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A Chama Violeta (The Violet Flame)

Sítio dedicado à filosofia humana, ao estudo e conhecimento da verdade, assim como à investigação. ~A Luz está a revelar a Verdade, e a verdade libertar-nos-á! ~A Chama Violeta da Transmutação

09.09.15

Brasil, Portugal e os Cavaleiros Templários

Posted by Thoth3126 on 06/04/2015

Originalmente publicado em 6 de abril de 2015

A História de Portugal, 

os Cavaleiros Templários 

e o Brasil.


Desde o seu surgimento como estado, Portugal lutou muito para existir, enquanto um país soberano, contra vários adversários.

Primeiro foram os invasores muçulmanos vindos do norte da África desde o início do século VIII, que em 711 invadem a Península Ibérica, derrotam os Visigodos na batalha de Guadalete e em poucos anos ocupam todo o território, à exceção de uma zona a norte, as Astúrias e o país Basco.


Por Thoth3126@gmail.com


… Foi aí que se refugiaram os nobres visigodos, e foi daí que partiu a Reconquista Cristã das terras perdidas aos muçulmanos na Península Ibérica. Os Cristãos foram se organizando em vários reinos, o primeiro foi o das Astúrias, que mais tarde deu origem ao reino de Leão e Castela e depois se formou o reino de Navarra e Aragão.


Houve recuos e avanços na luta pela Reconquista e só quando os muçulmanos se dividiram é que os Cristãos ganharam terreno na península Ibérica, mas os muçulmanos pediram a ajuda aos Almorávidas e foi então que D. Afonso VI, rei de Leão e Castela foi obrigado a pedir ajuda aos franceses.





Um mapa com a evolução das fronteiras dos territórios na Península Ibérica ao longo da luta pela reconquista das terras aos muçulmanos, 790-1300. Em VERDE os territórios dominados pelos muçulmanos.


Então a Borgonha na França envia o Conde Dom Henrique para combater os mouros em 1094. Com os seus méritos de cavaleiro em batalha, D. Henrique ganha de D. Afonso VI o Condado Portucalense após casar-se com sua filha. Durante a Reconquista cristã foi formado o Condado Portucalense, constituído em 1095 em feudo do rei Afonso VI de Leão e Castela e oferecido a Henrique Conde de Borgonha, bisneto do rei francês que veio auxiliá-lo na luta pela reconquista de terras aos mouros, tendo também recebido a mão de sua filha, a infanta D. Teresa de Leão.


Este último condado era muito maior em extensão, já que abarcava também os territórios do antigo condado de Coimbra, suprimido em 1091, partes de Trás-os-Montes e ainda do sul da Galiza. Com o estabelecimento do Reino de Portugal em 1139, cuja independência foi reconhecida em 1143, e a estabilização das fronteiras em 1249, Portugal tornou-se assim o mais antigo Estado-nação da Europa.




Com o passar dos anos o Condado Portucalense deixa de ser um mero apêndice da Espanha para se tornar um estado soberano com dinastia real própria, com fronteiras bem definidas, claras divisões administrativas, um exército leal ao rei e com o reconhecimento e apoio do Santo Papa (algo fundamental naqueles tempos), sua própria moeda, e um idioma próprio com características bem distintas do resto da Europa, e que viria a criar um vasto tesouro literário para o qual contribuiriam gênios como Antero de Quental, Luís de Camões, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco e muitos outros.

A primeira crônica escrita pelos portugueses sobre o Brasil (a conhecida carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal) é um exemplo das possibilidades que o idioma português é capaz de produzir em mãos hábeis comandada por mentes observadoras.

Existe um capítulo fundamental na extensa e aguerrida formação da história de Portugal que é pouco conhecida de nós brasileiros e pouco reconhecida pelos acadêmicos. A relevância da Ordem dos Cavaleiros Templários (os monges guerreiros) na história de Portugal. Os Templários foi uma Ordem de Cavalaria de guerreiros da elite da nobreza europeia, tendo seus altos escalões sido formados e preenchidos pelas principais casas da aristocracia da Europa.





O lema dos Templário: “Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam“ (Salmo. 115:1 – Vulgata Latina) que significa “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória” (tradução Almeida).

A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim “Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici“), mais conhecida como Ordem dos Templários, Ordem do Templo ou Cavaleiros Templários, foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria.

A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a conquista da Terra Santa. Os seus membros faziam votos de pobreza e castidade e da fé em Cristo para se tornarem monges, usavam mantos brancos com a característica cruz vermelha, e o seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros.

O nome da ordem é em decorrência do local onde originalmente se estabeleceram (no Monte do Templo em Jerusalém, onde existira o Templo de Salomão, destruído em 70 d.C pelas legiões romanas de Tito Vespasiano, e onde se ergue a atual Mesquita de Al-Aqsa). Os Templários entraram em Portugal ainda no tempo de D. Teresa, que lhes doou a povoação de Fonte Arcada, Penafiel, em 1126.





Igreja do Castelo dos Templários de Tomar. A sua planta circular evoca a Igreja dos Templários em Jerusalém.

Um ano depois, a viúva do conde D. Henrique entregou-lhes o Castelo de Soure sob compromisso de colaborarem na conquista de terras aos mouros. Em 1145 receberam o Castelo de Longroiva e dois anos decorridos ajudaram D. Afonso Henriques na conquista de Santarém e ficaram responsáveis pelo território entre o Mondego e o Tejo, a montante de Santarém.

Os Templários Portugueses a partir de 1160 ficaram sediados na cidade de Tomar.

Através da bula papal Regnans in coelis em 12 de agosto de 1308, o Papa Clemente V dá conhecimento aos monarcas cristãos do processo movido contra os Templários, e pela bula Callidi serpentis vigil (dezembro de 1310) decretou a prisão e a extinção dos mesmos.

Em Portugal, a partir de 1310 e da bula papal o rei D. Dinis buscou evitar a transferência dos bens da ordem extinta pela igreja para os Hospitalários e sutilmente apoiou todos os Cavaleiros Templários que buscaram refúgio em seu reino. Posteriormente, a 15 de março de 1319, pela bula papal Ad ae exquibus o Papa João XXII instituiu a Ordo Militiae Jesu Christi (Ordem da Milícia de Jesus Cristo) à qual foram atribuídos os bens da extinta ordem dos Templários no país.





A primeira sede dos Cavaleiros Templários, a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, o Monte do Templo. Os Cruzados chamaram-lhe de o Templo de Salomão, como ele foi construído em cima das ruínas do Templo original, e foi a partir desse local que os cavaleiros tomaram seu nome de Templários.

Além de possuir riquezas (até hoje ainda procuradas) e uma enorme quantidade de terras na Europa, a Ordem dos Templários possuía uma grande esquadra de navios. Os cavaleiros, além de temidos guerreiros em terra, eram também exímios navegadores e utilizavam sua frota para deslocamentos e negócios com várias nações.

Devido ao grande número de membros da Ordem, apenas uma parte dos cavaleiros foram aprisionados (a maioria franceses). Os cavaleiros de outras nacionalidades não foram aprisionados e isso possibilitou-lhes refugiarem-se em outros países. Segundo alguns historiadores, alguns cavaleiros foram para a Escócia, Suíça, Portugal e até mais distante, usando seus navios. Muitos deles mudaram seus nomes e se instalaram em países diferentes, para evitar uma perseguição do rei francês e da Igreja.




O desaparecimento da esquadra da ordem é outro grande mistério. No dia seguinte ao aprisionamento dos cavaleiros franceses, toda a esquadra zarpou dos portos franceses durante a noite, desaparecendo sem deixar registros, para nunca mais ser vista. Por “coincidência” nessa mesma data (1307), o Rei Português D. Dinis nomeava o primeiro almirante Português de que existe memória, apesar de Portugal não ter armada.

Por outro lado, D. Dinis evitava entregar os cavaleiros Templários e os bens dos mesmos à Igreja e conseguiu criar uma nova ordem de cavalaria, a nova Ordem dos Cavaleiros de Cristo em 1318 com base na Ordem Templária, adotando para símbolo uma adaptação da cruz orbicular Templária, levantando a dúvida de que ele estava protegendo os Cavaleiros Templários e podemos supor que foi com a honra intacta que todos eles ingressaram na nova ordem criada por dom Dinis, rei de Portugal.

Na verdade, não há consenso entre os historiadores sobre a composição da nova ordem de cavaleiros e monges guerreiros, para alguns, os templários portugueses (presentes no país desde os tempos do fundador dos Templários, Hugo de Payns) teriam apenas trocado de nome. De qualquer maneira, a Ordem dos Cavaleiros de Cristo herdou todas as propriedades e fortalezas de sua antecessora, assim como os votos de pobreza, castidade e obediência (agora ao rei de Portugal).





Caravela Templária, da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, que se fizeram ao Mar quando o tempo chegou: em 08 de Março de 1500, para (re)descobrirem o Brasil.

Novas mudanças liberaram os cavaleiros de seu voto de castidade e pobreza, permitindo que navegadores como Cristovão Colombo, Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama se tornassem membros da Ordem de Cristo. Os navios que aportaram no Brasil pela primeira vez traziam em suas velas o emblema da Cruz da Ordem de Cristo, aparentemente uma versão modificada da antiga cruz templária.

Ao longo do século seguinte, os consideráveis recursos militares, econômicos, e principalmente o conhecimento de rotas e correntes marítimas, da construção de navios oceânicos, a posse de mapas, e o CONHECIMENTO DE TERRAS EXISTENTES À OESTE DE PORTUGAL que os líderes da ordem dos Cavaleiros Templários detinham quando passaram a ser comandados pelo rei Dom Dinis, foram direcionados para a expansão marítima portuguesa, que estava ganhando impulso. A Ordem de Cristo ganharia soberania sobre os territórios que conquistasse na África, bem como direito a 5% do valor das mercadorias vindas da região.

Os ex-templários, agora Cavaleiros da Ordem de Cristo, estabeleceram escolas náuticas e construíram estaleiros, sigilosamente construíam navios e confeccionavam mapas geográficos costeiros e náuticos, com correntes marinhas, ilhas, ilhotas e abrolhos, estudavam a navegação pelos astros, os ventos, a atmosfera, e a dirigibilidade das velas; determinavam como deviam ser construídos os cais e ancoradouros; compilaram o que hoje se chamaria uma minuciosa oceanografia. Sempre almejando derrotar os mouros e lançar-se ao grande mar em busca de “novas” terras que eles já sabiam que existiam.



Portugal vive assim quatro séculos, de 1200 a 1600 mergulhado em febril projeto de expansão marinha. Desbrava e conquista muitos locais, a Ilha da Madeira e os Açores e mais locais no litoral na África, ali fincando fortes e postos avançados para comércio e evangelização dos povos nativos.

Assim igrejinhas brancas são erguidas nos cimos dos morros para serem vistas de longe, de quem chega pelo mar. Novas colônias são implantadas. No início do século XVII Portugal já é o quinto país mais poderoso do mundo.

Pedro Álvares Cabral era um membro nobilíssimo da Ordem dos Cavaleiros de Cristo. Em segredo ele era um Cavaleiro Templário que quando chegou à Terras de Vera Cruz, mais tarde Santa Cruz e por fim Brasil, nas praias da Bahia ele trazia em suas mãos, em um gesto reverente e respeitoso, a bandeira da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, sucessora dos Cavaleiros Templários, que foi hasteada na praia. Não era a bandeira do Reino de Portugal, mas a da Ordem dos Cavaleiros de Cristo. O mesmo gesto o navegante sob a bandeira espanhola, Cristovão Colombo teve ao descer nas novas terras das ilhas que descobrira quando chegou à America do Norte, também desfraldando a bandeira dos Cavaleiros Templários …


“E CRISTO, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele também os seus discípulos; e, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:

Bem-aventurados os humildes, porque deles é o reino dos céus;

Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;

Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;

Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;

Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;

Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus” – Mateus 5:1-10

Originalmente publicado em Abril 2013.


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  3. http://thoth3126.com.br/pedra-da-gavea-uma-esfinge-no-brasil/
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01.06.15

Equador pode ser o próximo país a legalizar Todas as Drogas

De Higher Perspective

31 de maio de 2015

Portugal tornou-se o primeiro país do mundo a legalizar todas as drogas, e, desde então, o país passou por uma transformação incrível. As drogas têm menos impacto sobre a sociedade, há menos mortes de drogas, menos crianças estão fazendo drogas e, em geral, menos pessoas estão usando drogas. Pode parecer contra-intuitivo, mas realmente, não faz muito sentido. Em vez de pisar vício como um crime, eles tratá-lo como o que é: uma doença.

E agora, o Equador pode se juntar a Portugal para acabar com a guerra contra as drogas. Um novo projeto de lei está definido para passar e se tornar lei que trata da guerra contra as drogas.

"Enfrentar o fenómeno da droga de forma repressiva, como fez nos anos 80 e 90, onde a prisão foi o único lugar para um consumidor de drogas, é um absurdo. A maneira tradicional de regulação e de luta contra as drogas, com ênfase ... criminalização não pode ser sustentada no Equador ",

Este projeto de lei visa fazer uma variedade de coisas, como reduzir a criminalidade violenta, reduzir a disponibilidade de drogas para crianças, reduzir a população prisional, particularmente os infratores não-violentos, incentivar o tratamento correto de viciados e proteger o direito do indivíduo de se envolver em uso de drogas se eles o quizerem.

A guerra às drogas tem sido um verdadeiro fracasso, e enquanto os Estados Unidos é apenas capaz de acabar com a sua proibição da maconha, países como Portugal e Equador estão tomando a liderança. Sua abordagem funciona. 

Quando é que vamos ficar juntos?

Agradecimentos a URL: http://wp.me/p1Fiwj-c8F


Nota: Portugal foi o primeiro país a abolir a pena demorte à quase 150 anos.


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22.04.15

O Descobrimento do Brasil

Posted by Thoth3126 on 22/04/2015

 


O Salto de Qualidade: Conhecimentos científicos aplicados à realidade de bordo guiam a aventura dos descobrimentos.


O escrivão Pero Vaz de Caminha relata que, ao atracar em Santa Cruz, no dia 22 de ABRIL de 1500, a esquadra de Cabral foi visitada por dois habitantes da terra, mancebos e de bons corpos, que se metiam em almadias, embarcações rústicas feitas de troncos de madeira atados entre si. A cena é o encontro entre duas civilizações separadas por um enorme abismo de evolução científica e tecnológica. …

Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com

Conhecimentos científicos aplicados à realidade de bordo guiam a aventura dos descobrimentos.

… Enquanto as almadias estão entre as mais primitivas formas de navegação usadas pelo ser humano, as naus e as caravelas portuguesas são o que de mais avançado a arte de navegar produziu até hoje. Nossos navios levam a bordo instrumentos, cartas de navegação e conhecimentos desenvolvidos pelos mais importantes sábios da cristandade – matemáticos, astrônomos, cartógrafos, geógrafos, especialistas na construção de navios e uso de artilharia, vindos de diversos países.

Portugal está na liderança dos descobrimentos porque é o primeiro, entre os países contemporâneos, a transformar a pesquisa tecnológica e científica em política de Estado. É uma aventura que começou dois séculos atrás, com as primeiras e tímidas incursões ao mundo desconhecido, e se completou com a política de portas abertas a especialistas espanhóis, catalães, italianos e alemães, com o propósito de avançar os conhecimentos náuticos de nossos oficiais e marujos.



As caravelas são um prodígio da nossa tecnologia e a vanguarda das expedições. São navios velozes e relativamente pequenos. Uma típica caravela portuguesa tem de 20 a 30 metros metros de comprimento, de 6 a 8 de largura, 50 toneladas de capacidade e é tripulada por quarenta ou cinqüenta homens. Com vento a favor, chega a percorrer 250 quilômetros por dia. Utiliza as chamadas velas latinas, triangulares, erguidas em dois ou três mastros.

Elas permitem mudar de curso rapidamente e, em ziguezague, velejar até mesmo com vento contrário. A grande vantagem das caravelas sobre os pesados navios mercantes utilizados no Mediterrâneo por genoveses e catalães é a versatilidade. Ideais para navegação costeira, podem entrar em rios e estuários, manobrar em águas baixas, contornar arrecifes e bancos de areia. E também zarpar rapidamente, no caso de um ataque imprevisto de nativos hostis.

As naus são barcos maiores e mais lentos. A capitânia de Pedro Álvares Cabral é um navio de 250 toneladas e, ao partir, levava 190 homens. Elas são a ferramenta essencial no comércio já estabelecido com a África e no nascente intercâmbio com as Índias. Na longa viagem de ida, transportam produtos para a troca, provisões, guarnições militares, armas e canhões. Na volta, trazem as mercadorias cobiçadas pela Europa. Suas velas redondas são menos versáteis que as das caravelas, mas permitem uma impulsão muito maior com vento favorável. As caravelas, ao contrário das naus, levam pouca carga. Nem é necessário. Nessa época de grandes descobertas, a carga mais preciosa que elas podem transportar é a informação sobre as rotas marítimas e as terras recém-contatadas – um produto que não pesa nada, mas é vital para as conquistas no além-mar.

O grande mérito de Portugal não está na descoberta de novidades científicas, mas na assimilação de conhecimentos, recentes ou antigos, e sua aplicação com propósitos bem definidos, que é abrir rotas de comércio e agregar terras produtivas, onde não haja governo cristão, às propriedades da coroa. As técnicas que hoje permitem aos nossos navios cruzar o Mar Oceano, dobrar o Cabo da Boa Esperança e chegar às Índias são herança dos fenícios, dos egípcios, dos gregos e de várias outras civilizações antigas, guardadas e aprimoradas pelos mouros nos últimos séculos.


A vela latina (na realidade quem as criou foram os antigos fenícios) é uma vela do tipo triangular que surgiu por volta de 200 a.C.na região do mar Mediterrâneo . O outro tipo de velas é a vela redonda, que na realidade é quadrada. A grande revolução deste tipo de velas vem do fato de possibilitar a navegação próximo da linha do vento (navegar de contra-vento). Os portugueses por volta do século XV adaptaram esta vela à famosa caravela portuguesa, tornando-se uma das principais características destas embarcações. Auxiliou os grandes navegadores em suas grandes expedições, e Vasco da Gama foi um dos primeiros a usá-la com esse fim.

A vela latina, que equipa nossas caravelas, foi trazida pelos árabes do Oceano Índico, depois de conquistarem o Egito. O uso do compasso para anotar a direção e a trajetória do navio chegou ao Ocidente no começo do século XIII. A confecção de cartas náuticas os italianos também aprenderam dos árabes, um século atrás. O astrolábio, um revolucionário instrumento de localização utilizado pela esquadra de Cabral na Terra de Santa Cruz, existe desde a Antiguidade e foi recuperado pelos astrólogos medievais para observar, em terra, o movimento e a posição dos astros no firmamento. Mesmo a bússola, fundamental nos descobrimentos, já é usada no Mediterrâneo há muito tempo por genoveses, venezianos e catalães.



São muitos os desafios científicos que os descobrimentos impuseram a Portugal. O maior deles, evidentemente, é sair ao mar alto e voltar para casa com segurança. Até pouco tempo atrás, a navegação se restringia aos portos europeus e da área em volta do Mediterrâneo, todos mapeados e bem conhecidos do mundo civilizado desde a época dos romanos. Navegava-se mais por experiência – que em Portugal chamamos de “conhecenças” – do que por instrumentos. O único tipo de carta náutica disponível até anos atrás eram os mapas do Mediterrâneo desenhados pelos italianos no século XII. Conhecidos como carta-portulano, forneciam direções e distâncias aproximadas entre os principais portos europeus e africanos.

No começo, as navegações portuguesas pelo Mar Oceano foram relativamente simples, apesar do desafio de enfrentar o desconhecido: bastava ir bordejando a costa da África. Navegava-se apenas durante o dia, usando como referência pontos geográficos, como rios, golfos e montanhas. Quando era necessário navegar à noite, a referência era a estrela Polar, entre nós conhecida como Tramontana. Quanto mais alta a estrela estivesse no céu, mais longe da linha do Equador estaria o navio, na direção do Pólo Norte.

As medições eram feitas a olho nu. Depois foram aperfeiçoadas com o uso de um instrumento chamado quadrante. É um arco graduado, de 45 graus – equivalente a um quarto da esfera terrestre –, equipado com uma agulha e uma linha esticada por um peso de chumbo na ponta. Apontado para a Tramontana, o quadrante fornece a latitude exata em que se encontra o navio.



Quando os nossos marinheiros passaram a se aventurar mais longe da costa, tudo ficou mais difícil. Para fugir das calmarias do Mar Oceano, às vezes é preciso passar semanas sem avistar terra ou qualquer outro ponto seguro de referência. Além disso, ao se aproximar da linha do Equador, a Tramontana (a estrela Polar não é visível do hemisfério sul) fica encoberta no horizonte. Sem ela, é impossível calcular a latitude com ajuda do quadrante. Foi para superar esse tipo de obstáculo que os reis portugueses se empenharam em buscar sábios em outros países.

Os sábios estrangeiros têm vindo a Portugal por duas razões. A primeira é a disposição da corte de oferecer-lhes postos de trabalho e status social que eles não tinham em outros reinos. De cientista em seu país de origem, esses astrônomos, matemáticos e cartógrafos passaram a trabalhar diretamente como conselheiros dos monarcas portugueses e com eles compartilhar a vida na corte. O segundo motivo é a comparativa tolerância religiosa dos portugueses. Mais inflexíveis, os monarcas espanhóis, precursores da ideia de expulsar judeus e mouros (muçulmanos) que não aceitassem abraçar o cristianismo, beneficiaram Portugal indiretamente. Os conselheiros que dom João II reuniu para desenvolver os conhecimentos náuticos são, em sua maioria, sábios judeus expulsos da Espanha em 1492.



m dos primeiros a trabalhar em Portugal foi um judeu convertido ao cristianismo trazido da Ilha de Maiorca (Mar Mediterrâneo) para Sagres, em 1420, pelo infante dom Henrique, o Navegador. Mestre Jaime, cujo nome de nascimento era Jafuda Cresques, ficou conhecido como “o Judeu da Bússola“. Cartógrafo e fabricante de instrumentos náuticos, acredita-se que tenha sido o primeiro a ensinar aos portugueses o uso da bússola, a agulha magnética que, protegida por uma cúpula de vidro e disposta sobre a rosa-dos-ventos, indica a direção do Pólo Norte (magnético) e ajuda a identificar a posição percorrida pelo navio.

A bússola e o quadrante são muito úteis às navegações, mas a grande novidade a bordo dos nossos navios neste começo de século é o astrolábio. É um disco, metálico ou de madeira, de 360 graus no qual estão representados todos os astros do zodíaco. Desde a Antiguidade era usado em terra firme, para calcular a posição e o movimento dos astros no céu. O que os portugueses fizeram com a ajuda dos sábios estrangeiros foi simplificá-lo e adaptá-lo para uso em alto-mar. O astrolábio permite calcular a latitude pela passagem meridiana do Sol, ou seja, ao meio-dia, quando o astro se encontra no seu ponto mais elevado no céu. Para isso, é necessário enquadrar o raio solar em dois orifícios existentes no aparelho e, em seguida, fazer alguns cálculos matemáticos.


O astrolábio é um instrumento naval antigo, usado para medir a altura dos astros acima do horizonte. Era usado para determinar a posição dos astros no céu e foi por muito tempo utilizado como instrumento para a navegação marítima com base na determinação da posição das estrelas no céu. Mais tarde foi simplificado e substituído pelo sextante (instrumento astronômico usado para determinar a latitude).

A vantagem tecnológica alcançada pelos portugueses nasceu não propriamente do uso do astrolábio, mas da simplificação desses cálculos. Até pouco tempo atrás, exigia-se para isso certo conhecimento de matemática e astronomia, um grande obstáculo para nossos marujos, dos quais a maioria é rude e iletrada. Outro problema é que os manuais de astronomia e navegação estavam escritos em hebraico (língua dos antigos navegantes fenícios), árabe ou latim. A principal tarefa dos conselheiros de dom João II foi reunir todo esse conhecimento, adaptá-lo para a navegação e traduzi-lo para o português, em linguagem acessível aos marujos.

O resultado é um manual chamado “Regulamento do astrolábio e do quadrante para determinar cada dia a declinação, o deslocamento do Sol e a posição da estrela Polar”. Dividido em cinco partes, ele contém instruções minuciosas sobre como determinar a latitude, com dezessete exemplos práticos em diferentes posições da esfera terrestre. Também ensina a registrar na carta náutica o caminho percorrido pelo navio. A última parte é um calendário de doze meses, sem indicação do ano. Esse calendário informa, para cada dia do ano, a posição do Sol na abóbada celeste.

viagem de Cabral, pelo que se tem notícia, foi a primeira a fazer uso sistemático do astrolábio como instrumento de navegação – embora Vasco da Gama já tivesse testado o aparelho na precursora missão em que descobriu o caminho das Índias, há três anos. Uma prova da utilidade do astrolábio está na carta que Mestre João, o médico do rei e especialista em navegação embarcado na frota de Cabral, escreveu a dom Manuel. Ele conta que, no dia 27 de abril de 1500 (cinco dias após o descobrimento de Brasil), uma segunda-feira, tomou a passagem meridiana do Sol na Terra de Santa Cruz ( o Brasil) e calculou a latitude local em 17º graus.


Um mapa turco de Piri Reis confeccionado em 1.513, mostrando em detalhes a costa da América Central, do sul e a Antártica (sem gelo!!!), ainda desconhecida dos europeus, comprovando que o conhecimento náutico secreto de novas terras à oeste da península Ibérica e Europa existia na Europa.

Ele diz ter chegado a essa conclusão baseando-se nas “regras do astrolábio”, referência ao manual de instruções. Na carta, Mestre João reclama da dificuldade de usar o instrumento em alto-mar, devido ao balanço do navio, mas encerra com um conselho: “Para o mar, melhor é dirigir-se pela altura do Sol, que não por nenhuma estrela; e melhor com o astrolábio, que não com quadrante nem outro nenhum instrumento“. É assim que, na prática, vão se somando os conhecimentos tecnológicos que guiam a aventura dos descobrimentos.

Originalmente publicado em Abril de 2013.

http://veja.abril.com.br

Permitida a reprodução desde que mantida a formatação original e mencione as fontes.




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