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A Chama Violeta (The Violet Flame)

Sítio dedicado à filosofia humana, ao estudo e conhecimento da verdade, assim como à investigação. ~A Luz está a revelar a Verdade, e a verdade libertar-nos-á! ~A Chama Violeta da Transmutação

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Agosto 31, 2015

chamavioleta

PETRIMMOR DE CARTRESS, 

histórias do planeta MALDEK, 

da TERRA e do SISTEMA SOLAR 

 Parte 3 

por Wesley H. Bateman



 


Traduzido do Livro “THROUGH ALIEN EYES – Através de Olhos Alienígenas”, escrito por Wesley H. Bateman, Telepata da FEDERAÇÃO GALÁCTICA, páginas 389 a 436.

“As crianças da raça antiga do mundo da Terra começaram a mudar. Elas não eram mais capazes de serem ensinadas, até mesmo para falarem. Eles desejavam apenas comer, fornicar, o delírio e matar todos aqueles que possuíam qualquer tipo de razão. Tal era a sua fome que comiam carniça e até mesmo uns aos outros. Tudo isso aconteceu após as convulsões começarem na Terra inteira, com os céus do planeta se obscurecendo completamente pelas cinzas e fumaça tóxica e venenosa de milhares de vulcões em erupção, e o planeta então foi sacudido por violentos terremotos e terríveis tempestades”. Eu Sou Sycorant de Omuray (a lua Titã) o maior dos planetoides do Radiar Summer, que voces conhecem como o planeta Saturno.

Tradução, edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch

Traduzido do Livro “THROUGH ALIEN EYES – Através de Olhos Alienígenas”, escrito por Wesley H. Bateman, Telepata da Federação Galáctica, páginas 389 a 436.

PETRIMMOR DE CARTRESS, PARTE 3

Minha esposa Varbreen e eu fomos designados para morarmos em uma das cerca de duzentas tendas com cobertura de tecido em formato de domo que haviam sido erguidas em círculos concêntricos para servir de moradia aos recém chegados à Terra, e a nossa casa estava situada dentro do segundo maior anel. Em uma tarde a nave mãe gigante Graciana que nos trouxera de (Planeta) Cartress subiu pelos ares e sumiu de nossa vista velozmente e neste momento eu senti uma pontinha de tristeza.

Mais tarde eu e Varbreem percebemos que os nossos sentimentos quando vimos a nave gigante Graciana partir era porque de fato ela era a nossa única conexão com o nosso mundo natal de Cartress e com os nossos filhos que lá permaneceram. Nós também estávamos nos sentindo como que abandonados.



Mais tarde ainda naquele dia, na medida que Varbreen e eu nos sentamos fora e à frente da porta de nossa casa, eu percebi Dell e Orbaltreek caminhando em direção à nossa companhia. Pelas muitas horas à frente dentro de nossa casa nós quatro ficamos conversando sobre as nossas recentes experiências e aprendizado sobre uma infinidade de novas coisas e especulando o que o futuro ainda poderia reservar de novidades para nós em seus estoques.

ITOCOT-TALAN, O MESTRE CONSTRUTOR

Nos dias que se seguiram, nosso grupo perambulou pelo lugar, parando e observando qualquer tipo de atividade que achássemos interessante de ser observada. Dell nos informou que a construção da cidade estava sob a responsabilidade de um Graciano mestre construtor em geometria sagrada chamado de Itocot-Talan.

Nós então começamos a fazer uma busca por este mestre construtor Graciano enquanto vagávamos pelo local em nossas explorações. Na medida que o tempo passou nós percebemos que filas de gracianos pareciam ir e vir de um local situado atrás de uma pequena colina natural a alguma distância do canteiro de obras da construção. Nós decidimos caminhar até auquele local para satisfazer a nossa curiosidade.

Os gracianos que encontramos pelo caminho nos saudavam calorosamente quando cruzávamos com eles. Quando nós atingimos o topo da colina fomos assustados por dois homens que pareciam ter se materializado no ar. Eles vestiam couraças com acabamentos adornados em ouro e capacetes do mesmo metal decorados com penas da cor branca. Eu já estava familiarizado com as expressões em suas faces. Eu já havia visto expressões similares no rosto dos meus colegas policiais quando cautelosamente eles estavam considerando o perigo em determinada situação.

Eu reagi naturalmente após o susto, movendo-me com minha esposa através desses dois estranhos. Depois de alguns instantes de silêncio a expressão facial dos dois estranhos mudou, com um deles até mesmo nos dando um pequeno sorriso enquanto nos indicava que deveríamos seguir em frente. O nosso caminho, agora colina abaixo, nos levava na direção de vários edifícios oblongos cobertos com tecido e alguns dosséis que cobriam grupos de mesas e cadeiras, onde vários gracianos estavam sentados em conversações.

Sob um dossel estava estacionado um grande carro aéreo Graciano que era capaz de transportar cerca de cincoenta pessoas. Acreditando que não havia mais nada para ver e fazer naquele local, nos viramos para voltar ao nosso ponto de partida. Assim que tomamos a atitude de abandonar o local, uma voz mais abaixo chamou pelo meu nome. Eu me virei em resposta e vi Chomast-Choke acenando para mim para que nos juntássemos a ele na base da colina. Ele nos esperou com suas mãos em seus quadris.

Na medida em que nos aproximamos de Chomast-Choke ele abriu os seus braços, dizendo, “Tudo esta bem neste local. Não é mesmo Petrimmor de Cartres?” Antes que eu desse a minha resposta eu vislumbrei brevemente o homem estranho de sentinela no topo da colina com as cores do sol se pondo refletindo em seu armamento. Somast-Choke deu uma palmadinha em meu ombro e em tom mais sério me disse, “Aqueles são soldados maldequianos, que são chamados de Krates (são da elite). Hoje eles estão excepcionalmente vigilantes porque um dos seus chefes esta aqui visitando as construções com o nosso chefe, Itocot-Talan.

Somast Choke nos convidou para irmos com ele até a sua instalação pessoal no acampamento para jantarmos com ele. Durante o tempo que nós ficamos juntos ele entusiasticamente nos contou sobre os planos de construção de seu povo para construir a cidade de Miradol (Península do Yucatan-México-Guatemala), assim como várias pirâmides em outro local do planeta (Egito-MIR) há alguma distância considerável de onde estávamos (México) naquele momento.

Em resposta às vozes e barulho do lado de fora de sua casa, Somast-Choke levantou-se de sua cadeira e nos pediu para que o seguíssemos para fora. A área agora estava toda iluminada com luz suave. Nós vimos quando dois homens saíram do carro aéreo e caminharem entre duas fileiras de soldados krates da elite maldequianos, que permaneciam em prontidão e atenção total. Em baixa voz, Somast-Choke nos disse que o homem mais alto vestindo uma túnica verde escura solta era o seu chefe, Itocot-Talan, e o outro, que vestia calças e jaqueta brancos, era o general maldequiano conhecido como Sharber.


Vista aérea da maquete do projeto original de construção de Teotihuacan, com a Pirâmide do Sol à direita e a Pirâmide da Lua no topo e à esquerda, no começo da grande avenida. O complexo de construções era monumental.

Após a partida dos maldequianos, nosso grupo se encaminhou em direção à Itocot-Talan, que após ver Somast-Choke, falor com ele com uma voz levemente com tom rancoroso dizendo, “Os maldequianos querem que coloquemos nossa força total de trabalhadores em ação, bem como os nossos maiores esforços, dedicação e tempo nas construções das pirâmides (MIR-Egito) e menos tempo na construção da cidade de Miradol (Yucatam-México). Eu insisti com eles que deveríamos manter o organograma inicial e original.”

Somast-Chke mais tarde nos explicou que para atender as exigências dos maldequianos, muitos especialistas gracianos adicionais deveriam ser retirados de outros projetos de construção existentes em andamento em muitos diferentes mundos, assim deixando incompletos muitos projetos igualmente importantes. Muitos destes experts estavam programados para chegarem à Terra em vários e diferentes períodos no futuro, quando as suas obrigações em diferentes empreendimentos estivessem terminados ou pudessem ser interrompidos.

O Graciano acrescentou que equipamentos e trabalhadores humanos (de diferentes planetas também) adicional também seriam necessários para acelerar a construção das pirâmides. Eu perguntei a Somat-Choke “Para que propósito eu fui trazido ao planeta Terra?” Ele respondeu dizendo, “Daqui a poucos dias nós iremos ao local onde nós estamos construindo as grandes pirâmides. Lá você vai encontrar Liferex-Algro, um homem santo do meu povo, que, após olhar os símbolos gravados na palma de sua mão, vai lhe dizer qual será o propósito para o seu futuro.”


A Pirâmide do Sol em Teotihuacan.

DEIXANDO MIRADOL (Teotihuacan-México) E INDO PARA MIR (Egito) NO LOCAL DA CONSTRUÇÃO DAS PIRÂMIDES

Somente eu, Varbreen e Dell sentamos na seção para passageiros do carro aéreo quando ele alçou vôo rumo à direção do local onde estavam começando a ser construídas as grandes pirâmides. No controle do carro aéreo estava o recém treinado piloto Orbaltreek, que se atrapalhou várias vezes enquanto tentava colocar o carro aéreo no piloto automático o curso, o rumo certo para Mir. A confiança de Varbreen em nosso “piloto” ficou totalmente abalada.

Ela me perguntou “Como nós sabíamos que ele tinha capacidade de operar o carro aéreo, e como teríamos certeza de que estávamos indo na direção certa para chegarmos aonde deveríamos?” Eu não dei nenhuma resposta a ela porque eu também tinha as mesmas dúvidas e questões em minha mente. A nossa viagem no carro aéreo nos tomou vários dias. Duas vezes testemunhamos o sol nascer no leste. Varbreen tinha certeza de que estávamos voando em círculos.

Eu pensei que ela poderia estar certa até que percebi uma tela nos controles que se iluminou com um brilhante X amarelo. Um Orbaltreek muito aliviado nos disse que essa era a ativação do piloto automático que ele estivera buscando fazer. Ele nos disse o X amarelo iria mais tarde se encolher e se transformar em um ponto pulsante o que significaria que teríamos atingido o nosso destino e que então o carro aéreo iria descer e aterrissar manualmente. Todos nós ficamos olhando fixamente o x amarelo esperando ver ele encolher. Foi somente cerca do meio dia do terceiro dia quando o esperado ponto pulsante apareceu na tela iluminada.

Abaixo de nós, até onde a vista podia alcançar no horizonte podíamos VER UMA EXUBERANTE E LUXURIANTE FLORESTA TROPICAL (Hoje é o Deserto do Saara). O topo de suas árvores apresentava uma linda miscelânea de todas as tonalidades da cor verde que alguém pudesse imaginar. A floresta imensa era separada em duas partes por um largo e caudaloso rio (o atual Rio Nilo).

Era impressionante ver a luz do sol se refletindo em suas águas azuis escuro. Orbaltreek nos informou que ele deveria seguir curdo do rio acima, em direção norte. Finalmente o veículo aéreo diminui a velocidade, parando e flutuando. À nossa direita podíamos ver uma Vila e à nossa esquerda, na margem oeste do grande rio, enormes filas de barracas com cobertura de tecidos. Nós aterrissamos cerca de 100 jardas (92 metros) ao sul daquele acampamento.

Permanecemos ao lado do nosso carro aéreo até que dois gracianos se aproximaram perguntando apenas “Por onde andávamos?”Então eles entraram no carro aéreo e e decolaram em direção oeste, deixando-nos ofuscados com um envergonhado Orbaltrekk ao nosso lado. Nós entramos na cidade das tendas e perguntamos ao primeiro Graciano que encontramos onde se podia encontrar a Liferex-Algro. Esse Graciano primeiro parou rigidamente, então voltou seu corpo de acordo com os pontos cardeais. Após dar uma volta completa, ele apontou através do rio e nos informou que nós encontraríamos Liferex-Algro naquela direção.


O Rio Nilo hoje corta o maior deserto do planeta. Quando as pirâmides foram construídas, o deserto era uma imensa floresta tropical.

Após alcançarmos às margens do rio ficou óbvio que deveríamos conseguir um barco para atravessá-lo. Um dos vários gracianos que estavam fumando um charuto às margens do rio, sentado em cima de uma rocha, após ouvir a nossa menção do nome Liferex-Algro, disse, “Nós somos assistentes do Grande Um. Espere conosco se desejarem. Ele virá da outra margem do rio antes do sol se por e vai nos liderar nas orações .”

Após ouvirem o meu nome, os gracianos me pediam para ver a palma da minha mão. Depois disso eles por sua vez me cumprimentavam apertando a minha mão marcada com os símbolos e depois olhavam para as suas mãos espalmadas. Uma mulher então perguntou, “Quem era o meu intérprete?” Assim que fez a sua pergunta ela pôs a palma de sua mão em frente aos meus olhos. Imediatamente numerosos símbolos começaram a aparecer.

Dell, que estava parado ao meu lado, tomou a mão da mulher e colocou-a em cima de sua cabeça e começou a falar com ela sobre a sua vida em sua língua nativa (Dell estava fazendo uma leitura psíquica da existência da mulher). Ele finalizou a sua leitura subitamente e sacudiu sua cabeça com vigor com o gesto universal de não. Mesmo assim, a mulher estava radiante com o que ouvira. Ela então começou a se despir de todas as jóias que estava usando e outras posses valiosas e colocou tudo aos meus pés.

No momento em que o barco onde estava Liferex-Algro foi localizado cruzando o rio, cada graciano presente havia apertado a minha mão “mágica” e obtido uma leitura sobre sua vida e seu futuro ao tocar o topo da cabeça de Dell com sua mão. Aos meus pés haviam objetos variados de grande valor, incluindo uma montanha de charutos gracianos. Após Varbreen inspecionar cada item, ela relutantemente aceitou minha ordem de que tudo deveria ser posto aos cuidados e sob responsabilidade de Orbaltreek.

LIFEREX-ALGRO, O STOLFA (Sacerdote) GRACIANO.

Liferex-Algro era um homem de idade avançada. Ele vestia uma longa toga feita de pequenas penas pretas. Ele imediatamente me abraçou e me chamou pelo meu nome. Enquanto caminhávamos através do grande acampamento, ele disse, “Nós de Gracyea ficaremos honrados se você puder viver entre nós, não apenas para nos maravilhar com o que você sabe sobre as histórias individuais de nossas vidas e o que o futuro nos reserva, mas é nosso desejo que você possa encontrar um maldequiano que queira saber destas coisas também.

Eu suspeito grandemente que a história de vida dos maldequianos e o seu futuro poderiam ser uma enorme revelação. Se você aceitar este pedido, seja muito cuidadoso. Seja paciente e nunca demonstre a nenhum maldequiano que você tem qualquer tipo de interesse em dar a um deles uma leitura de suas vidas. Liferex acrescentou, “O seu intérprete, Dell, sabiamente recusou falar naquela vez quando os Gracianos queriam que ele tivesse “lido” sobre quando eles morreriam. Nós aceitamos que a data e hora de nossas mortes só devem ser de conhecimento pelos Elohim e àqueles, como você mesmo, que eles escolheram para servi-los.”



Eu perguntei ao Stolfa (o sacerdote graciano) ancião se eu poderia ter um pouco de tempo para pensar a respeito do seu convite, e ele aceitou essa minha condição. Liferex-Algro nos levou a uma parte do acampamento onde havia uma residência vazia bem no meio da parte Graciana do acampamento. A residência tinha várias dependências. Ele me disse que os arranjos para a nossa acomodação seriam apenas temporários. Então ele nos deixou para conduzir o serviço religioso de orações para o seu povo.

As preces acabaram quando na medida em que o sol descia no horizonte e desaparecia sobre o topo das árvores no oeste. Durante a noite Dell me disse que havia aprendido que cada um dos Gracianos de quem havíamos feito a leitura de suas vidas estavam predestinados a morrerem na Terra dentro de três a quatro anos. Após ouvir isto eu me senti muito triste. Eu senti uma vontade esmagadora de ajudar os gracianos de qualquer modo que eu pudesse.

Naquela mesma noite eu disse a Liferex-Algro que eu esperaria pacientemente que um maldequiano me fizesse o pedido para ler a sua vida e futuro. Ao ouvir isso o Stolfa Graciano me disse que providenciaria com tudo que eu pudesse necessitar a fim de cumprir com a minha missão. Logo após o amanhecer sai de casa e encontrei Orbaltreek ocupado com a limpeza e inspeção de um carro aéreo para um operador e oito passageiros.

Ele estava exuberante quando disse, “Este carro aéreo é nosso para usarmos como e quando quisermos. O Graciano que o me entregou também disse que nós deveríamos ir até uma vila próxima, chamado de Pankamerry e procurar por um homem nativo da Terra chamado de Cark Ben-Zobey.”

Após Orbaltreek acalmar minha esposa de que todo o nosso pequeno tesouro, que acumulamos no dia anterior, ainda estava intacto e a bordo do carro aéreo, nós voamos em direção sudoeste cerca de quinze milhas (24 km). Após aterrissarmos, começamos pela nossa busca ao homem da Terra e chefe da vila chamado de Cark Ben-Zobey.

Fim da terceira parte. Continua …

Muito mais informações em:
  1. http://thoth3126.com.br/category/maldek/


Permitida a reprodução, desde que mantido no formato original e mencione as fontes.
www.thoth3126.com.br

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Posted by Thoth3126 on 31/08/2015

Agradecimentos a http://wp.me/p2Fgqo-5gc



Por favor, respeitem todos os créditos

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http://rayviolet2.blogspot.com/search?q=Wesley H. Bateman


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Abril 21, 2015

chamavioleta

Historias de Maldek 

 Nisor de Moor, 

Parte 2

Posted by Thoth3126 on 21/04/2015



Nisor de Moor – Parte 2, Histórias de Maldek, da Terra e do Sistema Solar


Traduzido do Livro “THROUGH ALIEN EYES – Através de Olhos Alienígenas”, escrito por Wesley H. Bateman, Telepata da FEDERAÇÃO, páginas 195 a 235.

“Quando os meus serviços são requisitados, eu entro na Barreira de Frequência do planeta Terra e testo os seus efeitos. Eu tenho o prazer de ver e confirmar que a Terra esta se curando bem. Isto me proporciona a esperança de que em algum lugar do futuro o meu planeta natal (a lua Titã de Saturno, chamada pelos seus nativos de Omuray) também venha se restaurar e possa suportar vida de novo. Acreditem-me quando eu digo, existem muitos mais de minha espécie (de Omuray/Titã) que tem invejado a sua ignorância a respeito destes fatos”. EU SOU Sycorant de Omuray (Titã), o maior dos planetoides (lua) do Radiar que nós chamamos pelo nome de Saturno.


Tradução, edição e imagens: Thoth3126@gmail.com

Traduzido do Livro “THROUGH ALIEN EYES – Através de Olhos Alienígenas”, escrito por Wesley H. Bateman, Telepata da FEDERAÇÃO, páginas 195 a 235.

Depois de treinarmos para usar a telepatia e aprender tudo que pudemos sobre segunda fase, idealizamos planos baseados em dados fornecidos por pessoal de primeiras fases fictícias referentes a várias culturas humanas imaginárias. Desempenhamos vários cenários nos quais fizemos o máximo para responder a emergências repentinas. Depois de nosso período de treinamento, que durou cerca de dois anos terrestres, dissemos adeus a Fan, que estava visivelmente orgulhosa de nós quando estávamos a bordo de uma pequena espaçonave que partia para o planeta Nodia. As palavras finais de Fan foram: “Não tentem a segunda fase das crianças nodianas.”

Fizemos uma breve estada em Nodia. Aventurando-nos para fora de nossa área de convivência no complexo Domphey que era confuso. Todos pareciam estar vivendo à beira e sob a tensão de alguma urgência extrema. A paz de Vass foi muito proveitosa. Havia muitas áreas no planeta controladas por outras casas de comércio nas quais não tínhamos permissão de entrar. Gente de outros mundos ultrapassavam em número os nodianos em cerca de 150 para 1. O nodiano médio não gostava do fato de suas vidas pessoais serem, constantemente, perturbadas pela presença de tantos seres estranhos, com modos de vida e costumes que, em alguns casos, eram chocantes. O nodiano nativo tinha pouco de bom a dizer sobre as casas de comércio ou qualquer pessoa que trabalhava para elas. Mas isso foi naquela época. Hoje eu preferiria Nodia a qualquer outro mundo que conheço. 



Umas das primeiras fotos feitas da planície de Cydonia, em Marte, pela sonda Viking em 1976 e que mostra o complexo de construções (City) e pirâmides, a Face e pirâmide de cinco lados, chamada de D&M.

Depois de uma viagem ao planetóide de Vitron, que orbitava o radiar Ampt que, por sua vez, girava ao redor do sol/estrela Sost, embarcamos numa espaçonave rumo ao sistema solar/estelar com quatro radiares gigantes e quatro planetas interiores atualmente chamados Vênus, Terra, Marte e Maldek. O nosso destino exato era a única lua do planeta Wayda (VÊNUS). Estávamos atendendo a um convite feito pelos seus habitantes e transmitido por rádio recebido cerca de 11 anos terrestres antes. Não esperávamos problemas por parte dos habitantes da lua waydiana, mas para evitar intimidar a cultura, aterrissamos numa pequena nave, vestindo-nos com roupas nativas confeccionadas conforme modelos fornecidos pela equipe de primeira fase. Um dos integrantes de nossa equipe de dez pessoas sabia falar e escrever o idioma deles. Dois outros estavam familiarizados com o idioma dos que habitavam o próprio planeta.

A população da lua waydiana era de menos de 100 mil pessoas. Tiravam seu sustento do cultivo de hortaliças. Seu transporte era feito por carros movidos a energia elétrica e tinham telefones. Essa tecnologia não existia no planeta orbitado por essa lua. Wayda fora escolhido como um mundo para o estabelecimento de uma base de operações econômicas de Domphey. Sabia-se que o solo rico do planeta produzia grãos excedentes em abundância. Fomos calorosamente recebidos pelos waydianos e nos oferecemos para levar alguns deles conosco quando aterrissássemos ali. Os que iriam conosco foram selecionados por sorteio. Usamos o mesmo tipo de aproximação quando aterrissamos em Wayda, nos arredores da capital mundial de Ansomore. Não desembarcamos logo, e sim esperamos até sermos descobertos.

Certa tarde, um waydiano corajoso veio até nosso veículo e bateu na escotilha. Olhamos uns para os outros achando graça, e nosso líder nodiano Morris disse: “Bem, acho que já é hora de conhecermos os waydianos.” Os primeiros a sair da nave foram dois homens que trouxéramos da lua waydiana, que eram exatamente iguais aos nativos do mundo maior, mas não falavam o idioma do pastor waydiano que batera na escotilha. Sabendo disso, ensináramos nossos aliados a dizer: “Olá, não tenham medo. Esperem, temos alguém que sabe falar sua língua.” Nosso intérprete falou com o pastor de dentro da nave e preparou o waydiano para o fato de que no começo poderíamos lhe parecer estranhos. Quando saímos do veículo, o pastor waydiano não demonstrou sinal de medo ou apreensão. De fato, tratou-nos como se nos conhecesse a vida toda. Ofereceu-se para ajudar-nos no que pudesse. Disse-nos que não poderia deixar seus animais e sugeriu que tomássemos uma trilha próxima que levava à sua casa.

Disse-nos para dizer às suas três mulheres que ele nos mandara e que uma delas deveria nos acompanhar à cidade de Ansomore. Despedimo-nos e ele prometeu-nos tomar conta de nossa espaçonave. Quando o deixamos, estava olhando seu reflexo na fuselagem prateada polida do veículo. As mulheres do pastor não ficaram mais abaladas emocionalmente com nossa presença do que seu marido. Ficamos esperando enquanto uma de suas mulheres, chamada Gretrama, trocava de roupa e se penteava. Nesse tempo, as outras senhoras da casa nos ofereceram comida e bebida. As crianças da família nos ofereceram brinquedos e vários tipos de animais de criação. Nosso chefe de cerimonial nos recomendou aceitar pelo menos um presente das crianças. Escolhemos uma ave semelhante à galinha terrestre. Acho que as crianças ficaram felizes por escolhermos a galinha, em vez de um de seus brinquedos. Levei a inquieta ave por vários quilômetros até deixá-la escapar nas ruas de Ansomore.

Vários dos waydianos pelos quais passamos na rua perguntaram a Gretrama quem éramos nós. Ela respondia com a afirmação: “São visitantes de outro mundo.” Os que haviam perguntado em geral exclamavam: “É mesmo?” ou “Bem que desconfiei.” O som dos sussurros dos waydianos contando a outros waydianos quem éramos nos acompanhava enquanto andávamos rumo ao centro da cidade. Se um de nós se virasse para olhar a multidão, paravam de falar, ficavam em silêncio e começavam a pentear os cabelos ou os cabelos de alguém que estivesse por pelo. Três vezes minha ave me foi devolvida. Depois da terceira vez, ficamos com a ave como mascote. Morris chamou o galo de Bralph, nome de um de seus parentes. 



Interior de uma nave mãe da Federação

Em épocas muito mais antigas, a cidade de Ansomore era uma fortaleza circundada por um muro, mas há muito crescera além de seus limites originais. Fomos recebidos no portão que levava à cidade interna por um homem dirigindo uma carroça de quatro rodas puxada por quatro animais semelhantes a cavalos terrestres, só que essas criaturas tinham quatro orelhas longas e pendentes. Fomos convidados a subir na carroça, o que fizemos. O silencioso condutor nos deixou num edifício grande. Fomos recebidos formalmente por dois nobres anciãos waydianos. Fomos escoltados a um grande auditório que gradualmente se encheu de waydianos de ambos os sexos. Sentamo-nos em um de dois palcos pequenos, ao lado de um palco maior e mais alto. No palco maior sentaram-se dois waydianos e uma mulher muito jovem.

A jovem chamou o nome da pessoa que estava no palco em frente e nos fez apenas uma pergunta. Ficamos horas respondendo perguntas — muitas vezes a pergunta era a mesma feita anteriormente. Afinal, o Grande Conselho de Wayda nos deu as boas-vindas a seu mundo e jurou nos ajudar no que pudesse. Pediram-nos que não iniciássemos quaisquer atividades não autorizadas em seu planeta até que todo o povo do mundo fosse avisado de nossa chegada e do que desejávamos fazer enquanto lá residíssemos. O período de aviso durou cerca de três meses terrestres. Passamos o tempo nos familiarizando com os costumes dos waydianos e respondendo a seu interesse infantil em vários de nossos aparelhos eletrônicos. Passamos algum tempo transportando os integrantes do Grande Conselho de lá para cá à lua do planeta, que chamavam de Oote. Também encomendamos telepaticamente vários presentes da Casa de Domphey para os waydianos. Treze dias depois de fazermos nosso pedido, a nave-mãe de Domphey, Lamuma (“a grande mãe”), entrou em órbita ao redor do planeta Wayda (Vênus).

Eu nunca vira uma espaçonave daquele tamanho. Tinha cerca de 460 metros de diâmetro e cerca de 120 metros de altura. Descobri depois que se tratava de uma espaçonave pequena em comparação com os milhares de outras que eram operadas pelas casas de comércio nodianas. Nós, da equipe de segunda fase, tivemos permissão de ir a bordo da Lamuma e lá ficamos até obtermos permissão para viajar por Wayda e visitar os habitantes das muitas cidades e povoados do mundo. Reuniram-se a nós alguns integrantes da equipe de terceira fase, historiadores e psicólogos que estudavam a reação da cultura à nossa presença e o impacto de nossa tecnologia nas vidas individuais de trabalhadores de várias profissões e seguidores de diversas religiões.

Durante o tempo em que permanecemos a bordo da Lamuma, espaçonaves triangulares de quando em quando se aproximavam da nave-mãe. Ficamos afinal sabendo que se tratava de naves gracianas baseadas nos planetas Maldek e Marte. Depois de terem sua curiosidade satisfeita, os gracianos foram cuidar de sua vida. Fui afastado de meus deveres de visitar cidades e povoados waydianos e enviado com o nodiano Cyper-Dale ao planeta Marte para observar as atividades de construção gracianas que, segundo se sabia, estavam em andamento na época. Também haviam chegado boatos a Nodia dando conta de que os gracianos e os maldequianos iriam construir algo de tamanho considerável no planeta chamado Sarus (Terra). Sarus não era de interesse real para Domphey porque a Casa de Cre’ator fora a primeira a enviar emissários a Sarus e Maldek.

Marte era outra história. Nenhuma das casas de comércio nodianas tinha qualquer motivo para sujeitar sua gente às atitudes hostis dos vários senhores da guerra marcianos. Uma das principais razões de minha viagem a Marte era descobrir o que os maldequianos e gracianos faziam para obter a cooperação dos senhores da guerra. Antes de partir de Wayda para Marte lembrei de Sharmarie, o guarda-costas da Senhora Cre’ator, naquele ensolarado dia na piscina de Senhor Domphey em Vass. Pensei, se todos os marcianos forem como Sharmarie, que motivo havia para se preocupar’?

VISITA À MARTE:

Na época, não fazia idéia de que Sharmarie fora tirado de seu mundo natal muitos anos antes de as espaçonaves de gracianos, maldequianos e de outras culturas de outros mundos passarem a visitar o planeta de maneira desenfreada — totalmente contra os desejos de seus habitantes nativos. Sharmarie era uma pessoa rara. Era mais nodiano do que marciano em seus costumes. Sei agora que, durante sua primeira vida, ele nunca retornou a Marte e pereceu na Terra. Cyper-Dale, outras seis pessoas e eu fomos deixados numa planície relvada no planeta Marte. Estávamos a cerca de cinco quilômetros do canteiro de obras graciano/maldequiano. O local das obras era e é atualmente chamado GRANISS pelos marcianos; vocês o conhecem agora por CYDONIA. Ficamos em silêncio por algum tempo, à medida que a nave que nos trouxera desaparecia acima de uma camada espessa de nuvens.



Acima: A Planície de CYDONIA em MARTE e as construções (GRANISS) feitas pelos gracianos. à esquerda, na primeira foto batida pela nave Viking, da NASA em 1976, vemos à esquerda e mais abaixo o complexo de construções chamado de cidadela (City) e quase ao centro e mais à direita a FACE gigante. Embaixo à esquerda é possível de se ver a pirâmide de cinco lados chamada de D & M, à direita o Tholus.


Abaixo um diagrama da região de Cydonia:



Cobrimos nossas provisões de quase uma tonelada e montamos vários abrigos portáteis. Também montamos dois botes que usaríamos para percorrer o canal próximo para ir e vir de Graniss. Passamos uma noite fria e tempestuosa. De manhã, carregamos nossos botes movidos à eletricidade para as margens do canal e os lançamos à água. Comemos comida pronta embalada enquanto prosseguíamos rumo ao sudoeste. Depois de alguns minutos de viagem, ouvimos várias mulheres marcianas gritando para nós e fazendo sinais para que fôssemos à praia. Respondemos acenando-lhes de volta e continuamos nosso caminho.

Eu acabara de mencionar a Cyper-Dale que tinha curiosidade de saber por que os marcianos não utilizavam esses ótimos canais para viajar de um lugar para o outro. Naquele exato momento, ouvi um som sibilante e dois sons surdos. Os sons surdos foram produzidos quando a flecha de um marciano atravessou o músculo de meu antebraço e uma segunda flecha quase atravessou o ombro esquerdo de Cyper-Dale. Na margem esquerda do canal havia cinco arqueiros marcianos, prestes a atirar suas flechas novamente em nossa direção. Gritamos para eles e aqueles de nós que conseguiram ergueram os braços em sinal de rendição. Abaixaram seus arcos e fizeram sinais para que fôssemos à praia.

Agarraram cada um de nós e nos jogaram violentamente no chão. Um guerreiro foi até Cyper-Dale, àquela altura inconsciente, e rapidamente tirou a flecha de seu corpo. O marciano então passou a lavar o sangue da flecha no canal. Outro guerreiro olhou por um momento a flecha em meu braço e a seguir em meus olhos. Quebrou a cabeça da flecha da haste e puxou a flecha para fora de meu braço. Confesso que quase desmaiei de dor. Os marcianos nos chutaram algumas vezes e gritaram conosco por algum tempo. Estavam realmente furiosos. O som de um camelo blaterando alertou-me para o fato de que havia nove animais seguros por mais três guerreiros marcianos. Depois de terem as mãos amarradas para trás com correias de couro, os integrantes de nosso grupo que conseguiam andar foram agrupados por dois de nossos captores montados em camelos.

Os dois que haviam sido feridos foram colocados em nossos botes e puxados. Os botes a princípio deslizaram facilmente na relva, mas quando chegamos ao final da relva e passamos a atravessar um trecho de areia e pedras, o material de fabricação dos botes não resistiu à abrasão. Logo os fundos dos botes estavam em frangalhos. Agarrávamo-nos às vigas metálicas restantes dos botes sempre que os marcianos inventavam de galopar. Acharam engraçado nos ver aos pulos atrás.

Cerca de duas horas depois de nossa captura, entramos novamente em grama e acabamos às margens de outro canal. Então vimos algo inesperado. Atravessando o canal havia uma ponte metálica, uma estrada pavimentada que saía dela ao nosso lado levava a uma plataforma grande de pedra. Nela havia uma espaçonave prateada de formato triangular. Em sua fuselagem havia a imagem de uma serpente emplumada, que descobrimos depois ser o emblema dos gracianos. Ao lado da plataforma havia várias casas construídas com blocos de arenito. De longe vimos três pessoas sentadas ao redor de uma mesa em frente a uma das casas. Os marcianos chegaram a pleno galope.

As três pessoas eram gracianos, dois homens e uma mulher. Deram pouca atenção a nós no início, pois estavam ocupados consertando um aparelho. Um dos homens levantou os olhos do trabalho e saudou nossos captores no idioma marciano. Depois de desmontar, os marcianos se postaram entre nós e os gracianos. Nós os ouvíamos conversando, mas não conseguíamos entender o que diziam. A graciana veio até nós e estudou-me brevemente. Falou telepaticamente comigo: “Pensam que você faz parte de nosso grupo de construção. Estão bravos porque é proibido nadar ou atravessar de bote um canal .“ Perguntou-me: “Quem são vocês e o que fazem aqui?”

Respondi suas perguntas. Olhou meu braço machucado, então olhou para Cyper-Dale, ainda inconsciente e transpirando bastante. Chamou os gracianos em seu idioma nativo e eles lhe responderam com um aceno, seguido pelo sinal universal de “Dá para esperar um pouco?” Depois de receberem várias caixas grandes de charutos gracianos e de suas fotos segurando suas gigantescas espadas largas sobre nossas cabeças serem tiradas (para mostrar a seu senhor da guerra que tinham realizado seu trabalho), os marcianos foram embora a galope, ainda puxando nossos botes atrás de si.

Os dois gracianos nos trouxeram padiolas portáteis e puseram Cyper-Dale em uma delas. Os demais de nosso grupo, percebendo que agora estávamos livres, vieram ter comigo para ver o que poderiam fazer e receber instruções. Um dos homens gracianos me disse telepaticamente: “Enquanto estiver aqui e sob nossos cuidados, apenas eu dou instruções e ordens. Aceite isso, ou o devolvo aos marcianos.” Concordei que ele era o chefe. Naquela época, para mim não fazia diferença se ele quisesse ser o supremo soberano do mundo. A graciana limpou nossos ferimentos e os tratou com ondas sonoras. Ela e um dos homens serviram-nos tigelas de guisado de carneiro marciano quente (ainda sinto o gosto da pimenta malagueta). A noite caiu e deram-nos um dispositivo que irradiava calor Um abrigo, do tipo que se apóia em muros, foi erguido para nós. Depois que anoitecia a área era iluminada por luzes instaladas sob e nas bordas da espaçonave graciana. Quando anoiteceu, duas espaçonaves aterrissaram e várias pessoas saíram delas e entraram nas casas.

Ao amanhecer Cyper-Dale estava desperto e conseguia falar. Abri a porta do abrigo e vi mais de 20 gracianos de frente para o sol já alto, entoando uma oração em uníssono. Depois um graciano que não conhecêramos antes veio a nosso abrigo. Falou telepaticamente comigo e com Cyper-Dale. Perguntou-nos se estávamos em condições de ir com ele ao local de construção. Cyper-Dale não se sentia muito bem, mas aceitei a oferta do graciano. Ele nos disse para não contar a nenhum marciano sobre a capacidade telepatica que partilhávamos, pois pensariam que a capacidade era desnatural e provavelmente cortariam fora nossas cabeças para procurar o que quer que tornava possível essa aptidão. Aconselhou-nos a aprender o idioma falado graciano e marciano o quanto antes.

Saímos de carro aéreo para o local de obras, deixando Cyper-Dale e o restante de meu grupo para trás. O vôo durou cerca de dez minutos apenas. Do alto notei que a estrada pavimentada que saía da ponte não levava ao local, e sim se prolongava por quilômetros atravessando os campos planos, subindo a seguir numa cadeia de montanhas distante, onde se perdia de vista. O graciano, chamado Soakee-Loom, disse-me que a estrada fora construída por seu povo a pedido do senhor da guerra marciano local, Trohawker. A estrada terminava nas montanhas numa pequena casa de arenito, onde nascera o senhor da guerra. A cidade marciana de Graniss/CIDONYA era antiga como a civilização marciana. Era a única cidade que não se situava no ponto de confluência dos canais. Ninguém saberia dizer com certeza quem fundara a cidade, nem quando. Graniss/Cydonia era território neutro, então os senhores da guerra ocasionalmente lá se reuniam para discutir assuntos, fazer acordos e trocar prisioneiros.



Graniss era a capital do senhor da guerra de todos os senhores da guerra, chamado o zone-rex. Um zone-rex marciano conquistava sua posição depois de ser reconhecido como divinamente escolhido. Ou seja, ele possuía as características físicas únicas descritas em documentos antiqüíssimos. Para ser verdadeiramente um zone-rex, cada um dos numerosos senhores da guerra tinha de lhe jurar aliança. O atual zone-rex, um homem por volta dos 20 anos de idade chamado Rancer-Carr, não obtivera a aliança de todos os bar-rexes (senhores da guerra). Ele, portanto, pouco podia fazer com relação ao acordo feito com os gracianos e seus sócios, os maldequianos.

Eu, claro, ainda imaginava qual seria o acordo. Graniss/Cydoniaera repleta de pastores e soldados marcianos que ali perambulavam, cada um acompanhado de até sete mulheres e um exército de filhos. Esses visitantes tinham permissão de entrar em Graniss apenas mediante uma autorização especial, estando limitados a uma permanência de três dias. Nos limites da cidade havia cerca de 80 gigantescos obeliscos sólidos de arenito nos quais estavam inscritas a história e as façanhas dos últimos 80 zone-rex.

Minha primeira visão de Graniss foi cômica. Entre as multidões de marcianos havia inúmeras pequenas pessoas negras dos planetóides Relt. A princípio, pensei que os marcianos estivessem realizando uma dança estranha, mas logo percebi que para passar por um reltiano, os marcianos às vezes balançavam uma das pernas sobre a pequena pessoa ou estendiam ambas as pernas e remexiam sobre a cabeça da pessoa menor As crianças marcianas que tentavam copiar as atitudes de seus pais às vezes chutavam um reltiano na cabeça ou nas costas.

Testemunhei muitas escaramuças entre jovens reltianos e marcianos. Os pais das crianças continuavam com seus afazeres ou paravam para ver como a briga acabaria. Na maioria das vezes os reltianos levavam a pior e fugiam. O vencedor então dava um grito de guerra que teria azedado leite fresco e feito os obeliscos dos zone-rexes balançar em suas fundações. Nos limites da cidade havia um complexo murado no qual morava o zone-rex. [Essa área murada em CYDONIA foi fotografada pelo veículo espacial Viking da NASA, em 1976, sendo atualmente denominada Cidadela de CYDONIA. W.B.] 



A “FACE” em Marte, em Cydonia e o ”trabalho” da NASA de “borrar” a imagem ao longo dos anos, desde a sua descoberta em 1976 pela sonda Viking.

O sítio de obras estava poeirento porque os gracianos e os reltianos estavam nivelando a área antes de iniciar a construção propriamente dita. Para nivelar a planície de Cydonia estavam usando os mesmos métodos usados no planalto de Gizé na Terra, no Egito. [Esses métodos foram descritos por Ruke de Parn na Parte 5] Soakee Loom deu-me uma máscara de proteção contra poeira.

Sentia dificuldades em respirar o ar rico em nitrogênio de Marte (naquela época, o nitrogênio de Marte tinha um valor químico diferente do encontrado hoje na Terra). Eu, como vocês atualmente na Terra, nasci respirando oxigênio. Pelo final do dia estava coberto de pó. Juntamente com o sangue seco de meus ferimentos manchando minhas roupas, eu devia estar medonho de se contemplar!

Passei aquela noite numa casa de arenito recém-construída de um cômodo ao pé de um dos muros da Cidadela. Pouco antes de dormir, ouvi um barulho no telhado. Pensei que estivesse chovendo e que pudesse lavar um pouco da poeira na chuva. Fiquei decepcionado ao descobrir que o som que pensei ser chuva era, na verdade, alguns marcianos que do muro da Cidadela estavam urinando no telhado de minha casa. De manhã minha moradia estava coberta com todo tipo de lixo e dejetos humanos. Soakee-Loom mandou demolir a casa. Mudei-me para uma pequena caverna que tinha figuras e escritas marcianas nas paredes.

Vários dias depois a poeira baixou e foi aspirada. Naquele dia o zone-rex Rancer-Carr saiu de seu santuário com dois guarda-costas gigantescos. Andaram pela área montados em camelos. Os marcianos caíam ao chão diante dele e os senhores da guerra desembainhavam suas espadas e as cravavam no chão. Os que permaneciam de pé enquanto ele passava eram os que não reconheciam sua autoridade divina, e os que se ajoelhavam com as mãos no punho de suas armas o aceitavam como seu comandante supremo.

Quando o zone-rex veio até nós, refreou sua montaria, e depois de forçar o animal a ajoelhar, desceu e andou rapidamente em nossa direção. Tinha uma expressão séria no rosto, mas falava com suavidade. Soakee-Loom traduziu-me suas palavras, que em essência foram: “O que vocês, seus f.d.p., estão aprontando hoje? Quem é este homem? Nunca vi ninguém parecido com ele. É nodiano!?’ Soakee-Loom saudou o principal senhor da guerra cruzando os braços em frente ao peito. Respondeu a última pergunta de Rancer-Carr dizendo que eu não era nodiano, e sim fora contratado por uma casa de comércio nodiana. Ao ouvir isso, o zone-rex perguntou: “Vonner, Domphey, Cre’ator?”. Repliquei: “Domphey.” Ele então fez sinal para que eu o seguisse até seu camelo. Voltei com ele no camelo para a Cidadela.

O interior do lugar era mobiliado com simplicidade. A mobília e os pisos eram cobertos por peles de carneiro e cobertores de cores vivas. Capachos coloridos de lã cobriam os pisos. As paredes eram cobertas por murais e espadas quebradas e enferrujadas. Um velho marciano chamado Mogent, com parcos conhecimentos do idioma nodiano, reuniu-se a nós. Bateu em seu próprio peito várias vezes e disse: “Palavras de Vonner. Palavras de Vonner.” Naquela noite o zone-rex, Mogent e eu jantamos feijão, carneiro, queijo e pão duro. Meus anfitriões tomaram mais de um galão cada um de uma cerveja nativa que chamavam de drat. Não suportei o cheiro dela.

Por intermédio de Mogent, descobri que o zone-rex queria que eu entrasse em contato telepático com o nodiano Rayatis Cre’ator em seu nome, solicitando que enviasse um representante para conversações. Quando sugeri que ele talvez desejasse falar com um emissário de Domphey, replicou: “Não, acho que só Cre’ator tem cabeça para lidar com os maldequianos.” Quando lhe perguntei: “Quem são esses maldequianos? Nunca vi nenhum,” tanto o zone-rex como seu tradutor assobiaram como uma cobra. Mais tarde várias jovens marcianas se reuniram a nós. O zone-rex deixou Mogent e a mim com as damas e partiu com sua única mulher Saara. Era uma mulher quieta de cabelos negros e de grande beleza. Carregava nos braços seu único filho, chamado Sharmack. Posteriormente, tiveram uma menina que chamaram de Catransa.

Mogent me disse que eu poderia escolher qualquer uma das marcianas. Disse a ele que era companheiro de Ivatcala para toda a vida. A princípio pareceu confuso, depois disse: “Escolha uma destas mulheres e finja que é sua mulher. Os Elohim não vão ligar, e é só isso que importa.” Contei a Mogent de nosso encontro com 62-93, que dissera a Ivatcala que algum dia ela conseguiria se comunicar com os elohins. Mogent pensou de novo por um instante e disse com tristeza: “É melhor você ir embora, pois os grandes espíritos poderiam contar à sua companheira se você fizer o contrário. Magos para remover nossos feitos da memória do elohim são muito caros.” Não fazia a mínima idéia sobre o que ele estava falando. Soakee-loom avisou-me para me manter longe do zone-rex marciano, pois se dizia que alguns dos senhores da guerra planejavam assassiná-lo. Ele disse: “Previno-o que fique longe. Você já sabe como é ter uma flecha marciana em seu corpo.”

Tentei várias vezes enviar uma mensagem telepática à Casa de Domphey para que transmitissem a solicitação do zone-rex de uma visita de um representante de Cre’ator. Nunca consegui fazer contato. Sei agora que isso se deveu ao ar e à comida marciana. Os senhores da guerra realmente tentaram seu golpe, mas foi a última coisa que fizeram naquela vida. As fortalezas dos falecidos senhores da guerra foram divididas entre os bar-rexes que apoiavam Rancer-Carr e ele foi proclamado soberano supremo de todo o planeta. Ele permanece nesse cargo atualmente.

Cyper-Dale visitou o local de obras graciano várias vezes em companhia de Tricklelemla, que fora enfermeira graciana. Ele e a dama graciana haviam se apaixonado e ela já estava grávida. Os gracianos e reltianos haviam começado a esculpir a Face Gigante em CYDONIA empregando instrumentos de medição e delineamento de tipo laser. A escultura era na verdade realizada utilizando-se ondas sonoras específicas para pulverizar a rocha e produzir as feições individual que mais tarde compuseram toda a forma.



A FACE esculpida na Planície de CYDONIA.

Descobri que os maldequianos haviam secretamente prometido a cada senhor da guerra que se opusera a Rancer-Carr uma espaçonave armada com a qual ele poderia assumir sozinho o controle total do planeta. O que me causava estranheza naquela época era que cada senhor da guerra secretamente sabia seu próprio motivo para concordarem permitir aos gracianos e maldequianos construirem suas estruturas perto de Graniss/Cydonia, mas por que nenhum deles desconfiava de os outros senhores da guerra terem concordado com tanta facilidade? Sei agora que cada um recebeu uma história falsa exclusiva engendrada pelos maldequianos. Lamento nunca ter chegado a ouvir qualquer uma dessas histórias.

Treze meses terrestres depois de eu chegar em Marte, uma pequena espaçonave negra marcada com o símbolo da casa de comércio de Cre’ator aterrissou próximo à casa e quartel-general da Cidadela do zone-rex marciano. Compreendi imediatamente que ele encontrara outro telepata para enviar sua solicitação a Rayatis Cre’ator. A nave de Cre’ator permaneceu lá por vários dias. Fiquei de olho nela e acabei por localizar dois nodianos andando ao redor dela numa excursão de inspeção pré-vôo. Pareciam estar preocupados com a condição operacional da nave. Contei-lhes quem eu era e sobre os demais integrantes de meu grupo. Pedi-lhes que nos levassem com eles quando saíssem do planeta. Disseram-nos que o fariam, mas que ficaríamos muito apertados numa nave tão pequena. Fiquei tão grato que teria me disposto a ir do lado de fora do veículo. Então me ocorreu perguntar a um dos nodianos para onde estávamos indo. Apontou para a grande esfera que pendia no céu marciano, replicando: “Vamos para lá. Para Sarus (Terra).”

Depois eles nos transportaram ao local a que fôramos levados vários meses atrás por nossos captores marcianos. Lá, pegaram os outros integrantes de meu grupo. Cyper-Dale decidiu ficar lá com sua companheira graciana Tricklelemla. Ele foi duplamente afortunado, por ter encontrado uma companheira tão adorável e por ter escapado aos acontecimentos terríveis que se deram depois na Terra. Na última metade da viagem de Marte para a Terra, a cabina da pequena nave se encheu de fumaça e sua atmosfera rad começou a ficar tóxica. Conseguimos aterrissar na Terra pouco antes de a nave derreter. O operador-chefe nodiano da nave e eu fomos os únicos sobreviventes.

Como eu naturalmente respirava oxigênio, a atmosfera rica e carregada de oxigênio da Terra salvou minha vida. Sivmer-Binen, o operador da nave, tossiu e vomitou vários dias, mas finalmente sobreviveu à provação. Não parava de dizer: “Disse a eles que aquela coisa era um lixo inútil imprestável!” [uma tradução bem branda, W.B.]. Não havia cadáveres para cuidar— haviam sido carbonizados quando o tubo que continha plasma explodiu, espalhando o material (Plasma de Mercúrio líquido) quentíssimo na cabina do veículo.

Continua …

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