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A Chama Violeta (The Violet Flame)

Sítio dedicado à filosofia humana, ao estudo e conhecimento da verdade, assim como à investigação. ~A Luz está a revelar a Verdade, e a verdade libertar-nos-á! ~A Chama Violeta da Transmutação

15.08.15

Encontro Espiritual 

 Integração Subjetiva. 

Corretas Relações Humanas. 

Djwhal Khul, 

Ensinamentos do Mestre.

Posted by Thoth3126 on 11/02/2015







A Iniciação, ou o processo de expansão da consciência, faz parte do processo normal do desenvolvimento evolutivo, encarado de um ponto de vista mais amplo e não do ponto de vista do indivíduo. A questão relativa à Iniciação está cada vez mais presente na atenção do público.



“O óbvio é aquilo que nunca é visto até que alguém o manifeste com simplicidade. A verdade de outra pessoa não está no que ela te revela, mas naquilo que não pode revelar-te. Portanto, se quiseres compreendê-la, não escute o que ela diz, mas antes, o que ela não diz“. Kahlil Gibran

Thoth3126@gmail.com

DEFINIÇÃO DE INICIAÇÃO:

Antes que passem muitos séculos, os velhos mistérios serão restaurados e existirá um corpo interno na (Nova) Igreja – na Igreja do novo período, cujo núcleo já está em formação – no qual a primeira iniciação passará a ser exotérica(externa). Isso será apenas no sentido de que, dentro em breve, o recebimento da primeira iniciação constituirá a cerimônia mais sagrada dessa “Nova Igreja“, realizada exotericamente como um dos mistérios dados em períodos certos, assistida pelos interessados. A iniciação ocupará, também, lugar semelhante no ritual da Maçonaria. Nesta cerimônia, os que estiverem prontos para a primeira iniciação serão publicamente admitidos na Loja por um de seus membros, autorizado a fazê-lo pelo próprio grande Hierofante.


DJWHAL KHUL, o Tibetano


Uma Definição de Quatro Palavras

Que queremos dizer quando falamos de iniciação, sabedoria, conhecimento ou de Caminho Probacionário (período de PROVAÇÃO do neófito)?

Usamos as palavras com muita loquacidade, sem analisarmos devidamente o seu sentido intrínseco. Analisemos, por exemplo, a palavra que mencionamos em primeiro lugar. Muitas são as definições e muitas são as explicações que podem ser encontradas quanto ao seu objetivo, os passos preparatórios, o trabalho a ser realizado entre as iniciações, e os seus resultados e efeitos. Uma coisa, antes de mais nada, torna-se aparente ao estudante mais superficial, ou seja, que a magnitude do tema é tal que, para abordá-lo adequadamente, a pessoa deveria ter a capacidade de escrever do ponto de vista de um iniciado; quando isto não é o caso, tudo que for dito poderá ser razoável, lógico, interessante, ou sugestivo, porém não será conclusivo.

A palavra iniciação se origina de duas palavras latinas, in, dentro de; e ire, ir, andar; portanto, a formação de um princípio, ou o ingresso em algo. Na sua mais ampla acepção, representa – no caso que estamos estudando – uma entrada na vida espiritual, ou num novo estágio naquela vida. É o primeiro e os seguintes passos sucessivos, no Caminho da Santidade. Literalmente, portanto, o homem que recebeu a primeira iniciação, é aquele que deu o primeiro passo na direção do reino espiritual e que passou do reino apenas humano para o supra-humano.

Da mesma forma como passou do reino animal para o humano, na sua individualização, assim também ingressou na vida do espírito, e, pela primeira vez, tem o direito de ser chamado de “homem espiritual”; na acepção técnica da palavra. Está ingressando no quinto estágio, ou final, da nossa atual evolução quíntupla. Tendo tateado o caminho através da Câmara da Ignorância durante séculos, e tendo freqüentado a escola na Câmara do Aprendizado, o homem está agora ingressando numa universidade, ou, na Câmara da Sabedoria. Ao completar este curso, diplomar-se-á como um Mestre da Compaixão.

Poderia, também, ser útil, se estudássemos primeiramente, a diferença ou a ligação entre Conhecimento, Compreensão e Sabedoria. Embora na linguagem comum estas palavras sejam freqüentemente usadas como sinônimos, são diferentes quando empregadas tecnicamente.

O Conhecimento é o produto da Câmara ou Escola do Aprendizado. Poderá ser classificado como o acervo das descobertas e experiências humanas – aquilo que pode ser reconhecido pelos cinco sentidos e correlacionado, diagnosticado e definido através do intelecto humano. É aquilo sobre o que sentimos certeza intelectual, ou aquilo que podemos determinar pela experiência. É o compêndio das artes e das ciências. Relaciona-se a tudo que diz respeito à construção e ao desenvolvimento do lado físico e da forma das coisas. Portanto, diz respeito ao aspecto material da evolução, à matéria nos sistemas solares, no planeta, nos três mundos da evolução humana e nos corpos dos homens.

A Sabedoria é o produto da Câmara da Sabedoria. Relaciona-se com o desenvolvimento da vida na forma, com o progresso do espírito naqueles veículos sempre cambiantes e com as expansões de consciência que se sucedem de vida em vida. Refere-se ao aspecto vital da evolução. Como lida com a essência das coisas e não com as próprias coisas, é a percepção intuitiva da verdade separada da faculdade de raciocínio, e a percepção inata que pode distinguir entre o falso e o verdadeiro, entre o real e o irreal.


É mais do que isso, pois representa, também, a capacidade crescente do Pensador penetrar cada vez mais na mente do Logos, de conscientizar a verdadeira natureza interna do grande personagem do universo, de enfocar o objetivo e de harmonizar-se progressivamente com a unidade mais ampla. Para a nossa presente finalidade (que consiste em estudar um pouco o Caminho da Santidade e seus vários estágios) poderá ser descrita como a conscientização do “Reino de Deus Interno” e a percepção do “Reino de Deus Externo”, no sistema solar. Talvez possa ser expressa como a combinação progressiva dos caminhos do místico e do ocultista – a edificação do templo da sabedoria baseada no conhecimento.

A Sabedoria é a ciência do espírito, da mesma forma como o conhecimento é a ciência da matéria. O conhecimento é separativo e objetivo, ao passo que a sabedoria é sintética e subjetiva. O conhecimento divide; a sabedoria une. O conhecimento diferencia, ao passo que a sabedoria combina. Que se deseja dizer, então, por compreensão?

A compreensão pode ser definida como a faculdade do Pensador no tempo assimilar conhecimento como base para a sabedoria, que lhe possibilite adaptar as coisas da forma à vida do espírito, reunir os lampejos da inspiração que lhe chegam da Câmara da Sabedoria e uni-los aos fatos da Escola do Aprendizado. Talvez toda a idéia possa ser expressa da seguinte forma: A sabedoria relaciona-se com o Eu único, o conhecimento com o não-eu, ao passo que a compreensão é o ponto de vista do Ego ou Pensador, ou a sua relação entre eles.

Na Câmara da Ignorância a forma dirige e o lado material das coisas predomina. Ali, o homem/mulher está polarizado na personalidade ou eu inferior. Na Câmara do Aprendizado, o Eu superior, ou Ego, esforça-se por dominar aquela forma até que, gradativamente, é alcançado um ponto de equilíbrio no qual o homem não é controlado por nenhum dos dois. Mais tarde, o Ego passa a controlar mais e mais, até que, na Câmara da Sabedoria, passa a dominar os três mundos inferiores, e a sua divindade interna gradativamente assume a ação principal.

ASPECTOS DA INICIAÇÃO

A Iniciação, ou o processo de expansão da consciência, faz parte do processo normal do desenvolvimento evolutivo, encarado de um ponto de vista mais amplo e não do ponto de vista do indivíduo. Quando analisada do ponto de vista individual, passou a ser limitada, até o momento em que a unidade em evolução definitivamente aprende que (em virtude do seu esforço próprio, auxiliado pelos conselhos e recomendações dos Instrutores atentos da raça) alcançou um ponto em que possui determinada gama de conhecimentos de natureza subjetiva, do ponto de vista do plano físico.


O homem se torna uno com o Logos através da ajuda ”D’Aquele” Sobre Quem Nada Pode Ser Dito”.

É na natureza daquela experiência que um estudante de uma escola compreende, repentinamente, ter dominado uma lição e que a lógica de um tema e o método do procedimento lhe pertencem para seu uso inteligente. Estes momentos de assimilação inteligente acompanham a Mônada em evolução, através de sua longa peregrinação. O que foi até certo ponto mal interpretado neste estágio de compreensão é o fato de que, em vários períodos, a ênfase é posta nos diferentes graus de expansão e a Hierarquia sempre se esforça por conduzir a raça até o ponto em que as suas unidades terão alguma idéia do próximo passo a ser dado.

Cada iniciação representa a aprovação do aluno para um curso mais adiantado na Câmara da Sabedoria; marca o brilho mais intenso do fogo interior e a transição de um ponto de polarização para outro; possibilita a conscientização de uma crescente união com tudo que vive e a unidade essencial do Eu com todas as demais unidades. Resulta num horizonte que se expande continuamente até abarcar a esfera da criação; é uma crescente capacidade de ver e ouvir em todos os planos. Representa maior consciência dos planos divinos para o mundo e maior habilidade de penetrar naqueles planos e desenvolvê-los. É o esforço, na mente abstrata, para ser aprovado num exame. Representa a melhor turma na escola do Mestre, e está ao alcance daquelas almas cujo carma o permite e cujos esforços são suficientes para a consecução do objetivo.

A Iniciação conduz até a montanha donde se pode conseguir a visão, uma visão do eterno Agora, no qual o passado, o presente e o futuro, coexistem como uma unidade; uma visão do espetáculo das raças, com o fio dourado da linhagem transmitido através de inúmeros tipos; uma visão da esfera dourada que encerra, em uníssono, todas as inúmeras evoluções do nosso sistema, o dévico, o humano, o animal, o vegetal, o mineral e o elemental, e através dos quais a vida pulsante pode ser vista claramente, batendo em ritmo regular; uma visão do pensamento-forma do Logos no plano dos arquétipos, uma visão que cresce, de iniciação em iniciação, até abarcar todo o sistema solar.


“A Iniciação conduz até aquela corrente que, uma vez nela integrado, impulsiona um homem adiante, até os pés do Senhor do Mundo, aos pés do seu Pai no Céu, aos pés do Logos trino”.

A Iniciação conduz à caverna entre cujas paredes se conhecem os pares de opostos e onde é revelado o segredo do bem e do mal. Conduz até a Cruz e o sacrifício final, que terá de ocorrer antes que se possa alcançar a libertação completa e que o iniciado esteja livre dos grilhões da terra, não estando preso a coisa alguma nos três mundos.

Conduz através da Câmara da Sabedoria e coloca nas mãos do homem a chave de todas as informações, sistêmicas e cósmicas, em seqüência graduada. Revela o mistério oculto que jaz no coração do sistema solar. Conduz de um estado de consciência para outro. Na medida que se penetra em cada estágio, processa-se um alargamento do horizonte, a visão se amplia e a compreensão é cada vez maior, até a expansão alcançar um ponto onde o ego engloba todos os seres, inclusive tudo que está “em movimento e imóvel”, conforme consta de uma antiga Escritura.

{“Vocês são seres magníficos, membros da Família de Luz e vieram para a Terra em missão, para fazerem uma mudança, para ajudarem numa transição. O Amor é a chave. O Amor constrói o Universo. Vocês escolheram estar aqui, escolheram a missão de recuperarem a memória de quem são e trazerem de volta o valor da existência humana. Vocês são preciosos. Há muitas vidas que estão a ser treinados para isso e não vieram sem estarem preparados. Tudo o que precisam de saber está dentro de vós e é vossa tarefa lembrarem-se desse treino. Este não é um período de vida em que vos vai ser ensinada nova informação, é sim, como dissemos antes, uma época de lembrança do que já sabem e nós estamos aqui para vos recordar exatamente isso.”

Extrato de mensagem dos Pleiadianos através de Barbara Marciniak no livro “ Bringers of the Dawn”}

A Iniciação envolve cerimônia. É este o aspecto que foi enfatizado nas mentes dos homens, talvez excluindo um pouco o verdadeiro significado. Basicamente envolve a capacidade de ver, ouvir e compreender e de sintetizar e correlacionar o conhecimento. Não abrange, necessariamente, o desenvolvimento das faculdades psíquicas, mas proporciona a compreensão interna que vislumbra o valor subjacente das formas e reconhece a finalidade das circunstâncias ambientais.


É a capacidade que percebe a lição a ser aprendida em qualquer ocorrência e acontecimento e, através destas compreensões e reconhecimentos, a leva ao crescimento e à expansão, a cada hora, semana e ano.Esse processo de expansão gradual – o resultado de um esforço definido, do pensamento reto e da conduta reta do próprio aspirante – e não de algum instrutor oculto realizando um oculto ritual – conduz àquilo que poderíamos denominar de uma crise.

Nesta crise, que requer a ajuda de um Mestre, processa-se um ato definido de iniciação, o qual (atuando sobre determinado centro) produz um resultado em algum corpo. Sintoniza os átomos em determinada vibração e possibilita que seja alcançado um novo ritmo. Esta cerimônia de iniciação representa um ponto de realização. Não culmina na espiritual, como com tanta freqüência se interpreta de maneira errônea. Representa simplesmente o reconhecimento, pelos Instrutores alertas da raça, de um ponto definido na evolução alcançada pelo aluno, e resulta em duas coisas:

1 – Uma expansão da consciência que leva a personalidade até a sabedoria alcançada pelo Ego e, nas iniciações mais altas, até a consciência da Mônada.

2 – Um breve período de iluminação, no qual o iniciado vê a parte do Caminho a ser palmilhado diante dele e no qual compartilha conscientemente, do grande plano de evolução.

Após a iniciação, o trabalho a ser feito consiste, grandemente, em tornar aquela expansão da consciência parte do equipamento de uso prático da personalidade e em dominar aquela porção do caminho que ainda precisa ser coberta.

LOCAL E EFEITO DA INICIAÇÃO

A cerimônia de iniciação se realiza nos três subplanos mais altos do plano mental e nos três planos superiores, conforme a iniciação. Nas iniciações no plano mental, a estrela pentagonal lampeja acima da cabeça do iniciado. Isto se processa nas primeiras iniciações que se realizam no veículo causal. Foi dito que as primeiras duas iniciações se realizam no plano astral, mas isto é incorreto, e esta declaração deu origem a uma interpretação errada. Elas são sentidas profundamente em relação aos corpos astral e físico e mental inferior, e afetam seu controle.

Como o efeito principal é naqueles corpos, o iniciado poderá interpretá-los como se tendo processado nos planos em questão, já que a clareza do efeito e o estímulo das primeiras duas iniciações se processam, em grande parte, no corpo astral. Mas deve ser lembrado que as principais iniciações se realizam no corpo causal ou – desvinculado deste – no plano búdico ou no átmico (Budhi=Corpo de Luz, Atma= Corpo mental superior). Nas duas iniciações finais, que libertam o homem dos três mundos e lhe possibilitam funcionar no corpo de vitalidade do Logos e moldar aquela força, o iniciado passa a ser a estrela pentagonal que desce sobre ele, se funde com ele e em cujo centro é visto.

Esta descida é causada pela ação do Iniciador, que movimenta o Cetro do Poder e põe o homem conscientemente em contato com o centro no Corpo do Logos Planetário do qual faz parte. As duas iniciações, chamadas sexta e sétima, se realizam nos planos búdico e átmico; a estrela pentagonal “brilha intensamente do Seu interior”, segundo a expressão esotérica e passa a ser a estrela de sete pontas; desce sobre o homem e ele penetra na chama.


Lembramos, novamente, que as quatro iniciações, anteriores à do adepto, marcam, respectivamente, a consecução de determinadas parcelas de matéria atômica nos corpos – por exemplo, na primeira iniciação, um quarto de matéria atômica; na segunda, metade de matéria atômica; na terceira, três quartos de matéria atômica, e assim sucessivamente, até o término. Tendo em vista que budhi é o princípio unificador (ou o elemento que tudo molda), na quinta iniciação o adepto abandona os veículos inferiores e surge no seu envoltório búdico. A partir daí, cria o seu corpo de manifestação.

Cada iniciação proporciona maior controle sobre os raios, se assim podemos dizer, embora isto não transmita adequadamente a idéia. As palavras confundem com freqüência. Na quinta iniciação, quando o adepto se afirma como Mestre nos três mundos, Ele controla, em maior ou menor extensão (de acordo com a Sua linha de desenvolvimento), os cinco raios que se manifestam especialmente na ocasião em que recebe a iniciação. Na sexta iniciação, se ele receber o grau mais alto, domina um outro raio e, na sétima iniciação, terá poder em todos os raios. A sexta iniciação marca o ponto de conquista do Cristo e faz com que o raio sintético do sistema fique sob Seu controle.

Precisamos lembrar que a iniciação dá ao iniciado poder nos raios e não poder sobre os raios, o que representa uma diferença muito grande (A diferença entre HUMILDADE e VAIDADE). Naturalmente, cada iniciado possui, como raio primário, ou espiritual, um dos três raios principais, e o raio da sua mônada é aquele no qual ele adquire poder, progressivamente. O raio do amor, ou raio sintético do sistema, é o raio final que se alcança.

Aqueles que abandonam a Terra após a quinta iniciação, ou aqueles que não se tornam Mestres na encarnação física, recebem suas iniciações posteriores em outros pontos do sistema. Todos estão na Consciência do Logos. Uma grande verdade a ser lembrada é que as iniciações do planeta, ou do sistema solar, representam, apenas, iniciações preparatórias para a admissão na Loja maior, em Sírius.
Um Mestre, portanto, é aquele que recebeu a sétima iniciação planetária, a quinta iniciação solar e a primeira iniciação de Sírius, ou cósmica.

A UNIFICAÇÃO – o RESULTADO da INICIAÇÃO
Um ponto que precisamos compreender é que cada iniciação sucessiva resulta numa unificação mais completa da personalidade e do Ego e, em níveis ainda mais elevados, com a Mônada. Toda a evolução do espírito humano é uma unificação progressiva. Na unificação entre o Ego e a personalidade, está oculto o mistério da doutrina Cristã da unificação. Uma unificação se processa no momento da individualização, quando o homem se torna uma entidade racional consciente, em oposição aos animais. As unificações se sucedem, acompanhando o processo evolutivo.

A unificação em todos os níveis – emocional, intuitivo, espiritual e Divino – consiste na atividade consciente e contínua. Em todos os casos, é precedida por um processo de combustão, por intermédio do fogo interno, e pela destruição, através do sacrifício, de tudo aquilo que separa. A abordagem da unidade se realiza através da destruição do inferior e de tudo aquilo que forma uma barreira. Vejamos, por exemplo, o caso da tela que separa o corpo etérico do emocional. Quando a tela é consumida pelo fogo interno, a comunicação entre os corpos da personalidade passa a ser contínua e completa, e os três veículos inferiores funcionam como um único.

Temos uma situação algo análoga nos níveis mais altos, embora o paralelismo não possa ser aplicado a todos os detalhes. A intuição corresponde ao emocional, e os quatro níveis mais elevados do plano mental correspondem ao etérico. Na destruição do corpo causal por ocasião da quarta iniciação (simbolicamente denominada de “crucificação”), temos um processo análogo à queima da trama que conduz à unificação dos corpos da personalidade. A desintegração que é parte da iniciação ARHAT (1), conduz à unidade entre o Ego e a Mônada, expressando-se na Tríada, É a unificação perfeita. Portanto, todo o processo visa a tornar o homem conscientemente uno:
Primeiro – Consigo mesmo e com aqueles que estão encarnados com ele.
Segundo – Com o seu Eu Superior e, assim, com todos os demais seres.
Terceiro – Com seu Espírito, ou “Pai no Céu”, e, assim, com todas as Mônadas.
Quarto – Com o Logos, o Três em Um e o Um em Três.

O homem torna-se um ser humano consciente, através da instrumentalidade dos Senhores da Chama, e de Seu constante sacrifício pessoal e serviço.

Na terceira iniciação, o homem se torna um Ego consciente, com a consciência do SEU Eu superior, e isto se processa pela ação dos Mestres e do Cristo, através do Seu sacrifício, ao se encarnarem fisicamente para ajudar ao mundo. O homem se une à Mônada na quinta iniciação, com a ajuda do Senhor do Mundo, o Vigilante Solitário, no Grande Sacrifício.


“O homem se torna uno com o Logos através da ajuda ”D’Aquele” Sobre Quem Nada Pode Ser Dito“

(1) ARHAT é um termo sânscrito usado em religiões orientais e escolas de esoterismo do ocidente para designar um ser de elevada estatura espiritual. A palavra tem como variantes as formas arahat, arahant, araham, rahat. Significa literalmente “o digno, aquele que merece louvores divinos”. Uma etimologia popular faz a palavra significar “o destruidor dos inimigos”(Internos). Foi primeiro empregada para nomear os santos do Jainismo, e posteriormente o termo foi adotado pelo Budismo e pela Teosofia com a mesma finalidade de designação de um grande sábio.

Existem algumas ligeiras variações de significado entre as várias escolas que usam a palavra, mas em suma concordam que o Arhat se não atingiu a meta final da evolução humana, dela está muito próximo, e que tendo cumprido o caminho que leva às iniciações mais elevadas, penetra nos primeiros estágios do Nirvana e já não está obrigado ao renascimento. O Budismo considera o próprio Budha um Arhat, embora designe com a mesma palavra os seus seguidores mais importantes, demonstrando que existe um diferencial para com a condição de Buda, mesmo ambas coincidindo em outros pontos – o que diz da elevada qualidade do Arhat. Os Arhatas são chamados de hinayana (“o pequeno veículo”).

No Jainismo é o mesmo que jina, um ser que obteve a iluminação e ensina aos outros como obtê-la. Para a Teosofia Arhat é ainda um termo técnico que indica aquele que atravessou com sucesso a 4ª Iniciação, estando imediatamente abaixo do nível de Mestre de Sabedoria ou Adepto. Na simbologia Cristã o nível de Arhat tem paralelo com o Cristo glorioso da Ressurreição, pois ele é o que morreu para a matéria e renasceu nos reinos espirituais, onde viverá doravante em beatitude eterna.}


A Grande Invocação

Do ponto de Luz da Mente de Deus,
Flua luz às mentes dos homens;
Que a Luz desça à Terra.

Do ponto de Amor no Coração de Deus,
Flua amor aos corações dos homens;
Que Cristo volte à Terra.

Do Centro onde a Vontade de Deus é conhecida,
Guie o propósito as pequenas vontades dos homens;
O propósito que os Mestres conhecem e a que servem.

Do centro a que chamamos raça dos homens,
Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz;
E feche a porta onde se encontra o mal!

Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano Divino sobre a Terra.

Permitida a reprodução desde que mantido na formatação original e mencione as fontes.

www.thoth3126.com.br

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10.08.15

Atlântida – Um Habitante de Dois Planetas – 24 (B)

Posted by Thoth3126 on 24/02/2015
atlãntida-gravadanarocha

Atlântida, a rainha das ondas dos oceanos.   

“O propósito desta história é relatar o que conheci pela experiência, e não me cabe expor idéias teóricas. Se levares alguns pontos pequenos deixados sem explicação para o santuário interior de tua alma, e ali neles meditares , verás que se tornarão claros para ti, como a água que mitiga a tua sede. . . Este é o espírito com que o autor (Philos, o Tibetano) propõe que seja lido este livro. E chama de história o relato que faz de sua experiência. Que é história?. . . Ao leitor a decisão.

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medo é a emoção predominante das massas que ainda estão presas no turbilhão da negatividade da estrutura de crença da (in)consciência de massa. Medo do futuromedo da escassez, do governo, das empresas, de outras crenças religiosas, das raças e culturas diferentes, e até mesmo medo da ira divina. Há aversão e medo daqueles que olham, pensam e agem de modo diferente (os que OUVEM e SEGUEM a sua voz interior), e acima de tudo, existe MEDO de MUDAR e da própria MUDANÇA.  Arcanjo Miguel

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Edição e imagens:  Thoth3126@gmail.com
Livro: “Um Habitante de Dois Planetas”, de Philos, o Tibetano, Livro Primeiro, Capítulo XXIV – DEVACHAN

Fontehttp://www.sacred-texts.com

Capítulos iniciais:
  1. http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas/
  2. http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-2/
  3. http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-3/
  4. http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-4/
  5. http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-5/

CAPITULO XXIV – DEVACHAN – Parte B, final

Com a serenidade de um sonho, a visão do palácio e das coisas familiares foi se apagando e tive a impressão de entrar num lindo vale entre montanhas azuladas. Diante de mim encontrava-se um edifício cujo exterior era despretensioso. De linhas irregulares, parecia ter sido construído por partes, com novos aposentos acrescentados quando necessário. Que excelente ideia aquela, pensei. A edificação era formada por grandes lajes de pedra, não alisadas, permanecendo tal como eram antes de serem retiradas das rochas. Em algumas partes tinha três andares, em outras só dois, mas a maioria dos aposentos estava no térreo. Que tipo de gente morava ali? 

Com certeza seriam pessoas cujas tendências arquitetônicas combinavam muito bem com as minhas. Antes mesmo de vê-las, senti que eram de índole amigável. Concluí que não lhes faltava o amor pela beleza, pois, cobrindo a pitoresca e insólita construção, havia heras perenes e em volta estendiam-se bonitos jardins. Deveria eu me aventurar a introduzir ali minha presença? Enquanto eu pensava no caso, um homem abriu a porta mais próxima de mim e se adiantou. Tinha uma aparência familiar; onde eu o teria visto? Eu havia esquecido completamente a última vida que havia vivido como Zailm, filho de Menax, como se ela nunca tivesse acontecido.

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Meus sentidos agora estavam dominados pelas sensações da infância, pelos pensamentos, idéias e conhecimentos simples do meu tempo de criança na casa das montanhas ao pé do Pitach Rhok. Quando chegou perto de mim, o estranho que me parecia conhecido disse: “Conheces-me, como teu pai Merin Numinos?” Isso acalmou a apreensão que havia surgido vagamente em minha consciência, a de que estando morto eu estava sozinho e invisível para as pessoas, e desfez a ideia que havia esmaecido rapidamente enquanto eu olhava para a casa de pedra, a ideia de que eu estava morto. Eu já não tinha mais noção daquela experiência e o conhecimento da morte tinha se apagado no que se aplicava ao meu próprio falecimento. 

Senti-me tomado de prazer com a pergunta do homem que ali estava e percebi então que ele era o pai idealizado de minha infância, mas não aquele que minha mãe sempre apresentara sob uma luz depreciadora. Como o leitor sabe, ela não gostava dele. Mas este pensamento não surgiu em minha mente naquele momento; eu só sabia que estava olhando para o homem que eu reconhecia como sendo meu pai. Eu estava exultante por tê-lo encontrado e respondi: “certamente eu te conheço bem!” Então ele perguntou: “queres descansar?”

“Como estou fatigado, aceito, e sem dúvida isto será muito benéfico.” Merin Numinos me guiou para dentro da grande casa, conduzindo-me ao que devo chamar antro ou “cantinho especial”, embora o primeiro nome possa parecer deselegante. Era um local desse tipo, limpo mas encantadora e deliciosamente confuso e sem ordem; livros e espécimes de rochas, e todas as coisas que os meninos apreciam estavam espalhados ali numa inextricável confusão, das que enchem de desespero qualquer dona de casa ordeira. Meu prazer não tinha limites, pois senti que eu era um menino, apenas um menino; não tinha ainda alcançado a maturidade e as desconhecidas possibilidades da idade adulta enchiam todo o meu ser com  uma agradável antecipação do futuro; eu era um garoto de espírito exuberante à solta em seu próprio reino, e naquele quarto eu me sentia livre do medo da mão ordeira que sempre me restringira em outros locais.

Numa cama, desajeitadamente arrumada num canto do quarto obscuro, estava um pacote de livros da biblioteca distrital, cada um deles com a marca “Pitach Rhok Distrito 5″ em caracteres poseidanos. Os livros estavam no meu caminho, por isso coloquei-os cuidadosamente (pois os livros sempre foram objetos quase sagrados aos meus olhos) no chão, para poder deitar na cama. Então me acomodei para dormir no rústico leito que sempre parecera mais macio e confortável em minha memória do que  qualquer almofada macia de minha vida em Caiphul. 

Não que eu soubesse disso quando me deitei; sabia apenas que estava vivenciando um estado de coisas que se ajustavam perfeitamente aos meus desejos. Eu não tinha uma ideia clara de qualquer acontecimento de minha antiga vida em Poseid, nenhuma lembrança da morte, nada. Tudo tinha se esvaído como aqueles sonhos que tentamos em vão recordar na hora do café, no dia seguinte. Contudo, quando me encontrei diante de coisas de meu novo estado que eram semelhantes às que eu havia conhecido e amado no estado anterior; quando encontrei coisas iguais às que eu sonhara realizar um dia, então as novas realidades que, afinal de contas, não eram novas, pareceram inteiramente satisfatórias, acrescidas do encanto da consecução, apesar de eu não poder lembrar do passado.

“A cena que saúda meus olhos, de um modo estranho eu reconheço como  algo cujo todas as partes místicas  sinto prefiguradas em meu coração.” 

Embora apresentasse algumas novidades, a natureza daquelas coisas não era tão diferente que suscitasse uma atenção especial. Um dia eu me levantara e partira do local de minha vida de menino, descrito acima. A cortina subiu deixando-me entrever coisas provindas da vida passada após minha saída de Pitach Rhok para ir a Caiphul, onde me vi envolvido pelo pesado trabalho de obter o conhecimento relativo ao grau de um Xio-Incalithlon, um grau mais alto que qualquer outro alcançado por qualquer cientista do mundo moderno. Mas essa fase do devachan logo passou porque, não tendo eu alcançado esse grau na terra, nem feito a tentativa de obtê-lo, não dispunha de uma base real para esboçar cenas devachânicas. 

Assim o “tempo” foi passando rápido por mim, às vezes com egos reais de pessoas terrenas que haviam trabalhado intimamente comigo na terra e colhiam comigo os resultados de sua colaboração. Outras vezes eu me via sozinho com meus conceitos, que entretanto pareciam tão reais quanto pessoas verdadeiras, pois tudo me parecia absolutamente autêntico. Lolix ali estava sob seus melhores aspectos, mas o nosso pecado nos impedia de retornar à terra. Nada me pareceu mais natural do que encontrar Anzimee uma noite quando eu vagava pela praia adjacente a um ermo artificial, onde todas as coisas estavam dispostas em harmonia com meu ideal de solidão, com o qual tinha sonhado em meio ao burburinho de Caiphul; um lugar para onde eu a levaria quando estivéssemos casados.

Atlantida-Platao

Foi muito comovente ouvi-la dizer, quando nos encontramos, “meu esposo”, e a paz subseqüente à agitação foi tão deleitosa quanto eu imaginara que seria. Mas minha pena se adianta, pressurosa. Voltemos ao pequeno quarto: Sem tirar a roupa, pois o ar estava fresco, deitei e dormi. Quando acordei, desci, passando pela sala e indo até o jardim. Uma mudança havia ocorrido. Eu estava mais velho; a paisagem era diferente, as casas mais parecidas com o que minhas necessidades de rapaz tinham imaginado enquanto eu ainda vivia em Pitach Rhok. Não havia mais um rio na frente, mas um mar do qual eu só conseguia ver a praia mais próxima. 

A mudança correspondia aos meus desejos de adolescente. Essas alterações, embora espantosas do ponto de vista terreno e físico, não me surpreendiam nem me pareciam notáveis. Que espécie de vida era aquela que permitia tais mudanças mas não me fazia pensar que eram extraordinárias? Nem mesmo a verdade deve ser contada de maneira prolixa, e tudo que posso responder agora é que era a vida após a morte, para usar uma frase um tanto paradoxal. Entretanto, ainda não era a Grande Vida com Deus. Teria sido consumido algum tempo para efetuar aquelas mudanças, ou era aquela uma terra da espécie criada pela lâmpada de Aladin, em que bastava esfregar uma lâmpada e outro conjunto de aparências surgia imediatamente? 

Nem sequer parei para considerar o caso, pois essa conjetura não me ocorreu. Para mim as coisas eram reais. É a terra real? O Espírito, Deus, é real, e a terra e o universo são fiats, idéias externalizadas de Deus. As coisas da terra são palavras do grande Verbo Divino a nos falar. Assim são, também, as coisas do devachan ou céu. Ambos são reais mas de maneira oposta, mas só são reais em nosso interior, não no exterior. Procurei meu pai, Merin Numinos, e perguntei: “quanto tempo eu dormi?” Não passava de um hábito do pensamento essa pergunta, pois eu não tinha nenhum motivo para fazê-la. O fato de que no processo da morte os hábitos da mente não são extinguidos, como não é a memória dos acontecimentos da vida, foi provado por minha ação quando ouvi a resposta de meu pai: “Dormiste por vários anos.”

“Anos!” – dissestes? Para mim não foi nada surpreendente ouvir essa resposta sobre meu longo sono. Não, mas o hábito da mente que me fazia dar importância à boa apresentação de minhas vestes me fizeram olhar para meu traje para ver se não tinha se estragado com tão longo uso. A alusão aos vários anos de sono tinha atraído minha atenção e, tendo examinado minhas roupas e visto que estavam apresentáveis, continuei a olhar para elas, mas de forma distraída. Falei: “Disseste vários anos e, também, “dormiste desde que chegastes neste lugar”. Então pergunto, estive em algum outro lugar?”

Não recebendo resposta, levantei os olhos, para encontrar no rosto de meu pai uma expressão igual à de uma estátua. Obviamente ele nada sabia de qualquer estado anterior nem eu sabia mais do que ele, pela pergunta que formulara. A morte era uma coisa jamais mencionada, porque no instante em que as almas desencarnadas não conseguem mais expressar sua existência nas pessoas deixadas na terra, reconhecem que estão sofrendo a transformação chamada morte; algo que talvez as tornasse apreensivas em todos os seus dias na terra. Uma vez que a religião exotérica de então, como as de agora, só ensinava uma morte, o recém-chegado ao devachan não conhecia outra nem conjeturava sobre outra. 

Por conseqüência, para uma alma desencarnada a morte era e continua sendo um conceito desconhecido. Bem, na realidade não existe morte. Nem dor ou tristeza. O devachan menor é como o devachan maior (Nirvana), um estado particularmente referido em Apocalipse XXI:4. Acontece, meu amigo, que não estou postulando um argumento; devo recusar-me a argumentar e, embora isso possa lembrar os métodos medievais, também devo recusar-me a discutir contigo. 

O propósito desta história é relatar o que conheci pela experiência, e não me cabe expor idéias teóricas. Se levares alguns pequenos pontos deixados sem explicação para o santuário interior de tua alma e ali meditares neles, verás que se tornam claros para ti, como a água que mitiga tua sede. Tens ouvidos para ouvir? Então segue este conselho. Dirijo-me apenas àqueles que seguem estas páginas com o propósito do seu próprio aprendizado.

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Como o recém-chegado ao devachan só se apercebe de uma mudança e de que é diferente do que foi ensinado a temer pela religião, muitas almas que entram no céu concebem no momento da morte que a morte não existe e que os ensinamentos recebidos dos sacerdotes na terra não passavam de ficções eclesiásticas. Não é que estejam muito enganados, pois não há outra morte a não ser a simples mudança do estado objetivo do ser para o subjetivo, exceto a segunda morte de que falo em minha última página. 

Para ser paradoxal, a morte é diferente por não ser diferente, tanto quanto as almas possam perceber, da rápida visão da vida recém-encerrada; uma visão que todas as almas têm, mesmo que brevíssima. Isso explica por que eu não tinha apreendido a ficção chamada morte quando perguntei ao meu pai se eu não tinha estado sempre ali.

A religião ensina hoje, como o fazia naquele remoto passado, que a morte faz cessar toda a tristeza terrena. Isto só é verdade por um tempo limitado pelo período em que a alma permanece no devachan. As brumas nascidas na terra não penetram ali pelo fato de que, sendo nascidas na terra, devem necessariamente ter seu lar na terra e só influenciar os que lá se encontram. “O mal que os homens fazem a eles sobrevive.” 

Sim, essa é a verdade; e, sob forma de disposição cristalizada para errar, esse mal que foi praticado espera por seu retorno à vida terrena; é a erroneamente chamada tendência “Adâmica” para pecar e, embora o pecador esteja livre de seu poder no devachan, a semente, tal como o joio no trigo, está pronta a gerar uma colheita de tristeza junto com a vida em crescimento do recém-encarnado; e até que uma boa ação expie o mal feito, esse mal continuará a crescer. 

Felizmente o homem tem uma eternidade à sua frente para fazer a compensação* e, seguindo as leis de Deus e sendo fiel ao bem, seja qual for sua fonte, o joio será pouco a pouco arrancado. Uma boa ação apaga uma ação má, que é “freqüentemente enterrada com os ossos”, dessa forma completando a filosofia de Hamlet. 

Em toda parte à minha volta no devachan estavam meus entes queridos. Com a aparente passagem do tempo, fui me tornando consciente da presença de meus amigos. Anzimee, Menax, Gwauxln, Ernon, Lolix sem sua sombra-, esses e milhares de outros cujo nome o leitor desconhece, estavam ali. Eles não vinham até mim; não, eles estavam comigo, tal como eu os concebia. Eles eram meus conceitos, pois eram subjetivos e não objetivos; eram meu ideais, não pessoas reais, e formavam o meu mundo.

Não me    ocorreu que eles não fossem reais. Já te passou pela mente, leitor, que o mundo dos teus sentidos é o único que tens? Que se não tivesses visão, olfato, audição, paladar ou tato, não terias um mundo mesmo que tua alma estivesse aprisionada num corpo morto, embora dotado de vida vegetativa? Assim como a alma de cada homem, mulher ou criança vivente é diferente das outras almas, assim também o mundo é diferente para cada pessoa, nunca havendo dois mundos iguais*.

É o registro da alma, feito de imperecível substância mental, que constitui grande parte da vida após a morte do corpo físico; o registro se funde numa realidade e tudo parece igualmente real, tão real como quando os sentidos (físicos) combinados a percebiam antes; em verdade essa vida do além é uma vida terrena reconstituída e invertida, subjetiva em vez de objetiva. Meu suposto amigo pode ser um inimigo real, mas se eu morrer pensando nele ou nela como sendo um amigo, esse conceito será levado para a outra vida, e vice-versa. 

Meus amigos todos estavam à minha volta. As coisas e lugares registrados pelos meus sentidos, eram as cenas nas quais todos esses amigos se moviam. E enquanto eu tinha esse meu mundo à minha volta, um conceito de mim existia no mundo-imagem de cada amigo que eu tivera no passado. Não que eu estivesse com eles, mas o conceito deles sobre mim estava com eles. Assim era a realidade de todos os conceitos que não estivessem emaranhados e fossem simples e facilmente assimiláveis ao serem lembrados a partir do registro astral, ou, por assim dizer, fossem como filmes da memória da alma contendo cada incidente, grande e pequeno, simples ou complexo, cada impulso e até cada atividade cerebral inconsciente. Chamo tua atenção agora para um detalhe de vasto interesse, visto que afirma o que eu aparentemente neguei, ou seja, qualquer associação real da alma no devachan com outras almas individuais.

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O devachan seria um céu realmente tristonho se os amigos da vida mundana nunca passassem de “figuras de sonho”. Sonhos eles seriam, se os incidentes criados por nossas esperanças na terra, e transformados no devachan em algo real na aparência, fossem um simples fato. Mas, ao contrário, se isso fosse tão complexo que para resolver a equação se tornassem necessários os esforços conjuntos de duas almas trabalhando em harmonia, então também no devachan os resultados dessa ação complexa afetariam ambas essas almas e, durante a assimilação de seus resultados, isto é, durante a cristalização desses resultados em traços do caráter, as duas almas estariam efetivamente tão juntas quanto teriam estado na terra. Se mais que duas pessoas tivessem um envolvimento na terra, então todas essas almas se congregariam no devachan. 

Quando o processo estivesse completo, viria a separação. Por isso aconteceu que num momento de experiência assimilativa todos os meus conceitos eram apenas fantasmas como as pessoas que vemos em sonhos; e no momento seguinte ficaram mais complexas, pois meus associados eram egos reais como eu. Para mim tudo isso era ignorado; tudo parecia real e talvez o fosse. Mas é agradável sentir que estamos tratando com um filho, filha, mãe, esposa ou amigo; que as conseqüências de acontecimentos mais sérios de nossa vida diária na terra nos reunirão no céu de nossas esperanças; que a esposa que abrigaste em teu coração e a quem confiaste planos elevados para a felicidade de teus entes queridos, e que para serem realizados requerem que tu e ela trabalhem nobremente e com empenho, atravessarão o abismo da morte corporal e estarão contigo ou com ela no Navazzimin.

Agradável é saber que tua mãe, teu pai ou outro amigo querido às vezes estarão em realidade contigo e que juntos lembrareis vossos múltiplos registros e vos deleitareis numa realidade aparente, o que não foi na terra mais que uma esperança nunca materializada. Ao encontrar Anzimee, que ainda vivia na terra, algumas vezes encontrei o meu conceito dela e, outras vezes, seu ser mais elevado. Como esta última possibilidade pôde ocorrer? Pelo fato de que ela tinha tantas saudades de mim que essa sua parte se desenvolveu e lhe deu condições de projetar sua alma pura ao meu plano. 

Isto não só foi benéfico e agradável a ela, dando-lhe a visão de coisas invisíveis de que fala o apóstolo Paulo, mas foi também uma sagrada alegria nos encontrarmos dessa forma-, ela podia vir até mim, mas eu não podia ir até ela. Não existe retrogressão. Em comunhão com esse ideal recebi minha recompensa, pois nada aconteceu que fosse contrário ao meu desejo. Mas ao vivenciar essa recompensa, também assimilei inconscientemente o valor de minha vida anterior na terra. Assim, minha ligação com a política de Poseid me fez entrar em contato com homens e métodos, e desses contatos nasceram esquemas nos quais eu deveria ter desempenhado um papel de liderança.

Esses esquemas agora me eram trazidos ao estado subjetivo e, nessa forma, me pareceram estar em andamento. A partir dessas aparentes ações, minhas capacidades foram desenvolvidas e foram realizados testes sobre o valor de minhas concepções. Tudo isso resultou numa dedução concreta que tornou-se parte do meu ser mental, como conseqüência, numa nova encarnação eu viria à terra dotado com órgãos frenológicos com maior capacidade para lidar com questões sociais e políticas. Talvez esse poder não viesse a ser ativamente empregado, se outras tendências fossem mais fortes; não obstante, teria crescido em força e estaria pronto para ser usado em caso de necessidade. 

A mesma coisa se aplicaria a todas as almas realmente associadas a mim, anteriormente na terra e posteriormente no céu: os resultados, valores e conclusões de nosso devachan contemporâneo dar-lhes-iam novos traços ou tendências mentais; ou aumentariam a força dos traços antigos, e a reencarnação nos reuniria como associados na terra uma outra vez. Isso efetivamente aconteceu, ou eu não teria escrito esta história para teu benefício, caro leitor. Minha educação como geólogo no Xioquithlon foi testada no mesmo céu subjetivo e disso resultou um acréscimo de minha capacidade geológica – em suma, um conhecimento intuitivo desse assunto e o desejo de estudá-lo novamente após reencarnar. 

Nessa oportunidade, os livros serviriam para trazer à tona a tendência para a geologia que eu poderia vir a manifestar. Eu poderia continuar dando outros exemplos desse processo de resumir e organizar vivenciado por aqueles que têm a sepultura e o berço entre eles e a terra. Mas será suficiente dar a entender ao leitor que em minhas palavras está a verdade que suaviza os “Pensamentos da última e amarga hora de severa agonia, de mortalha e palio.”

Espero, meu amigo, que meu esforço em fazer a morte parecer menos aterrorizante, relatando minhas próprias experiências com ela, tenha tido  bom êxito e que estas palavras te sustentem de tal maneira que possas  

“Aproximar-te do túmulo como alguém que se envolve com os lençóis de seu leito e deita-se esperando deleitosos sonhos.”

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Zerah Colburn, o maravilhoso menino matemático, não adquiriu seu conhecimento nas escolas desta moderna era, mas o trouxe consigo, na forma de um legado de séculos, de suas vidas passadas; seu poder latente foi apenas revelado nesta era. Não argumento contigo, meu leitor, quando dizes que, se tiveste uma vida anterior na terra, não poderias “tê-la esquecido, terias trazido suas memórias contigo”. Não, não desejo discutir.  

Deixo à tua própria inteligência decidir se estou ou não certo, quando lembrares que os hábitos da vida formam-se pelas ações repetidas desde a infância, cujos detalhes desaparecem da memória. Sabendo que assim é, poderás decidir se as ações de uma vida vivida muitos séculos antes podem ser lembradas, especialmente sabendo que o intervalo entre o passado e o presente ocorreu num plano (o Devachan) diferente de existência, no qual nenhuma lembrança foi introduzida, nem o poderia ser segundo as leis de Deus. Eu sei do que falo, por experiência.

Finalmente chegou um tempo em que eu não me importava mais com a aparência da ação, nem com os conceitos de pessoas, lugares ou coisas ligadas com a atividade aparente. Passei principalmente a me preocupar em permanecer num ponto tranqüilo e ouvir Anzimee, a real Anzimee e não o seu conceito, quando ela lia para mim ou falava comigo. Eu também dormia muito. Certa manhã não levantei, pois me faltou vontade. Não estava doente, pois nunca ninguém esteve doente no devachan. 

Contudo, tinha perdido todo o desejo de ver ou ouvir o que fosse. O que eu sentia era langor, não desânimo. Então virei-me novamente para a parede e voltei a adormecer. Essa foi a última ocorrência do último capítulo de um longo descanso da vida que, embora eu não o soubesse então, tinha durado doze mil anos contados pelas ações dos homens na terra. 

A morte nunca surgiu naquele lar da alma, pois meus conceitos não tinham morrido, apenas desapareceram das vistas de seu criador. Nem as almas reais dos homens e mulheres morreram. Mas quando voltaram, uma por uma, ao despertar retributivo do berço, suas vidas no céu continuaram associadas à minha, desde que não tivessem ido para algum outro lugar do devachan, como vizinhos se separam e ficam a um mundo de distância e depois desaparecem, como meus conceitos desapareceram após eu ter assimilado sua valia.

Elas desapareceram porque todos os atos da vida anterior na terra (como Zailm em Atlântida) tinham se cristalizado na forma de traços do caráter e estavam prontas para novamente encarnar. Só eu podia estar consciente de minha própria mudança; não podia estar consciente da mudança delas. Eu estava pronto para uma nova atividade. Dormi e nesse sono morri para aquela vida de passividade e acordei novamente na Terra, dentro de um corpo na forma de um recém-nascido em seu berço. Nasci para ver o meu Mestre nesta nova vida e penetrar no Grande Repouso com ele!

OBS.: Mas virá alguém depois de mim que te dirá muito mais sobre a Grande Profundeza da Vida do que eu. Aguarda as palavras dele. O Autor.


Mais informações sobre ATLÂNTIDA em:
  1. http://thoth3126.com.br/uma-vida-em-atlantida/
  2. http://thoth3126.com.br/atlantida-restos-de-uma-imensa-cidade-encontrada-na-costa-de-cuba/
  3. http://thoth3126.com.br/a-historia-secreta-do-planeta-terra/
  4. http://thoth3126.com.br/atlantida-o-continente-perdido/
  5. http://thoth3126.com.br/bimini-road-atlantida-misterios-nao-resolvidos-do-mundo/
  6. http://thoth3126.com.br/atlantida-triangulo-das-bermudas/
  7. http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade/
  8. http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade-parte-2/
  9. http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade-parte-3-final/
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04.08.15

 Atlântida, 

a rainha das ondas dos oceanos.  

Posted by Thoth3126 on 15/02/2015

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“O propósito desta história é relatar o que conheci pela experiência, e não me cabe expor idéias teóricas. Se levares alguns pontos pequenos deixados sem explicação para o santuário interior de tua alma, e ali neles meditares , verás que se tornarão claros para ti, como a água que mitiga a tua sede. . . “Este é o espírito com que o autor (Philos, o Tibetano) propõe que seja lido este livro. E chama de história o relato que faz de sua experiência. Que é história?. . . Ao leitor a decisão.


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“O medo é a emoção predominante das massas que ainda estão presas no turbilhão da negatividade da estrutura de crença da (in)consciência de massa. Medo do futuro, medo da escassez, do governo, das empresas, de outras crenças religiosas, das raças e culturas diferentes, e até mesmo medo da ira divina. Há aversão e medo daqueles que olham, pensam e agem de modo diferente (os que OUVEM e SEGUEM a sua voz interior), e acima de tudo, existe MEDO de MUDAR e da própria MUDANÇA.” Arcanjo Miguel


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Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com


Livro: “Um Habitante de Dois Planetas”, de Philos, o Tibetano, Livro Primeiro, Capítulo XXIV – DEVACHAN

Fonte: http://www.sacred-texts.com

Capítulos iniciais:
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-2/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-3/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-4/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-5/


CAPITULO XXIV – DEVACHAN – Parte A


Obediente ao comando, adormeci. Quando acordei ainda me encontrava na prisão de pedra, mas todo o sofrimento, todas as torturas da fome e da sede que eu havia suportado tinham desaparecido. Nada me parecia estranho, nem mesmo quando me levantei e vi atrás de mim, como uma concha vazia, meu pobre envoltório de barro, que tanto tinha penado nas garras da inanição. Tudo parecia natural como nos sonhos mais vívidos. Pensei em Anzimee e me perguntei se ela também se sentia feliz como eu naquele momento. Desejei que assim fosse. Depois lembrei as palavras Daquele que Se chamara Filho do Homem e imaginei que espécie de homem seria.


Em sua maior parte, suas palavras não tinham sido compreendidas por mim, mas depreendi delas que eu estava morto e que Anzimee não me veria mais, a não ser depois do que vagamente parecia uma eternidade; mas então ela não seria Anzimee nem eu me chamaria Zailm. Contudo, não senti tristeza por essa longa separação. E naquele tempo esse Filho do Homem teria retornado ao mundo e deixado uma obra a ser realizada por Seus irmãos, filhos do PAI, que assim fazendo O estariam seguindo e se tornariam como Ele, até serem libertos do tempo e da terra e possuírem todas as coisas, a vida e a morte.



Compreendendo apenas de forma vaga estas coisas, eu não as assimilara perfeitamente, pois minha mente natural não era capaz de apreender seu significado espiritual. Isso, então, era o Navazzimin e eu estava morto no entendimento dos homens. Era muito diferente dos conceitos que me tinham sido ensinados pelos sacerdotes de Incal, porque aparentemente não diferia muito da vida terrena, pelo que eu estava vivenciando. Talvez o fosse se eu passasse pela Luz do Maxin. Fazê-lo não seria suicídio, já que eu estava morto. Não, seria uma purgação da carnalidade que possivelmente tinha me impedido de encontrar o real Navazzimin, aquele que me tinha sido ensinado. Anzimee e os outros entes queridos viriam até ali um dia para nos revermos e reconhecermos? Oh! Seria assim! Teria de ser assim!


Mergulhado nessas reflexões, andei até a porta, esquecido de que as trancas tinham impedido minha saída anteriormente. Só quando se abriu ao meu toque foi que lembrei que ela tinha desafiado todos os meus esforços. Saí agilmente e andei pelo túnel até chegar ao ar livre e encontrar minha sela e – sim – meu cavalo, aquele fiel animal! Ele estava comendo capim, tendo evidentemente ficado por perto da água obtida pelo gerador. Deveria eu abandoná-lo? Não se houvesse um meio de evitar isso! Eu estava livre, enfim! Olhei em volta, para a paisagem árida sob o céu aberto, com seus monumentos de argila gasta pela erosão, cobertos de plumas de paina. Como faziam meneios graciosos ao vento, parecendo dizer: “Livre, livre!”


Fui até onde estava o cavalo, esquecendo que, estando morto, não precisaria daquele meio de transporte. Mas ele pareceu não me ver nem perceber minha presença. Eu estava acostumado a vencer dificuldades, mas não sabia como agir naquela circunstância. Sentei e fiquei observando o belo animal. Quanto mais eu olhava mais perplexo ficava. Finalmente fiquei de pé e, com certa exasperação, comecei a falar com ele. Nada! Claro que não! Quanto mais eu falava, mais contente o cavalo parecia ficar, como se sentisse que eu estava perto e isso o alegrasse. Finalmente me afastei, decidindo deixá-lo naquele lugar, já que não conseguia comunicar-me com ele. Isso causou um efeito imediato no animal!


Quanto mais eu me afastava mais nervoso ele ficava, até que levantou a cabeça e relinchou com força. Uma, duas, três vezes, e então veio galopando loucamente atrás de mim! Quando chegou perto se acalmou e quando voltei a caminhar rapidamente ele me seguiu. Ele podia sentir minha presença embora não pudesse me ver ou me ouvir. Minha mente estava totalmente ocupada em levar o fiel animal de volta ao acampamento. Não sentindo cansaço, nem fome, nem sede, nem qualquer sensação da pesada vida física, adentrei o acampamento com o cavalo me seguindo todo contente!



Quando chegamos lá, vi que o vailx estava pousado, mas só havia ali dois homens; os outros tinham saído à minha procura, visto que eu não regressara, por obra de Mainin. Esses dois homens, assim como o cavalo, não podiam me ver nem sentir minha proximidade. Todos os meus esforços foram em vão e, embora eu ficasse ali dois dias, até que a busca terminasse e os homens tivessem voltado ao vailx para pedir novas ordens a Caiphul, em Atlântida, continuava sem poder comunicar os fatos.


Um dos homens ainda estava fora e, quando voltou, falei com ele. Embora não pudesse me ver, minha presença o afetou profundamente. Falei muitas e muitas vezes, até que finalmente ele se sentou todo trêmulo ao lado de minha mesa no salão do vailx. Havia papel e pena ali e eu disse ao homem: “pegue a pena”. Para minha não total surpresa ele a pegou e pareceu cair em sono profundo enquanto escrevia o seguinte: “pegue a pena”.


Uma ideia me ocorreu e pronunciei palavras sem nexo que ele escreveu no papel exatamente como eu as tinha enunciado. Isso me animou a ditar o que se segue: “sou eu, Zailm, quem diz estas coisas: estou morto. Volta para casa, para Caiphul”. Sobre meu corpo e o local onde se encontrava eu nada falei, concluindo que o mesmo estava adequadamente enterrado. Mas o que ditei foi escrito; não que o médium ouvisse o que eu dizia mas porque naqueles momentos eu estava controlando a inteligência de seu corpo e da sua mente. Os outros viram a mensagem e a esconderam e, quando o homem saiu do transe, perguntaram o que ele tinha escrito. Ele negou que tivesse escrito alguma coisa. Isso pareceu satisfazê-los, já que o homem obviamente estava sendo honesto em sua negativa.


Eles decidiram trazer o equipamento e os animais para o vailx e prepararam-se para partir. Isso me deixou satisfeito e não pensei mais neles, pois meu único desejo era voltar para casa. Refleti que tinha deixado o empecilho da carne na casa da caverna, de modo que deveria poder ir para onde quisesse, como fizera Mainin. Resolvi tentar e disse para mim mesmo: “quero ir para casa, para o Agacoe onde está o Rai, que poderá me ver e ser informado a respeito de todos os detalhes deste assunto”.


Com esse pensamento, tudo mudou e me encontrei no palácio de Agacoe. Entretanto, nem Gwauxln nem Anzimee, que também se encontrava lá, pareciam notar minha presença. Acontecia o mesmo que com o homem do vailx. Que coisa era essa chamada morte, essa barreira? Seria ela realmente o umbral separando duas condições, tornando impossível a comunicação entre elas, sendo inútil tentar se comunicar do lado onde eu estava como o seria do outro? Eu tinha pensado que Gwauxln seria capaz de atravessar essa barreira. Mas infelizmente eu me via tão impossibilitado de ser reconhecido por ele como o estivera com os outros.



Esboço de como seriam as espaçonaves chamadas de VAILX em Atlântida.


Eu sabia que ele podia ver as pessoas que se separavam de seus invólucros exteriores para poderem se transportar, como Mainin tinha feito, e que depois os retomavam à vontade; por que então Gwauxln não me via? Talvez a morte significasse algo mais do que deixar o corpo para trás. Por muito tempo permaneci naquele lugar, pensando nessa coisa chamada morte. Depois, estando eu ao lado de Gwauxln, já tendo desistido de tentar fazê-lo tomar conhecimento de minha presença, uma forma humana entrou no recinto. Forma? Parecia tão real quanto qualquer um dos cortesãos que estavam sentados junto ao arco do portal de entrada.


Nenhum deles pareceu perceber o recém-chegado; a não ser o Rai e eu, ninguém mais o viu. Os cortesãos continuaram a conversar sobre a morte súbita do Incaliz Mainin e sobre a extinção de seu corpo na Luz Maxin na noite anterior. Fiquei estarrecido com a estranha semelhança que o recém-chegado tinha comigo, mas fiquei imensuravelmente surpreso quando o Rai exclamou: “Que! Zailm morto? Morto!” Um serviçal, ouvindo essa exclamação, embora só visse o soberano, acorreu pressurosamente e perguntou o que este desejava. Ao aproximar-se, atravessou a forma que Gwauxln chamara pelo meu nome! Nem aquela silhueta humana nem o serviçal pareceram notar a excepcional ocorrência, mas a Forma, sorrindo, disse em resposta: “Sim, Zo Rai, eu sou Zailm, mas não estou morto, estou apenas livre das restrições terrenas.”


Confuso, quase estupefato diante dos acontecimentos, joguei-me num divã próximo. Gwauxln podia ver o que parecia ser eu; era efetivamente uma imagem minha quanto às feições e lembranças de acontecimentos. Na verdade, era (apenas) a contraparte psíquica (duplo etérico) de minha vida e do meu Eu, mas a mim ele não podia ver. Mistério, oh mistério! Quantos mais a morte havia de me revelar? Eu havia deixado na prisão de Umaur uma imagem material de mim mesmo; seria possível que existisse também uma contraparte intermediária do meu corpo material e do meu Eu, que ainda retinha certas formas grosseiras da vida que eu perdera, as quais a tornavam visível enquanto eu permanecia invisível?


Sendo Gwauxln um Filho da Solitude, por que era incapaz de perceber meu astral e eu? Na realidade ele não era incapaz, mas não me foi permitido saber disso naquele momento. A razão que depois se tornou clara para mim, mas que então eu desconhecia, era em resumo a seguinte: uma pessoa ao morrer é decomposta em elementos psíquicos que, para não me estender demais, são de três naturezas – terrestre (matéria física), psíquica (astral) e espiritual. Desses três elementos, o mais elevado é o Eu Sou, a alma espiritual. Os outros são os anteriormente mencionados (com quem Gwauxln falou) e que foram deixados na prisão. Mas a alma busca um nível exaltado; o “invólucro” psíquico (corpo astral) permanece nas condições terrenas até que o corpo, finalmente seja dissolvido, se transforme no “pó que volta ao pó”.


O estado exaltado ou da alma é um estado de isolamento. Como está escrito nos registros bíblicos (II Samuel, xii, 28) um médium pode chegar até ele, mas alma, após um curto espaço de tempo, não pode retornar à terra nem conhecer qualquer coisa terrena a não ser aqueles estados mentais-espirituais extremamente tensos dos indivíduos que buscam as coisas de Deus. E essas coisas não são terrenas. Esta é a verdadeira atuação mediúnica. O médium genuíno se eleva à “altura” (nível de consciência) necessária, mas a alma não pode mais descer à terra que abandonou ao morrer o corpo físico, não pode negar a lei do progresso, a não ser durante um período muito limitado e breve após a transição chamada morte, quando então não se trata de uma retrogressão.



Palácio Agacoe


Um médium é como um barômetro aneróide, que pode indicar o grau da pressão do ar acima do nível do mar, ou a ascensão do espírito. Mas ele precisa estar presente (elevar a sua consciência) até esse nível, pois o nível não pode descer até ele. Assim é que aquele que morre é um viajante que se dirige para o ponto sem retorno. Não há regresso para os mortos, a não ser pelo renascimento físico e reencarnação. Deixo ao leitor apreender que isto não é transmigração de almas, pois esta postula o renascimento em formas animais inferiores como punição dos pecados.


Isso não pode acontecer. A retrogressão é impossível e essa noção é uma falsa e corrompida concepção, fundada na mal entendida verdade da reencarnação, cujos renascimentos em encarnações sucessivas são invariavelmente progressivos, visando sempre a EVOLUÇÃO.


Mas voltemos ao Rai e sua determinação de não me ver. Gwauxln sabia que eu ainda não atingira o estado apropriado e temia interromper meu progresso. Por isso não permitiu que meu “invólucro” o influenciasse, tanto quanto pude concluir. Entretanto, tendo percebido o fato de minha morte pelo contato de sua natureza super sensitiva, ele buscou ir além e, embora suas ações negassem que me via, colocara em operação certas forças que propiciariam minha preparação para que ele viesse até mim e me contatasse. Isso não ocorreria enquanto minha vida mundana não se desfizesse, enquanto eu não partisse para o “país desconhecido” do Navazzimin.


Quando isso ocorreu, ele veio e o encontro foi marcado pela alegria singela, pela graça natural; um encontro entre duas almas iguais perante Deus, não em condição de sabedoria adquirida, pois nisso Gwauxln estava imensamente acima de mim, mas iguais na fraternidade do espírito que hoje desejo que reine na terra. Isso há de ocorrer ainda, pois o Portador da Cruz disse: “Todos vós sois Filhos do mesmo Pai!”. Eis que esta é a verdade!


Quando Gwauxln veio ao meu encontro, a esfera terrena de forma alguma foi trazida com ele. Trazer condições terrenas com ele teria me enviado de volta à terra, o que seria uma clara injustiça para comigo. Nenhum ego (alma) espiritual tem permissão, segundo as próprias leis do ser, de voltar à terra. O Eu de um iniciado pode projetar-se ao devachan (céu), mas o habitante do devachan não pode voltar à terra, a não ser por um novo nascimento na mesma em um novo corpo. Por que a alma deixa a terra após a morte? Porque no devachan ela assimila os frutos da vida terrena ativa.


Eis a explicação da Palavra escrita de Deus: “Faze com presteza tudo quanto pode fazer a tua mão, porque na sepultura para onde te precipitas, não haverá nem obra, nem razão, nem sabedoria, nem ciência”. (Ecl. ix, 10). É verdade que na sepultura nada mais pode ser feito. Nas páginas seguintes muitas coisas parecerão indicar meus “feitos” entre a sepultura e o berço, mas observa que a terra como um todo tinha se tornado perfeitamente obliterada para mim. A alma não pode retornar exceto para reencarnar-se pelo renascimento. Chamá-la de volta é causar perturbações nesse processo e a reassociação com o invólucro (corpo) astral que a alma deixou para trás na morte do corpo. Essa reassociação revive o astral e então ocorre ação e reação entre este e a alma, para grande prejuízo desta

último.



A reencarnação é um ciclo no qual a alma evolui ao ocupar corpos materiais em vidas sucessivas em busca de sua evolução.


Tudo que “vivenciei” foram exclusivamente os frutos do que eu tinha feito; eu não podia fazer nada de novo, nem pensar novos pensamentos, nem experimentar coisa alguma que não fosse, em si mesma, a expressão de algo cometido antes que eu passasse pela morte. Nessa reorganização ou novo arranjo e cristalização da minha vida terrena pregressa, o tempo não teve qualquer expressão. A realidade disso foi apenas a realidade de um sonho vivido; o tempo não interfere naquilo que já está feito. Estava ao alcance do poder do Rai reconhecer-me, mas ele se recusou a fazê-lo, para que eu não sofresse qualquer dano.


Também está ao alcance do poder de todas as naturezas mediúnicas poderosas que (geralmente) pertencem à seita chamada “Espírita” fazer o mesmo. Esses médiuns podem chamar de volta os mortos, mas a que terrível preço para o ego dos falecidos e com que pesada reação sobre o médium! Afirmo que nenhum processo da Natureza, ordenado pelo Pai Celestial, pode ser levianamente interrompido; cada ato dessa espécie é acompanhado por uma penalidade proporcional ao entendimento de quem o perpetra – essa penalidade nunca é leve e freqüentemente tem um peso aterrador.


Caso eu tivesse ficado ali para ver, teria presenciado Gwauxln, Filho da Solitude, partir em sua própria forma astral, após deixar o corpo físico em sua câmara secreta a fim de que nenhum dano acontecesse ao mesmo enquanto ele estivesse ausente. E teria visto o Zailm-invólucro partir com ele para Incalithlon e o Rai fazê-lo passar para a Luz Incriada e ser destruído. Entretanto, dentre todos os homens da terra, só os olhos treinados dos Filhos da Solitude poderiam ter visto o que aconteceu. O “invólucro” nunca mais emergiria do Maxin. E por que era assim? Por que destruí-lo?


Para que ele não andasse mais pela terra e não pudesse impressionar sensitivos como o homem do vailx que eu havia impressionado em Umaur e a quem meu “invólucro” poderia continuar impressionando. Isso poderia ter causado muitos problemas, pois aquele meu corpo (psíquico) astral continuava a repetir fielmente minhas palavras finais antes que eu me separasse dele, as que eu dissera a Gwauxln em Agacoe: “não estou morto”. Naquela oportunidade era como todos os outros invólucros, cuja natureza composta dupla só se manteria íntegra pelo limitado período em que pudesse tirar o magnetismo para se sustentar de minha correspondência terrena recentemente encerrada.


Em alguns casos, esse sustento é suficiente para o corpo astral durar várias eras, em outros para séculos, anos, dias ou minutos, conforme as simpatias do morto se voltassem para a terra ou para o espírito. O astral é apenas força vivificada, portando a imagem da alma, o EU SOU, em todos os respeitos. As próprias profecias feitas por “espíritos retornados”, profecias que se realizam depois de anos, talvez sejam apenas a pré-visão do ego impressa no momento da partida. Por um momento, ele divisa vastas profundezas do tempo futuro. Esse relance fica impresso no invólucro-astral. Isso é força psíquica.


Se os fenômenos postos em movimento pelo homem são do tipo intensamente vital criado por homens como Moisés, Buda, Zoroastro, então enquanto um crente de qualquer dessas religiões continuar aderindo a elas, os invólucros desses profetas continuarão a ter essa existência derivada, mas só durante esse tempo e não mais. A força psíquica (energia) é o seu instrumento de controle. Essa mesma força mantém as estrelas e os átomos em suas respectivas órbitas. Ela é vital e dual, sendo positiva e negativa. Separar a força do “elemento fogo” dos antigos (antigos para ti, não para mim), era gerar o foco de um Fogo Incriado como o Maxin e, em eras posteriores, o poder da Arca da Aliança em Israel, semelhante ao Maxin, letal à vida.



O Maxin, o “fogo eterno” que ardia dentro do principal templo da capital de Atlântida, Caiphul.


Esses pontos focais são portais para os quais todo o conjunto de forças menores da natureza é absorvido por contato. Esses focos também são a habitação exclusiva do tão procurado “solvente universal” dos alquimistas escusado dizer que, como alguns desses alquimistas foram Filhos da Solitude, obviamente tiveram o maravilhoso “solvente” ao seu serviço. Igualmente aparente deve ser o motivo por que esse segredo permaneceu cuidadosamente oculto. Esses focos são os próprios aurículos do coração do Universo, de modo que qualquer espécie de força formada ali encontra seu Ômega.


Conseqüentemente, quando Gwauxln fez meu astral passar pelo Maxin, devolveu à indivisa soma da força cósmica uma quantidade já sem uso para o mundo formado. Numa escala mínima, a medula oblongata do cérebro humano é um desses focos, um ponto-maxin, onde o positivo e o negativo se encontram. Se assim não fosse, a vida seria impossível; basta destruir esse maxin do corpo, com uma simples picada de agulha e a vitalidade cessa instantaneamente. Mas basta, por ora. Gwauxln veio a mim, já que eu não podia ir até ele. Os não-iniciados muitas vezes surgem em sonho para seus amigos, mas não conhecem o meio de fazê-lo voluntariamente.


Como um grande ponto deste meu trabalho é explicar esses mistérios, dedicarei um pouco mais de espaço para tornar claro e livre de qualquer engano como é que os que vivem na terra adquirem o poder de ir até seus amigos além da Fronteira, e por que estes jamais retornam à terra. O barômetro, num dia calmo, registra ao nível do mar um grau definido de pressão atmosférica e, a uma milha acima desse nível, numa encosta de montanha, por exemplo, o mercúrio em seu tubo “cai” para um grau menor, embora definido. Em ambos os casos isso se deve à pressão do ar.


Ora, se alguém deseja conhecer a pressão existente a uma milha de altitude sobe até ela ou traz a altitude para perto de si? Em tempo tempestuoso, o barômetro também “cai”, o ar é menos denso, pois ocorrem mudanças meteorológicas que efetivamente fazem descer as grandes altitudes do ar, isto é, as condições que prevalecem ali, até o nível inferior. Assim é criada a tempestade, forçada pelas condições superiores. Assim é que, pelo exercício de uma força superior, um médium numa “sessão espírita” pode trazer de volta, ou para baixo, uma alma que já passou pela transição; mas isso dará lugar a uma tempestade psíquica, um tipo de ocorrência excessivamente onerosa. A Feiticeira de Endor criou uma tempestade assim quando forçou Samuel a descer novamente à terra.


Atentai, ó médiuns! Amigo, se és um “barômetro espiritual” humano, poderás elevar-te até os teus amigos, mas nunca, se estimas a paz de tua alma e a deles, tentarás fazê-los descer até os teus “círculos”. Os que só buscam a parte excitante desta história farão bem em omitir a leitura da maior parte do Livro I, deixando-o para os leitores que buscam a razão e a instrução desta narrativa de minha vida e o modo pelo qual descrevo cenas que se passaram há mais de treze mil anos. Por causa do crime de Mainin, o Incaliz, eu tinha sido forçado a buscar meu plano psíquico e porque eu era Eu, e sou Eu, esse plano é de relativo isolamento.


Isso quer dizer que era habitado pelos filhos de minha fantasia, por minhas experiências, esperanças, anelos, aspirações e meus conceitos sobre pessoas, lugares e coisas. Não há duas pessoas que vejam um mesmo mundo da mesma maneira. Para Anzimee, com o conhecimento que tinha, o mundo não poderia parecer igual ao de Lolix, que o via de um outro ponto de vista, em certos aspectos inferior, e para nenhuma das duas o mundo seria como o via o sábio ministro Menax; e para todos os três a visão da vida seria diferente da que tinha Gwauxln. Assim também o devachan, o céu de uma pessoa, está infundido por seus conceitos de vida, enquanto o de seus vizinhos está povoado por outras propriedades mentais peculiares.


Quanto ao estado e o conhecimento da pessoa falecida, após a sepultura, suas aspirações e crenças da vida formam a condição da colheita, onde ninguém age, mas onde as recompensas das ações na vida precedente são pagas; é a terra de Lethe, onde não há dor, tristeza, doença ou agonia, pois essas condições começaram na terra e forçosamente devem ser terminadas na terra. Assim decreta o carma. O céu (Devachan) é passivo, não ativo, e os resultados do conhecimento são assimilados pela alma, isto é, as coisas são de tal forma que o novo nascimento é como a página seguinte de um livro contábil – que contém todas as antigas vidas e o acréscimo da mais recente delas.


Espero não ter sido prolixo. Não o fui se consegui transmitir uma clara compreensão de qual é realmente a relação entre o céu e a terra, que é como a relação entre o tempo de descanso noturno e a atividade do dia. Que ninguém presuma que o devachan de alguém que tenha cometido erros ligados à terra e que deva encarnar novamente devido aos mesmos seja como aquela grande Vida com que são coroados os que foram fiéis até a morte da serpente em seu coração, os desejos animais. As palavras podem até descrever o mero devachan, mas são impotentes para descrever essa Vida. O finito jamais consegue abranger o Infinito. Portanto, deixa que o Infinito penetre em teu coração.


Enquanto eu ponderava essas coisas na presença de Gwauxln, Anzimee e os outros, que não podiam me ver ou preferiam não me ver, minhas forças terrenas me abandonavam. O poder que um momento antes me permitia ver pessoas, lugares e coisas do mundo parecia estar escapando rapidamente e, ao mesmo tempo, sons e visões gloriosas o substituíam, parecidos com o sonhar acordado da vida que eu acabara de deixar, com a diferença de que estes sonhos eram reais aos meus sentidos, tangíveis e mutuamente reativos. Pois muito bem, se aqueles que ficaram na primeira praia da morte não podiam me ver nem perceber minha presença, e eu também não podia vê-los ou sentir sua presença, por que não deslizar de boa vontade para o gozo feliz da paz de novas vistas e coisas que vinham substituir as antigas? Sim, eu deveria aceitar a nova realidade. Adeus, vida antiga; do homem chamado Zailm que eu fui, saudações à nova!


Continua…


Mais informações sobre ATLÂNTIDA em:
http://thoth3126.com.br/uma-vida-em-atlantida/
http://thoth3126.com.br/atlantida-restos-de-uma-imensa-cidade-encontrada-na-costa-de-cuba/
http://thoth3126.com.br/a-historia-secreta-do-planeta-terra/
http://thoth3126.com.br/atlantida-o-continente-perdido/
http://thoth3126.com.br/bimini-road-atlantida-misterios-nao-resolvidos-do-mundo/
http://thoth3126.com.br/atlantida-triangulo-das-bermudas/
http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade/
http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade-parte-2/
http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade-parte-3-final/


Permitida a reprodução, desde que mantido no formato original e mencione as fontes.


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07.07.15

Atlântida, a rainha das ondas dos oceanos.

Posted by Thoth3126 on 07/02/2015






“O propósito desta história é relatar o que conheci pela experiência, e não me cabe expor idéias teóricas. Se levares alguns pontos pequenos deixados sem explicação para o santuário interior de tua alma, e ali neles meditares , verás que se tornarão claros para ti, como a água que mitiga a tua sede. . . “Este é o espírito com que o autor (Philos, o Tibetano) propõe que seja lido este livro. E chama de história o relato que faz de sua experiência. Que é história?. . . Ao leitor a decisão.

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“O medo é a emoção predominante das massas que ainda estão presas no turbilhão da negatividade da estrutura de crença da (in)consciência de massa. Medo do futuro, medo da escassez, do governo, das empresas, de outras crenças religiosas, das raças e culturas diferentes, e até mesmo medo da ira divina. Há aversão e medo daqueles que olham, pensam e agem de modo diferente (os que OUVEM e SEGUEM a sua voz interior), e acima de tudo, existe MEDO de MUDAR e da própria MUDANÇA.” Arcanjo Miguel

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Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com

Livro: “Um Habitante de Dois Planetas”, de Philos, o Tibetano, Livro Primeiro, Capítulo XXII – TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO, parte B, final

Fonte: http://www.sacred-texts.com

Capítulos iniciais:
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-2/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-3/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-4/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-5/

CAPITULO XXIII – TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO, final (B)

A única conclusão razoável foi a de que eu estava vendo uma relíquia de um povo tão antigo que fora anterior aos anais de Poseid que já abrangiam quarenta séculos. Finalmente me dirigi até a parte mais larga da caverna, para examinar melhor aquele remanescente do obscuro passado, esquecido até mesmo por Poseid. Do lado da construção mais próximo de mim havia uma entrada feita nos blocos de basalto finamente alisados que formavam a parede. Havia ali uma porta parcialmente aberta, aparentemente formada por uma única placa de basalto com umas seis polegadas (15 centímetros) de espessura.

Impelido pela curiosidade, entrei no interior, o que foi fácil de fazer sem mexer na porta havia tanto tempo na mesma posição. Minha razão detestava admitir que mesmo uma estrutura de pedra pudesse ter resistido
tão longamente aos efeitos do tempo; mas era a única explicação possível no momento e por isso deixei as conjeturas de lado. Verifiquei que as três dimensões do interior eram aparentemente iguais, com uns dezesseis pés em cada direção. A única entrada era aquela pela qual eu tinha vindo. A não ser por duas aberturas paralelas no teto, formadas pela colocação de duas lajes menores em cada lado da abertura, não havia nenhuma outra interrupção na sólida construção.

O piso, coberto por uma fina camada de areia, era de granito, com as juntas tão perfeitas quanto as da parede – nem uma folha de papel poderia ser inserida entre as lajes. Encostei-me na parede perto da porta a ponto de poder tocá-la sem mudar de lugar, pousando o olhar no teto com suas aberturas em forma de barras e me entreguei a uma reflexão. Como parecia triste e frio aquele recinto solitário, relíquia de um tempo remoto, esquecido até mesmo por uma raça tão antiga quanto a nossa! A solidez da construção, sua severa simplicidade, tudo isso me trouxe à mente as descrições das prisões da Poseid anterior ao Maxin.




Seria aquele um exemplo solitário da capacidade de seus construtores, ou parte de uma cidade enterrada? Como que aquela edificação estava livre de areia em seu interior, era fácil de perceber. As águas pluviais tinham se filtrado pelo solo fino acima e corrido pela ravina que dava acesso à caverna. Uma parte do fluxo tinha escorrido para fora, expondo dois lados do canto da casa; o restante da água, correndo pelo teto plano, tinha entrado pelas aberturas e carregado a areia para fora, pela porta aberta.

Satisfeito com meu raciocínio, pensei em voltar para o ar livre e para o meu cavalo. Mas a curiosidade me levou a tentar mover a pesada porta, se minha força permitisse. Esperando ter de usar bastante esforço, empurrei-a. No meu exame superficial da porta, não tinha visto nenhum tipo de fechadura, nem imaginei que houvesse. Na realidade, não havia necessidade de força, pois a porta se moveu tão depressa que perdi o equilíbrio e caí contra a parede batendo a cabeça e perdendo a consciência.

Quando voltei a mim, a porta estava fechada e travada. Ao inspecioná-la sem grandes cuidados, não tinha visto que era feita de duas placas de pedra separadas por um segmento de uma terceira placa, formando um espaço vazio entre as duas superfícies. Naquele espaço estava oculto um conjunto de trincos e barras de ferro que funcionavam pelo princípio da gravidade e que soltavam os trincos quando a porta se fechava. As quatro travas se encaixavam nos recessos da parede e a porta ficava totalmente trancada.

Tendo uma disposição calma, graças ao meu conhecimento científico, a descoberta de que estava preso não me perturbou demais. Em vez disso, procurei uma maneira de retirar as travas, mas não encontrei a solução. E pensei desolado que não tinha nenhuma ferramenta que pudesse me ajudar
a sair da escura prisão. Sentei no chão para pensar. Quanto mais ponderava, mais assustadora a situação me parecia. Primeiro, ninguém sabia onde eu estava. Como eu não tinha um naim, minha localização não podia ser determinada a não ser pela procura física; isto seria impossível, porque eu tinha seguido os leitos dos rios que eram principalmente de pedra nua.



Não sentiriam minha falta a não ser dali a uns três dias, pois eu dissera que ficaria seis dias fora e já viajava fazia três. Não, não havia como escapar; e então compreendi o quanto eram verdadeiras as palavras do Rai Ernon de Suern, ao dizer que a vida dos poseidanos dependia das criações de seu conhecimento da física natural. A comida que eu tinha trazido estava tão fora de alcance quanto as estrelas. Possivelmente procurariam por mim e encontrariam meu cavalo. Mas não, ele não conseguiria permanecer sozinho naqueles ermos; talvez voltasse ao vailx, sem deixar pistas sobre o local de minha prisão, visto que voltaria como viera, por caminhos de rocha.


A pedra Maxim com a chama eterna no templo central de Atlântida.



A fome me fez lembrar que eu não tinha nada para me alimentar, nem mesmo água para beber. Eu ainda tinha esperança, pois não era Incal meu Pai protetor? Como era vã aquela esperança! Deus, Incal, Brahma, chame-se como se quiser o Espírito Eterno – verdadeiramente Ele(a) satisfaz as necessidades de Seus filhos, mas as necessidades que para esses filhos parecem imprescindíveis nem sempre são assim julgadas pelo Eterno. Ele opera através de Seus filhos, sejam humanos ou anjos, tornando cada um dependente dos demais; e assim homens ou anjos podem se ajudar mutuamente, ou receber o auxílio de um irmão animal. Deus vê um marinheiro que se afoga, mas a menos que um seu irmão venha salvá-lo, ele pode perecer fisicamente.

Deus ameniza o vento para a ovelha tosquiada, mas geralmente porque o interesse ou talvez uma emoção mais elevada, como a piedade, surge na mente do homem que contempla seu desconforto. Sim, é só pelo caráter, implantado por Nosso Pai nas almas de Seus filhos, que Ele auxilia ou salva. E isto é uma verdade quase completa: o corpo físico deve pedir com a ação muscular, se quer uma resposta em forma física; a mente deve pedir por processos mentais e a resposta será na forma de resultados mentais, enquanto o Espírito deve pedir através de sua natureza espiritual, para receber os valores que não são perceptíveis à mente natural.

Mas se a mente pedir constantemente e o corpo não agir, os resultados não serão voltados para o corpo, a menos que um irmão aja. E quando o Espírito ora, mas a mente não, o conhecimento não vem ao cérebro. Como deve a mente orar? Ficando em harmonia com o Espírito. E como obter essa harmonia? Pelo controle da vontade sobre o corpo animal, para que este não infrinja as leis da totalidade que é saúde. Fiquei sentado na casa da caverna e orei a Incal com toda a minha mente mas, como não podia fazê-lo com os músculos, nenhum alívio podia ser dado ao meu corpo; nem alimento, nem água.

No plano mental, eu poderia influenciar o Rai Gwauxln para que compreendesse minha dificuldade, o que seria clarividência; mas isso não seria possível, pois o inimigo que havia despertado minha curiosidade para me arruinar interceptaria todas essas mensagens; além disso eu ignorava o método apropriado. Só por mero acaso Gwauxln seria influenciado por minha tensão mental não dirigida por meu conhecimento. Não sabendo como utilizar esses poderes, afastei qualquer possibilidade de escapar dessa forma.

Mas podia orar a Incal. Então me ajoelhei no chão cruelmente frio e me preparei para invocar Seu auxílio. Quando pronunciei Seu nome ouvi uma risada musical, embora zombeteira, um som que me atingiu com o terror que todo homem e mulher já conheceu quando, em seu tempo de criança ou mais tarde, sentiu arrepios gelados ao ouvir uma história de horror contada ao lado da lareira, enquanto o Rei das Borrascas sacudia as próprias fundações da casa onde se encontrava. Voltando-me e ficando de pé, vi o Incaliz do Grande Templo de Caiphul.

“Por que estremeceste ao me ver, como se eu fosse um demônio?” Só uma resposta poderia ser dada a essa pergunta, a de que o meu susto fora causado por vê-lo daquela forma, pois eu não estava acostumado a ver pessoas aparecerem como fantasmas, ainda que não parecessem vir do outro mundo. Senti grande alegria com a presença dele, pois acreditei que Incal tinha respondido minha petição antes que eu a expressasse, enviando Mainin em meu socorro. No entanto eu continuava tomado por aquele inexprimível temor, o mesmo medo que me tomara quando ele aparecera.

Compreendi que o fato não proviera de seu método de entrar em minha prisão, pois eu sabia que, sendo Filho da Solitude, ele tinha o poder de se afastar do corpo grosseiro como alguém que despisse a capa, e de se projetar para onde desejasse. Eu sabia, olhando para ele, que seu eu físico estava em transe a muitos milhares de milhas de distância, em Poseid. Eu não tinha o poder de me projetar, senão teria sido fácil avisar Gwauxln do perigo em que me encontrava; pelo menos foi o que pensei, desconhecendo a interferência de Mainin. Mas, se Incal enviara o Incaliz até minha presença, então estava tudo bem.


O sacerdote com certeza leu meus pensamentos, pois disse que tinha tomado consciência de minha desagradável situação por intermédio de Incal e tinha vindo me ajudar a sair dali. Entretanto, ele teria de me deixar por algum tempo até poder conseguir ajuda, despachando um vailx de Caiphul. Não ia demorar e eu devia manter o ânimo. Com isso ele desapareceu como viera e eu fiquei outra vez sozinho aguardando sua volta, com uma ansiedade febril impossível de traduzir com palavras. As horas se estenderam a dias, três dias, e ele não voltava, nem chegava qualquer socorro de Caiphul. As mordidas da fome, embora terríveis, nada
eram em comparação com minha sede. Mais uma vez a luz do dia deixou de filtrar-se pela abertura do teto.

Eu tinha escoriado os dedos tentando destravar o fecho da porta; tinha dado pancadas em cada polegada das paredes para descobrir se não havia uma mola secreta que movesse alguma coisa naquela prisão. O destino não tinha essa graça para me oferecer. Sete vezes a luz tinha ido embora, marcando sete noites desde a visita de Mainin. Várias vezes a tortura da fome e da sede me fizeram delirar loucamente, com intervalos lúcidos. Num desses momentos de lucidez e relativa calma, eu estava deitado no chão de granito, suplicando fracamente pelo auxílio de Incal, quando ouvi a mesma risada baixa que havia anunciado a primeira visita de Mainin. O som me deu um pouco de energia e consegui me sentar.

Eu teria amaldiçoado o Incaliz pela demora que tinha significado muito sofrimento para mim, se não estivesse com medo de que ele ficasse irado e me abandonasse ali para morrer. Eu não sentia mais a reverência de antes, pois já me convencera de que ele não era o que os homens pensavam. E portanto eu o teria amaldiçoado por sentir interiormente que, por mais elevado que fosse seu conhecimento esotérico e ele fosse reconhecido como um Filho da Solitude, tinha o coração negro e era uma abominação aos olhos de Incal, e por ele os Filhos da Solitude tinham sido iludidos. Se eu não o disse frente a frente, foi por causa da esperança cada vez mais fraca de que ele poderia ser induzido a me ajudar a sair dali. Ele tinha voltado diferente. Quando falou, suas primeiras palavras foram de zombaria por meus apelos ao grande Pai da Vida.

“Ha! De muito te valerá clamar por Incal ou outro salvador qualquer. . . Deus! Não existe Deus (Salmos lxii.l). Bah! Como são cegos os homens para orar a ideais vazios como esse que chamam “Deus”! Os homens de Poseid dizem que Incal é Deus; os homens de Suern dizem que é Brahma, e os de Necropan que é Osíris. Que loucura insensata!”

Diante disso sentei-me mais ereto e olhei para ele por um momento, antes de perguntar se ele não tinha medo de blasfemar contra Incal e negar seu Criador.

“Pensas, Zailm, filho de Menax, que eu agiria como ajo se pensasse que Deus existe? Será novidade – será novidade para ti que eu deseje causar a ruína daquela que se chama Anzimee – que eu tenha vindo de uma vida anterior na terra – ah, de muitas vidas – cheio de ódio por ela que sempre me denunciou às leis dos homens? Agora ela não poderá fazê-lo, pois não encontrei isso escrito no Livro do Destino e portanto não está lá, ou perdi meu poder de ler o destino, o que não acho provável.

Mas eu, através de ti, arrancarei seu coração, para que ela se contorça de angústia no fundo da alma! O que Anzimee me fez? Não fez como Anzimee mas como mulher poderosa e vidente que ela foi antes. Eu a persigo para me vingar. Para rasgar seu coração provoquei a morte de Menax, contra quem não tinha nenhuma querela pessoal; quase fiz o mesmo contigo, contudo nada tenho contra ti. Foi esse desejo de vingança que me fez despertar tua curiosidade para que aqui encontrasses a morte. Esperei evitar a confissão do teu pecado com Lolix a Anzimee. Depois que tivesses morrido e teu corpo fosse encontrado por mim, eu teria conseguido uma desgraça maior para ela denunciando publicamente a tua iniqüidade, já que tinha todas as provas em meu poder.




Mas não fiquei preocupado demais -, tua morte provocará uma tortura bem maior. Foi para esse propósito que também Lolix foi induzida a fazer o que fez, o que ambos fizestes, pois planejei com antecedência, há muito tempo, visto que tenho o dom de desvendar o futuro. Por meu plano o Rai será humilhado e, ao fim de tudo, aquela que é objeto de meu mais profundo ódio não mais distinguirá o bem do mal, e seu nome será motivo de zombaria na boca do povo. E tão doce a vingança; tão doce, Zailm!”

Mesmo que um corpo real estivesse à minha frente para ser atacado, meu horror e minha fraqueza impediriam que eu fizesse outra coisa além de ficar sentado, olhando para Mainin em silencioso desamparo.

“Estás chocado com minha iniqüidade? Estou velho demais para temer um fracasso e estou além do alcance das leis dos homens, finalmente. Nenhum homem nem todos os homens da terra poderiam me privar de uma vida de liberdade. Há muito descobri o segredo que prolonga a vida para três vezes a sua duração normal; é um segredo do mais profundo Lado-Noite da Natureza. Chegará o dia em que todos os poseidanos conhecerão esses segredos. Mas será um dia triste, alegra-me dizer!

Eu já era velho, muito velho, quando Gwauxln me considerava um menino como ele; o mesmo pensaram os Filhos da Solitude, pois eu tinha muita astúcia em me ocultar. Eles ainda pensam o mesmo. Eu. . . sim, eu te direi, pois já és praticamente um morto. Trabalho há três séculos neste mesmo corpo. Não te disse que eu era velho? Fiz oposição ao bem feito por Ernon de Suern e por isso ele morreu, por causa do desespero de seu coração. Ajo para que, se possível, sequem todas as esperanças dos seres humanos, para desviá-los da senda do infinito para a do demônio, da morte e da destruição. Ernon lutou pela exaltação da humanidade, eu por sua queda; entramos em conflito e eu venci. E como ele não percebeu meu jogo? Porque sempre agi nas trevas, mantive a discrição e consegui o domínio das hostes do mal que não são humanas, nunca foram e nunca serão.

E contra os obreiros das sombras nenhum Filho da Solitude pode prevalecer, pois ambos trabalham com a natureza animal do homem que, não tendo luz para guiá-la, aceita a primeira ajuda que lhe é oferecida, favorecendo assim os Obreiros das Trevas. Mas agora basta. Eu não te contaria essas coisas para que não tivesses algum poder sobre mim – sobre MIM, compreenda isso se estivesse vivo e não praticamente morto. Pensas ainda que eu posso crer num Deus? Bah! Se Deus existe, não o temo; Ele que me castigue!” *

* Nota: “E o tolo disse cm seu coração: Não há Deus algum.”

Nesse momento uma gloriosa, maravilhosa e extraordinária visão apareceu. A noite tinha descido enquanto Mainin se confessava, vangloriando-se de seus ignóbeis crimes, desafiando Incal a puni-lo, se é que ele existia. Na total escuridão da prisão, que era física e não podia velar a forma de Mainin, apareceu a visão que instilou o terror em nossos corações; um terror diferente para cada um de nós dois. Uma forma humana mas que não era da terra, envolvida por uma cegante luz branca, estava diante de nós. Era esse Incal? Tinha Ele aceitado o louco desafio do sacerdote criminoso?

Em Suas feições havia uma expressão tranqüila mas extremamente severa, embora não demonstrasse ira ou qualquer outra emoção humana. Por um instante os extraordinários olhos pousaram em mim e depois se voltaram para Mainin. E então ele falou com voz calma, melodiosa, e minha dor me abandonou, embora suas palavras estivessem carregadas de tremenda força:

“Sentir a perfeita calma sobre a agonia pousar”

A voz era igual à minha concepção da voz de Incal quando disse:

“Ó Mainin, não enumerarei teus crimes pois os conheces todos. Foste companheiro dos Filhos que te ensinaram tudo o que sabiam, e de Mim aprendeste o que eles não podiam te ensinar, oh, faz muitos séculos. Eu sabia que tua inclinação era para o mal, porém não interferi, pois és teu próprio mestre, como todos os homens o são; mas poucos dentre eles são fiéis! Contudo, a altitude e a grandeza de tua sabedoria, prostituída ao egoísmo, ao pecado, ao crime, mais completamente do que qualquer outro homem teria ousado, será a tua destruição. Teu nome significa “Luz” e grande foi teu brilho; mas escolheste ser uma luz flutuando sobre as águas, atraindo para a morte todos os que te seguissem, e esses têm sido miríades.”


“Blasfemaste contra Deus e zombaste em tua alma, clamando “Que Ele me castigue!”, mas teu dia ainda não era chegado. Isso te fez mais ousado e continuarias agindo da mesma forma, ainda agora. Mas eis que Anzimee não será ferida por ti, pois é servidora do Cristo, é minha filha no serviço. Fizeste por merecer tua pena e, porque conscientemente me desafiastes, ela te será aplicada neste momento! Quisera que pudesse ser evitado. Mas o teu é um entre uma miríade de casos, mais horrendo porque és conhecedor, não um ignorante.

Entretanto és um ego, um raio de meu Pai que não emite mais luz, só trevas; por isso te banirei por um tempo, para não mais destruíres minhas ovelhas e para que não fique sem expiação o mal que fizeste. Seria melhor para ti se deixasses de existir, mas isso não pode ser com um ego. Só posso te suspender como entidade humana e te lançar nas trevas exteriores para servir como um dos poderes da natureza. Afasta-te!”

O Sumo Sacerdote estivera até então imóvel, a própria imagem do terror, postado além do pensamento de fuga, que seria impossível, pois o Juiz era o Homem, mais do que o Homem finito – era O HOMEM INFINITO, o próprio CRISTO. Mas quando o Filho da Luz se calou, Mainin emitiu um uivo, misto de terror e desafio. Ao ouvir esse som o Cristo estendeu o braço e imediatamente Mainin foi envolvido por uma brilhante chama que, ao se apagar, revelou o desaparecimento do Sacerdote Demoníaco. Mainin tinha pecado muito, pervertendo toda a sua nobre sabedoria por usá-la para o mal e plantando as sementes do pecado no coração de seus ingênuos irmãos da humanidade.

Ele havia semeado e Suern devia colher e, através de Suern, todo o mundo. Devido a essa semeadura ele foi arrancado do Livro da Vida por uma maldição do Filho do Homem. Mesmo os que só conhecem o aspecto material da natureza não devem ter dificuldade em compreender a destruição da vida de um homem cujo corpo físico estava na distante Caiphul, se considerarem que o envoltório terreno não é mais essencial ao homem real do que o casulo para a borboleta, embora em ambos os casos essas coisas sejam essenciais para vida física. Aterrorizado pela inominável visão daquele fogo destruidor, prostrei-me no solo. Mas o Cristo me ordenou que levantasse e disse:

“É este o destino do homem integralmente egoísta. Não temas por tua própria segurança, pois não te destruirei com o fogo; e não cultues a mim, mas ao Pai que me enviou. Alcancei a perfeição do Sétimo Princípio e sou o Homem, também Filho do Homem, contudo mais que qualquer homem, pois estou no Pai e o Pai está em mim. Mas todos os homens que queiram podem seguir-me e por mim entrar no Reino, Pois não somos todos filhos do Uno, nosso Pai? Eu sou Ele, o Cristo; aquilo que EU SOU, o Espírito de todo homem também é. A punição aplicada a Mainin não foi uma aniquilação, pois isto não é possível; também não foi a morte que é transição, e sim a morte de quem não vive mais como vida humana, mas é banido por um tempo para as trevas exteriores do reino do mal.




“Eis que falo e, tendo ouvidos, não ouves nem compreendes. Mas teus ouvidos se abrirão e terás o conhecimento e liderarás meu povo. Eis que o liderarás num dia ainda remoto. No presente, não irás mais viver na Atlântida, nem verás Anzimee até que ela tenha partido duas vezes da Terra e voltado, e tenha o nome de Phyris. Eu disse que essas coisas aconteceriam, profetizei-as na cidade chamada Caiphul, porém me ouviste e não acreditaste. Mas agora acreditarás, pois digo grandes palavras de DEUS – e o mundo é Dele. Contudo o homem não me conhece ainda, mas num dia distante eu voltarei; sim, habitarei entre os homens como uma perfeita alma humana e farei daquele Homem o primeiro fruto dos que dormem o sono que é mudança, de modo que através de mim ele será exaltado acima da Morte.”

“Mas os homens o acordarão e zombarão de mim, sendo descrentes, e me crucificarão; contudo eu, que terei me tornado Jesus o Cristo, não serei tocado, apenas minha casa (corpo físico) terrena. E eles serão perdoados, pois não saberão o que estarão fazendo (São Mateus, XXI.23). “Contigo te deixo a minha paz. E agora, dorme!”

Continua…

Mais informações sobre ATLÂNTIDA em:
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http://thoth3126.com.br/atlantida-restos-de-uma-imensa-cidade-encontrada-na-costa-de-cuba/
http://thoth3126.com.br/a-historia-secreta-do-planeta-terra/
http://thoth3126.com.br/atlantida-o-continente-perdido/
http://thoth3126.com.br/bimini-road-atlantida-misterios-nao-resolvidos-do-mundo/
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Permitida a reprodução, desde que mantido no formato original e mencione as fontes.

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23.06.15

Atlântida, a rainha das ondas dos oceanos. 

Posted by Thoth3126 on 25/01/2015
atlãntida-gravadanarocha





“O propósito desta história é relatar o que conheci pela experiência, e não me cabe expor idéias teóricas. Se levares alguns pontos pequenos deixados sem explicação para o santuário interior de tua alma, e ali neles meditares , verás que se tornarão claros para ti, como a água que mitiga a tua sede. . . “Este é o espírito com que o autor (Philos, o Tibetano) propõe que seja lido este livro. E chama de história o relato que faz de sua experiência. Que é história?. . . Ao leitor a decisão.

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“O medo é a emoção predominante das massas que ainda estão presas no turbilhão da negatividade da estrutura de crença da (in)consciência de massa. Medo do futuro, medo da escassez, do governo, das empresas, de outras crenças religiosas, das raças e culturas diferentes, e até mesmo medo da ira divina. Há aversão e medo daqueles que olham, pensam e agem de modo diferente (os que OUVEM e SEGUEM a sua voz interior), e acima de tudo, existe MEDO de MUDAR e da própria MUDANÇA.” Arcanjo Miguel

—————————————————————————-

Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com

Fonte: http://www.sacred-texts.com

Capítulos anteriores:
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-2/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-3/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-4/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-5/

Livro: “Um Habitante de Dois Planetas”, de Philos, o Tibetano, Livro Primeiro, Capítulo XXII – Zailm pede Anzimee em casamento.

CAPÍTULO XXII – ZAILM PROPÕE CASAMENTO A ANZIMEE

Zailm pede Anzimee em casamento. Ela confia a feliz notícia a Lolix, que desmaia mas não trai o segredo de Zailm e dela. O choque desequilibra sua mente e ela aparece diante da assembléia reunida no Grande Templo, onde ocorre uma cena surpreendente que termina com a morte dramática de Lolix pelas artes mágicas do Grão-Sacerdote Mainin.

Minha mente estava totalmente ocupada com uma questão primordial, a das palavras que iria usar para propor casamento a Anzimee. Esse tipo de preocupação é igual para todos os apaixonados de qualquer raça ou nação, em que os casamentos não sejam arranjados pelos pais. Tendo resolvido qual a hora em que eu faria a momentosa pergunta, procurei Anzimee. A informação de que ela estava no palácio Roxoi, um dos três reservados para uso do Rai, me perturbou bastante. Lolix residia em Roxoi desde que eu havia manobrado sua saída do Menaxithlon. Isso entretanto não me demoveu do intento de ver Anzimee.


Enquanto viajava as quarenta milhas que me separavam de Roxoi, ponderei a nova situação. Eu sabia que as duas moças eram amigas, fato que poderia complicar as coisas. Chegando em Roxoi, encontrei Anzimee no jardim, sentada perto de uma cascata que se despencava de uma escarpa artificial num pequenino lago. Ela estava sozinha. Quando percebeu minha presença perguntou, surpresa.

“Onde está Lolix?”
“Onde?” – repeti. “Não sei. Disseram-me que ela estava contigo”.
“E estava. Mas ela saiu no meu vailx, dizendo que iria te buscar, para
que nós três fôssemos passear juntos”.

Pensei depressa. Eram quarenta milhas até o Menaxithlon voando para o sul. O vailx portanto levaria mais ou menos o mesmo número de minutos para chegar lá e mais quarenta para voltar. Oitenta minutos seriam suficientes. Sentando-me ao lado de Anzimee, prendi sua mão na minha. Eu fizera isso muitas vezes e também costumava passar o braço por seu ombro, mas de uma maneira fraternal. Naquele momento entretanto o simples toque de seus dedos teve um efeito elétrico e ela detectou imediatamente a intensidade da emoção que me dominava. A elaborada linguagem que eu tinha planejado usar me fugiu e, ao invés de tentar recapturá-la, eu disse simplesmente:

“Anzimee, palavras especiais conseguiriam aumentar tua certeza do meu amor por ti? Não as encontro, mas assim mesmo te peço, minha menina, para seres minha esposa!” Ela respondeu com uma frase igualmente breve:
“Que assim seja, Zailm!”

O que se passou em seguida o leitor pode imaginar; tua fantasia dirá melhor o que houve, pois certamente isso não é difícil de visualizar. Quando Lolix voltou, eu me despedi sem parecer estar fugindo, pois ela tinha se atrasado, de modo que três horas tinham decorrido desde sua partida. Eu sabia que nada era mais certo que Anzimee confiar sua alegria a I.olix, mas isso não me causou perturbação. Eu confiava completamente em que Lolix não trairia nosso segredo, por mais pesado que fosse o golpe que ela teria de suportar. Como calculei, Anzimee contou que eu a pedira em casamento e que ela havia concordado. Anzimee disse mais tarde que sua amiga tinha olhado para ela por algum tempo e em seguida caíra desfalecida no chão.

Quando voltou a si, parecia tão calma que Anzimee não pensou em questionar a explicação de Lolix de que o nervosismo tinha causado o desmaio. Isso tudo aconteceu à tardinha. Anzimee, cheia de sentimentos felizes, ajudou Lolix a ir para a cama, dispensou os atendentes, acarinhou-a até que dormisse e voltou para casa. Eu só soube desses fatos no dia seguinte. Achei melhor falar com Lolix imediatamente, enfrentar sua dor e acabar com a angustiante situação. Pobre e iludido mortal!

Fui até Roxoi e entrei no Xanatithlon para esperar a chegada de Lolix a quem tinha mandado um recado de que queria vê-la ali. Ela chegou. Parecia que dez anos tinham se passado desde a última vez que eu a vira. Pálida e abatida, com grandes olheiras escuras sob os lindos olhos azuis que se encheram de lágrimas quando ela me viu. Pobre moça! Meu pensamento foi: o que se há de fazer? Só senti uma pequenina dor de consciência, pois as escamas do pecado eram espessas e abafavam a voz da alma. Lolix foi a primeira a falar:

“Ó meu amor, meu amor! Por que fizeste isso? Pensas que posso continuar vivendo? Faz muito tempo que sei que não existe nenhuma lei em Atlântida impedindo nossa união e esperei que fizesses o que era certo; confiei em que logo chegaria o dia em que me pedirias para partilhar teu conceituado nome. Mas. . . Ó Incal! Meu Deus! Meu Deus!”

Exclamou ela, caindo em pranto e logo se controlando. Então, com a voz mais calma, cheia de dor, Lolix continuou:

“Zailm, amo-te demais, mesmo agora, para te admoestar! Sou tua para fazeres de mim o que quiseres. Dei-te minha vida há muito tempo. Eu te dei um filho que colocaste numa casa onde ninguém pudesse suspeitar de quem nós fossemos seus pais. Fiz mais ainda – houve um outro que. . . Ó Incal, perdoa-me! Eu o mandei para o Navazzimin para que ele não te acusasse, Zailm! E agora eu, a quem chamaste tantas vezes “tua amada de olhos azuis”; eu que te amo mais do que minha própria vida, sou deixada de lado! Ó Deus! Por que devo sofrer assim? Por que recebo tão duro golpe?”


Ela caiu num pranto desesperado e eu não tentei fazê-la parar, sabendo que às vezes uma crise de choro é um alívio divino. Então ela me amava a tal ponto? Tolo! Louco por não ter percebido isso por suas ações, que falavam mais alto que qualquer palavra. Naquele momento meu coração me doeu realmente e orei, orei a Deus pedindo perdão; e orei por ela. Tarde demais! A consciência finalmente se fez presente, despertando para me atingir, apresentando-se como Minerva, pronta e armada para o combate. Quando Lolix recuperou a calma, disse num tom trágico que eu desconhecia nela:

“Zailm, eu te perdôo. Nem por esta ação te trairei, pois eu te amei, continuarei a amar-te até a morte e mesmo depois dela, se é verdade que o amor sobrevive à tumba. Se vieste dizer palavras de adeus, assim seja! Mas agora deixa-me, porque estou a ponto de enlouquecer! Lembra, meu amado, se tua nova vida não for feliz, embora eu ore a Incal para que seja, que existe um coração que bate por ti com mais calor, mais carinho e talvez com mais sinceridade que o de tua nova amada. Não viverei por muito tempo, como uma sombra em tua vida. Beija-me uma vez mais como se eu fosse tua legítima esposa diante do mundo, como eu o sou aos olhos de Incal; como se eu tivesse morrido e estivesses a ponto de confiar meu corpo à luz do Maxin.”

Com essas palavras ela se calou, tendo se levantado e se aproximado de mim, colocando os braços em meu pescoço, num abraço convulsivo. Ficou um momento assim e então seus lábios, frios como alguém que tivesse a morte por companhia, uniram-se aos meus num longo beijo entrecortado de soluços! Ela me soltou, deteve-se por um instante e partiu. Assim foi que ela me deixou. Por muito tempo fiquei sentado no meio das flores no grande conservatório em Roxoi. A flor se abriu com brilho — mas ocultava um verme, o luar luziu tão belo – mas havia nódoas em seus raios; docemente murmurou a brisa – mas sussurrou infortúnios, e havia um gosto de amargura no suave fluir do rio.

O CARMA DISPÕE

Naquela noite os proclamas de meu próximo casamento com Anzimee seriam anunciados pelo Incaliz Mainin no grande templo, pois em acontecimentos de alto nível social era costume emprestar uma formalidade maior ao caso. Se durante a cerimônia ocorresse uma morte no recinto do Incalithlon, o costume decretava que um ano inteiro deveria passar antes da consumação dos ritos do matrimônio. Em qualquer outra circunstância, um mês deveria transcorrer após os proclamas, que eram tornados públicos imediatamente após o noivado. Por razões pessoais, Mainin, o Incaliz, não desejava que Anzimee se casasse com quem quer que fosse; mas como não tinha autoridade sobre ela, a quem pouco conhecia,
seu desejo foi mantido em segredo.

Na hora marcada, Anzimee e eu estávamos diante de Mainin, o Incaliz, no Ponto Sagrado. Ao nosso lado estavam Gwauxln e Menax, e nós cinco éramos o ponto focai da atenção das muitas pessoas presentes. Com uma voz clara e pausada, o Incaliz começou uma invocação a Incal. No meio da oração uma mulher cruzou rapidamente o triângulo do Ponto Vital, no centro do qual estava o Maxin. Era Lolix. Estava muito bem vestida, como gostava de sempre estar. Além do brilho assustador de seus olhos nada vi de extraordinário em sua aparência. O ato de penetrar no Ponto Vital não era permitido e isso fez com que todos os olhares se voltassem para ela. Entrar ali significava um apelo à autoridade do Rai.

“Que queres?” -perguntou o Rai Gwauxln.
“Zo Rai, em Salda, minha terra natal, era costume que pessoas de qualquer sexo pedissem em casamento quem desejassem. Eu cortejei este homem, o Astika Zailm, ignorando que ele amava minha amiga. Como podia eu saber? E agora, te peço, contesta estes proclamas, como é de teu direito fazer.”
“Mulher, sinto muito por ti! Mas os costumes de Salda não são os de Poseid. Não concedo o que me pedes.”

Eu tinha sentido um receio paralisante de que meu crime fosse revelado. Mas o medo amainou quando a delicada e graciosa figura de Lolix se afastou e desapareceu no meio do público. Então os proclamas interrompidos tiveram prosseguimento. Quando Mainin perguntou a Anzimee:

“Declaras que é teu desejo desposar este homem?” ela respondeu:
“Sim.”
“E tu, declaras que é teu desejo desposar esta mulher?”
“Sim, se Incal aprovar”.

Quando pronunciei estas palavras, os procedimentos foram novamente interrompidos por Lolix que novamente penetrou no Ponto Vital, só que desta vez correndo, como se estivesse sendo perseguida. Diante da enorme chama da Luz Perene do Mexin ela parou e disse:

“Incal o impedirá! Vê, venho desposar-te agora, Zailm, aqui mesmo! O Deus das almas desencarnadas será nosso Incaliz, esta adaga nossos proclamas!”

Eu deveria ter prefaciado a narração das perguntas feitas a Anzimee e a mim explicando que, após a invocação de Mainin, este, Anzimee, eu, o Rai e Menax, tínhamos deixado o Ponto Sagrado e nos dirigido para o Ponto Vital, de modo que naquele momento Lolix estava ao meu lado. Ao falar da adaga suas palavras eram calmas, embora ditas rapidamente – era a calma da insanidade! Enlouquecida pelo curso que eu havia tomado, Lolix viera até ali com seus gloriosos olhos azuis iluminados pela insânia. Com as últimas palavras ainda nos lábios, ela atacou meu peito com a afiada arma. Desviei o golpe com o braço, que foi perfurado de lado a lado pela adaga. Quando ela a puxou com toda a força, o sangue jorrou e manchou o piso de granito. Ao ver o sangue ela soltou um terrível grito, dizendo em seguida:

“Louca! Louca! LOUCA!”


A cerimônia de casamento no Incalithlon, à frente do cubo Maxin com o livro e sobre este a chama eterna.

E com um salto chegou ao centro do Ponto Vital, onde ficou junto ao cubo do Maxin. Anzimee desmaiou; Menax parecia petrificado, olhando para o meu sangue que escorria, enquanto Gwauxln, pálido mas controlado, disse a um guarda próximo:

“Prendam essa louca!”

A ordem do Rai atraiu a atenção de Lolix que disse ao soldado que se aproximava:

“Não, não me prenda. Perdi o controle por algum tempo, mas não sou louca. Quem me tocar será amaldiçoado por mim e morrerá no Maxin.”

Sendo supersticioso, o soldado parou, pois não ousava tocar nela nem desobedecer o Rai. Em seu terror ele se voltou para o Rai e começou a se desculpar.

“Silêncio!” – ordenou Gwauxln com voz imperiosa. E então, com tom suave, disse a Lolix: “Mulher, aproxima-te de mim!”
“Não, Zo Rai! Neste lugar ao lado do Maxin ninguém pode fazer violência contra mim, segundo a lei. Portanto ficarei aqui!”

Dizendo essas palavras, Lolix arrumou o turbante que estava ligeiramente fora do lugar, cruzou os braços e, encostando-se no cubo Maxin, ficou olhando calmamente para o Rai. Este não se moveu, olhando primeiro para ela, depois para mim. Lolix, embora continuasse junto ao Maxin, havia assumido uma postura ereta e não estava em contato com o cubo. O Incaliz Mainin tinha ficado impassível durante todo o episódio e só então falou:

“Pois bem, Astiku de Salda, ficarás aí; na verdade, por muito mais tempo do que imaginas!”

Ele falou com muita calma e suavidade, com os olhos na infeliz criatura. Quando se voltou para o Rai, viu a expressão de horror no rosto deste e, desviando apressadamente o olhar, terminou de ler os proclamas. Eu mal pude ouvi-lo, parcialmente preocupado com o braço que sangrava e parcialmente com Anzimee, que embora tivesse se recuperado um pouco ainda estava semidesfalecida, apoiando-se em mim para não cair. Quando a cerimônia foi completada, Rai Gwauxln, colocando as mãos em nossas cabeça, disse:

“Não é só um ano que deve passar antes de vosso casamento, mas muito mais tempo! Zailm, eu te perdôo por teus pecados tanto quanto tenho autoridade para te perdoar, no que tange às leis humanas que violaste. Quanto à tua cúmplice, não importa.”

Virando-se então para Mainin, o Incaliz, disse com grande severidade:

“Por causa de teu ato maldito, tu e eu seremos estranhos para sempre! Agora sei o que realmente és, por Deus!”

Tendo falado nessa enigmática linguagem, Gwauxln retirou-se do Incalithlon. Mainin também saiu. Menax, curioso quanto à causa do infeliz acontecimento, falou com a figura que estava junto à Luz Perene, mas ela não respondeu nem se moveu. Aproximei-me dela e chamei-a com suavidade:

“Lolix?”

Nenhuma resposta, nenhum movimento. Toquei a seda de seu vestido e recebi um choque que me sacudiu como se tivesse recebido uma pancada. Seu peito estava rígido como pedra. Toquei sua mão, também estava dura e fria. O rosto, os ondulados cabelos castanhos, estavam rígidos. Não só estava morta como tinha se transformado em pedra! Como num sonho, chocado demais para sentir horror, mas ainda capaz de sentir uma estranha curiosidade, bati com os nós dos dedos nas dobras de sua roupa em vários lugares e ouvi um som metálico.

Peguei um dedo e este se quebrou; avassalado afinal por um indescritível horror, deixei-o cair no chão de granito e ele se quebrou em pequenos fragmentos como qualquer pedra frágil. Mas ali estavam os cachos castanhos dourados com os quais eu brincara carinhosamente tantas vezes, com a mesma cor de sempre. Sua pele, os olhos azuis, tudo continuava igual como tinha sido em vida, mas seu corpo tinha virado pedra e a alma tinha fugido! O lindo pezinho, aparecendo sob a barra da veste, também se transformara em pedra e estava firmemente preso ao pavimento. Finalmente compreendi tudo.

Aquele feito horrendo fora obra de Mainin, no momento em que olhara para Lolix e falara com ela. Ele havia prostituído sua sabedoria oculta e por essa razão Gwauxln o amaldiçoara. A carne, o sangue e as roupas de Lolix tinham sido transmutados em pedra maciça. Isso era tudo que restava da pobre, traída e abandonada Lolix; uma perfeita estátua que, a menos que alguém a retirasse, poderia ficar ali por séculos, até que a pedra finalmente se esfarelasse.

O tenebroso significado de tudo aquilo finalmente me atingiu. Seria eu o principal responsável? Naquele momento eu soube que sim, que aquela morte estava gravada a fogo em minha alma e também na alma de Mainin, que jamais teria tido a oportunidade de agir de acordo com sua negra índole, se não fosse por mim e agora havia se desmascarado perante o Rai.


A Lei do Carma e dos renascimentos é inexorável

Mesmo em sua insanidade temporária Lolix tinha sido fiel a mim. Não pronunciara uma palavra que me envolvesse. Gwauxln sabia e eu estava consciente de que ele sabia. Ele me perdoou livremente, no que concernia à lei humana. Isso porque a violação das leis de Incal não admitiam o perdão, transformando-se em carma; um carma que estenderia diante de mim um grande deserto formado pelas areias do pecado, que queimariam meus pés durante a travessia que eu teria de fazer por ele, antes de poder palmilhar a estreita senda da consecução.

Uma longa expiação me aguardava. Contemplei a forma muda da bela jovem que eu amara com tanto afeto e ainda amava, até que Menax, que havia finalmente se dado conta da terrível ocorrência enquanto eu ficara ali paralisado pela estupefação, puxou-me pelo braço, tomado por um único desejo, o de sair daquele lugar o mais depressa possível.

“Vem, Zailm; vamos para casa.”

Com um último olhar cheio de remorsos, obedeci. Encantadora Lolix. . . Sua voz fora calada pela morte, causada por mim! Com o remorso me inundando, senti que, se pudesse, pediria a Anzimee que me liberasse, confessaria tudo a ela e, com seu consentimento, faria de Lolix minha honrada esposa. Mas era tarde demais para fazer essa reparação, pelo menos naquela vida. Nunca mais o terno olhar do amor pousaria naqueles estrelados olhos azuis! Nunca mais eu apoiaria a cabeça cansada em seu ombro, nem seu doce carinho afastaria meus obscuros pensamentos com sua dedicada e suave compaixão.

Ah, deuses! O que eu tinha perdido? Minha vida que me parecera completa, uma esfera brilhante como a da lua cheia, havia se transformado num crescente indefinido, viajando incerto pelo céu da noite de minha existência. Anzimee nada sabia da terrível realidade; tinha ficado chocada demais com o súbito ataque de insanidade da amiga. Ela devia continuar sem saber, se fosse possível, para não sofrer ainda mais. Fomos até nosso carro e voltamos para nossa casa: Menax solene, Anzimee em estado de choque, e eu tomado de selvagem remorso. Nossa casa? Nosso lar? Senti que a paz daquele lar não existia mais para mim!


A vida tinha se tornado um deserto, habitado pelos fantasmas do desespero, da culpa e da tristeza; por sobre ele, um céu sem Lua; e cá embaixo uma indescritível paisagem de areia soprada para todos os lados por ventos indomáveis. Lolix partira para sempre, Anzimee nunca seria minha – isso eu sentia pelos murmúrios proféticos de minha alma. Diante de tudo isso, de cabeça baixa, sentei-me no meio do deserto de meus dias e deixei os fantasmas dançarem à minha volta, zombando de mim.

Mais informações sobre ATLÂNTIDA em:
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16.06.15

ATLÂNTIDA, A RAINHA das ONDAS dos OCEANOS

Posted by Thoth3126 on 20/01/2015

atlãntida-gravadanarocha



“O propósito desta história é relatar o que conheci pela experiência, e não me cabe expor idéias teóricas. Se levares alguns pontos pequenos deixados sem explicação para o santuário interior de tua alma, e ali neles meditares , verás que se tornarão claros para ti, como a água que mitiga a tua sede. . . “Este é o espírito com que o autor (Philos, o Tibetano) propõe que seja lido este livro. E chama de história o relato que faz de sua experiência. Que é história?. . . Ao leitor a decisão.


“Nunca pronuncies estas palavras: “isto eu desconheço, portanto é falso“. Devemos estudar para conhecer; conhecer para compreender; compreender para julgar“. – Aforismo de Narada.

Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com

Fonte: http://www.sacred-texts.com

Capítulos anteriores:
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-2/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-3/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-4/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-5/

Livro: “Um Habitante de Dois Planetas”, de Philos, o Tibetano – Livro Primeiro.

CAPÍTULO XXI – O ERRO DE TODA UMA VIDA

O erro de toda uma vida. A exigência do carma. Remir não é desfazer. Cristo remiu – nós devemos desfazer. Reencarnação é expiação e busca do equilíbrio

A comparação é um excelente exercício. Devo ao leitor e a mim mesmo, e também a Anzimee e Lolix, entregar-me à inclinação que sinto neste momento de fazer uma comparação analítica dessas duas mulheres. O que fixou tão inalteravelmente meu desejo de desposar Anzimee e não Lolix?

Ambas eram de condição nobre, a primeira por natureza, a segunda. . . sim, a segunda também por natureza. Entretanto, eu estava a ponto de atribuir a doce caridade de Lolix à percepção que ela tinha da infelicidade que sentia vendo-se colocada em igual situação com os que sofrem de fato. Mas a capacidade de ter essa percepção só poderia provir de sua natureza. Não, tratava-se da natureza dela, finalmente evoluída.




Um desenho de como seria Atlântida

Ambas as mulheres eram refinadas, inteligentes e belas, embora seus tipos físicos fossem tão diferentes quanto os de uma rosa vermelha e um lírio do vale. Anzimee era filha natural da Atlântida; Lolix era filha por adoção. Uma pequena diferença, admito, já que ambas tinham sensibilidade e se harmonizavam com o belo, o bom e o verdadeiro, e estavam imbuídas do polido refinamento da erudita Poseid. Verdadeiramente, as relações entre Lolix e eu estavam erradas, mas nem por isso ela era menos querida por mim, nem minha opinião a respeito dela era menos terna e afetuosa.

Seu companheirismo tinha se tornado parte de minha vida. Se eu estava triste ou desanimado, ela demonstrava compaixão e me alegrava. Minhas ansiedades eram as dela, minhas alegrias suas alegrias. Em tudo, menos no nome, ela era minha esposa. Então por que não reconheci esse fato diante da humanidade? Porque o carma ordenou que fosse de outra forma.

Eu também amava Anzimee. Por esse amor, o carma operou para anular suas próprias tendências de desposar Lolix. E o modo dessa operação foi demonstrado pelo meu reconhecimento de Lolix como possuidora de todos os requisitos necessários para me fazer feliz, a não ser por sua falta de percepção psíquica da relação entre finito e infinito.

Absurdo? Não. O fato de minha alma desejar tanto que ela tivesse essa capacidade e de descobrir que ela não a tinha, e de ter encontrado isso em Anzimee, evidenciava o crescimento da frágil semente do meu interesse pela vida oculta dos Filhos da Solitude que, de alguma forma, tinha amadurecido através das palavras do Rai Ernon de Suern, anos antes. Dizes que se um interesse tão pequeno causou tanto erro, um outro mais profundo causaria a perda da alma e portanto não queres ouvir falar disto?

Estás enganado. Não foi o fato de eu não ser verdadeiro para com o ideal, para com minha alma, que causou todo o mal; no mito da mulher de Lot, ela jamais teria se transformado numa estátua de sal se tivesse obedecido, não à curiosidade mas à injunção maior. Lolix não tinha a mínima percepção desse elo psíquico entre as coisas da terra e do infinito. Eu a tinha e sabia que Anzimee também. Por isso planejei minha vida para incluir Anzimee e excluir Lolix, e com isso fiz uma grande injustiça a ambas, a mim mesmo e ao meu conceito de Deus (o que é uma expressão redundante, pois nenhum ser finito poderia ferir o infinito).



Entretanto o carma estava à minha espera, pois o mal de minha vida exigia retribuição, que foi integralmente recebida; não há palavras que possam descrever o sofrimento da expiação, nem me proponho tentar fazê-lo; ficarei contente se a compreensão de uma parte dela impedir outros de pecar, pela certeza de que não existe expiação viçaria de um mal feito e não há como escapar de sua penalidade.

A lei do UNO diz: “A menos que o homem atinja o autodomínio, não herdará Minha Vida; não serei seu Deus nem ele será Meu Filho”. Só há um caminho para essa superação: os repetidos mergulhos em encarnações materiais, até que os erros da vontade pessoal EGOÍSTA sejam expiados a contento da Vontade Divina.

Não pode haver compensação vicaria* e logo mostrarei por que. Um outro ser não pode respirar em teu lugar. A reencarnação, o aprisionamento repetido da alma na carne é uma expiação, aprendizado e uma penalidade. Se em Seu Nome te libertas, se dessa forma alcanças a superação e em lugar de seres escravo do desejo tornas-te o seu senhor, então desfazes o pecado.

E não haverá mais encarnação para ti nesta morte erroneamente chamada vida. Não há outro Caminho, o Grande Mestre não apontou nenhum outro. Para expiar meu negro passado devo voltar ao mundo, teu mundo de pecado, tristeza, doença e sofrimento, e uma insatisfeita ânsia de paz que ultrapassa a humana compreensão.

Não são meus doze mil e tantos anos vagando neste mundo, longe da casa de meu Pai, alimentando-me com as cascas vazias da chamada alegria, sofrendo as febres, dores e decepções do mundo, uma expiação suficiente? Não, por mais um pouco deverei servi-Lo de boa vontade, impelido pelo amor. Algumas almas terão mais do que eu, se não se desviarem.



Que diz a tua vontade? A vontade é o único Caminho para o conhecimento cristão oculto ou esotérico. Aquele que para isso dirige a vontade, terá a Vida Eterna. Mas a vontade de superar deve ser maior que a vontade do desejo, assim como o ar fresco substitui as exalações de nossos pulmões.

* NOTA – Ver nota de rodapé à página 245.

Assim como a atmosfera está à nossa volta e se torna nossa respiração ao ser aspirada, assim também a Vontade do Espírito está à nossa volta e, entrando no coração determinado a subjugar e submeter a serpente, não nos deixa sofrer derrotas. Eu e Lolix recusamos esse Sopro e por falta de vontade voltamos-lhe as costas. Oh! O horror, a dor daquele tempo perdido, perdido junto com ela! Mas reencontrado por nós pela superação. Sinto ter de admitir que minha ubiqüidade moral deturpou o meu caráter faz doze mil anos! A Vontade, o querer, é o único Caminho que leva a Cristo.

Não é arrasador pensar que, tendo decidido livrar-me de Lolix e instalar Anzimee em seu lugar, desposando-a diante da humanidade, eu tenha sido capaz de usar o fato de conhecer bem Lolix e confiar em sua aquiescência em manter meu segredo por causa de seu generoso amor por mim? É monstruoso! Eu sabia que Lolix não fazia as coisas pela metade. Tendo se entregue a mim, nunca exporia minha iniqüidade, ainda que eu a rejeitasse por outra mulher. A sociedade não censura uma mulher traída. Em prosseguimento ao meu plano, resolvi obter a confirmação do amor há muito confessado pelas atitudes de Anzimee. Depois disso, eu contaria os fatos a Lolix sem reserva, entregando-me à sua mercê.

Depois de todos esses séculos e milênios – Deus seja louvado! – a reparação está completa, mas ainda olho para o registro dessa parte de minha existência como Zailm e me espanto por minha confissão não queimar o papel em que foi escrita. A torpeza moral é uma coisa terrível, pois embora eu tivesse consciência de que minha ação era pecaminosa, só tinha uma percepção muito vaga de quão monstruosamente negra ela era. Leitor, poderás dissociar-te suficientemente do horror que sentes para te interessares pelo relato de minha declaração de amor a Anzimee, feita depois que consegui ocultar a meus próprios olhos o mal que trazia em meu íntimo?

Essa ocultação pode ser quase inútil, contudo é possível afastar qualquer coisa de nossa vista, a algum grau pelo menos. ‘Aquele pode sorrir e sorrir, e ainda assim ser um vilão. Fica mais particularmente fácil sorrir quando o mal está tão longe, no passado; quando foi expiado e o vilão já deixou de ser vil. Perdoa-me por falar no Caminho da remissão.



De todos os milhares de anos de minhas vidas a que só posso aludir de passagem nesta história, pude tirar uma lição ensinada por essa fatigante peregrinação, a qual desejo do fundo da alma que aprendas. Pois anseio por minha libertação, quando então poderei ir para os abençoados reinos que meus olhos viram e meus ouvidos ouviram e nos quais estive, com Ele que abre o que ninguém pode fechar e fecha o que homem algum pode abrir.

Então ouve e aprende estas coisas, pois enquanto qualquer um que leia minhas palavras as despreze e se recuse a conhecer e palmilhar o Seu Caminho, continuarei impedido de receber minha parte da Grande Paz, até que Seu Espírito cesse de lutar contigo ou de entravar. Estou obrando e me sacrificando para que possas conhecer esse Caminho e palmilhá-lo.

Entretanto, alguns que me lêem estarão entre aqueles que, negando-O, serão por Ele negados. Dentre todos os gloriosos sistemas do mundo, só a Terra nega, porque embora seus habitantes bradem “Senhor, Senhor!”, odeiam uns aos outros em seu coração dominado pela serpente. Não julgues que uso uma figura de linguagem quando digo “serpente”.

Os micros-copistas sabem do que falo. “Aquele que semeia para a carne, dela colherá a corrupção; mas aquele que semeia para o Espírito, deste receberá a Vida Eterna”. Os que estão vivos crucificaram a carne com suas afeições. Alguns fecharão os olhos e ouvidos à mensagem que Dele recebi. Com isso, a semente da Vida Eterna será eliminada de suas almas e eles morrerão.* Mas os que se voltarem para o Caminho não serão banidos. Ele conhece os que são verdadeiros. “Mantende vossas candeias acesas e sede virgens sábias e não insensatas”.

* Com relação a isso, leia a última página deste livro, que encerra a história apresentada de uma vida redimida sobre Sua Cruz.

Mais informações sobre ATLÂNTIDA em:
http://thoth3126.com.br/uma-vida-em-atlantida/
http://thoth3126.com.br/atlantida-restos-de-uma-imensa-cidade-encontrada-na-costa-de-cuba/
http://thoth3126.com.br/a-historia-secreta-do-planeta-terra/
http://thoth3126.com.br/atlantida-o-continente-perdido/
http://thoth3126.com.br/bimini-road-atlantida-misterios-nao-resolvidos-do-mundo/
http://thoth3126.com.br/atlantida-triangulo-das-bermudas/
http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade/
http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade-parte-2/
http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade-parte-3-final/

Permitida a reprodução, desde que mantido no formato original e mencione as fontes.

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09.06.15

ATLÂNTIDA, 

A RAINHA das ONDAS dos OCEANOS




“O propósito desta história é relatar o que conheci pela experiência, e não me cabe expor idéias teóricas. Se levares alguns pontos pequenos deixados sem explicação para o santuário interior de tua alma, e ali meditares neles, verás que se tornarão claros para ti, como a água que mitiga a tua sede. . . “Este é o espírito com que o autor (Philos, o Tibetano) propõe que seja lido este livro. E chama de história o relato que faz de sua experiência. Que é história?. . . Ao leitor a decisão.

“Nunca pronuncies estas palavras: “isto eu desconheço, portanto é falso“. Devemos estudar para conhecer; conhecer para compreender; compreender para julgar“. – Aforismo de Narada.

“Em época por vir, uma glória refulgente, A glória de uma raça feita livre e pujante.Vista por poetas, sábios, santos e videntes, Num vislumbre da aurora inda distante. Junto ao mar do Futuro, uma praia cintilante Onde cada homem seus pares ombreará,em igualdade, e a ninguém o joelho dobrará. Desperta, minh’alma, de dúvidas e medos te desanuvia; Contempla da face da Manhã toda a Magia E ouve a melodia de prodigiosa suavidade que para nós flutua de remota e áurea graça — E o canto como um coral da Liberdade E o hino lírico da vindoura Raça.” (Philos, o Tibetano)

Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com

Fonte: http://www.sacred-texts.com

Capítulos anteriores:
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-2/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-3/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-4/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-5/

Livro: “Um Habitante de Dois Planetas”, de Philos, o Tibetano – Livro Primeiro, CAPÍTULO 19 e 20:

CAPITULO XIX – UM PROBLEMA BEM RESOLVIDO

De volta ao lar. O problema de instruir os Suernis. Esse povo, tendo perdido seu aparente poder mágico, requer instrução nas artes da vida. Zailm e seus vice-regentes realizam esse plano. Os últimos registros desse povo podem ser encontrados na história da raça dos hebreus. Morte do pai de Lolix; sua indiferença ao ouvir a notícia. A consciência começa a adormecer.

Havia trabalho me esperando em Caiphul, deveres que eu poderia cumprir sem prejudicar minha saúde ainda delicada; na verdade uma atividade positiva para a sua recuperação, por oferecer um grau apropriado de estímulo mental, sem envolver a severa tensão dos estudos. No dia em que cheguei em casa, Menax falou comigo de um modo que me deixou pensativo: “Pelo que entendo o povo de Suern perdeu o poder que tinha de conseguir alimentos por meios aparentemente mágicos.

Deve ser um problema terrível para eles satisfazer as exigências da fome.” Na ocasião não consegui saber se Menax dissera essas palavras com o propósito de despertar em mim uma tomada de consciência quanto aos meus deveres naquele país. De qualquer forma, ponderei a situação com grande empenho. Ocorreu-me que os Suernis tinham poucos campos cultivados como os nossos, se é que tinham algum; que provavelmente não tinham conhecimentos sobre a arte da agricultura, preparação do solo e coisas semelhantes e, finalmente, que seus músculos não eram treinados para suportar esse esforço.



Em assuntos dessa natureza não passavam de crianças grandes. Quanto mais pensava no problema, mais complicada me parecia a condição deles. Vi que, pelo menos por um ano, seria necessário mandar-lhes provisões. Também teriam de ser instruídos sobre métodos de plantio, horticultura e criação de gado, ovelhas e outros animais domésticos úteis. Mais tarde, seria necessário ensinar-lhes outras artes como mineração, tecelagem e metalurgia. Na realidade, tratava-se de uma nação inteira, com oitenta e cinco milhões de habitantes, a quem eu deveria prover com escolas de instrução sobre a arte da sobrevivência.

Quando percebi o significado disso, fiquei arrasado. Ai, pobre de mim! Caí de joelhos na grama do jardim e orei a Incal. Quando me levantei, vi o Rai Gwauxln me olhando de um jeito muito peculiar. Seu rosto estava muito sério, mas os esplêndidos olhos estavam cheios de riso. “Sentes que estás à altura dessa tarefa?” – perguntou ele. “Zo Rai” – respondi corajosamente – “teu filho está sobrecarregado. À altura? Sim, se Incal me conceder sua orientação”. “Bem respondido, Zailm. Ponho à tua disposição os recursos de Poseid para o teu trabalho.”

Para não ser prolixo, as escolas foram estabelecidas, os entrepostos de alimentos e vestuário foram estabelecidos nos distritos competentes e os habitantes de Suern, a grande península da hoje ÍNDIA moderna, foram instruídos sobre os meios de obterem uma confortável autopreservação e de passarem a depender do próprio conhecimento. Obviamente, nem tudo isso foi feito sob minha supervisão, mas fui eu quem deu início ao plano; durante três anos e meio o trabalho prático nisso envolvido foi conduzido por mim e por meus vice-suseranos. Talvez eu não tivesse sido suficientemente grato a Incal; talvez nunca tenha voltado a pensar, naqueles dias de prosperidade, na prece do jovem pobre e desconhecido no Pitach Rhok.

Por outro lado, devo tê-lo feito. Penso que nem por um momento esqueci daquela manhã e dos votos que fiz. Contudo, há o estranho fato de que a natureza humana pode desviar-se daquilo que ela sabe ser a linha inamovível da correção; pode estar bem consciente de cada infração e continuar pensando que foi fiel a seus votos. Os lapsos morais são os mais freqüentes; os pecados que não são infrações diretas dos códigos comunitários. Estranho, também, é que a humanidade não costuma ser clemente com as vítimas, embora seja geralmente branda em suas censuras ao verdadeiro criminoso. Não poderá haver verdadeira justiça em qualquer assunto até que, em crimes dessa espécie, a mesma pena seja imposta, sem consideração de sexo.

Minha proposição te parece surpreendente? Pois então considera: a justiça humana é um sistema; se for íalha num particular será falha em todas as coisas, pois justiça significa perfeição e o que tem uma mancha ou defeito não tem perfeição. Na história da raça hebraica podem ser encontrados os últimos registros da parte mais merecedora do povo dos Suernis. Em verdade, meu povo, juntos tivemos a glória e o longo sofrimento. Estivemos juntos naquele longínquo período já passado! Minha semente do esforço denodado caiu em solo arado e se multiplicou cem vezes. O fim ainda não chegou; a colheita não foi recolhida e o povo eleito ainda não recebeu a recompensa pela Grande Tribulação havida desde que Ernon de Suern desistiu de lutar por ele.

O caminho foi longo, mas eles finalmente sairão do deserto no qual entraram há tanto tempo, e Deus dará o descanso a Seus filhos! Como havia dito Rai Ernon, o general saldeu não conseguiu voltar à sua terra natal. Ele vagava pela cidade, sem quase ser notado pelo povo, e o lugar que mais visitava era o vailx de um certo comissário poseidano, destacado com outros para permanecer em Ganje, a capital de Suern. Um dia, tendo se tornado amigo desse último, o Saldeu pediu ao amigo que lhe proporcionasse o prazer de subir ao espaço, pois nunca tinha viajado de vailx e desejava fazê-lo. Na ocasião o comissário estava ocupado e prometeu satisfazer o pedido no dia seguinte.


O sagrado Rio Ganges na Índia atual.

Cumprindo a promessa, após o almoço servido no convés do vailx, foi feita a ascensão. O general tinha bebido muito vinho e seus movimentos careciam de firmeza. Um dos passageiros era um Suerna, ex-conselheiro do Rai Ernon. O general foi tropegamente até a amurada do vailx para apreciar a paisagem. Perto dele estava o Suerna. Os dois não se gostavam e o Saldeu, também excitado pelo vinho, iniciou uma discussão. O Suerna, o mesmo, aliás, que tinha ficado tão espantado pela perda de seus poderes ocultos quando tentou me matar, deu um leve empurrão no general que caiu contra a amurada.

Sendo pesado, ele curvou-se por falta de equilíbrio e caiu, agarrando-se à grade com as duas mãos com inesperada agilidade. E ali ficou, pedindo socorro aterrorizado, sem poder voltar para o convés. O capitão poseidano não era um homem mau, mas um tanto estúpido por causa de uma pancada na cabeça e, embora se saísse bem como comissário, nunca tinha podido subir de posição. Antes do acidente ele tinha sido um homem de talento, inclusive conhecido como inventor de razoável fama. Esse talento de pouco lhe servia, porque muitos outros o tinham superado nesse campo.

Finalmente, tinha se tornado um lunático no campo das invenções, sempre tentando achar uma forma de utilizar força ou economizar força. Enquanto o capitão ficou ali parado com sua estúpida indecisão, o Suerna puxou-o para o lado, agarrando o aterrorizado Saldeu pelo braço. No momento seguinte o ex-conselheiro e o general Saldeu estavam balançando e girando, pendurados no ar a uma milha da terra. Então o poseidano viu-os cair; com a mente ocupada com sua mania predileta, exclamou. “Que desperdício de energia! Se ao menos pudessem cair em algum aparelho ajustado para levantar um peso!” Como o acidente aconteceu o comissário nunca soube, segundo suas declarações. Por falta de testemunhas e levando em conta sua óbvia imbecilidade, o tribunal o absolveu.

Quando eu soube do caso foi através do governador por mim nomeado, o qual me informou ter dispensado o capitão do comando do vailx e do cargo de comissário, substituindo-o por outro poseidano. O Saldeu era pai de Lolix e seria necessário dar a notícia a ela da maneira mais delicada possível. Como fiquei espantado quando ela me disse, após ouvir a triste notícia: “Pergunto, o que tem isso a ver comigo?” “Mas. . . teu pai. . . ” -comecei, mas ela me interrompeu: “Meu pai! Estou contente. Poderia eu, que amo a coragem, sentir algo além de desprazo diante da covardia em face da morte, que o levou a gritar aterrorizado como uma criança? Ora, nenhum covarde merece ser meu pai!”

Virei-me, completamente horrorizado, calado por não ter palavras que expressassem meus sentimentos. Percebendo isso, Lolix se aproximou e, pousando a pequena e branca mão em meu braço, fitou diretamente os meus olhos com suas gloriosas pupilas azuis. “Meu Senhor Zailm, pareces ofendido! É esse o caso? Terei dito algo que te causou desgosto?” “Pelos deuses!” – exclamei. Mas, lembrando uma avaliação anterior, de que a Saldu era apenas uma criança em certos aspectos, respondi: “Ofendido ou desgostoso? Não, Astiku (princesa).” Então ela enfiou a mão sob meu braço e caminhou ao meu lado.


Vailx sobrevoam Caiphul em Atlântida

Essa pequena experiência foi o início de uma outra bem mais longa que, embora fosse extremamente doce por algum tempo, culminou em angústia lá mesmo em Atlântida e, como a fênix, ergueu-se das cinzas dos séculos faz poucos anos. Em verdade, “o mal que os homens fazem a eles sobrevive”. Por ser tão óbvio que sua falta de coração se devia ao subdesenvolvimento, não fiquei desgostoso com Lolix. Reprovei-a, mas ao invés de voltar-me contra ela em fúria, procurei induzir nela a percepção de que a enormidade de sua ofensa se devia à crueldade de seu coração.

Seguindo o costume de seu povo, Lolix me pediu em casamento. Naturalmente eu não pude aceitar, embora fosse muito agradável ter aquela linda jovem fazendo o máximo para me conquistar. Eu não pude, porque amava Anzimee. Nunca falei a Lolix desse amor por minha doce e feminina irmãzinha, por não querer causar possíveis problemas futuros. Fiz pior, contando-lhe uma inverdade, dizendo que a lei de Poseid proibia o
casamento entre pessoas de nacionalidades diferentes. “Não há exceções?” -perguntou ela. “Nenhuma. O castigo é a morte.” Essa foi outra mentira, pois em Poseid a pena de morte nunca era aplicada, estando proibida pela lei contida no livro de Maxin.

“Pois então não importa. És jovem e forte, tens coragem e és belo. Por tudo isso te amo. Se a lei proibe, para mim tanto faz. Ninguém precisa saber além de nós.” A última barreira tinha caído. A consciência estava adormecida. Os pensamentos sobre Anzimee foram postos de lado, como se ignora um anjo acusador. Pensei no Pitach Rhok e em meus dias de pureza? Ou no misterioso estranho que eu ouvira com reverente respeito no início de minha vida em Caiphul? Sim, pensei nessas coisas. Pensei em Incal e murmurei:

“Incal, meu Deus, se estou a ponto de pecar diante de Ti, ao desprezar as leis da sociedade e do casamento, fulmina-me antes que eu peque.” Mas Incal não me fulminou naquele instante e sim mais tarde, muito mais tarde. Não, ele não me fulminou naquele momento. A minha consciência adormeceu mais profundamente e a paixão despertou e dominou a situação.

CAPITULO XX – DUPLICIDADE

Duplicidade. Formatura no Xioquithlon. Festividades em honra dos formandos. Tristeza do Imperador Gwauxln pelos erros do sobrinho:

O ano em que não pude estudar passou rapidamente e sem grandes mudanças, a não ser pelo fato de que se aprofundaram as complicações por causa de Lolix. Minha afeição por Menax tornou-se quase tão grande quanto o amor que ele tinha por mim, que era ilimitado. Mas não lhe falei daquilo que cada vez mais me oprimia com seu peso crescente, o caso secreto com Lolix. Tê-lo feito teria sido o certo, mas não ousei, pois isso me teria feito perder o que eu mais prezava. Pelo menos era assim que eu me sentia então.

Com o passar do tempo, passei a questionar minha posição. Amava eu aquela bela moça? Não como amava Anzimee. “Ó Incal, meu Deus, meu Deus!” – gemi com angústia na alma. A consciência continuava adormecida mas já se agitava, inquieta. O fato de Anzimee ser minha irmã adotiva não impedia que ela se tornasse minha mulher, pois a lei da consangüinidade não seria violada. Meus próprios atos eram a causa do impedimento. Meu plano de levar Lolix para morar num palácio num local distante do Menaxithlon foi executado com êxito, sem levantar suspeitas e sem causar ciúmes em Lolix. Duplicidade, duplicidade!



Então passei a cortejar Anzimee sem o obstáculo da presença daquela que seria um fator de perigo se desconfiasse que a filha de Menax não era minha irmã de sangue. Mas meus dias começaram a ser perseguidos pelo medo, pois eu havia semeado dentes de dragão; o desfecho de assuntos que têm o mal por guia sempre é tristeza e amargura. Supondo que Lolix não se cansasse de mim – e eu não tinha vontade de fazer qualquer coisa que a levasse a isso – as leis da natureza tornariam provável a revelação de fatos letais para minhas esperanças; embora eu freqüentemente gritasse agoniadamente que era um desgraçado, a consciência continuava a dormir.

Mas meu caráter não era do tipo que se deixa intimidar pelo perigo. Se eu estava envolvido num jogo de inteligência, com o mal por oponente, usaria as melhores táticas que tivesse. Resolvi livrar-me de Lolix; uma decisão tardia, porque o fruto de nosso pecado tinha chegado e um lar secreto providenciado, pois eu nunca chegaria ao ponto de impedi-lo de viver. Esses planos foram levados a cabo com sucesso, como eu pensava, sem que pessoa alguma tomasse conhecimento. Mas como ficar livre daquela mulher realmente encantadora – Lolix?

Só faltava um ano para que eu fizesse o exame para obter o diploma no Xioquíthlon. Se eu fosse bem-sucedido, pretendia pedir a mão de Anzimee, que retribuía meu amor, eu bem o sabia, a fim de que fosse para mim tudo que o honroso título de esposa significava. À tarde, ou à noitinha, nada dava mais prazer a Anzimee do que passear a sós com Menax ou comigo pelos jardins do palácio, sob as grandes palmeiras e festões de lindas trepadeiras em flor que enfeitavam todas as aléias, formando frescos túneis verdes, ornados com matizes mais radiantes da Flora.

Pelos vãos existentes entre essas verdejantes paredes podíamos ver os lagos, colinas, escarpas e rios artificiais e, mais adiante, Caiphul com seus palácios; Caiphul enfeitada pelas heras e por suas quinhentas colinas, grandes e pequenas. Caminhar nesses lugares ao lado dela era um prazer tão caro para mim que não é de estranhar que minha alma ficasse aliviada de grande parte de seu peso de pecado e aflição. Retardei por tanto tempo a resolução do caso de Lolix que passei a temer fazer alguma coisa além de deixar os acontecimentos se resolverem por si mesmos. Sim, perdi a confiança em minha capacidade de solucionar o perigoso problema, temendo tornar as coisas ainda piores.

E os dias se escoaram e a provação do exame logo chegaria. Não negligenciei Lolix; não pude e nem tinha esse desejo. Freqüentemente ia ter com ela. Na verdade, com uma estranha cegueira quanto ao mal que fazia, dividia meu tempo livre entre Lolix e Anzimee. Às vezes sentia medo de que Mai-nin, Gwauxln ou talvez ambos soubessem de meu segredo. Eles o conheciam, sim, pois sua visão oculta era poderosa demais para que não conhecessem os fatos. Entretanto, nenhum dos. dois deu qualquer sinal, nem mesmo Mainin, pois não importava para ele o mal que estivesse acontecendo, como veremos em breve.

Nem Gwauxln, não porque não se importasse, mas porque era misericordioso e sabia que o carma me reservava uma punição mais terrível do que a que qualquer homem pudesse me infligir e, em sua clemência, absteve-se de aumentar meu castigo. E assim o câncer continuou oculto ao olhar público e eu não sabia que o nobre soberano era um espectador entristecido do meu mal feito. Não me surpreendo ao lembrar a tristeza de suas feições nas ocasiões em que estivemos juntos no último ano de meus estudos.



Anzimee havia adiado seu próprio exame no Xio até o ano em que eu devia me formar. Com isso, as festividades que sempre se seguiam ao exame, como marca de regozijo pelo êxito dos que tinham recebido diplomas, incluíam o nome dela em sua honrosa lista, principalmente porque tinha sido aprovada com mérito. Foi oferecido um jantar pelo Rai aos felizes candidatos; essa festividade deu início a uma prolongada temporada de jantares, bailes, festas, concertos e peças teatrais, todos pelo mesmo motivo. Anzimee, vestida de seda acinzentada, com os pesados cabelos presos por uma linda rosa, trazendo no ombro um broche de safiras e rubis, foi apresentada pelo Rai no banquete real aos novos Xioqi como a “Ystranavu” ou “Estrela Vespertina”. Tratava-se de uma distinção social semelhante à moderna “Rainha do Baile”.

Sabendo que Rai Gwauxln conduziria a sobrinha à mesa e seria o seu par, levei Lolix, como era de meu direito, pois tinha me formado e quem possuísse um diploma podia escolher uma companhia que podia ou não ser
formada pela Xioquithlon. Lolix, por minha causa, tinha estudado muito nos últimos três anos e estava no segundo ano do Xioquithlon, para onde tinha sido promovida pelas escolas inferiores. Eu estava começando a sentir orgulho dela; na verdade, eu seria muito desprezível se não reagisse dessa forma, depois do sacrifício que ela havia feito por mim. Várias vezes percebi Gwauxln olhando atentamente para mim e, uma das vezes, quando
passou perto de mim, ouvi-o murmurar tristemente: “Zailm, oh, Zailm.”

Gomo é fácil imaginar, essas palavras não aumentaram nada minha paz de espírito. Apesar de tudo, a noite transcorreu, como tantas outras, sem maiores inquietações. Caminhando com Lolix pelo grande salão de Agacoe, notei os muitos olhares de admiração causados por sua beleza, lançados pelos muitos cavalheiros que encontramos, nobres de elevado nome. Ela tinha de fato se transformado numa mulher de feições e porte encantadores e, melhor que isto, de caráter, pois seu temperamento não se mostrava mais cruel e sim gentil, desde a experiência com sua maternidade secreta e conseqüente perda das alegrias próprias desse estado, pois era impossível revelar que a criança era dela.

Lolix tinha recebido propostas de casamento e recusado, mesmo sabendo que tais propostas eram uma prova de que eu mentira ao dizer que as leis de Poseid proibiam nosso casamento. Mas seu amor por mim, embora sofrido, era fiel e constante. Ela guardou bem o segredo, especialmente para me poupar, a mim que era tão indigno! Quando olhava para ela, sentia que a queria muito. Mas Anzimee me era ainda mais cara e assim a horrenda tragédia continuou.

Eu sabia que por amor a mim Lolix havia reprimido observações cruéis, depois tinha se interessado pelo alívio dos sofrimentos alheios espontaneamente, e assim passara de belo espinheiro a uma gloriosa rosa de feminino encanto, com bem poucos espinhos. Será que eu tinha uma consciência digna desse nome por não me apresentar aos olhos do mundo e tomar Lolix por esposa, vendo todo esse seu ilimitado amor por mim? Não, não em Poseid. A consciência não tinha adormecido – pois nunca havia existido. Ela, a consciência, ainda estava para nascer e crescer em mim num outro tempo. E assim, a nêmesis do julgamento continuou a manter seu golpe vingador em suspenso.

Continua no Capítulo XXI…

Mais informações sobre ATLÂNTIDA em:
  1. http://thoth3126.com.br/uma-vida-em-atlantida/
  2. http://thoth3126.com.br/atlantida-restos-de-uma-imensa-cidade-encontrada-na-costa-de-cuba/
  3. http://thoth3126.com.br/a-historia-secreta-do-planeta-terra/
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  5. http://thoth3126.com.br/bimini-road-atlantida-misterios-nao-resolvidos-do-mundo/
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  7. http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade/
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  9. http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade-parte-3-final/


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Posted by Thoth3126 on 09/06/2015
 
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06.06.15


ATLÂNTIDA, 

A RAINHA das ONDAS dos OCEANOS

Um Habitante de Dois Planetas 

 17 e 18




“O propósito desta história é relatar o que conheci pela experiência, e não me cabe expor idéias teóricas. Se levares alguns pontos pequenos deixados sem explicação para o santuário interior de tua alma, e ali neles meditares , verás que se tornarão claros para ti, como a água que mitiga a tua sede. . . “Este é o espírito com que o autor (Philos, o Tibetano) propõe que seja lido este livro. E chama de história o relato que faz de sua experiência. Que é história?. . . Ao leitor a decisão.

“Nunca pronuncies estas palavras: “isto eu desconheço, portanto é falso“. Devemos estudar para conhecer; conhecer para compreender; compreender para julgar“. – Aforismo de Narada.

Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com

Fonte: http://www.sacred-texts.com

Capítulos anteriores:
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-2/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-3/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-4/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-5/

Livro: “Um Habitante de Dois Planetas”, de Philos, o Tibetano – Livro Primeiro.

CAPÍTULO XVII – “RAI NI INCAL” – AS CINZAS ÀS CINZAS RETORNAM


Num esquife em frente ao Ponto Sagrado, na face oriental da Pedra- Maxin no Incalithlon, jazia o que restara da forma terrena de Ernon, o rei de Suern (hoje a Índia). No triângulo estavam reunidas umas poucas testemunhas convidadas pelo Rai Gwauxln e sobre todos se irradiava a misteriosa luz que não requeria ser alimentada nem mantida por qualquer ser humano.

Bem acima estava o teto branco de estalactites, refletindo de suas muitas pontas a radiância das luzes que não podiam ser vistas do piso. “Fecha seus olhos, seu dever foi cumprido.” Ao lado da forma imóvel estava Mainin o Incaliz, com a mão no ombro do rei falecido. Depois que o grandioso órgão fez soar um lutuoso réquiem, Mainin fez a oração fúnebre, dizendo:

“Uma vez mais, uma nobre alma conheceu a terra. Como tratou ela esse que deu a vida para servir seus filhos? Em verdade, Suerna, cometeste uma ação que vos vestirá de juta e cinzas para sempre! Ernon, meu irmão, Filho da Solitude, nós te damos adeus com grande tristeza em nossa alma; tristeza não por ti, pois estás em repouso, mas por nós que ficamos para trás. Muitos anos se passarão antes que encarnes outra vez. Quanto ao pobre barro que é teu corpo, junto a ele diremos nossas palavras finais, pois ele já fez seu trabalho e o Navazzimin o aguarda. Ernon, nosso irmão, que a paz esteja sempre contigo.”



Novamente o órgão soou com solene tristeza e, quando os atendentes ergueram o catafalco por sobre o cubo do Maxin, o Incaliz levantou os braços para o céu e disse: “Para Incal foi esta alma e para a terra este barro.” O corpo, preso por faixas finas ao esquife, foi colocado em posição vertical, tremeu um pouco e caiu no Maxin. Não subiu nenhuma chama, nenhuma fumaça e nem sequer cinzas sobraram após o instantâneo desaparecimento do corpo e do esquife que o continha. O funeral estava terminado. Quando nós, cidadãos de Caiphul, nos preparamos para partir, vimos o que nenhum homem vivente daquele tempo havia visto no Incalithlon.

Atrás de nós, no auditório, estavam grupos de pessoas vestidas de hábito cinzento, encapuzadas como os monges da igreja de Roma. Havia muitas destas pessoas, reunidas em grupos de sete ou oito entre as estalagmites que suportavam o teto. Enquanto olhávamos, foram desaparecendo lentamente, até as oitenta testemunhas de Caiphul ali presentes passarem a parecer um exíguo número naquele vasto salão onde até pouco antes houvera centenas de Incaleni, os “Filhos da Solitude”, em forma astral, reunidos para o funeral de seu irmão. Sim, os Filhos tinham realmente vindo testemunhar a impressionante cerimônia onde a parte mortal de seu companheiro morto fora devolvida à guarda dos elementos da natureza.

“Mas homem algum conhece aquele sepulcro e nenhum deles jamais o viu, pois os anjos de Deus cavaram o solo e ali puseram o homem que morrera.”

CAPITULO XVIII – A GRANDE VIAGEM

O Rai Gwauxln me convocou a ir ao palácio Agacoe antes de retomar minha viagem de férias, embora tivesse confirmado antes do funeral de Ernon que minhas ações em Suern tinham sido aprovadas por ele. Obedeci quase que imediatamente, pois estávamos todos prontos para recomeçar a viagem. Gwauxln, na presença de seus ministros de estado, nomeou-me Suzerano da terra de Suern, o que me deixou enormemente surpreso, embora eu sentisse que poderia aceitar o cargo e prestar bons serviços na condução dos assuntos daquele país; mas o fato de eu ainda não ter me formado no Xioquithlon me fez hesitar, e respondi: “Zo Rai, estou feliz por conferires tão grande honra a este teu servidor. Não obstante, meu soberano, sentindo que ainda não adquiri todo o conhecimento que desejo, pois sou ainda um simples xioqene (estudante), peço tua permissão para recusar.”

O Rai Gwauxln sorriu e disse. “Pois bem. O governador que indicaste cumprirá tua função nos três anos que te faltam – os quatro anos, eu diria, já que não voltarás aos estudos neste período. Depois disso assumirás legalmente esses deveres. Tenho um objetivo ao te nomear, que está além da mera forma; acredito que o homem que tem um propósito direto em vista tem mais possibilidade de sucesso do que outro que não tem propósito. É uma boa motivação. Portanto eu te nomeio Suzerano dos Suernis e te libero para fazeres a viagem de recreação com teus amigos, assim que assinares este documento. Está muito bem escrito, embora tua mão trema um pouco devido ao nervosismo. Acalma-te!” Estas últimas palavras foram ditas enquanto eu assinava tremulamente o documento de nomeação.

Mais uma vez estávamos viajando. Anzimee, o “elfo”, persistia em me chamar “meu senhor Zailm” desde que ouvira a história de minha transformação em Suzerano. Nosso curso novamente nos levou para o leste, mas com um desvio para o sul, pois não pretendíamos visitar Suern desta vez, e sim nossas colônias americanas, obedecendo o itinerário original (no atual sentido oeste/leste) que tínhamos planejado para depois da momentosa visita a Suern.

Voamos por sobre Necropan (o norte da África) equatorial, depois o Oceano Índico e as atuais índias Ocidentais, que na época eram colônias suernis chamadas de Uz, para em seguida voarmos por sobre o vasto Pacífico, sempre na direção leste. “Umaur”, a costa oeste de Umaur!” – foi a exclamação que atraiu todos para as janelas, a fim de olharem para uma linha denteada e escura que surgira no horizonte oriental. Era a distante Cordilheira dos Andes, que aparecera quase ao nível do vailx, pois as montanhas então se elevavam duas milhas (em torno de 3.200 metros de altitude) acima do oceano. Abaixo, estava o imenso espelho azul do Pacífico, aparentemente sem ondas devido à distância.



Umaur, seria a terra dos Incas num distante futuro. Umaur, (hoje a América do Sul) onde depois de se passarem oito séculos encontrariam refúgio os que teriam a felicidade de escapar de Poseid antes que a “Rainha do Mundo” afundasse nas águas do Atlântico (n.t. No dilúvio em 10.986 a.C.). Oito séculos que viram os orgulhosos atlantes se tornarem corruptos a tal ponto que sua alma não mais refletia a sabedoria do Lado-Noite, pois, com o desaparecimento da moralidade, a chave para o segredo da natureza (poder feminino) tinha se perdido e com ela o domínio atlante sobre o ar e as profundezas do mar. Oh, pobre Atlântida!

Umaur estava à nossa frente e nós, ignorando a futura insensatez de nossos descendentes atlantes, ficamos olhando para a cosia de que nos aproximávamos rapidamente, fazendo comentários sobre as majestosas cordilheiras que observávamos pelos telescópios. *Ali vimos uma terra onde milhares de anos depois chegariam os conquistadores espanhóis liderados por Pizarro e encontrariam uma raça liderada pelos Incas, um nome preservado por muitos séculos desde o tempo em que seus remotos ancestrais haviam fugido da obliterada Poseid em Atlântida, e que se diziam “Filhos do Sol (de Incal)”.

* Nota – Quando tua ciência abordar a natureza por seu lado divino, como o fizeram os poseidanos; quando, ao invés de ascenderes até a força-chave de toda a Natureza, a energia ódica, pela síntese dos fenômenos ambientais, aprenderes a olhar a partir da Odicidade para o rio da Energia, então terás tudo que Poseid teve (pois és Poseid rediviva, oh América), inclusive seus vailx, naims e telescópios. Os telescópios atlantes não eram os grosseiros instrumentos que hoje possui tua ciência. Mesmo a mais remota estrela emitindo sua fraca luz das profundezas do espaço podia ser trazida para perto e, se houvesse um organismo diminuto como uma folha no “solo” de algum planeta em órbita daquela estrela, ficava visível aos nossos olhos. Não consegues acreditar? Ouve esta proposição: a luz não é apenas um reflexo ou refração de força de uma substância, mas um prolongamento de toda forma substancial, pois embora só exista uma Substância com muitas variações dinâmicas, essas variações são confundidas por ti como substâncias diferentes. Só existe UMA SUBSTÂNCIA! A Luz de Arcturus, por exemplo, é o prolongamento da substância daquela estrela. A eletricidade obtida por máquinas é, em comparação, uma força sem forma. É possível fazer com que uma reforce a outra e que o Sem Forma adquira a imagem do que é Forma. Entendes agora o princípio de nossos telescópios? Tua mente salta para a frente e te ouço perguntar: “Marte será habitado? E Júpiter? Saturno? Vênus?” Ah, meu amigo, não responderei sim nem não, pois quando a visão poseidana da natureza ressurgir na Terra, SABERÁS. Busca e encontrarás, mas busca corretamente. Caminha pela Via cruciforme.

Umaur (América do Sul) era a região das pedreiras e de muitas das ricas minas de Poseid. Havia também ali vastas plantações; a leste das montanhas havia bosques regulares de seringueiras, da genuína espécie Siphonia Elástica da tua botânica. Também existiam viçosas Cin-chonas e outras árvores nativas da América do Sul, mas originárias de Poseid-Atlântida. Antes de serem plantadas no estrangeiro pelos atlan-tes, esses tesouros vegetais nunca haviam crescido em outra parte a não ser em Poseid; as grandes selvas com peculiares árvores e arbustos sulamericanos são descendentes diretas das fazendas e bosques que estabelecemos em Umaur.


Naquele tempo o Rio Amazonas corria por dentro de diques e atravessava o continente, e as cerradas selvas do Brasil eram áreas drenadas e cultivadas, assim como o território adjacente ao Mississippi o é atualmente. Um dia, esse rio, o “Pai das águas” no Norte, correrá sem resistência e sem diques por essas terras. Assim será, porque tais coisas com certeza farão parte das mutações que ocorrerão nos próximos séculos, e também porque a história se repete.

Não imagineis que sereis herdeiros das glórias reencarnadas da Atlântida sem as suas sombras. Todas as coisas se movem em círculos, mas o círculo é como o que vemos na rosca dos parafusos, sempre subindo para um plano mais elevado a cada volta que dá. Devo dizer entretanto que o tempo em que essas coisas ocorrerão, e que nenhum homem pode negar, ainda está muito longe ( o livro foi publicado em 1.894), no horizonte do futuro; tão distante quanto está a recessão do Amazonas no horizonte do passado. Seguimos nossa rota, começando nas grandes hortas, plantações e casas de Umaur, que ficavam no Norte daquele continente, e nos dirigimos para os selvagens ermos do Sul, onde uma grande dificuldade me assolaria no futuro; e de lá para o norte, ao longo das costas orientais, deixando os afazeres de nossos milhões de colonos à imaginação do leitor.


Grand Canyon, com cerca de 300 quilômetros de extensão, com o rio colorado em azul.

Sucessivamente, chegamos ao Istmo do Panamá, que naquela época tinha quatrocentas (n.t. 643 quilômetros, muito mais largo do que nos dias atuais) milhas de largura; ao México (Incalia do Sul) e às imensas planícies do Mississippi. Estas últimas formavam as grandes pastagens de onde Poseid recebia a maior parte de seus suprimentos de carne e onde, quando o homem moderno as descobriu, encontrou enormes rebanhos de bovídeos descendentes de nosso gado, que ali vagavam livremente: búfalos, ursos, veados, alces e carneiros montanheses, todos representando a progenie de remotas eras.

Angustia-me vê-los sendo dizimados de forma tão insensata quanto agora – raças tão antigas deviam ser preservadas. Séculos mais tarde, chegaram a esse largo vale e ao distante istmo ao norte onde agora só restam vestígios (as ilhas Aleutas) hordas invasoras em canoas e outros tipos de embarcações. Esses invasores vieram da Ásia, que em grande parte era o lar de povos da raça amarela e semibárbaros, a não ser onde os Suernis haviam exercido uma influência civilizadora através de tribos que, num período bem posterior, ocupariam um lugar tão importante na história, com o nome de raças semíticas.

Mas os bárbaros que penetraram na Incalia, ocupando as planícies americanas e regiões dos lagos, esses no futuro desapareceriam da terra para sempre; mais tarde ainda, arqueólogos curiosos diriam ao analisarem certas escavações: “Aqui viveram os construtores de túmulos em forma de montes”. Mais adiante na direção norte, na atual “região dos grandes lagos”(Michigam), havia grandes minas de cobre que nos forneciam a maior parte desse material, além de certa quantidade de prata e outros metais. Era uma região fria, muito mais do que é hoje, já que se encontrava próxima dos limites das forças de retração da era glacial, uma época que terminou muito mais recentemente do que os geólogos imaginaram – e ainda acreditam. . .

A oeste se encontravam as chamadas “grandes planícies” dos primeiros tempos da América do Norte. Nos dias de Poseid tinham uma aparência muito diferente da de hoje. Não eram tão áridas nem tão esparsamente habitadas, embora fossem muito mais frias no inverno devido à proximidade das vastas geleiras ao norte. Os lagos de Nevada não eram, então, meros leitos ressequidos de bórax e soda, nem o Grande Lago Salgado de Utah era a massa comparativamente pequena de água salobra e amarga que é hoje. Todos os lagos eram grandes massas de água fresca e o “Grande Lago Salgado” era uma ilha interior de água doce onde flutuavam icebergs vindos das geleiras existentes em sua margem norte.

O Arizona, esse tesouro geológico, tinha o seu atual deserto coberto pelas águas do “Miti”, como chamávamos o grande mar interior daquela região. Havia vegetação abundante nas centenas de milhas quadradas não cobertas pela água. Uma população considerável de colonos da Atlântida vivia nas margens do Miti e numa cidade de bom tamanho. Caro Leitor, lembras a promessa que te fiz em páginas anteriores ‘ de que te brindaria com uma descrição primorosa, dizendo que provinha de outra pena que não a minha?

Cumpro-a agora, pois existe um geólogo me perseguindo por eu ter declarado que o Arizona já teve um lago ou mar interior tão vasto quanto o Miti, há apenas treze mil anos. Lembro que ele concluiu, pelas evidências da erosão e do desgaste das rochas naquela notável região, que embora o hoje deserto do Arizona tivesse realmente sido um lago , ou mar de pouca profundidade desde a era paleozóica, aquele lago era “mais antigo que o Plioceno, sendo provavelmente da época do cretáceo”.

Não, meu amigo. As estupendas gargantas e desfiladeiros não são meramente o produto da “erosão” pelo tempo, da água e do clima. Ao contrário, provieram de uma formação súbita, pelo rachar e rasgar de extratos numa escala semelhante, embora muito maior, à da explosão do vulcão em Pitach Rhok em Atlântida, descrita no primeiro capítulo deste relato. As maravilhas do Arizona e a formação do “Grande Canyon do Colorado” foram o resultado de uma terrível dança da crosta sólida do globo. Mesmo hoje os leitos de lava no retângulo entre os paralelos 32 e 34, latitude norte, e 107 graus longitude oeste de Greenwich, na região dos Montes Taylor e São Francisco, têm poucos paralelos na terra, em questão de tamanho. Nesse terrificante trabalho de destruição, depois que o mar Miti se escoou para o Ixal (Golfo da Califórnia), as chuvas e torrentes de treze mil invernos e os poderes pulverizantes e dessecantes de muitos verões tórridos alisaram, esculpiram e cinzelaram as superfícies rompidas e recortadas, dando-lhes formas ainda mais fantásticas, e reclamaram para si a autoria da obra, negando a participação de Plutão como principal artista. O geólogo parece ter aceito essa reivindicação e admitiu a existência do lago num tempo muito anterior, para justificar o tempo necessário para a execução da descomunal obra. Mas não foi assim, pois vi o lago faz apenas doze mil anos.

Mas vamos à dádiva literária prometida; ela foi extraída de um escrito bem moderno, mas que faz uma descrição tão fiel da aparência atual da região que desejo compartilhá-la com meu leitor. As palavras que se seguem são do Major J. W. Powell, do Exército dos Estados Unidos:

“As paredes do canyon têm grandes contrafortes nos quais há profundas cavidades; fendas rochosas coroam os penhascos e o rio corre lá embaixo. O Sol brilha com esplendor nas paredes avermelhadas e sombreia-se com tons verdes e cinzentos ao bater em rochas cobertas de líquens; o rio ocupa todo o canal de um paredão a outro e o canyon se abre como um lindo portal para a glória. Mas ao anoitecer, quando o Sol baixa e as sombras se põem no canyon, os matizes avermelhados e róseos, misturados com pinceladas de verde e cinza, lentamente mudam para o castanho em cima e se fazem sombras negras mais no fundo – e então o canyon parece o obscuro portal para uma região de trevas.

Deitados, olhamos diretamente para cima pela fenda do canyon e só vimos uma nesga azul de céu – um crescente de Armamento quase azul-marinho, com duas ou três constelações nos espiando. Não consegui adormecer logo, pois a excitação do dia não tinha amainado ainda. Vi uma estrela brilhante que parecia descansar na beira do penhasco. Parecia flutuar lentamente e se dirigir de seu ponto de repouso nas rochas para o canyon. De início, pareceu uma pedra preciosa engastada na beira do despenhadeiro, mas ao deslocar-se me fez imaginar que logo despencaria. Na realidade, ela dava a impressão de estar descendo numa curva suave, como se o céu no qual as estrelas se encontravam estivesse esticado por cima do canyon, preso nos dois lados do mesmo, curvando-se para baixo sob seu próprio peso.



A estrela parecia estar realmente no canyon, tão altas eram as escarpas. O Sol da manhã brilhou com esplendor em suas coloridas faces. Os ângulos salientes pareciam estar em fogo e os ângulos retraídos mergulhados na sombra -, as rochas, vermelhas e castanhas, brilhavam como um fogo vermelho, em contraste com seus engastes de trevas, embaixo. A luz lá de cima, que se fazia mais brilhante por causa das rochas de vivas cores, e as sombras lá embaixo, tornadas mais densas pelos tons obscuros intocados pelo Sol, aumentavam a profundidade aparente das portentosas gargantas, fazendo parecer muito longo o caminho para o mundo do Sol, lá no alto – o caminho mede, na realidade, uma milha!”

Nem as extensas águas do Miti, pontilhadas de elevados picos no passado, lindos como um sonho, eram mais impressionantes e gloriosas do que as esmagadoras gargantas que vieram tomar o seu lugar. Da cidade de Tolta, nas praias do Miti, nosso vailx subiu e voou para o norte, por sobre o lago UI (Grande Salgado), para alcançar sua praia noroeste, a centenas de milhas de distância.

Naquela praia tão distante erguiam-se três majestosos picos cobertos de neve, os Pitachi UI, que davam seu nome ao lago. No mais elevado desses picos havia existido talvez por cinco séculos uma edificação de pesadas lajes de granito. Tinha sido inicialmente erigida com o duplo propósito de culto a Incal e cálculos de astronomia, mas no meu tempo era um mosteiro. Não havia trilhas que levassem ao pico e o único meio de acesso era o vailx. Faz uns vinte anos, contados deste ano de 1886, um intrépido explorador americano descobriu a famosa região de Yellowstone, e no decorrer da mesma expedição chegou até Three Tetons, em Idaho.

*Essa tripla montanha era o conjunto dos Pitachi Ui dos atlantes. O Professor Hayden, depois de chegar à base desses majestosos gigantes, conseguiu após ingentes esforços chegar ao topo do pico mais alto, fazendo a primeira escalada dos tempos modernos. Em seu topo encontrou a estrutura de granito, já sem telhado, dentro da qual, segundo ele, “os restos de granito formavam uma camada muito espessa, indicando que não tinham sido perturbados por onze mil anos”.

Sua inferência foi a de que esse período de tempo tinha decorrido desde a construção daquelas paredes de granito. O professor estava certo, como bem o sei. Ele encontrou uma estrutura construída por mãos poseidanas cento e vinte séculos e meio antes, e foi pelo fato de o Professor Hayden ter sido um poseidano com um cargo no governo atlante, o de adido governamental de cientistas destacados para estudar os Pitachi Ui, que ele foi carmicamente atraído ao local de seu antigo trabalho. Creio que o conhecimento desse fato emprestou maior ênfase ao interesse que ele sentiu pelos Three Tetons.

* Os Three Tetons (Três Tetons) estão situados na parte noroeste do estado do Wyoming que, como território, não existia naquele tempo, tendo sido formado em 1868 com partes de Idaho, Dakota e Utah. Uma pequena parte do Parque de Yellowstone fica em Idaho. – Guia King dos Estados Unidos.

Nosso vailx desceu numa saliência de rocha diante do templo de Ui, ao cair da noite. Fazia muito frio, não só por causa da altitude, mas também porque estávamos bem ao norte. Quanto aos monges que viviam no sólido e bem construído edifício nunca passavam frio, pois eram adantes e tinham as forças do Lado-Noi-te à sua disposição. O principal motivo de nossa visita foi o desejo de prestar culto a Incal quando seu símbolo surgisse no céu, na manhã seguinte. Por toda a noite os brilhantes raios de luz de nossas lanternas de rubi emitiram o aviso de que uma nave real estava na região, para qualquer poseidano que por acaso nos visse.


Os atuais Três Tetons, situados no Grand Teton National Park, conhecidos como as montanhas Pitach Ui nos tempos de Atlântida

No dia seguinte, ao amanhecer, nossa nave decolou para o leste, para uma visita às minas de cobre localizadas na atual região do Lago Superior. Fomos conduzidos em troles elétricos pelos labirintos de galerias e túneis. Quando nos preparávamos para partir, o capataz oficial presenteou cada membro da comitiva com variados artigos de cobre temperado. Eu ganhei um instrumento parecido com o moderno canivete, que guardei comigo até o dia de minha morte, valorizando-o muito pela refinada têmpera que dava ao instrumento um corte afiado que raramente requeria cuidados e inclusive permitia que eu me barbeasse com ele.

Os poseidanos eram aficcionados da hoje perdida arte da tempera do *cobre. Em retribuição, dei ao capataz uma pepita de ouro em estado natural e ele me perguntou de onde provinha; ouvindo minha resposta, comentou: “Qualquer amostra da famosa mina de Pitach Rhok será muito apreciada por um velho mineiro como eu, especialmente sendo um presente do próprio descobridor da mina.” Dessa forma, a mina por mim encontrada quando eu ainda era um jovenzinho obscuro, havia retribuído com seu tesouro o trabalho das pás e picaretas que a tinham tornado famosa em todo o mundo civilizado de então.

Após confabularmos, decidimos não penetrar mais no Norte, pois todos nós já tínhamos visto as geleiras árticas pelo menos uma vez e alguns de nós várias vezes. Resolvemos permanecer em Incalia mais uma semana, passando onze dias visitando com mais vagar o imenso território onde, embora obviamente o ignorássemos, os anglo-saxões um dia fundariam a gloriosa União Americana, os Estados Unidos da América. Dizem que a história se repete e acredito que seja mesmo assim. É inegável que as raças seguem os passos de outras raças e, assim como a mais importante e populosa parte das colônias americanas de Poseid ficava a oeste da grande cordilheira hoje chamada por Montanhas Rochosas, a grandeza da América moderna será levada ao auge pelos estados do oeste e sudoeste da União Americana.

O homem prefere viver em locais aprazíveis, nas terras onde a Mãe Natureza é amigável e dá abundantes colheitas. Aprecia viver numa terra que dê muitos frutos – e onde encontraria coisa melhor que o Oeste e Sudoeste da Incalia de outrora? Ao longo da costa oceânica até as montanhas da Sierra Nevada havia uma província que não ficava atrás, em beleza, da região dos lagos ao longo das praias do Miti. Essa terra manteve seu encanto, mas a beleza da outra cedeu lugar às areias móveis, cactos e mesquitas onde vivem lagartos, cascavéis e cães selvagens. Não é mais a “União de lagos e união de terras” do longínquo passado.

Quando finalmente partimos da Incalia para retornarmos a Caiphul, a última parte da colônia que avistamos foi a costa do Maine, pois tomamos o rumo leste, dirigindo-nos mais tarde para o sul. Para variarmos um pouco, trocamos os domínios do ar pelo das profundezas do oceano onde o tubarão é rei. Como todos os vailx da mesma classe, o nosso tinha sido construído para funcionar no ar e no mar, e as placas do convés deslizante e outras partes móveis da fuselagem se fechavam hermeticamente por meio de parafusos especiais e vedações de borracha.

Mergulhar diretamente no oceano seria muito parecido com um pouso em terra firme. Estávamos a uma altitude de duas milhas, mais ou menos, e o piloto recebeu ordem de reduzir a corrente de repulsão, diminuindo dessa forma nosso poder de flutuação, levando-nos a penetrar na água dez milhas após o ponto em que iniciássemos a inclinação para a descida. Ele também foi instruído para descer a uma velocidade bastante alta naquela espécie de manobra, embora fosse lenta para um vailx; ou seja, ele teria de cobrir dez milhas em poucos minutos.

Quando impactamos a água a essa velocidade, o choque sofrido pela agulha metálica foi grande o bastante para fazer os passageiros perderem o equilíbrio e as mulheres presentes soltarem exclamações de susto. Logo que entramos na água a repulsão foi anulada e seu oposto, um grau de atração maior que o da água pelo centro terrestre da gravidade, foi acionado, permitindo-nos mergulhar a uma profundidade considerável, a despeito do ar contido na nave. As luzes exteriores às janelas foram acesas, nosso movimento ajustado ao novo elemento, e nos reunimos todos no salão perto das janelas, as luzes de dentro apagadas e as de fora acesas, e pudemos ver as curiosas tribos de Netuno que se aglomeravam em torno da iluminação que era estranha ao seu meio.

Ocupado nessa observação, ouvindo ao mesmo tempo as explicações entusiasmadas de um ictiólogo amador, ouvi uma voz familiar que reconheci como sendo a do meu pai Menax e me dirigi para o naim. Ele não podia me ver porque estava escuro no vailx, mas eu podia vê-lo no espelho, já que a casa dele estava iluminada – não só o via mas também o ambiente próximo a ele, da mesma forma que alguém do lado de fora de uma janela, à noite, vê as pessoas e coisas no interior, sem ser vista.


Vailx mergulha no oceano

“Meu filho” -disse o príncipe -“não deveria permitir que teu amor pelas novidades te fizesse agir com tanta imprudência, mergulhando no oceano daquela forma, mesmo a uma velocidade pequena de um ven (milha) por minuto. Temo que tenhas uma tendência estouvada em tua natureza, que um dia poderá causar uma infelicidade. Incal pune os temerários permitindo que Suas leis, quando violadas, apliquem sua própria penalidade. Toma cuidado, Zailm, age com prudência!” Quando as experiências submarinas se tornaram tediosas, o curso contrário, de aumento rápido mas gradual de repulsão, foi aplicado ao vailx – não foi um procedimento perigoso como o do mergulho – logo a nave saiu da água e subiu à altitude indicada pelo raz -mostrador de repulsão – altitude essa de algumas centenas de pés acima da superfície do mar.

Aberto o convés, senta-mo-nos para tomar Sol e apreciar a agradável brisa marinha que soprava na mesma direção sul seguida pela aeronave. Como desejávamos chegar a Caiphul no dia seguinte, fechamos o convés quando a tarde caiu e começou a fazer frio e, elevando-nos bem alto no céu para diminuir a resistência atmosférica, aumentamos a velocidade. Devo observar que nosso curso era menos longo do que seria se tomássemos a direção leste ou oeste, quando então percorreríamos uma longitude a cada quatro minutos. Tomando a direção norte ou sul, cortávamos as correntes terrestres, enquanto que na mesma proporção a velocidade diminuiria, se o vailx desviasse a rota do leste para oeste, para depois virar para o sul ou o norte, o que daria uma média de apenas algumas centenas de milhas por hora.

Calculamos que, tomando a rota direta, só chegaríamos a Caiphul dentro de dois dias; como nosso desejo era chegar na manhã seguinte, decidimo-nos pela rota em ângulo. Isto quer dizer que o vailx iria para sudeste na direção da costa de Necropan, de lá para sudoeste para Caiphul, e a velocidade maior dessa rota nos levaria ao destino a tempo de tomarmos o desjejum em casa.

“Bela Caiphul nenhuma é como tu; Rainha da Atlântida e Rainha do mar.”

Mais informações sobre ATLÂNTIDA em:
  1. http://thoth3126.com.br/uma-vida-em-atlantida/
  2. http://thoth3126.com.br/atlantida-restos-de-uma-imensa-cidade-encontrada-na-costa-de-cuba/
  3. http://thoth3126.com.br/a-historia-secreta-do-planeta-terra/
  4. http://thoth3126.com.br/atlantida-o-continente-perdido/
  5. http://thoth3126.com.br/bimini-road-atlantida-misterios-nao-resolvidos-do-mundo/
  6. http://thoth3126.com.br/atlantida-triangulo-das-bermudas/
  7. http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade/
  8. http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade-parte-2/
  9. http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade-parte-3-final/


Permitida a reprodução, desde que mantido no formato original e mencione as fontes.

www.thoth3126.com.br

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Posted by Thoth3126 on 06/06/2015 
 
 
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Todos os artigos são da responsabilidade do respetivos autores ou editores.
Nenhum credo religioso ou político é defendido aqui.
Individualmete pode-se ser ajudado a encontrar a própria Verdade que é diferente a cada um de nós.

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ES: LLAMA VIOLETA







30.05.15

ATLÂNTIDA, 

A RAINHA das ONDAS dos OCEANOS



 
“O propósito desta história é relatar o que conheci pela experiência, e não me cabe expor idéias teóricas. Se levares algunspontos pequenos deixados sem explicação para o santuário interior de tua alma, e ali neles meditares , verás que se tornarão claros para ti, como a água que mitiga a tua sede. . . “Este é o espírito com que o autor (Philos, o Tibetano) propõe que seja lido este livro. E chama de história o relato que faz de sua experiência. Que é história?. . . Ao leitor a decisão.

“Nunca pronuncies estas palavras: “isto eu desconheço, portanto é falso“. Devemos estudar para conhecer; conhecer para compreender; compreender para julgar“. – Aforismo de Narada.


Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com

Fonte: http://www.sacred-texts.com

Capítulos anteriores:
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-2/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-3/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-4/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-5/

Livro: “Um Habitante de Dois Planetas”, de Philos, o Tibetano – Livro Primeiro, CAPÍTULO 15 – O Abandono Materno

O ABANDONO MATERNO

Antes de sair de nossa casa de campo naquela manhã, eu tinha relatado todos os acontecimentos à minha mãe, avisando-a de que alguém viria buscá-la e levá-la até o palácio, onde, de acordo com as instruções de Menax, eu esperava que ela fosse morar, em virtude da recente reviravolta em minha sorte. Que situação anômala era aquela! Ali estava eu, transformado em filho adotivo de um dos Príncipes Imperiais, o que me fizera ser reconhecido como irmão de sua filha Anzimee e portanto também sobrinho do tio (o rei) dessa minha irmã, Rai Gwauxln. Minha mãe, por outro lado, não tinha parentesco com nenhuma dessas personalidades e nunca as tinha visto, exceto o Rai, o suficiente para poder reconhecê-las caso as encontrasse.

De qualquer forma, eu me sentia feliz ao pensar nas oportunidades que ela teria de estabelecer um relacionamento mais íntimo com todas elas. Tendo mandado um emissário ir buscá-la, conforme o combinado, qual não foi minha surpresa quando fui informado por meu pai de que ela não viera, mandando em seu lugar uma mensagem por escrito. Nervosamente rompi o lacre e li a simples ordem que ela escrevera em sua elegante escrita poseidana:

“Zailm vem me ver.” PREZZA NUMINOS



Obedeci com uma sensação gelada na alma, com um pressentimento angustioso. Quando cheguei em casa, minha mãe, que me pareceu bastante pálida, disse: “Meu filho, não posso ir morar no palácio, nem o desejo. Estou contente com teu bom êxito: deves usufruir de tua alta posição. Mas não posso ir contigo. Estás à vontade entre os nobres, mas eu não o conseguiria. Talvez penses em dizer que renunciarás ao palácio e continuarás morando aqui comigo, mas não deves fazê-lo. Para que não tenhas essa ideia, é melhor que sofras a dor de uma nova realidade agora e não mais tarde. Ouve: cuidei de ti em tua infância e adolescência, até alcançares a idade adulta. Não precisas mais de meus cuidados. Pretendo voltar para nossa casa nas montanhas.”

“Não podes falar dessa forma, mamãe!” “Ouve o que tenho a dizer, Zailm! Voltarei para a casa das montanhas com meu marido, alguém que não conheces; é um bom homem que foi meu namorado antes de eu desposar teu pai. Casamo-nos esta manhã e a notícia certamente já é de domínio público. Um Incala que passou por nós no momento oportuno realizou a cerimônia, que foi muito simples. Eu não amava meu primeiro marido, teu pai; na verdade o detestava, pois aquele foi um casamento arranjado por meus pais contra a minha vontade, embora com o meu consentimento, tola que fui em dá-lo! És o fruto de uma união que não desejei. Eu detestava, até odiava teu pai, mas ao morrer ele te deixou como uma herança, não do meu desgosto, pois isso seria injusto, mas de minha indiferença.

Não fui uma mãe relapsa porque, por uma questão de orgulho, ocultei meus sentimentos. De certa forma te amo como amo meus amigos e não de uma forma profunda. Devo, pois, despedir-me de ti, tendo dito o que precisava dizer para. . . ” Não ouvi mais nada, pois tinha desfalecido e caído ao chão. Era aquela a mãe que eu havia idolatrado? Por quem tinha eu lutado quando pequeno e depois em Caiphul, antes que uma nova motivação surgisse e aumentasse minha determinação na forma de um duplo ideal, o amor filial e o amor por Anzimee? Ó meu Deus! Ó meu Deus! Finalmente, sem recobrar a consciência, passei do horrível sonho em que mergulhara para o pesadelo de uma febre cerebral. “Mamãe!”

Quando pronunciei o amado nome, Astika Menax, que estava sentado ao lado de meu leito, virou o rosto, com os olhos marejados de lágrimas. “Não, Zailm, não te atormentes! Estiveste muito doente com febre cerebral nas últimas duas semanas e quase morreste. Amanhã talvez te conte tudo. Chegaste muito perto de ires me esperar na Terra das Sombras. Não terias de esperar muito, minha luz, pois eu logo iria juntar-me a ti, meu filho!” A história não é longa. Minha mãe, informada de que eu receberia toda a ajuda necessária para cuidarem de mim, respondera que não ficaria para me tratar, pois não duvidava de que os cuidados especializados do médico particular de Menax seriam tão bons ou melhores que os dela.

Então partira com o seu novo marido para seu lar nas montanhas. Desde o instante em que Menax me relatou esses fatos, à custa de muito sofrimento calei sobre o assunto e nunca mais toquei nele para quem quer que fosse. Certa vez, ao passar perto do lugar onde tinha nascido, mandei um mensageiro perguntar se eu seria recebido; o pajem voltou até meu vailx e disse que um homem o atendera. A mensagem tinha sido transmitida a ele, que respondera: “Diz a teu amo que minha esposa o receberá”. Fui até lá e logo percebi que ela preferia que eu não o tivesse feito. Minha mãe me estendeu a mão mas não mostrou o desejo de beijar-me, como as mães costumam fazer. Sua atitude. . . Mas poupa-me da lembrança daquele encontro com minha mãe poseidana, daquela última vez em que a vi. Ela tinha agido sabiamente não se mudando para o palácio, sendo como era. Mas este é um assunto doloroso e prefiro não continuar.



Logo que minha saúde permitiu que eu pudesse viajar em minha missão para Suern (ÍNDIA), o que só ocorreu no inicio de um novo período no Xíoquithlon, que eu fora proibido de frequentar até o próximo ano, o Príncipe Menax me chamou ao seu gabinete particular. “O Xiorain decidiu com sabedoria” disse o principe Menax. “Ah! Essas mentes jovens cheias de promessas para o futuro; nenhum esquema é melhor do que esse em que o estudante governa a si mesmo, inclusive a palavra deles é lei em todas as questões educativas mesmo às que se referem ao uso e distribuição dos fundos providos pelo governo e à escolha dos instrutores”.

Sobre a mesa de Menax havia um adorável vaso de vidro maleável em cujo interior, mediante um dispositivo de fusão, foram misturados ouro em pó, prata e outros metais de cor, em conjunto com certos produtos químicos que conferem à totalidade dos vários graus de translucidez, a partir do quase opaco à transparência perfeita, o que afeta as várias gama de metais, bem como o vidro, e aparecendo em diferentes partes do mesmo objeto. A beleza não estava segundo o valor dos vários metais e produtos caros usados. Menax apontou para o vaso alto, e eu li sobre ele esta inscrição, formado com rubis:

“Para Ernon, Rai de Suern, de Gwauxln, Rai de Poseid, como sinal de amizade dos poseidanos.”

Se qualquer um tivesse vontade de ver um facsímile das palavras originais escritas em quirografia poseidana, eis tua vontade satisfeita:


Escrita atlante da gravação em rubis

Desviando os olhos do belo objeto, perguntei: “Quando devo partir para cumprir esta missão, meu pai?” “Assim que tua saúde e as conveniências permitirem, Zailm.” “Então que seja depois de amanhã.” “Está bem. Podes levar os acompanhantes que desejares. Nenhum aluno deixará de obter uma licença do Xiorain, creio, caso queiras levar colegas teus como acompanhantes; a dispensa será de um mês no máximo, mas não acredito que queiras te ausentar por mais que trinta e três dias. Leva este anel com meu sinete, pelo qual te nomeio meu representante, pois sei que o usarás com discrição. Ele te dá poderes de Ministro dos Negócios Estrangeiros. Leva também uma comitiva de cortesãos.”

Respondi que não levaria tal comitiva, pois tendo ouvido a história de Lolix, concluíra que o Rai Ernon olharia com desdém para tão supérflua escolta. Isto agradou Menax, que disse, cheio de orgulho: “Zailm, tuas palavras me alegram! Vejo que és sabiamente diplomático e consideras com inteligência as idiossincrasias daqueles com quem deves tratar.” Enquanto eu estivera enfermo, Anzimee tinha se mostrado muito solícita e, pelo que me contaram as enfermeiras regulares, não tinha deixado ninguém cuidar de mim a não ser quando estava excessivamente fatigada, o que nunca durava muito tempo.

No decorrer de minha convalescença ela passou a me visitar apenas uma vez por outra. Tirei proveito de uma dessas visitas para lhe dizer que sabia do desvelo com que me tratara em meu delírio. Ela enrubesceu e disse: “Sabes que estou estudando a ciência da terapia. Que melhor oportunidade de treinamento teria uma aluna interessada na cura do que a que me proporcionaste?” “Sim, é verdade” – respondi, sentindo que havia uma razão mais profunda do que um simples desejo de aprender e que sua atitude com relação a isso tinha sido extremamente, amorosamente solícita!

Esbocei para Anzimee o plano que tinha traçado para tirar o máximo prazer de minha viagem, depois que o negócio de estado em Ganje, capital de Suern, tivesse sido finalizado. Já fazia três anos que eu não me afastava de Caiphul a não ser para ir até minha casa de campo em Marzeus. Mostrei o roteiro que pretendia seguir, juntos analisamos o mapa. Mostrei que, partindo de Caiphul pelo extremo oeste do cabo de Poseid, o curso me levaria para o leste, atravessando o norte do continente, o oceano além, e de lá para outras terras. Em seguida, eu atravessaria Necropan, hoje o Egito, a Abissínia, etc, abrangendo todo o continente da África, com um governo similar ao de Suern e um povo com poderes semelhantes, embora não tão avançados.



A África de então não tinha mais que a metade de suas atuais dimensões, enquanto Suern, que também abrangia a Ásia, era bem diferente do que é hoje; o nome Suern distinguia principalmente a península do Hindustão. Deixando Necropan, minha rota iria pelo mar até a índia ou, em nosso modo de falar, pelas “Águas da Luz” (devido à sua fosforescência) até Suern. De Ganje, sua capital, o curso continuaria para o leste pelo Oceano Pacífico, como hoje é chamado, até alcançar nossas colônias na América, chamada “Incalia” porque naquela terra antípoda o Sol (Incal) tinha o seu leito, segundo a fábula épica já citada anteriormente como a base do folclore atlante.

Da Incalia do Sul (hoje Sonora) eu pretendia ir para o norte e visitar as desoladas geleiras das regiões árticas. O que hoje se chama Idaho, Montana, Dakota, Minnesota e o Domínio do Canadá, era uma região com vastas geleiras, a retaguarda da era glacial que estava se retraindo muito lentamente por um atraso geológico, como que relutando em encerrar seu frígido reinado. A viagem poderia, com esse itinerário, oferecer novos e satisfatórios contrastes de paisagens: tropical, sub-tropical, temperada e fria. “Achas que nosso pai faria objeção a que eu também fosse, Zailm?” -perguntou Anzimee ansiosamente. “Faz cinco anos que não saio de Caiphul”. “Claro que não, minha menina. Ele me deu liberdade de convidar quem me agradasse e não sei de outra pessoa que mais me agradaria levar do que tu. Já convidei um bom grupo de amigos comuns nossos.” Anzimee, pois, viajou conosco.

Quando tudo estava organizado, nossa comitiva consistia de quase dez jovens que se entendiam muito bem, dois oficiais do pessoal de Menax, mais os serviçais, somados às conveniências para um mês de ausência. Nosso vailx era do tipo médio. Essas espaçonaves eram construídas em quatro tamanhos padrão: número um, com cerca de vinte e cinco pés (7,62 metros); número dois, com oitenta pés (24,39 metros); número três, com perto de cento e cinqüenta e cinco pés (cerca de 47,24 metros), e o maior com duzentos pés a mais do que o número três (cerca de 109 metros). Essas longas espaçonaves eram, na realidade, agulhas ocas feitas de de alumínio, formadas por um casco exterior e outro interior, entre os quais havia milhares de suportes em T, um sistema que produzia grande rigidez e resistência.

Todas as repartições formavam outros suportes que aumentavam ainda mais a resistência da nave. A partir da parte mediana, elas se afilavam para as extremidades, formando pontas aguçadas. A maioria dos vailx eram dotados de um dispositivo que permitia a abertura para uma espécie de convés em uma das extremidades. Janelas de cristal de enorme resistência se perfilavam como escotilhas nos lados e havia algumas na parte superior e no piso, o que permitia ver em todas as direções. Devo também mencionar que o vailx que escolhi para aquela viagem tinha quinze pés e sete polegadas (cerca de 4,60 metros) de diâmetro em sua parte mais larga.



Na hora aprazada (a primeira hora do terceiro dia, conforme combinado com Menax) meus convidados se reuniram no palácio, de cujo teto iríamos decolar. Como cerquei de cuidados minha encantadora irmã e como me sentia orgulhoso de sua beleza! A princesa Lolix, que tínhamos tratado sempre como hóspede do Menaxithlon, veio até a plataforma onde estava estacionada a nave, curiosa para ver nossos preparativos de viagem. Para ela, parecia novidade ver uma nave aérea deixar a terra firme; não que ela demonstrasse espanto - para Lolix era uma questão de orgulho não demonstrar surpresa por coisa alguma, por mais nova, maravilhosa ou desconhecida que fosse. Seu temperamento, na verdade, era calmo e equilibrado, difícil de se perturbar (dissimulado ao extremo).

Nas cinco ou seis semanas decorridas desde que eu ouvira sua história, não a vi demonstrar qualquer emoção como a daquela noite em que minhas atenções para com Anzimee a deixaram nervosa, conforme eu notara; eu sabia que essa emoção devia ter sido profunda visto que ela não tinha conseguido ocultá-la totalmente. Considerando que nosso destino era Suern, Lolix não fora convidada para ir conosco, como o teria sido em outras circunstâncias. Mas não esqueci de oferecer-lhe minhas cordiais e respeitosas despedidas.

A corrente foi ligada e, no momento em que o vailx estremeceu de leve antes de decolar, Menax correu para o convés, o que me causou grande espanto, pois eu não tinha idéia de que ele pretendia nos acompanhar. Na verdade não era esse o seu plano, mas ele respondeu minhas perguntas com um sorriso e com o silêncio. Embora nossa agulha (Vailx) prateada fosse bastante longa, em pouco tempo tínhamos subido tanto que parecíamos ser apenas um pontinho para as pessoas que tinham ficado em terra. Voamos por meia hora a uma velocidade moderada, quando uma jovem chamou atenção para outro vailx que se aproximava por trás do nosso.

O Príncipe Menax, sentado ao meu lado numa cadeira no convés, olhou para baixo pela amurada, para a terra que já estava mais de duas milhas abaixo; envolveu-se melhor com sua capa de pele, olhou para trás contemplando as duzentas milhas que já tínhamos percorrido na última meia hora e observou o outro vailx que estava nos alcançando rapidamente. “Devo dar ordens ao piloto para aumentar a velocidade para fazermos uma corrida?” – perguntei aos meus companheiros que, vestidos com roupas quentes, passavam o tempo observando a paisagem.



“Não, não é o caso, meu filho”, disse Menax. Calei-me, pois naquele momento compreendi que o vailx que nos perseguia estava cumprindo ordens do príncipe. Menax se levantou, despediu-se de meus companheiros e, como Anzimee tinha se colocado de pé, colocou um braço em seu ombro e aproximou-se de mim, abraçando-me também; assim ficamos os três unidos por alguns momentos. Soltando-nos, ele ordenou a dois serviçais que lançassem as amarras para a outra nave, que já tinha encostado na nossa. No momento seguinte Menax passou para o outro vailx e deu ordem de partir. Assim nos separamos, duas milhas acima da terra; ele para voltar, nós para continuarmos nossa jornada.

Continua no XV Capítulo…

“Em época por vir, uma glória refulgente, A glória de uma raça feita livre e pujante.Vista por poetas, sábios, santos e videntes, Num vislumbre da aurora inda distante.Junto ao mar do Futuro, uma praia cintilante Onde cada homem seus pares ombreará, em igualdade, e a ninguém o joelho dobrará. Desperta, minh’alma, de dúvidas e medos te desanuvia; Contempla da face da Manhã toda a Magia E ouve a melodia de prodigiosa suavidade Que para nós flutua de remota e áurea graça — E o canto como um coral da Liberdade E o hino lírico da vindoura Raça.” (Philos, o Tibetano)

Mais informações sobre ATLÂNTIDA em:
  1. http://thoth3126.com.br/uma-vida-em-atlantida/
  2. http://thoth3126.com.br/atlantida-restos-de-uma-imensa-cidade-encontrada-na-costa-de-cuba/
  3. http://thoth3126.com.br/a-historia-secreta-do-planeta-terra/
  4. http://thoth3126.com.br/atlantida-o-continente-perdido/
  5. http://thoth3126.com.br/bimini-road-atlantida-misterios-nao-resolvidos-do-mundo/
  6. http://thoth3126.com.br/atlantida-triangulo-das-bermudas/
  7. http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade/
  8. http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade-parte-2/
  9. http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade-parte-3-final/


Permitida a reprodução, desde que mantido no formato original e mencione as fontes.


www.thoth3126.com.br

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Posted by Thoth3126 on 30/05/2015
 
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ES: LLAMA VIOLETA





28.05.15


Atlântida 

 Um Habitante de Dois Planetas 

 14




ATLÂNTIDA, A RAINHA das ONDAS dos OCEANOS


“O propósito desta história é relatar o que conheci pela experiência, e não me cabe expor idéias teóricas. Se levares alguns pontos pequenos deixados sem explicação para o santuário interior de tua alma, e ali neles meditares , verás que se tornarão claros para ti, como a água que mitiga a tua sede. . . “Este é o espírito com que o autor (Philos, o Tibetano) propõe que seja lido este livro. E chama de história o relato que faz de sua experiência. Que é história?. . . Ao leitor a decisão.

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“Em época por vir, uma glória refulgente, A glória de uma raça feita livre e pujante.Vista por poetas, sábios, santos e videntes, Num vislumbre da aurora inda distante.Junto ao mar do Futuro, uma praia cintilante Onde cada homem seus pares ombreará,em igualdade, e a ninguém o joelho dobrará. Desperta, minh’alma, de dúvidas e medos te desanuvia; Contempla da face da Manhã toda a Magia E ouve a melodia de prodigiosa suavidade Que para nós flutua de remota e áurea graça — E o canto como um coral da Liberdade E o hino lírico da vindoura Raça.” (Philos, o Tibetano)

Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com

Fonte: http://www.sacred-texts.com

Capítulos anteriores:
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas/
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http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-3/
http://thoth3126.com.br/atlantida-um-habitante-de-dois-planetas-parte-4/
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Livro: “Um Habitante de Dois Planetas”, de Philos, o Tibetano – Livro Primeiro, CAPÍTULO 14:

CAPITULO XIV – A adoção de Zailm. Descrição do Incalithton ou Grande Templo – O Incalix Mainin. O Rai do Maxin. Estabelecimento do Maxin ou Fogo Perene de Incal no Livro da Lei. Rai Gwauxln e Incalix Mainin, “Filhos da Solitude”.


Philos (Zailm), o Tibetano

Quando, obedecendo ao chamado, cheguei ao palácio Agacoe na manhã seguinte, dirigi-me diretamente ao gabinete particular ocupado pelo Príncipe Menax, esperando encontrar meu padrinho Mas nisso fiquei desapontado, pois o Rai Gwauxln estava com ele. Os dois estavam conversando quando entrei e não interromperam o diálogo, obviamente porque não me consideraram um intruso. Finalmente ouvi o Rai perguntar: “Não deveríamos nos dirigir para o Incalithlon agora?” “Se for de teu agrado. E tu, Zailm, acompanha-nos.”

Um carro do palácio foi chamado pelo Rai e veio à nossa presença sem ninguém a dirigi-lo e entrou pela porta do gabinete, que se abriu exatamente como se um pajem ali estivesse para fazê-lo. Deslizou silenciosamente até nós e parou a nossa frente. Tudo isso aconteceu como se alguém o estivesse guiando, embora não houvesse ali nenhuma mão visível. Aquela foi a primeira vez que vi uma exibição de poder oculto por parte do rai Gwauxln. Aliás, nunca cheguei a ver muitos exemplos desse poder embora ele fosse um alto adepto.

Como todos os verdadeiros adeptos ele desprezava profundamente esse tipo de demonstração, evitando mostrar seu poder e conhecimento diante de quem não possuísse suficiente bom senso para saber que atos dessa espécie eram pequenas amostras do controle da natureza através da compreensão de leis maiores do que a mente comum possa perceber em seu ambiente natural. Entretanto, eu não era daqueles (ignorantes) que viam milagres no oculto; mesmo que não compreendesse o processo, sabia que tudo dependia da operação de uma lei. Por essa razão Gwauxln não se importava que eu testemunhasse o seu poder, vez por outra.

O carro nos conduziu até o local de pouso dos vailx, no exterior, onde encontramos um vailx de pequeno porte. Cortesmente o rai Gwauxln ajudou Menax a entrar primeiro, depois eu, entrando ele por último. Foi um espetáculo digno de nota ver o chefe de tão poderosa nação, desacompanhado de qualquer séquito, sem um único atendente, mostrando-se tão respeitoso para com pessoas de posição inferior. E verdade que, como Xio-Incali, Gwauxln tinha um conhecimento de mecânica muito mais completo que o de toda uma tripulação reunida.

Tal pai, tal filho. Gwauxln, um pai para o seu povo, era imitado por todos em seu comportamento. Seus súditos eram igualmente simples em seus hábitos e, embora fossem ricos e vivessem cercados de luxo em muitos casos, não tinham ostentação, seguindo o exemplo do Rai. O grande templo de Incal estava localizado a várias milhas dali, mas em poucos minutos pousamos em frente à sua imensa estrutura. Por fora, o Incalithlon tinha a forma da pirâmide egípcia de Quéops, menos alta mas ocupando o dobro de sua área. Não havia janelas em suas laterais, e a luz do Sol ou do dia nunca penetrava em seu interior. Além de certo número de pequenas câmaras, o edifício continha um vasto salão para vários milhares de fiéis.



O hábito poseidano de copiar a natureza estava presente no santuário com extraordinária fidelidade. Em vez de paredes retas, alcovas e a decoração habitual, o enorme recinto parecia-se exatamente com uma caverna de estalactites e estalagmites. Na colocação de toda essa calcita, a idéia utilitarista havia sido consultada com relação às estalagmites, para que não ocupassem muito espaço do piso. Mas as estalactites pendentes do teto de mármore tinham sido colocadas em profusão, e delas havia tantas quanto permitira o espaço disponível. Reluziam como estrelas à luz das lâmpadas incandescentes colocadas a meio caminho entre elas e o piso.

As lâmpadas ficavam ocultas de quem as olhasse do chão por quebra-luzes côncavos, para que sua luz ficasse invisível, sendo seus raios dirigidos para cima e refletidos por milhares de agulhas brancas e brilhantes, enchendo o templo com uma luminosidade constante e suave e ao mesmo tempo poderosa, que parecia não provir de qualquer ponto definido e sim do próprio ar. Era uma iluminação perfeitamente apropriada para a meditação religiosa. Saímos do vailx e passamos pelo amplo e singelo portal, atravessamos o vestíbulo e nos dirigimos para o Ponto Sagrado nos fundos do santuário.

Ali encontramos Mainin, o Incaliz ou sumo sacerdote, homem de inigualado e maravilhoso conhecimento. Nós o saudamos com respeito e, então, o príncipe Menax disse: “Mui santo Incaliz, com tua grande sabedoria, conheces o motivo por que teus filhos vieram à tua presença. Poderias atender nossa prece concedendo-nos tua bênção?” o Incaliz se pôs de pé e nos convidou a acompanhá-lo até o triângulo de Maxin ou Divina Luz, em frente ao Ponto Sagrado. Adiantando o relato de nossa ação subseqüente, descreverei essa parle especialmente sagrada do templo.

Era uma plataforma triangular de granito vermelho, elevando-se várias polegadas acima do solo, medindo trinta e sete pés entre suas pontas. Exatamente n0 centro havia um grande bloco de cristal de quartzo que formava um cubo perfeito, do qual se erguia o Maxin. Este parecia estar em chamas; sua forma era a de uma gigantesca ponta de lança, emitindo uma luz de intenso poder sobre todas as coisas ao seu redor; não obstante, era possível fitar seu brilho branco e firme sem sentir necessidade de proteger os olhos. Tinha uma altura equivalente a três homens de boa estatura, essa misteriosa manifestação de Incal, como todos a consideravam. Na realidade, era uma luz ódica oculta que estava ali havia séculos.

Tinha testemunhado o grande desenvolvimento de Poseid e sua capital, tinha visto o templo original de Incal (uma pequena estrutura arquitetônica, indigna de um grande povo) ser demolido e o atual Incali-ihlon construído. A luz não irradiava calor, nem sequer aquecia seu pedestal de quartzo, mas mostrava-se letal a qualquer ser vivo que a tocasse. Não era alimentada com óleo ou outro combustível, nem por corrente elétrica, e dispensava qualquer manutenção. Sua história era peculiar e não pode deixar de interessar-te, amigo.

Muitas centenas de anos antes reinara em Poseid, durante quatrocentos e trinta dias, um governante possuidor de maravilhoso conhecimento. Sua sabedoria era como a de Ernon de Suern. Ninguém sabia de onde ele viera, muitos tinham vontade de questioná-lo e todos tinham dúvidas sobre estar ele sendo figurativo ou literal quando dizia:

“Vim de Incal. Sim, Eu Sou um filho do Sol e vim reformar a religião e a vida deste povo. Atentai! Incal é o Pai e eu sou o Filho, e Ele está em mim e eu Nele.”



Pediram-lhe que provasse o que dizia, quando então ele pôs a mão sobre um homem cego e este recobrou a visão e viu, junto com os que haviam duvidado, essa personalidade curvar-se para o pavimento da plataforma triangular e desenhar com o indicador um quadrado de cinco pés e meio de lado. Então ele se afastou das linhas desenhadas e imediatamente surgiu ali o grande bloco de quartzo, um cubo perfeito, fixo no local. Então ele colocou o dedo sobre a rocha e soprou sobre ela. Quando retirou o dedo, a “chama” do Maxin se elevou e assim permaneceram o cubo e o Fogo Perene naquele ponto desde então, ao longo dos séculos. Inútil dizer que a prova foi satisfatória. Depois disso, o misterioso estrangeiro revisou as leis e baixou o código que passou a governar a terra.

Ele disse que qualquer um que acrescentasse ou subtraísse alguma coisa de suas leis não entraria no reino de Incal até que “Eu volte à terra para o julgamento final.” Nunca ninguém desejou desobedecer, ao que se sabe; pelo menos nunca foi feita qualquer mudança. As leis que aquele Rai havia dado tinham sido escritas com o dedo na Pedra-Maxin e nunca o trabalho de um escultor foi feito com maior perfeição. Também tinham sido escritas em um livro de pergaminho, por ele colocado sob o Fogo Perene que passou a emanar da superfície do Livro colocado ali para sempre; sem queimar, sem sequer ficar chamuscado. Seu autor o tinha colocado às vistas de todos os que entrassem no novo Templo, construído no lugar do antigo. Ao fazê-lo, ele disse:

“Escutai. Esta é minha lei, que também está escrita na Pedra-Maxin. Nenhum homem a removerá, pois morrerá se tentar fazê-lo. Contudo, após fluírem muitos séculos – atentai! – o livro desaparecerá diante de uma multidão e ninguém saberá onde se encontra. Então a Luz (o Maxin) Perene se apagará e ninguém conseguirá reacendê-la. E quanto essas coisas passarem, oh!, não estará longe o dia em que esta terra não mais existirá. Perecerá por sua indignidade e as águas de ATL (Oceano ATLântico) rolarão por sobre ela! Estas são minhas palavras.”

Certa vez, na história de Poseid, um Rai duvidara que um homem morreria se tentasse retirar o Livro da Luz Perene. Concebeu a idéia de que, visto que o Maxin emanava da superfície do Livro e não dos lados, a remoção seria possível. Ele forçou um malfeitor a fazer a tentativa, pois como seguia uma política tirânica não lhe importava que o homem vivesse ou morresse. Aquele foi um período de grande escuridão e maldade, quando os homens de certa forma haviam se esquecido do Grande Rai Filho de Incal. O infeliz malfeitor foi obrigado a pegar o Livro e tentar retirá-lo.

Viu que tocara o Livro e não fora destruído pelo Maxin. Ficou mais ousado e, encorajado pelo Rai, puxou com mais vigor. Sentiu então a mão perder a força e passar através do Maxin. Esse membro foi imediatamente destruído, desaparecendo; uma chama saltou do Maxin até o monarca, parado a vários pés de distância, pois tivera medo de se aproximar; o Rai desapareceu para nunca mais ser visto!

Esse único exemplo foi mais que suficiente! Os erros de comportamento dos maus tornaram-se aparentes e a administração das leis voltou a obedecer o espírito e a letra das mesmas. O dia da “Terceira Profecia” vinha sendo aguardado por séculos, mas seu tempo ainda não tinha chegado; embora muitos alarmistas tivessem definido datas para o grave acontecimento, nada aconteceu e a Luz perene continuou a brilhar. De acordo com a Lei, os corpos de todas as pessoas que haviam partido para o Navazzimin eram cremados. Essa regra incluía também alguns animais.


“Vim de Incal. Sim, Eu Sou um filho do Sol e vim reformar a religião e a vida deste povo. Atentai! Incal é o Pai e eu sou o Filho, e Ele está em mim e eu Nele.“

Os que morriam longe de Caiphul eram incinerados em um dos muitos Navamaxa (crematórios especiais) que o governo fornecia para todas as províncias; se o corpo incinerado era de um ser humano, as cinzas eram mandadas para Caiphul e atiradas no Maxin em ato cerimonial. Os que faleciam em Caiphul tinham o corpo levado para o Incalithlon, elevado até o alto do cubo e atirado com o rosto para baixo na Luz Perene. Fosse o ato realizado com as cinzas ou com o cadáver, o resultado era sempre o mesmo. Não subiam chamas, nem fumaça, o Maxin nem sequer tremulava, mas o instantâneo desaparecimento do corpo acontecia no exato segundo em que o mesmo entrava em contato com o misterioso Fogo.

Essa chama foi cantada pelo poeta como o “Portal” para o país que cada alma deve descobrir por si mesma. Morrer sem passar pelo Maxin, fosse em corpus personae ou na forma de cinzas produzidas pela cremação, era considerado a mais temível calamidade por grande número de pessoas. Pode parecer que um povo de tão elevada erudição científica não devesse ser tão infantil nos seus conceitos religiosos. Mas realmente não se tratava de um costume infantil e sim de um desejo de total destruição do envoltório terreno da alma, para assegurar a total libertação da pessoa real de qualquer restrição terrena quando entrasse no Navazzimin.

Não que muitas pessoas compreendessem o significado esotérico do ritual; elas entendiam o suficiente do significado real que Incali havia lhes transmitido pela comparação da alma que se despedia com a semente que, ao germinar, deixa para trás todos os fragmentos da casca. Mas voltemos ao Incalithlon e à cerimônia de minha adoção pelo Príncipe Menax. Estávamos de pé ao lado da Pedra-Maxin. Gwauxln me fez ajoelhar e então, colocando a mão em minha cabeça, falou: “Em harmonia com as nossas leis, previstas para este caso, Astika Menax, Conselheiro da terra de Poseid, deseja adotar-te, Zailm Numinos, como filho, em lugar daquele que partiu para o Navazzimin.

Por conseguinte, eu, Gwauxln, Rai de Poseid, como teu Soberano e dele, declaro que seja como o Astika Menax deseja.” O Incaliz completou a cerimônia colocando a mão direita em minha cabeça e a esquerda na de Menax, que também se ajoelhara diante dele, e invocou a bênção de Incal para ambos. Ao remover as mãos, ele dirigiu-se a mim com as seguintes palavras: “Mantém-te digno diante de Incal, para que homem algum te acuse indevidamente. Assim teus dias serão longos. Se agires mal, teu tempo será abreviado. Que a paz de Incal esteja contigo.” Nenhum dos três ouvintes entendeu que suas palavras significassem que meus dias seriam breves porque eu falharia em minha retidão, mas como uma advertência.

Eu só soube mais tarde, tarde demais, que a presciência havia guiado Mainin ao dizer aquelas palavras. Eu o soube quando um influxo de tristes memórias me fez lembrar o quanto eu tinha sido falso para com minha grande decisão de ser bem-sucedido, tomada no monte Pitach Rhok, de seguir fielmente minha personalidade divina e temente a Deus. Mas tudo isso aconteceu tarde demais. Veio demasiado tarde, quando eu jazia numa masmorra esperando a morte da qual nenhum mortal poderia me salvar, e sonhava que minha alma estava numa praia deserta olhando para um infinito oceano, lamentando-se: “Ai! Onde está a esperança do meu coração?”

Amarga e ardente era a agonia do remorso, mas meu nome ainda estava então no Livro da Vida, ainda não fora apagado como eu temia. O car-ma é inexorável e severo, meu irmão, minha irmã, mas nosso Salvador disse: “Segue-me”. “Aquele que tem ouvidos, que ouça”. “Sede ativos com a palavra e não apenas ouvintes”. Quando nos voltamos para sair, um Incala ali presente começou a tocar o grande órgão do Templo, e os silêncios do vasto recinto responderam como nenhuma voz humana poderia fazê-lo. “A profunda voz dos sinos cresce, trazida pelo vento. . . ” Os ecos se repetiram muitas vezes enquanto as vozes poderosas do grande órgão se elevaram, emocionando a alma com sua majestosa harmonia. Raios luminosos de muitas cores, alguns brilhantes, outros suaves como os do luar, dançavam saindo dos tubos de ar e quando as cores mudavam também mudavam as notas musicais, pois cada raio de luz, seja qual for sua fonte, é uma nota musical pulsante, se for devidamente manipulado. É assim que as estrelas cantam . . .(a música das esferas…)

O Rai não saiu com Menax e eu quando terminou nossa missão, permanecendo com o Incaliz Mainin. O Rai Gwauxln o conhecia muito bem e sua amizade por ele era mais íntima que com qualquer outro ser humano. O motivo disso era que ambos eram Filhos da Solitude e tinham passado a juventude juntos, antes que o favor público tivesse indicado um deles para ser liai e o outro para ser Incaliz, ambos cargos eletivos, sendo o oficio de Sumo Sacerdote o único cargo eclesiástico preenchido por votação popular. Esta exceção ocorria porque se considerava justo permitir ao povo que consultasse seus próprios desejos quanto à escolha de alguém que os cidadãos acreditassem ser um perfeito exemplo de vida moral para
orientá-los espiritualmente.



Enquanto jovens, nenhum dos dois parecera esperar a preferência que os anos futuros lhes reservavam e, após o longo curso requerido pelo Xio Incali no Xioquithlon, tinham se despedido do mundo dos homens e partido para a solidão das vastas montanhas onde só os Filhos de Incal, e nenhum outro homem, podiam morar. Esses Filhos de Incal eram os Adeptos Teocrísticos ou Ocultos daquela época, os Yog-Vidya de seu tempo. Eram ciosos de sua sabedoria naquele tempo como o são agora, mas a transmitiram sem hesitação a Gwauxln e Mainin. Não tinham família naquele tempo e ainda hoje esses estudiosos de Deus e da Natureza não se desviam de seus princípios de celibato. Ninguém que espere alcançar um profundo conhecimento deverá se casar (I Cor. VII, 3, 4, 5, 7, 8, 9-29, 31, 32).

Depois que muitos anos se passaram, tantos que os homens quase os tinham esquecido, Gwauxln e Mainin fizeram o que poucos tinham feito, ao que se sabia: voltaram para o convívio da humanidade comum. Meu pai, Menax, era um mero bebê quando Gwauxln partira e a irmã mais nova deste nem sequer era nascida. Mas quando Gwauxln regressou, os fios de prata da maturidade já brilhavam nos cabelos do Príncipe Menax, enquanto o futuro Rai tinha a aparência mais madura embora pouco diferente de seus dias de juventude. Nesse ínterim, a irmã de Gwauxln viera ao mundo, tornara-se adulta e casara com Menax; depois de dar à luz seu filho Soris e sua filha Anzimee, partira para o país do desconhecido, cruzando o portal do Maxin. O sacerdote (Incaliz) Mainin também mantivera uma aparência jovem.

Continua no XV Capítulo…

Mais informações sobre ATLÂNTIDA em:
  1. http://thoth3126.com.br/uma-vida-em-atlantida/
  2. http://thoth3126.com.br/atlantida-restos-de-uma-imensa-cidade-encontrada-na-costa-de-cuba/
  3. http://thoth3126.com.br/a-historia-secreta-do-planeta-terra/
  4. http://thoth3126.com.br/atlantida-o-continente-perdido/
  5. http://thoth3126.com.br/bimini-road-atlantida-misterios-nao-resolvidos-do-mundo/
  6. http://thoth3126.com.br/atlantida-triangulo-das-bermudas/
  7. http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade/
  8. http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade-parte-2/
  9. http://thoth3126.com.br/atlantida-e-os-deuses-da-antiguidade-parte-3-final/


Permitida a reprodução, desde que mantido no formato original e mencione as fontes.

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Posted by Thoth3126 on 27/05/2015

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