e crua, sem máscara, e conclui que quem raciocina corretamente, empregando termos que compreende, não pode ser outra coisa senão um bom filósofo.
 
Laurenz Kleinheider/Unsplash
 
 
Apenas para alertar: atualmente temos muitas pessoas que se intitulam filósofos, mas que na verdade são “filósofos de araque”, não conseguem distinguir um quadrado de um retângulo.
 
Diga não aos filósofos de araque, aqueles e aquelas, homens e mulheres, que falam sem conhecer a filosofia, que se dizem filósofo sem nunca terem lido e estudado um filósofo.
 
Última provocação: pode um homem ser médico sem fazer medicina? Eu posso advogar sem fazer direito?
 
Viva os verdadeiros filósofos, viva eu, viva o Luís Philipe Ramiro Lemos, Cristina Ramiro Lemos, Braz José Cogo… 
 
Luís Lemos
 
 
 




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Setembro 17, 2020

chamavioleta

O amor é o dom (Habilidade) supremo (Soberano).

Por Jonathan Gomes de Brito.

17 de setembro de 2020. 

 
 

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Ao longo dos tempos, o conceito de amor sofreu muitas modificações. Existe todo um cenário por trás, isso é evidente quando procuramos a respeito desse tema em diversos autores, como: Sócrates, Platão, Aristóteles, Schopenhauer e Paulo.
 
O Filósofo Sócrates, defendia que o amor é a busca da Beleza e do bem. Para Platão, aluno de Sócrates, o amor era algo puro e desprovido de Paixões. Ao mesmo ritmo que podem ser cegas e falsas.
 
Aristóteles acreditava que o amor era um sentimento dos seres imperfeitos, sendo o objetivo do amor levar à perfeição. O filósofo Schopenhauer via a essência do ser humano como a vontade. Ou seja, na ótica do alemão, o que dá sentido às nossas vidas são nossos desejos. Porém, o que seria a essência da Vida? Schopenhauer defendia que era o sofrimento, o que, segundo algumas pessoas, faz o amor parecer algo péssimo, o mesmo acreditava que o amor era uma desculpa para a reprodução humana. O Último, o Apóstolo Paulo que é citado no Cristianismo, defende o amor incondicional, ou seja, não coloco condições para amar alguém, como ele demonstra em sua carta, à Igreja de Coríntios, uma comunidade da época.
 
Imagem de Raimund Feher por Pixabay
 
 
1 Coríntios 13: 4. O amor é sofredor (Paciente), é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece (Fica fora de controle, furioso).
 
1 Coríntios 13:5. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal.
 
1 Coríntios 13:6. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; 7. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
 
O apóstolo Paulo não reduz o amor a um sentimento vão, algo tolo sem nenhum sentido. Pensar no amor como uma mera atividade ou passatempo, esse pensamento vai contra o ensinamento do Apóstolo.
 
A pessoa que ama não concentra suas forças nas Injustiças, quem ama não planeja o mal contra o próximo, pelo contrário perdoa.
 
O amor não tem prazer na Injustiça, mais se alegra com a justiça.
 
Tudo sofre, crê e espera, suportando em todas as coisas, nunca desiste e nunca perde as esperanças.
 
Foto de Marta Branco no Pexels
 
Devemos pensar que amar é confiar, proteger e cuidar sem restrições.
 
O Apóstolo ensina que o verdadeiro amor, não é sujeito às limitações que colocamos sobre ele. Outra coisa importante dentro do Cristianismo é que o amar é o grande Mandamento.
 
Com esse texto, a pergunta que fica é: Qual amor quero para a minha vida? E que amor o mundo precisa conhecer? Acredito que o amor seria a solução para os males do mundo. 
 
Jonathan Gomes de Brito
 
 
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Agosto 22, 2020

chamavioleta

5 formas de incluir os conhecimentos da filosofia na sua vida

Escrito por Sumaia Santana 

da Equipe Eu Sem Fronteiras.

21 de agosto de 2020. 

 
 
Pequena árvore saindo de dentro de livro numa biblioteca.
 
 


 
Existem dois tipos de pessoas. Algumas estão constantemente cabisbaixas. Possuem olhar triste, postura curvada e demonstram muito cansaço. Elas enxergam apenas o lado feio da vida. Se chover, reclama por que não vai atrapalhar o passeio. Se fizer sol, reclama porque vai ficar cansado. A coluna dessas pessoas mais parece um anzol. Elas carregam pesos materialmente invisíveis, mas, completamente sentidos por quem está ao redor delas. O cansaço não é apenas físico. O negativismo dessas pessoas suga energia. 
 
Como já mencionado em outro texto, a filosofia pode nos ajudar diariamente. Ela não precisa ser vista como uma disciplina complexa de compreender. Muitos filósofos se tornaram famosas por teorias, frases que de alguma forma inspiraram as pessoas e pudessem ser aplicadas no dia a dia. Vamos citar cinco frases de filósofos que podem ajudar você a refletir sobre a sua vida.
 
1) “Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida”, Sócrates
 
Esta famosa frase de Sócrates, um filósofo de Atenas que sempre buscou passar para as pessoas que elas deveriam ter liberdade de escolha, de pensamento e ideias nos trouxe diversas colaborações. Mas nesta frase em especial, trazendo para a nossa contextualização, o pensador quer afirmar que precisamos ter uma vida de desafios. Ela não pode ser fácil e sem graça. O desafio é que faz a vida valer a pena de se viver. Observe como você encara os desafios, que tal começar a encará-los de forma mais positiva?
 
2) “Não é a força mas a constância dos bons resultados que conduz os homens à felicidade”, Friedrich Nietzsche
 
Nietzsche era uma filósofo alemão considerado crítico e muito duro em suas teorias. Seus temas recorrentes eram moral, Estado e religião. Nesta frase descrita acima, o filósofo nos apresenta um resultado de coisas como a felicidade. Isso que ele não era muito íntimo com a felicidade. Mas é possível compreender a sua frase para a vida. A felicidade é um conjunto de resultados. E para estarmos bens, mais provável que pratiquemos as coisas boas e assim o resultado será positivo.
 
Abby Chung / Pexels
 
 
3) “O destino baralha as cartas, e nós jogamos”, Arthur Schopenhauer
 
Ele era uma filósofo que criticava outros pensadores e tentava apontar que o mundo é uma representação individual, e que cada um tem uma ideia diferente. Na frase muita conhecida deste pensador, e que por sinal continua viva e forte, ele expressa que a vida é uma caixa de surpresa. Nós não temos certeza de nada. O futuro não nos é dado. O que resta é viver de forma leve e simples, buscando se autoconhecer porque o destino não nos pertence, o que nos pertence é o jogo da vida.
 
 
4) “Aprender é mudar posturas”, Platão
 
Um dos filósofos mais importantes de nossa humanidade. Ele acreditava que o conhecimento deve ser o das ideias, daquilo que é já é concebido e que não pode ser mudado. Era defensor de uma boa educação. Com a frase acima, muita conhecida, o pensador mostra que quando a gente aprende sempre estamos mudando, porque para aprender é necessário que se faça mudanças, assim muda-se as posturas, a gente muda.
 
Essa frase forte é do pensador Kant, que defendia o idealismo e a filosofia moral. Nessa frase ele nos mostra a importância do amor em nossa vida. Quanto mais o tivermos, melhor será nossa caminhada aqui na vida. Amor por nós, aos outros, ao mundo. O amor que gera amor. É uma bela mensagem cheia de ensinamento.
 
 
Eu Sem Fronteiras.


 
 
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Agosto 12, 2020

chamavioleta

A felicidade segundo os filósofos gregos, Sócrates, Platão e Aristóteles.

Por Eduardo Rosa.

12 de agosto de 2020. 

 
 
Estátua de Sócrates.
 
 
 
Todos nós procuramos apenas uma coisa em nossas vidas: ser felizes! E essa felicidade é alterada para cada pessoa. Para uns, ser feliz é ter muito poder aquisitivo e poder comprar o que desejar, tal como carrões, mansões, entre outras coisas materiais. Para outros, é ter fama, ser uma pessoa conhecida por todos (o que é representado no alto nível de exposição social). E desse modo a sociedade pós-moderna do século XXI torna-se cada vez mais líquida, em que tudo depende da aprovação da sociedade e da admiração de outros.
 
Com isso, sempre é cativante compreender como os povos antigos concebiam a felicidade, em especial os filósofos antigos do mundo grego, tais como Sócrates, Platão e Aristóteles, esses que são os patriarcas da filosofia ocidental.
 
 
Foto de Alex Grek no Pexels
 
 
Sócrates é conhecido como o Pai da Filosofia, é o nome mais famoso das escolas de humanas, e possivelmente todos já ouviram falar dele ou de sua célebre frase: “Só sei que nada sei”. A frase define o conceito de felicidade de Sócrates, quando, ao reconhecer que nada sabe, se coloca à procura de conhecer, pondo-se no caminho do conhecimento para compreender as coisas, compreender algo novo, aprender sobre tudo. E assim se constrói para Sócrates o caminho da felicidade, pois, somente procurando o conhecimento se encontra a virtude de conhecer. Assim é o homem feliz, o homem que procura o conhecimento da verdade. Sócrates compreende que o homem feliz é o homem que conhece a si mesmo, o homem que possui o autoconhecimento. Mas, para o homem conhecer a si mesmo, deve ter a consciência de nada saber sobre si, para então procurar obter o conhecimento de si mesmo.
 
 
Já Platão, o discípulo mais fiel de Sócrates (que nos proporcionou todo o conhecimento sobre Sócrates, pois somente em suas obras é possível observar os ensinamentos socráticos), compreende que a felicidade é a principal busca de todo ser humano; mas, diferentemente de Sócrates, Platão elenca a felicidade como a prática do Bem ético, onde as ações promovem efeitos que proporcionam o Bem. O Bem para Platão é concebido como o principal objetivo de toda ação humana, por ser o princípio da justiça e da verdade. Em Platão encontra-se o pensamento de recompensa em praticar o Bem, pois, somente praticando as virtudes da alma (Platão compreende que o homem possui uma dualidade existencial, onde é portador de corpo e alma; o corpo é terreno e proporciona ao homem prazeres terrenos e a alma é imortal, onde está interligada com o Mundo das Ideias – Mundo da Verdade e do Bem), ela poderá retornar à sua casa, isto é, ao Mundo das Ideias, então praticar as virtudes da alma é promover a felicidade humana, enquanto sua alma se aproxima do Bem Eterno.
 
Em Aristóteles encontra-se o conceito de felicidade mais prático e aplicável ao cotidiano. Para o filósofo a felicidade consiste em aperfeiçoar a prática da Mediocridade, isto é, ter ações que promovam a Ética, que é agir em uma justa medida entre dois extremos, por exemplo: ter coragem é o agir mediano, entre agir de forma temerosa e agir de forma covarde. Aristóteles ensina que o homem feliz é aquele que promove ações éticas em todas as suas escolhas e que consegue agir da melhor forma possível (tendo em vista a mediania das escolhas) em todas as situações do cotidiano, não cedendo aos vícios, que são os extremos da falta ou do excesso.
 
 
Percebemos que as concepções dos filósofos antigos diferem muito das concepções de felicidade do mundo contemporâneo, onde a pessoa feliz é quem pode comprar coisas, ou o que aparece mais vezes na tela da TV, smartphones e computadores dos outros; onde a pessoa feliz é aquela que está com o cartão de crédito na mão, a pessoa que consome e assim se torna parte da globalização. Para os filósofos antigos a felicidade é algo que não pode ser comprado, pois é autoconhecimento, é agir de acordo como o Bem e a Justiça Eterna, ou agir de forma ética em uma medida, em todas as ações humanas.
 
Eduardo Rosa

Eduardo Rosa
 
Email duhcosta07@gmail.com

 

 



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